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INSTITUTO DE FÍSICA
DISCIPLINA: FÍSICA EXPERIMENTAL III
DOCENTE: CAIO GUIMARAES DA RESSUREIÇÃO
Alunos:
Luan Ribeiro
Ihan Fagundes Vieira
Salvador
Outubro de 2023
Universidade Federal da Bahia
Instituto de Física
Departamento de Física do Estado Sólido
FISD40 - Física Geral Experimental III
corrente elétrica.
▪ Verificar experimentalmente a Lei de Ohm
em diferentes resistores.
▪ Técnicas de identificação e leitura dos
resistores, como código de cores para
obtenção da resistência nominal.
3. Procedimento Experimental
= 0,019 𝑘Ω
2° Parte
Medida Rn ± 𝜎𝑅𝑛 𝑅𝑒𝑞(𝑘Ω) 𝐼 ± 𝜎𝐼 (𝑚𝐴) Medida Rn ± 𝜎𝑅𝑛 (𝑘Ω) V ± 𝜎𝑉(𝑉)
(kΩ) 1 1,000 ± 0,050 1,85 ± 0,01
1 1,000 ± 0,050 1,040 ± 0,003 4,80 ± 0,01
2 1,750 ± 0,088 3,07 ± 0,01
2 1,750 ± 0,088 1,830 ± 0,008 2,73 ± 0,01
3 2,310 ± 0,116 4,05 ± 0,01
3 2,310 ± 0,116 2,390 ± 0,012 2,09 ± 0,01
4 2,640 ± 0,132 4,59 ± 0,01
4 2,640 ± 0,013 2,750 ± 0,016 1,82 ± 0,01
5 2,860 ± 0,143 4,96 ± 0,01
5 2,860 ± 0,143 2,980 ± 0,019 1,68 ± 0,01 Tabela 3 – Produzida pelos autores
Tabela 2 – Comparação entre Resistência Nominal e Resistência Equivalente.
Fonte: produzida pelos autores
De acordo com os valores de Z obtidos nessa proporção. Isso está explícito na inclinação positiva
primeira parte, é possível notar que há certa da reta que ajustou os dados, de coeficiente angular
compatibilidade entre a resistência nominal, visto a = 1,6779, como mostra o gráfico 2. O coeficiente
que todos esses valores foram menores do que 1. b = 0,1603 informa o valor de V caso a resistência
de 1 do que outras, o que indica menor adequação Cálculo das razões entre V e Rn.
dessas medidas. Essa diferença, uma vez que não Utilizando os valores de V associados às
seguiu uma tendência padronizada, pode estar resistências nominais de cada associação, foi
relacionada erros sistemáticos como mudanças possível calcular a corrente I em seu devido ponto.
repentinas na alimentação do circuito, má conexão Então, esperava-se que os valores de V observados
dos cabos no Arduino ou na protoboard, ou no aumentassem a cada ponto, dado o aumento da
próprio aparelho de medição, o amperímetro, que resistência nominal equivalente, e assim a corrente
pode apresentar oscilações momentâneas. calculada fosse aproximadamente a mesma para
todos os pontos. Os resultados obtidos são 0,01 2 0,132 2
𝜎 = 1,74 𝑚𝐴 . √( ) +( ) = 0,09 𝑚𝐴
mostrados nos cálculos de I, pela lei de Ohm: 𝐼4 4,59 2,640
𝑉 0,01 2 0,143 2
𝐼= 𝜎 = 1,73 𝑚𝐴 . √( ) +( ) = 0,09 𝑚𝐴
𝑅𝑛 𝐼5 4,96 2,860
1,85
𝐼1 = = 1,85𝑚𝐴
1,000 𝑘Ω
3,07 Teste Z - Critério para definir a compatibilidade
𝐼2 = = 1,75 𝑚𝐴 entre as medidas indiretas da corrente I e a medida
1,750 𝑘Ω
4,05 I0 feita pelo instrumento de medição (I0).
