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Plantas de cobertura de solo

de inverno em Sistemas de
Integração Lavoura-Pecuária
ILP

Diógenes Cecchin Silveira1; Renato Serena Fontaneli2; Roberto Serena Fontaneli3;


Renata Rebesquini1; Emanuel Dall’Agnol1; Francine Talia Panisson1;
Maria Cristina Piaia Bombonatto4; Maria Eduarda Tramontini Ceolin4

(Brassica napus L.), triticale (X Tri-


1 Introdução
ticosecale Wittmack) e centeio (Se-
cale cereale L.) (Tabela 1).
O Brasil destaca-se pela sua
Com o intuito de elucidar
aptidão agrícola com cerca de
alternativas forrageiras afins de
7,3%, 18,6% e 6,7% de suas áreas
mitigar o pousio, o presente traba-
voltadas ao desenvolvimento de
lho traz como objetivo apresentar
grãos, pastagens e agropecuária,
alternativas sustentáveis de cultu-
respectivamente (CONAB, 2019).
ras extremes ou consorciadas para
Neste contexto, o agronegócio é
o propósito de cobertura de solo
o setor de maior importância na
em sistemas ILP ou integrados de
economia brasileira, sendo res-
produção agropecuária (SIPA) du-
ponsável por 21,7% do PIB (MAPA,
rante o outono/inverno na região
2018). Na região Sul do país, no
Sul-brasileira.
período de inverno, grande parte
dessas áreas ficam ociosas, sen-
do destinadas ao pousio e/ou a 2 Revisão
cobertura do solo, de acordo com Bibliográfica
a Companhia Nacional de Abaste-
cimento (CONAB), há um total de 2.1 Sistema de plantio direto
5.403,8 milhões hectares ociosos
A agricultura é dependente
(Tabela 1).
de processos e funções do ecossis-
Na tabela 1, a cultura do tri-
tema, como formação do solo, ciclo
go (Triticum aestivum L.), configura
de nutrientes, ciclos hidrológicos,
como a principal espécie hibernal
polinização de culturas, entre ou-
cultivada na região Sul, apesar dis-
tros, dirigidos por interações en-
so problemas recorrentes como
tre elementos da biodiversidade
frustação de safra oriundas de
(SAUNDERS & WALKER, 1998).
problemas climáticos fazem com
Nesse sentido, a agricultura
que a referida espécie não desen-
passou por dois momentos im-
volva isoladamente toda a área de
pactantes, o primeiro oriundo da
cultivo. A cultura da aveia (Avena
revolução verde (green revolu-
Pós-graduandos em Agronomia da
1 spp.) por ser um pouco mais rústi-
tion) e o segundo foi a migração do
Universidade de Passo Fundo ca assume potencial para o preen-
sistema de plantio convencional
chimento das áreas no período de
2
Embrapa Trigo e Universidade para o sistema de plantio direto
inverno com o propósito de cober-
de Passo Fundo - UPF (SPD). O sistema plantio direto
tura do solo. Neste contexto ainda
preconiza o revolvimento mínimo
3
UERGS – Campus Erechim há potencial para o preenchimen-
do solo, associado ao uso de plan-
4
Acadêmico de Agronomia-UPF to das áreas com os cultivos de ce-
tas de cobertura em rotação com
vada (Hordeum vulgare L.), canola
culturas comerciais (MICHELON

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Tabela 1. Comparativo entre áreas cultivadas no Rio Grande do Sul e Brasil no ano de 2018
para culturas de inverno e safra 2018/2019 para culturas de verão.

