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Boa noite

Meu nome é Guilherme (Oi meu nome é Simony)


Somo orientados pela Prof e Mestra Barbara Cristina
e o titulo do nosso artigo é O Self Na Gestalt Terapia

Num primeiro momento, gostariamos de trazer uma questão filosofica pertinente, a questão
do Eu
O que me diferencia de você? A onde eu estou dentro de mim? Sera que eu sou eu ou eu
sou essa voz interna?
Com isso, abordamos os primeiros movimentos e conceitos oriundos desse estudo do eu.

Num primeiro momento, ressaltamos que o essencialismo trouxe luz a essa questão,
abordando essas propriedades internas dos objetos, vinda de uma realidade além da
realidade tángivel, nosso trabalho ressalta que essa questão do Eu nesse primeiro
momento era lidada como uma substancia duradora, uma essencia, ou uma alma, espirito.
Na psicologia o Ego, ou seja, o nucleo, o diretor, também floresceu a partir do estudo sobre
esse tema.

Esse estudo ganhou relevancia a partir da possibilidade desse pensamento individual, pois
pensem, numa tradição cultural onde o pensamento é construido a partir do que se sabe,
como as pessoas teriam importancias individuais uma vez que todo esforço deveria ser
coletivo? Em seculos anteriores a necessidade de viver de forma coletiva e a falta de
privacidade acabavam por aniquilar qualquer pensamento voltado ao individual, foi somente
a partir de mudanças historicas de conceitos como o surgimento do racionalismo e da ideia
de um funcionamento interno individual, que esse estudo foi ganhando estrutura e
relevancia, uma vez que agora a configuração interna do individuo também era importante e
diferente do que está “fora”, evidenciando ainda mais essa dualidade entre interno e
externo.

Então, essa noção racionalista da “alma”, reforçou a dualidade entre corpo e mente.
Genger, um autor que citamos no trabalho, relata que a partir disso, o self começou a ser
romantizado, em outras palavras, foi-se atribuindo caracteristicas e traços de personalidade,
como criatividade. O autor também ressalta que após o seuclo 20, a visão de Self ficou mais
moderna sendo agora valorizada a capacidade de raciocinio para desenvolver problemas e
também conceitos. Ou seja, essas noções de caracteristicas internas foram sendo
selecionadas em prol do interesse como sociedade, o que distoa do nosso interesse como
ser humano..

Nosso trabalho aborda como esse conflito de interesses baseado na cisão entre corpo x
mente no cénario pós-moderno, acabou por enfraquecer esse conceito de Self
caracteristico. O autor Genger relata que com a globalização a construção de uma imagem
imutavel de si mesmo ficou frágil, uma vez que constantemente são criados novos
significados a partir de novas experiencias e estilos de vida.

Essa fragilidade do Eu pós moderno, por culpa da fragmentação do self, deixa um vazio de
significados, uma vez que o individuo não sabe o que é seu e o que é do ambiente, se ele
deve obedecer a si mesmo, ser seu proprio diretor ou as demandas do ambiente, do mundo
externo, além de si.
Por isso, esse trabalho se justifica uma vez que ao estudar o Self na Gestalt, podemos
explorar como as todas partes interagem para formar uma percepção completa do 'Eu'.
E que essa abordagem também alinha-se com a complexidade das transformações na
concepção do 'Self' ao longo da história, como vimos anteriormente.

Temos como objetivo geral descrever como o self é visto na gestalt terapia
E como objetivos especfiicos, analisar essas transformações, como vimos, conceituar o self
para as diferentes abordagens e abordar as principais caracteristicas do self para a gestalt
terapia
Para isso, utilizamos estudos cientificos encontrados em plataformas academicas como
Scielo, a leitura de autores e classicos de Gestalt Terapia e também de filosofia e outras
abordagens como TCC e Psicanalise.

Bom, neste momento o nosso trabalho leva em consideração os estudos de Bamberg e


Zilke que tiveram como objetivo analisar as percepções do sujeito sobre si mesmo
relacionando a compreensão de self com os conceitos já estabelecidos. A partir desse
estudo surgem 4 pontos principais que serão descritos e relacionados com as abordagens
correspondendetes a forma de desenvolvimento do sujeito.

Os autores relatam que num primeiro momento momento, a concepção de self está muito
atrelada a psicanalise, uma vez que essas disposições internas e externas existem de
forma universal, a partir de uma força interna, diferente da que se relaciona com o mundo,
que segundo Martão, é o DNA psiquico, o guia do Self, o orientador.
Em suma, os autores consideram o Self aqui como uma estrutura mental, dualista e,
destacando a oposição entre os mundos interno e externo e suas relações.

