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Abordagem fisioterapêutica no pré-natal e pós-parto
SUMÁRIO
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cama por aproximadamente três semanas. Muitos problemas que hoje são raros, eram
Vaughan [OAK 81] que, enquanto trabalhou em Kashmir, percebeu que mulheres que
tinham estilo de vida sedentária, frequentemente tinham partos mais difíceis do que
remadoras e camponesas que levavam uma vida muito mais ativa. Ainda sob a mesma
influência, perceberam que a hereditariedade não era o único fator que determinava o
formato da pélvis e sua mobilidade, bem como da coluna lombar. Adotaram-se então,
exercícios para estas regiões do corpo, a exemplo dos movimentos feitos pelas
[ZAM 96].
Outra influência, nos anos 30, foi a do Dr. Grantly Dick-Read, com a teoria do
ciclo medo, tensão e dor no parto. Isto levou à introdução de exercícios de relaxação e
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ginástica [BUL 84]. No final desta mesma década, a bailarina Margaret Morris sugeriu
Assistência pré-natal
https://www.mynetdiary.com/are-you-getting-enough-iodine-in-your-diet.html
registradas para o parto no Boston Lyng-ln Hospital [POL 93], [COR 72], [FRE 93].
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[KRU 92]. O pré-natal também visa à identificação das alterações próprias da gestação,
assim como dos fatores de risco que possam repercutir nocivamente sobre o feto.
referência a um trabalho específico de preparação para o parto, que seria uma função
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http://fisionasaudemulher.blogspot.com/2010/06/massagem-na-gravidez-traz-
aliviomas.html
das regras que inibem a consciência corporal existente nas instituições sociais [MAU
84].
com uma ação dirigida à integração corpo-emoção [MOR 82]. As concepções teóricas
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sobre o corpo podem ser analisadas sob a visão psicomotora, a visão psicanalítica e a
à gravidez visa a uma terapia da função corporal voltada para a ação motora no corpo
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dentro de uma ação educativa. Este trabalho deve adequar, a cada trimestre da
para a ação e para o repouso. De acordo com os fisioterapeutas Bio e Zugaib, a ação
PSICOPROFILAXIA NO PARTO
origina dor. Nas primeiras contrações, o medo determina uma forte tensão psicológica,
De acordo com Read [in BUL 84], o medo seria consequência de três fatores: a)
como dos fenômenos da parturição, c) falta de amparo psicológico durante o parto [BUL
84].
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a mulher que não foi orientada, é incapaz de elevar o tônus de sua atividade cortical,
A pesquisa de Zenker [ZEN 85] refere vários estudos sobre a dor do parto,
elaborados por diferentes autores. Este trabalho cita Cleland, que descreveu a
da vagina e do períneo, segundo Kaiser et Harris e Garcia et Garcia [in ZEN 85], que
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[ZEN 85].
outras pessoas podem fazer para ajudar ou impedir o processo" [OSA 95]
Na França, em 1700, Mauriceau [in ZAM 96] utilizou, "para conforto do parteiro",
relevante, com 75% de prevalência nas classes sociais mais elevadas [OSA 95].
Para Osava, em seu estudo das representações sociais do parto, o parto normal
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quando a referência era a mulher das classes populares. Já, para a mulher das classes
normal, desde que existisse uma preparação formal, um "treinamento psicofísico para
o parto". Essa mesma exigência não apareceu entre as mulheres populares [OSA 95].
No plano profissional, o parto normal foi exaltado pela característica Herlizch [in
passou a servir, em última análise, como aferidor da qualidade obstétrica recebida, seja
normal e por operação cesariana, diferem de acordo com a classe social. Nas classes
mais abastadas, o parto normal representa uma escolha deliberada da mulher, uma
fuga dos padrões grupais, uma ação positiva, no sentido de uma ação contrária à
inércia, enquanto que, nas classes populares, o parto normal sugere a ausência de
O parto
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parto.
1 0) dilatação,
20) expulsão,
30) dequitação e
até o nascimento do bebê (vide Fig. I). Este tempo varia, segundo os autores: de 20 a
tempo de expulsão é prolongado, pode ser indicado o parto com auxílio de fórcipe.