et al., 2019). O sucesso atribuído e a densidade do solo. Em mais de turas, os teores de C nas camadas
ao SPD faz com que ocorra o seu 30 anos de utilização desse siste- superficiais, ficam em torno de
predomínio no cultivo de cereais ma, os teores de vários nutrientes 18,5 g/kg, superiores à um siste-
e oleaginosas no Brasil, sendo que e da matéria orgânica do solo (MO), ma convencional, com o mesmo
na safra agrícola 2013/14 foram principalmente na camada super- sistema de rotação de culturas
contabilizados 32 milhões de hec- ficial, foram elevados ao longo dos (BAYER et al., 2000). Para Sales et
tares sob esse sistema (FEBRAPDP, anos (DEBIASI et al., 2013). Ainda, al. (2016), o aumento da qualida-
2014), o que representa 56% dos observa-se um aumento na estabi- de dos atributos físicos do solo,
57 milhões de ha cultivados com lidade dos agregados e na capaci- foram constatados, quando o solo
cereais e grãos (IBGE, 2014). dade de retenção de água, fatores é manejado sob plantio direto em
O manejo das culturas em que são favorecidos pela condução relação ao sistema convencional
SPD tem como princípios:1) o não do sistema, bem como pelo au- para as condições do semiárido
revolvimento do solo; 2) sua co- mento do teor de MO. Além disso, brasileiro.
bertura permanente com palha, e ambas as culturas (milho e soja)
3) a rotação de culturas na área, in- empregadas aos diferentes siste- 2.2 Mix de culturas (consór-
cluindo um ciclo anual de espécies mas de manejo apresentaram um cios ou misturas)
vegetais produtoras de biomassa maior rendimento no plantio di-
A utilização de plantas de
para a cobertura do solo, sendo reto (COSTA et al., 2003). Além dos
cobertura associada à rotação das
esse um princípio da biodiversida- benefícios supracitados, de acordo
culturas anuais é uma das alter-
de (CANALLI et al., 2010; CALEGA- com Hernani et al. (1999), o prepa-
nativas para o manejo sustentável
RI, 2014). O manejo com plantas ro convencional com gradagem e
dos solos (DAROLT, 1998). De acor-
para cobertura do solo oportuni- intenso revolvimento do solo pode
do com Calegari (2008), as plantas
za o manejo da água pluvial, pelo gerar perdas de até 6,5 vezes mais
de cobertura poderão ser implan-
aumento da infiltração no perfil de potássio (K+), e 6 vezes mais fós-
tadas em cultivo extreme ou em
do solo, aumentando assim a ab- foro (P) e MO, quando comparado
consorciações. A utilização de cul-
sorção e retenção da água, com com o plantio direto.
turas de inverno de alta qualidade
influência direta no aumento do A prática do plantio direto
pode apresentar uma série de be-
período de plantio naquelas áreas garante a adição de maiores quan-
nefícios ao solo e à cultura subse-
em que os agricultores são depen- tidades de MO ao solo, principal-
quente (AITA et al., 2001). Dentre
dentes das chuvas para o plantio mente nas camadas superficiais,
as vantagens das consorciações
(ANGELETTI et al., 2018). até 10 cm, sendo que, após vários
em comparação ao cultivo isolado
O tempo de adoção do SPD, anos de sua implantação, esses in-
destaca-se a maior produção de
de acordo com Domit et al., (2014), crementos permanecem restritos
matéria seca, da parte aérea e ra-
influenciou positivamente nos a essas camadas (JANTALIA et al.,
dicular, acúmulo e reciclagem de
atributos do solo, diminuindo a 2013). Quando o SPD é realizado
nutrientes e proteção ao solo.
resistência mecânica à penetração juntamente com a rotação de cul-