𝐼3 = = 1,75 𝑚𝐴
2,310 𝑘Ω
𝐼 = 4,59 = 1,74 𝑚𝐴 |𝐼 − 𝐼 |
4 2,640 𝑘Ω 𝑛 0
𝑍𝐼 =
𝜎𝐼𝑛 + 𝜎𝐼0
4,96
𝐼5 = = 1,73 𝑚𝐴 |1,85 − 1,68|
2,860 𝑘Ω 𝑍1 = = 1,7
0,09 + 0,01
|1,75 − 1,68|
Como pode-se notar nos valores de I calculados, os 𝑍2 = 0,09 + 0,01 = 0,7
=
𝑉𝑅𝑖
. 0,01 2 0,017 2
Cálculo da corrente sobre cada resistor 𝐼𝑛 +( ) = 0,09 𝑚𝐴
𝑅𝑖 𝜎𝐼4 = 1,64. √( ) 0,330
A partir dos valores de V obtidos nessa etapa e das 0,54
0,01 2
) + ( 0,011) = 0,09 𝑚𝐴
2
resistências nominais de cada resistor, foi possível 𝜎 = 1,55. √(
𝐼5 0,220
0,34
calcular a corrente novamente, dessa vez para cada
resistor: Teste Z - Critério para definir a compatibilidade
entre as medidas indiretas da corrente I para cada
resistor e a medida I0 feita pelo instrumento de
1,65
𝐼1 = = 1,65 𝑚𝐴 medição (I0).
1,000
𝐼 = 1,30 = 1,73 𝑚𝐴 |𝐼𝑛 − 𝐼0|
2 0,750 𝑍𝐼𝑛 =
0,96 𝜎𝐼𝑛 + 𝜎𝐼0
𝐼3 = = 1,71 𝑚𝐴 |1,65 − 1,68|
0,560 𝑍 𝐼1 = = 0,33
0,54 0,08 + 0,01
𝐼4 = = 1,64 𝑚𝐴 |1,73 − 1,68|
0,330 𝑍 𝐼2 = = 0,5
0,34 0,09 + 0,01
𝐼5 = = 1,55 𝑚𝐴 |1,71 − 1,68|
0,220 𝑍 𝐼3 = = 0,3
0,09 + 0,01
|1,64 − 1,68|
De acordo com a lei em estudo, a corrente que 𝑍 𝐼4 = = 0,4
0,09 + 0,01
passa por cada resistor em uma associação em |1,55 − 1,68|
série se mantém constante, o que foi observado 𝑍𝐼5 = = 1,3
0,09 + 0,01
nos valores relativamente próximos das 5
medidas. Como pode ser visto, todos os valores de Z, com
dessa medida em específico, o que gerou uma constatação: a d.d.p. diminui a cada ponto medido.
d.d.p. menor do que o esperado, gerando Esse fato, visto que a d.d.p. é a quantidade de
2. Objetivos Específicos
▪ Analisar o comportamento de um resistor
Figura 1 – Esquema da montagem do circuito.
linear, através das medidas de d.d.p. e da Fonte: Material disponibilizado pelo Instituto de Física.
𝑉𝑅(𝑉)
2ª Parte 𝑅 =
𝐼𝑅 (𝑚𝐴)
Utilizando o mesmo circuito da primeira etapa, o 0,51
resistor foi substituído pelo termistor e as mesmas 𝑅1 = = 1,02 𝑘Ω
0,50
medidas foram realizadas, agora, com o termistor. 1,02
𝑅2 = = 1,01 𝑘Ω
1,01
4. Resultados e Discussões 1,53
𝑅3 = = 1,01 𝑘Ω
Representação esquemática do circuito da 1ª parte do 1,52
experimento:
1,99
𝑅4 = = 1,01 𝑘Ω
1,98
2,53
𝑅5 = = 1,00 𝑘Ω
2,25
3,13
Ω
𝑅6 = = 1,01 𝑘Ω
3,11
3,48
𝑅7 = = 1,01 𝑘Ω
3,46
4,11
𝑅8 = = 1,00 𝑘Ω
Anotamos as medidas de IR e VR, assim como 4,10
verificamos a incerteza da corrente medida pelo 4,54
multímetro e a indicamos. Medimos os valores da 𝑅9 = = 1,00 𝑘Ω
4,52
corrente no resistor IR entre os valores de 0,5 mA e 4,5 2 2
𝜎𝑉 𝜎𝐼
Cálculo da incerteza 𝜎𝑅 = 𝑅. √( 𝑉 ) + ( 𝑉 )
𝑅 𝑅
mA, para isso usamos o potenciômetro para variamos
𝑅 𝑅
em aproximadamente 0,5 mA.