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prensa abdominal está menos propensa ao uso do fórcipe. O fórcipe é uma pinça de
dois ramos destinada à apreensão, tração e, por vezes, rotação e expulsão da cabeça
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[ZUC 94], [SHE 80]. Na asfixia, ocorre falha na transição da circulação fetal dependente
dos tecidos nervosos, que é causada por níveis elevados de ácido Iático, produto final
de oxigênio [NIL 83]. Considera-se asfixia grave uma contagem de Apgar menor que
O puerpério
http://www.maternidadeconsciente.com.br/artigos/o-puerperio/
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vista, ou seja: o puerpério orgânico é considerado até três meses; o legal, até quarenta
dias; o social, até cento e vinte dias e, por fim, o psicológico, sem término preciso [BEN
81].
e tende a ser muito mais leve e rápida, nas mulheres que dão à luz conscientemente,
porque isto favorece a consolidação mais imediata da relação materno-filial [LIS 851.
puerperal.
a infecção [CAM 90] e, como causa obstétrica direta, a infecção puerperal, em nosso
meio [FRE 93], No Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), um estudo de IO anos
sobre mortalidade materna também mostrou a infecção puerperal como uma das
principais causas de mortalidade, segundo Martins Costa [in FRE 93]. A endometrite
infecção é de cinco a dez vezes maior. A profilaxia da infecção puerperal deve ser
objetivada obstinadamente por todo obstetra e equipe. Para isto, deve-se evitar a
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O períneo
períneo quando falam da região anatômica localizada entre a fossa navicular do intróito
vaginal e o ânus. Esta afirmação é confirmada por Gardner, dizendo que o termo
Segundo Macéa [MAC 95], este conceito está em desacordo com a correta
inferiormente a cavidade pélvica e, ao mesmo tempo que funciona como seu assoalho,
anatômica está de acordo com a de Kapit, que refere-se ao períneo como a região sob
a cavidade pélvica situada dentro do orifício pélvico [KAP 871. Segundo Kapit, o
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pélvico. A maior parte do diafragma pélvico é o músculo elevador do ânus, que também
assoalho pélvico ou diafragma pélvico atua como assoalho da cavidade pélvica e como
uretra, vasos e nervos perineais, além das glândulas vestibulares maiores (de
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fibromuscular que serve como tendão central de uma série de músculos perineais, os
64]. Campos et al. relatam que partos prolongados foram os maiores responsáveis por
PROLAPSO GENITAL
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estruturas pélvicas como vagina, reto, bexiga, uretra, ureteres, fácias e pedículos
neurovasculares, motivo pelo qual a maioria dos autores prefere usar a designação de
prolapso genital, segundo Zecchi de Souza [in BAR 95]. Incide preferencialmente em
patológica.
Durante o parto via vaginal pode haver lesões do assoalho pélvico, com prejuízo
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INCONTINÊNCIA FECAL
funcionais dessa região. Diversos fatores podem ser responsabilizados por uma
efetora e sensória dessa região, pela perda geral da elasticidade muscular, impedindo
terceiro grau foram significativamente menores que os das nuliparas, mostrando que
Quatorze das quinze pacientes com ruptura perineal de terceiro grau apresentavam
o aumento não foi significativo. A períneoplastia posterior com sutura dos cabos
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86].
pacientes com ruptura perineal de segundo grau do que em nulíparas. A gestação, por
si só, não contribuiu para diminuir essas pressões, uma vez que, na paciente que havia
Ainda Campos et al. referem que o maior afastamento dos feixes puborretais
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O exercício na gravidez
recomendação serve para gestantes que desejam iniciar ou manter uma rotina de
corpo. Os autores ressaltam que um alto nível de esforço terá um efeito maior nas
o parto [in KIS 92]. As contra-indicações para o exercício, tais como: cérvix
diabete ou hipertensão, descritas por Konkler [in KIS 92], devem ser observadas.
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dilatação da bacia óssea, para alargar o espaço na ocasião do parto, e nos discos
intervertebrais, cuja carga aumenta, devido à alteração estática durante a gravidez [LIS
85]
desce até 2,5 cm [KIS 92] e deverá ser extremamente forte para suportar o peso do
bebê, e também flexível para permitir abertura suficiente para a passagem do mesmo
deve ser observado no exercício pós-parto; inclusive quando houver sutura perineal, o
afastamento das pernas não deve ser praticado até a absorção total dos pontos
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O CONDICIONAMENTO MUSCULAR
mulher civilizada e o das índias, oriunda dos diferentes costumes e hábitos de vida. A
parto.
conscientização dessa musculatura; isto é, saber que ela existe, onde se localiza e qual
relaxamento, pois este deverá ser mantido desde o período das contrações. A autora
de Kegel, citado por Lisboa, visa a fortalecer os músculos vaginais, controlar a urina
inesperada e facilitar o retorno das áreas distendidas, após o parto, ao estado normal
[LIS 85].