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Em estudo realizado para dimento de grãos de milho obtido
avaliar o rendimento de grãos de nos tratamentos em que se utili-
milho (Zea mays L.) em sucessão a zou leguminosas deve-se a maior
plantas de cobertura de inverno eficiência dessas plantas em fixar
e com a adição de 180 kg/ha de N o N da atmosfera e disponibilizar
mineral, Dahlem (2013) observou esse nutriente para a cultura do
que os sistemas constituídos por milho.
tremoço branco (Lupinus albus L.), Os tratamentos em que se
nabo forrageiro (Raphanus sativus utilizaram gramíneas de forma
L.), ervilhaca comum (Vicia sativa isolada e pousio foram aqueles
L.) e ervilhaca-peluda (Vicia villo- que apresentaram os menores
sa Roth), sem fornecimento de N rendimentos de grãos de milho. O
mineral na cultura comercial, pro- baixo rendimento de grãos de mi-
moveram rendimento de grãos de lho implantado em sucessão a gra-
milho equivalentes ao verificado míneas, na ausência de N mineral,
com a aplicação de 180 kg/ha de N está relacionado alta relação C:N
mineral em cobertura. Destaca-se dos resíduos dessas culturas.
a capacidade dessas espécies em A utilização de consórcio en-
contribuir parcial ou totalmente tre as plantas de cobertura é uma
na disponibilização desse nutrien- excelente opção, principalmente
te, atendendo a necessidade da quando se busca a liberação de N
cultura em sucessão. O maior ren- em curto espaço de tempo, mas
Cobertura de nabo com centeio.

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com manutenção da palhada em
cobertura do solo por períodos
mais longos, objetivando também
a proteção do solo (MICHELON et
al., 2019). A utilização de adubos
verdes, contribui para a diminui-
ção da população de plantas dani-
nhas, reduzindo significativamen-
te a sua infestação, podendo ser
utilizados para o manejo integra-
do dessas plantas (MALDONADO
et al., 2011).

2.2.1 Plantas para cobertura


de solo
A aveia preta (Avena strigosa
Schreb.) é pertencente à família
das gramíneas (Poaceae). Possuí
ciclo anual, com desenvolvimen-
to uniforme e bom perfilhamento
(KICHEL; MIRANDA, 2000) apre-
senta colmos cilíndricos, eretos e
pouco pilosos, com raízes do tipo Cobertura de aveia preta.
fasciculada (FONTANELI et al.,
2012). De forma geral, essa gra-
mínea é utilizada para produção apresenta rusticidade e capacida-
de grãos destinados a alimenta- de de perfilhamento com excelen-
ção animal, como forrageira para te cobertura do solo, porém com
pastagem, silagem e feno, e tam- crescimento inicial mais lento em
bém rotineiramente, como planta relação à aveia (BITTENCOURT,
de cobertura, oferecendo rápida 2008).
cobertura do solo (BURLE et al., O centeio (Secale cereale L.)
2006). tem como centro de origem a Ásia
É uma espécie de outono/in- Central, sendo introduzido no Bra-
verno, amplamente difundida na sil há dois séculos por imigrantes
região Sul do Brasil (DERPSCH; alemães e poloneses. Pertencente
CALEGARI, 1985). Considerada à família das gramíneas, o centeio
como planta melhoradora de so- é uma planta anual com sistema
los, tem característica de auxiliar radicular fasciculado, hábito de
na redução da população de pató- crescimento cespitoso, colmos ci-
genos e nematóides (CALEGARI et líndricos eretos e glabros. A inflo-
al., 1993), influenciar no controle rescência caracteriza-se por ter
de plantas daninhas e ser recicla- espiga longa e flexível, duas flores
dora de nutrientes (BORKET et al., férteis e dois grãos por espigue-
2003). ta. Em relação às outras espécies
O azevém (Lolium multiflorum de cereais de inverno, difere-se
Lam.) pertencente à família das por apresentar maior desunifor-
gramíneas, tem como centro de midade quanto ao espigamento,
origem a bacia do mediterrâneo maturação e tipo de planta (NAS-
(sul da Europa, norte da África e CIMENTO JUNIOR et al., 2006).
Ásia menor), de onde se espalhou O rendimento de MS do centeio
pela Europa e posteriormente apresenta fica em torno de 2,8 t/
para América do Norte (MORAES, ha (SOUZA et al., 2013) a 5,0 t/ha
1963). Possui característica de cul- (VILANOVA, 2011).
tivo anual, sendo principalmente A ervilhaca comum (Vicia
utilizada como forrageira e como sativa L.) é uma leguminosa origi-
planta de cobertura em pomares nária da região do mar Mediterrâ-
e lavouras em SPD (GALVAN et neo, anual de inverno, herbácea e
al., 2010), por ser uma planta que glabra (MONEGAT, 1991). As raízes