0,01 2 0,01 2
Medida 𝐼𝑅 ± 𝜎𝐼𝑅 (𝑚𝐴) 𝑉𝑅 ± 𝜎𝑉𝑅 (𝑉) 𝜎𝑅1 = 1,02. √( ) +( ) = 0,03 𝑘Ω
0,51 0,50
1 0,50 ± 0,01 0,51 ± 0,01
2 1,01 ± 0,01 1,02 ± 0,01
0,01 2 0,01 2
3 1,52 ± 0,01 1,53 ± 0,01 𝜎 = 1,01. √( ) +( ) = 0,01 𝑘Ω
𝑅2
4 1,98 ± 0,01 1,99 ± 0,01 1,02 1,01
5 2,52 ± 0,01 2,53 ± 0,01
6 3,11 ± 0,01 3,13 ± 0,01 0,01 2
) + (0,01) = 0,01 𝑘Ω
2
𝜎 = 1,01. √(
7 3,46 ± 0,01 3,48 ± 0,01 𝑅3
1,53 1,01
8 4,10 ± 0,01 4,11 ± 0,01
9 4,52 ± 0,01 4,54 ± 0,01
Tabela 1: Medida da corrente x ddp sobre resistor
Fonte: produzida pelos autores.
|1,004 − 1,000|
0,01 2 0,01 2 𝑍9 = = 0,08
𝜎𝑅4 = 1,01. √( ) +( ) = 0,01 𝑘Ω 0,003 + 0,050
1,99 1,52
Como pode-se notar, os valores de R comportaram
0,01 2
) + (0,01) = 0,01 𝑘Ω
2
𝜎 = 1,00. √( como o esperado, segundo a primeira lei de ohm. A
𝑅5
2,53 2,52
linearidade apresentada por esses valores deve-se
VR=R.IR
0,01 2 0,01 2
𝜎 = 1,01. √( ) +( ) = 0,00 𝑘Ω
𝑅7
3,48 3,46 Segundo essa equação, considerando uma
resistência constante, um aumento na intensidade
0,01 2 0,01 2
𝜎 = 1,00. √( ) +( ) = 0,00 𝑘Ω da corrente provoca um aumento na d.d.p. No caso
𝑅8
4,11 4,10
desse experimento, a resistência era de 1kΩ,
|1,010 − 1,000|
𝑍2 = = 0,16
0,014 + 0,050
|1,007 − 1,000|
𝑍3 = = 0,12
0,009 + 0,050
|1,005 − 1,000|
𝑍4 = = 0,09
0,007 + 0,050
|1,004 − 1,000|
Gráfico 1 - Tensão sobre o resistor de 1kΩ (VR) X Corrente através do circuito
𝑍5 = = 0,07
0,006 + 0,050 IR.
0,01 2 0,01 2
𝜎 = 1,038. √( ) +( ) = 0,025 𝑘Ω
𝑇1 0,54 0,52
0,01 2 0,01 2
𝜎 = 1,030. √( ) +( ) = 0,014 𝑘Ω
𝑇2 1,03 1,00
0,01 2 0,01 2
𝜎 = 1,014. √( ) +( ) = 0,010 𝑘Ω
𝑇3 1,50 1,48
Gráfico 2 - Tensão sobre o termistor de 1kΩ (VR) X Corrente através do
0,01 2 0,01 2 circuito IR.