Agora, os autores adentram aos fenomenos observaveis, e se debruçam sobre o


desenvolvimento do mundo para a pessoa, como visto na TCC, nesta abordagem, o que
está em questão é como o ambiente externo influencia o desenvolvimento interno do
individuo, aqui é enfatizado a noção de auto-reflexão baseada nas influencias passadas de
experiencias e internações com o externo, por isso muita das vezes nessas abordagens, as
questão de auto-imagem e percepções de mundo são influenciadas por crenças
automaticas, uma vez que sempre se desenvolve tendo o mundo como orientador.
Nesta abordagem também é enfatizado a visão dualista de funcionamento.

Agora, neste dois ultimos conceitos, que são conceitos que já integram aquelas questões
pos modernas que relatamos, do vazio de significados, abordamos conceitos que são
importantes e trazem em suma a visão holística tão presente na gestalt e tão importante
para lidar com os dilemas do self e sua dicotomia corpo e mente.
Neste terceiro ponto, o autor trás a interação dinamica do desenvolvimento do mundo para
a pessoa e da pessoa para o mundo, os autores abordam aspectos de singulidade e
particularidade, o autor Carl Rogers relata que a natureza dessa interação é o produto
social do desenvolvimento das relações interpessoais, em outras palavras, a interação
dinamica desses conceitos hora mundo e hora pessoa, de maneira integrada, é o resultado
do desenvolvimento das proprias relações, de maneira retroalimentar, o individuo molda e é
moldado pelo ambiente, num processo continuo.
Cria-se então o indivíduo único, o ser como unidade, que hora trabalha como coletivo e hora
volta-se para si mesmo, num processo flúido e continuo, excluindo qualquer dualidade entre
corpo e mente. Essa visão integra o ser como unidade e seus aspectos internos universais,
pois todos nós somos humanos e podemos não sentir tudo da mesma maneira, pois não
possuímos os mesmos significados ou configurações físicas, mas funcionamos de maneira
coletiva, influenciando e sendo influenciado, moldando nosso interno a partir do externo
mas também lapidando o externo a partir do interno, nesse processo continuo de vivencia.

Bom, tendo em vista esse funcionamento continuo, holisitoco e integrador, como é o Self
para a Gestalt terapia?

Dentro da GT, a visão de homem que temos é que o homem é um ser de escolhas, a
palavra Gestalt é alemã e não tem tradução para o Portugues mas seu significado denota
uma configuração formada pela organização das partes individuais, por isso o verbo integrar
é tão importante para GT e apareceu diversas vezes nestá apresentação, pois é a partir da
integração dessa configuração das partes individuais, que está o Self em funcionamento.

Para a GT, todo esse emaranhado de individuos, que possui valores, habitos, crenças e
experiencias de uma vida toda, deve ser levado em consideração na hora de integrar-se. E
para a GT tudo acontece no aqui-eagora. Na GT o sujeito não é visto apenas como por
exemplo estressado, existe um contexto a ser explorado, um cénario que o cerca. O termo
“estresse” não faz parte do sujeito como um todo, mas sim, como parte dele, mediante a
experiencia daquele momento.

Segundo o autor: (le o ultimo paragrafo do slide 9)

Por isso este estudo reforça a importancia de conceituar o self dentro da gestalt terapia,
pois essa experiencia global unificadora é justamente o self em funcionamento, o Self é o
proprio fenomeno da vida, ele não existe isoladamente, ele existe e se revela no contexto
das relações, isso só reforça a importância das relações intersociais na formação da
identidade e na compreensão do proprio funcionamento interno do sujeito.

Por fim, cremos que esse trabalho explorou os objetivos propostos e destacou a experiência
imediata e a totalidade do indivíduo como elementos fundamentais do Self para Gestalt
terapia. Vimos que no encontro entre conceitos como essencialismos e em relação as
outras abordagens, o self para a GT é rico e trás uma compreensão única de
funcionamento, que integra e coloca o individuo em primeiro plano, como seu proprio
orientador e diretor do proprio filme, embora o cénario tenda a mudar constantemente.
No que diz respeito as diferenças entre as abordagens, o Self para a GT se destaca por
integrar corpo e mente e fugir da dicotomia entre corpo e mente. A continuidade do Self de
forma flúida e constante, moldando e sendo moldado, afirma ainda mais a experiencia
global, no aqui-e-agora.

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