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são profundas e ramificadas. Pos- QUA et al., 2008). A produção de e também elevar a produtividade
sui caule fino, flexível, decumben- MS da parte aérea do nabo forra- (BRITO, 2016). No Brasil essa práti-
te e trepador, que atinge até 0,9 geiro, quando manejado no flores- ca é conhecida há quase cem anos,
m de comprimento (CALEGARI et cimento, pode atingir de 2,0 a 6,0 com significativos resultados, e
al., 1993). Possui bom potencial t/ha (BALBINOT Jr. et al., 2007). com retornos econômicos para
de crescimento e eficiência na Destaca-se que não é leguminosa, agricultura e sustentabilidade
cobertura de solo, dessa forma é portanto não é especializada em para o meio ambiente (WUTKE et
considerada melhoradora dos so- fixação biológica de N, mas é ex- al., 2014). Os resíduos das espécies
los agrícolas. Apresentando bom celente recicladora de nutrientes, de plantas de cobertura, protegem
desenvolvimento em solos já cor- pelo sistema radical pivotante, o solo, promovem a ciclagem e dis-
rigidos e sem problemas com aci- penetrando em profundidade no ponibilidade de nutrientes para as
dez (CALEGARI, 2004). Espécie de solo. culturas sucessoras (MARCELO et
ciclo longo, com estádio de flores- Por último, outras espécies al., 2012), principalmente de ca-
cimento ocorrendo aos 100 a 130 são cultivadas especialmente nas madas mais profundas, visando a
dias, após a semeadura (CALEGA- pequenas propriedades em re- decomposição e a liberação de nu-
RI, 2004), podendo atingir até 6,0 giões coloniais tradicionais em trientes (KAPPES, 2012). Na maio-
t/ha no rendimento de MS (FON- menor escala, pelo custo e menor ria dos sistemas agrícolas, a dis-
TANELI et al., 2009). oferta de sementes como espécies ponibilidade de nitrogênio, mais
O nabo forrageiro (Raphanus de tremoços (Lupinus spp.), ervi- do que qualquer outro nutriente,
sativus L.) é pertencente à família lha-forrageira como a BRS Sulina é quase sempre fator limitante,
das brássicas (Brassicaceae), ori- (Vicia sativa L.), trevo-encarnado influenciando o crescimento da
ginário do Sul da Europa, é uma (Trifolium incarnatum L.), trevo-ve- planta. Esse nutriente está presen-
planta anual, herbácea, ereta, siculoso BRS Piquete (Trifolium ve- te na composição das moléculas
muito ramificada, dotada de pelos siculosum Savi) que podem compor de clorofila, proteínas, enzimas
ásperos. Seu sistema radicular é misturas com diversas finalidades, (OLIVEIRA, 2016) e outros com-
pivotante e profundo, em alguns incluindo a alimentação de rumi- ponentes das células, membranas
casos, com raiz tuberosa (DERPS- nantes. Pode-se destacar o vesicu- e diversos fito hormônios (MAR-
CH; CALEGARI, 1992; BURLE et al., loso pelo potencial de acúmulo de TINS, 2016).
2006). A espécie apresenta início massa seca, com registros de até As plantas de cobertura per-
do seu florescimento entre 70 a 80 10,0 t MS/ha, leguminosa anual tencente à família Fabaceae apre-
dias após a semeadura (DERPSCH; tardia que merece ser examinada sentam menor relação carbono/
CALEGARI, 1985), possuindo um com melhor atenção nos sistemas nitrogênio (C/N), devido a sua ca-
longo período de floração, com du- ILP. pacidade de fixação simbiótica do
ração de mais de 30 dias (BELIVA- nitrogênio atmosférico, com au-
QUA et al., 2008). O manejo da cul- 2.3. Adubação verde mento do teor e disponibilidade
tura deve ser realizado entre 110 e de nitrogênio nos solos (LOPES et
A adubação verde é uma prá- al., 2004) e absorção pela planta
120 dias após a semeadura (plena
tica milenar, utilizada na agricul- (OHLAND et al., 2005). O nitrogê-
floração), antes da maturação das
tura para aumento da massa de nio residual nas plantas de cober-
sementes, evitando assim que está
matéria seca na superfície do solo
se torne planta invasora (BELIVA-