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[LIS 85].
fortalecida, mais fácil e rápido será o parto [VEL 84], [DIL 77].
que a ação mais relevante seria no período expulsivo; porém, não descartam o período
debilidade funcional para o parto [ROS 85]. A distensão excessiva destes músculos
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zonas, pois estarão flexíveis na hora do parto [ROS 85]. Cedeno reafirma a importância
pré-gravídico (SOUZA, 1999; NEME, 2000; REZENDE, 2002). Este período pode ser
Segundo Vokaer (1955) apud Neme (2000) o período pós-parto pode ser
dividido em 3 momentos: pós-parto imediato (1º. ao 10º. dia após a parturição), pós-
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período com duração imprecisa, já que nas mulheres que não amamentam ele é breve
Não se deve deixar de ressaltar que o período pós-parto é muito mais voltado
Muitas vezes as queixas por elas referidas são consideradas inerentes ao processo de
área durante este período, objetivando acelerar este processo de retorno a condições
puérpera.
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parto, respeitando apenas um período de repouso de seis horas para o parto normal e
doze horas para o parto cesárea. O atendimento é iniciado com a coleta de dados, da
Com relação às mamas, devem ser inspecionadas quanto ao seu aspecto geral
gerais em relação aos cuidados com as mamas, quanto às posturas assumidas durante
em nível ambulatorial.
como, por exemplo, o decúbito lateral para facilitar a eliminação dos flatus, incentivar
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exercícios respiratórios são de grande importância, pois com o uso da anestesia geral
diafragmática a puérpera pode imobilizar a incisão com as mãos ou com uma almofada.
A normalização da função intestinal deve ocorrer até o quarto dia após o parto,
para isso são realizados exercícios de mobilização da pelve em decúbito lateral, dorsal
com flexão de quadril e joelhos ou sentada na bola suíça, de forma lenta com
movimentos curtos e repetidos até dez vezes, associado à respiração, onde a puérpera
retoabdominal, onde segundo os critérios de Noble uma diástase de dois dedos, mais
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iniciar sua atividade a partir da posição em decúbito dorsal com quadril e joelhos
do tipo de parto, pois os mesmos são enfraquecidos durante a gestação. Caso a mulher
crioterapia pode ser indicada. Aplicação de compressas de gelo moído por vinte
minutos ou a massagem com o gelo na região perineal devem ser utilizados para
elétrica nervosa transcutânea (TENS) pode ser um recurso utilizado para analgesia
da hipófise e na teoria das comportas. Dois eletrodos podem ser colocados em cada
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posição adotada pela mãe. Para que estas tarefas não se tornem um incômodo para a
puérpera é necessário que esta seja bem orientada em relação a posturas corretas.
travesseiro para apoiar a coluna lombar, um outro sobre o seu colo para elevar o bebê
O bebê deve ser trocado em superfície que tenha altura próxima da cintura da
mãe, para evitar a flexão de tronco. Algumas mães preferem realizar esta tarefa ao
uma boa postura sem desconfortos (POLDEN E MANTLE, 1997; DIFIORI, 2000).
vasilhas ou pegá-la enquanto cheia, para isso a banheira pode ficar dentro do banheiro
de modo que a mãe possa ajoelhar-se ao seu lado, para ser cheia e esvaziada sem
esforços. O carrinho deve ter a altura da cintura da mulher, para evitar a má postura e
músculos abdominais.
extensor curto e abdutor longo do polegar, a principal queixa é dor que é agravada pelo
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aguda tem como objetivo a redução da inflamação e analgesia. Assim que estes
assoalho pélvico, pois melhora a percepção sensorial e a força desta musculatura além
passado por uma avaliação com o ginecologista e somente após deve iniciar os
programas de exercícios para esta fase. Antes que seja traçado um plano de
tratamento é necessário que a puérpera passe por uma nova avaliação fisioterapêutica.
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abdominal tem que ser realizada em todas as posições. (POLDEN E MANTLE, 1997;
DIFIORI, 2000).
Durante a gestação a mulher tem que adaptar sua postura para compensar a
torácica, após o parto esses desvios posturais estão presentes e devem ser tratados.
A bola suíça é um instrumento que auxilia para a reeducação postural, pois ela
muscular, melhorar a postura, mas deve-se tomar cuidado com o efeito remanescente
ser evitado até a 16º. a 20º. semana de pós-parto, já o alongamento para a manutenção
definido como uma ginástica postural global ereta já que a maioria dos exercícios é
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suas tarefas de maneira mais fácil, contribui para a perda de peso além de diminuir o
lático durante o treino intenso pode dar um sabor ácido ao leite. A sessão de
Os exercícios físicos são muito importantes para puérperas com depressão leve
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REFERÊNCIAS
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