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FUNEC

QUÍMICA ORGÂNICA
PROF.: MSc. Manoel Moura

EXTRAÇÃO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

I. INTRODUÇÃO

Inúmeras substâncias oriundas de plantas são utilizadas pelo homem desde os tempos remotos. A
quantidade de cada substância presente em uma planta quase sempre é muito pequena e pode variar inclusive
entre as plantas da mesma espécie.
Óleos essenciais são uma mistura quimicamente complexa de vários compostos voláteis. A maioria tem
um ou mais constituintes principais que lhes conferem aroma e gosto característicos. Entretanto, o aroma final
resulta da interação de todos os seus constituintes.
Os óleos essenciais são de grande importância na indústria alimentícia e de perfumes. Uma substância de
ampla ocorrência no óleo essencial do cravo-da-índia (Eugenia aromatica L.) é o eugenol, que representa o seu
principal constituinte.
O cravo, que são botões florais secos, é utilizado na culinária chinesa há mais de 2.000 anos como
conservante de carnes. O eugenol é utilizado em clínica odontológica (ação analgésica), perfumaria e também
como atraente de insetos.
A composição do óleo essencial do cravo-da-índia é de aproximadamente 82-87% de eugenol, 10% de
acetileugenol, além de pequenas quantidades de canofileno, vanilina e furfura!.
O eucalipto-limão (Eucalyptus citriodora Hook) possui folhas com aroma cítrico e é fonte de citronelal,
uma substância aromatizante bastante utilizada em preparações germicidas e desinfetantes, como na fórmula a
seguir.

Eugenol Citronelal

A extração do óleo essencial do cravo-da-índia e do eucalipto pode ser feita pela técnica de destilação
simples (Figura 1), utilizando água como solvente extrator.

Figura 1 - Montagem para extração.

II. OBJETIVO
Extrair óleo essencial do cravo-da-índia ou do eucalipto pela técnica de destilação simples e utilização da
técnica de extração com funil de separação para separação.

III. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

PARTE I
1. Faça a montagem da aparelhagem necessária para a destilação simples, conforme Figura 1. Abra a
torneira e regule a saída de água até que se estabeleça um fluxo contínuo de água pelo condensador.
2. Coloque 10 g do material a ser utilizado (botões de cravo-da-índia ou folhas de eucalipto) no balão para
destilação (250 mL) e adicione água destilada. Inicie a destilação aquecendo a mistura em banho de
glicerina. Observe as mudanças ocorridas na mistura.
3. Recolha 50 mL do hidrolato (óleo essencial mais água) em um balão de fundo chato. Separe em um
béquer 10 mL do hidrolato (material destilado) para a realização dos testes químicos para a
identificação de grupos funcionais.
4. Transfira o restante do material para um funil de separação e adicione 10 mL de dic1orometano. Agite
a mistura, tomando o cuidado em aliviar a pressão interna no funil. Esta operação deve ser feita no
interior de uma capela de exaustão. Deixe o sistema em repouso até que ocorra a separação completa
das fases. Recolha a fase orgânica em um erlenmeyer. Observe o esquema da figura 2.
5. Adicione novamente 10 mL de diclorometano à fase aquosa restante no funil de separação. Repita a
extração simples descrita antes. Recolha a fase orgânica no erlenmeyer utilizado anteriormente e
adicione sulfato de magnésio anidro (5 g). Filtre sobre papel-filtro em funil de vidro.
6. Após a filtração concentre a mistura (utilizando um banho de vapor na capela), transfira o líquido
restante para um tubo de ensaio previamente tarado e concentre o conteúdo novamente por evaporação
em banho-maria até que somente um resíduo oleoso permaneça. Seque o tubo de ensaio e pese. Calcule
a porcentagem de extração de óleo, baseado na quantidade original de cravo usada

Figura 2: Esquema para utilização do funil de separação

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