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Cobertura de ervilhaca peluda.

tura permanecerá para as próxi- muito importante de acordo com semeaduras simultâneas ou com
mas culturas (ALBULQUERQUE et a finalidade, pois, poderá ter influ- diferença de dias entre as culturas
al., 2013), embora estas plantas ência sobre os teores de N no solo, (CECCON et al., 2013), para nivelar
tenham decomposição mais rápi- podendo promover mudanças na o desenvolvimento e atingir massa
da (TEIXEIRA et al., 2009), o que adubação nitrogenada, principal- de matéria seca em elevada quan-
não é recomendado para regiões mente para a cultura principal tidade ao mesmo tempo.
de clima quente. As gramíneas, (NOGUEIRA et al., 2011). Se o ob-
por permanecerem mais tempo no jetivo é a cobertura do solo, deve- Considerações Finais
solo, devido a sua alta relação C/N, se escolher plantas que possuam
produzem maiores porcentagens maior relação C/N, com decompo- A utilização de culturas de
de MO quando comparadas às le- sição mais lenta. Neste caso indi- inverno com o intuito de cobertu-
guminosas. A cultura do feijão ca- ca-se o uso de gramíneas. Contudo, ra vegetal e/ou adubação verde ou
racteriza-se pela alta demanda de se a finalidade é o fornecimento pastagens bem manejadas favore-
N, sendo assim, a fixação biológica de nutrientes, em curto espaço de ce a melhora das estruturas quí-
usada a médio e longo prazo pode tempo para a cultura sucessora, micas, físicas e biológica do solo e,
refletir na redução de aplicação de deve-se escolher plantas com me- consequentemente traz benefícios
nitrogênio mineral (TEIXEIRA et nor relação C/N, sendo indicado o a cultura sucessora, onde normal-
al., 2010). Em sistemas estabeleci- uso de leguminosas (TEIXEIRA et mente ocorre o plantio de milho e
dos, mesmo que haja ausência de al., 2011). soja. Práticas de caráter conserva-
fertilizantes nitrogenados é possí- O consórcio de gramíneas e cionistas são favorecidas quando
vel se obter níveis altos de produti- leguminosas representa uma al- aliadas ao uso do sistema de plan-
vidade, principalmente na cultura ternativa viável para formação de tio direto. Destaca-se que a seme-
do feijoeiro (SORATTO et al., 2013). palhadas com relação C/N inter- adura uniforme favorece a inter-
O uso de espécie de plantas mediária (FARINELLI & LEMOS, ceptação de luz solar aumentando
da família Fabaceae, como plan- 2012). Essa prática possibilita be- o acúmulo de biomassa da parte
ta de cobertura, proporciona um nefícios pela redução da imobili- aérea e de raízes, minimizando
aproveitamento de 40% do N pela zação do nitrogênio pelos micro- o problema de controle de ervas-
próxima cultura. Mas, quando se organismos do solo, promovendo, daninhas e o armazenamento de
usa espécie de planta da famí- aumento do teor de nitrogênio do água.
lia Poaceae com elevada relação solo, acúmulo de matéria seca,
de C/N, pode ocorrer competição maior eficiência na utilização da
entre a cultura sucessora e os mi- água e nutrientes devido as explo-
crorganismos decompositores, rações de diferentes profundida- As Referências Bibliográficas
pelo nitrogênio (AMBROSANO des do solo (COLLIER et al., 2011). deste artigo estão disponíveis para consulta
et al., 2009). Assim, a escolha da A união de gramíneas e legumi- em: www.plantiodireto.com.br/edicoes,
espécie de planta de cobertura é nosas pode ser estabelecida com na aba conteúdo aberto.

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