𝜎 = 0,980. √( ) +( ) = 0,007 𝑘Ω
𝑇4 1,98 2,02
Como pode ser visto no gráfico, uma curva que se
2 2 encaixa bem no ajuste dos dados para o termistor é
0,01 0,01
𝜎𝑇5 = 0,936. √( ) +( ) = 0,005 𝑘Ω
2,33 2,49 dada por uma equação de segundo grau, de formato
y=mx2+nx+c. Considerando, por enquanto, o
0,01 2 0,01 2 termo mx2=0, teríamos que y=nx+c. Esse seria o
𝜎𝑇6 = 0,904. √( ) + (2,93) = 0,005 𝑘Ω
2,65 comportamento do termistor caso ele obedecesse à
primeira lei de Ohm (V=R.I). Dessa forma,
0,01 2
) + ( 0,01) = 0,000 𝑘Ω
2
𝜎 = 0,812. √( teríamos um comportamento linear, em que x seria
𝑇7 2,80 3,45
a corrente I, y seria o potencial V, o n
0,01 2 0,01 2 corresponderia à resistência nominal do material e
𝜎 = 0,806. √( ) +( ) = 0,000 𝑘Ω
𝑇8 3,20 3,97 o c deveria ser nulo, assim como no fenômeno
estudado na 1ª parte. Porém, é notável pelos
0,01 2
) + ( 0,01) = 0,000 𝑘Ω
2
𝜎 = 0,777. √( resultados experimentais que o termistor não segue
𝑇9 3,56 4,58
a lei em estudo. Deve-se voltar, portanto, o foco da
análise para o termo mx2, no qual o coeficiente m
indica a concavidade da curva. Para m<0, tem-se
Como podemos notar previamente, os valores da
uma concavidade para baixo, como é o caso da
resistência no termistor apresentam algumas
curva analisada.
variações que vão ser mais bem observadas no
gráfico IT x VT. Mas pode-se dizer, a princípio, que Considerando que o termistor é um material que
o comportamento do termistor é de um resistor não sofre influência do efeito joule, a energia dissipada
linear, que não segue a linearidade sugerida pela por ele durante a passagem da corrente provoca
primeira lei de ohm. Pode-se notar essa não
uma diminuição da sua resistência. Como foi dito, 6. Conexão entre os experimentos do
m<0 provoca uma concavidade negativa na curva, bloco 1
o que caracteriza um decréscimo na sua inclinação.
Ao realizar os dois experimentos, pudemos notar
Como a resistência equivale a essa inclinação, ela
que a investigação central dessas práticas seria a
está diminuindo. Isso está de acordo com o
coerência da primeira lei de ohm com as
resultado experimental, pois m=-0,0752, então à
observações experimentais. De forma geral, foram
medida que a corrente aumenta, a
medidos os valores das 3 grandezas fundamentais
inclinação/resistência diminui em um fator -
para o estudo dessa lei: corrente elétrica, resistência
0,0752x2.
e diferença de potencial elétrico. Em cada etapa, a
Da mesma forma que na 1ª parte, o gráfico fornece partir dos valores medidos de duas dessas
informações coerentes com os valores esperados. A grandezas, foi possível encontrar valores coerentes
resistência obtida pelo coeficiente n foi igual a da grandeza desconhecida. Além disso, foi possível
1,1078kΩ, próximo do valor nominal. O investigar uma particularidade de alguns materiais
coeficiente c = 0,0074 também indicou uma boa resistores: sua dependência com a temperatura. No
medida por estar próximo de 0. segundo experimento, observou-se que alguns
tipos de resistores não seguem a linearidade
pautada pela primeira lei de Ohm, característica
atendida pelos resistores utilizados no experimento
1. No caso estudado, a resistência fornecida pelo
termistor apresentou o comportamento de uma
equação do segundo grau, por isso ele é
considerado um resistor não-linear.
5. Conclusão