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Introdução A Eng.

de Produção

Sistemas de Produção

Prof. Dr. Sérgio Luiz Vaz Dias


Slvdias@terra.com.br

Introdução a Engenharia de Produção


Visão Sistêmica e Visão Processo
Prazo
Confiabilidade
Vendas(Produção) - M.P. - D.O.
R = Quantidade
Investimento (Imobilizado + Estoque) Cliente Qualidade
Preço
Flexibilidade

Produto
Matéria Prima

Insumos Serviço
Fluxo
Pe
STP
GO I rd
as

Lead Time - Atravessamento


Introdução a Engenharia de Produção
Estrutura de um Sistema de Manufatura ou de Produção

Introdução a Engenharia de Produção


Estrutura de um Sistema de Manufatura ou de Produção
PERDAS
Perturbações
Qualidade
C
Material l Prazo
Peças e produtos e i
Energia Um Sistema de Produção é de qualidade n Custo
t
Demanda Informação e
Entradas Saídas
Fatores Sócio- Serviço E
Políticos ao consumidor x
Peças defeituosas et
Informação e refugo r
n
Gestão Feedback o
Parâmetros mensuráveis do Sistema:
*Elementos físicos: Tempo de atravessamento
Máquinas p/ processamento Taxa de produção
Ferramentas e maquinário Estoque em processo
Equipamento de movimentação % de defeituosos
de material % de entregas no prazo
Pessoas (clientes internos) Volumes de produção diários/semanais/mensais
Custo total ou custo unitário
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Antes da Crise Internacional do Petróleo
( 1973 – 1979)

Oferta Global Demanda


Capacidade < Potencial
Instalada

•Sistema AMERICANO de Produção


•Sistema FORDISTA de Produção

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A Produção em Massa
•Henry Ford (1863 - 1947): Reconhecido universalmente como o pai da
moderna produção em massa.
•Um marco: Ford modelo T, 15 milhões de unidades produzidas entre 1908
e 1927.
Um produto padronizado: qualquer cor ... desde que fosse PRETO!!!
– Um produto projetado para a manufatura
– Um produto “user-friendly”
Objetivos da produção em massa – foco das melhorias
• Reduzir o preço dos produtos
• Aumentar o volume de vendas
• Aumentar a eficiência da produção Repetir o ciclo
indefinidamente
• Beneficiar-se da economia de escala:
maior produção ⇒ menor preço
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O conceito de Custos segundo Ford ( ganhos de escala )

Custo

Quantidade

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Evolução das normas de concorrência

Depois de 1973 - 1979

Oferta Global Demanda


Capacidade
Instalada
> Potencial

Custos

Flexibilidade

Foco das Qualidade

Melhorias Atendimento

Lead Time

Introdução a Engenharia de Produção Inovação


Ford Motor Company
Concorrência = US$ 1000

Preço do “Modelo T” 1906: US$ 600 - “Modelo N”


1908: US$ 850
1916: US$ 360
Tempo de MO reduzido de 1920: US$ 290
12,5 h para 1,5 h

Detém 2/3 do
mercado americano

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Classificação de Sistemas Produtivos

Produção sob
encomenda
Repetitiva de alto
volume

Discreta (consigo ver o Contínua (não consigo ver o


item controlo a unidade) item controlo por volume)

Produção por lotes


Produção para (job shop)
estoque
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Classificação de Sistemas Produtivos

 Quanto à entrega

 Quanto ao tipo de processo

 Quanto à aspectos econômicos

 Quanto ao formato do processo

Quanto à caracterização do produto final

 Quanto à variedade e ao volume de produção


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Classificação de Sistemas Produtivos

Quanto à forma do processo

PFs

V A T MPs
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Just-in-Case x Just-in-Time

Just-in-Case Just-in-Time

Segue os princípios Os princípios JIT de


tradicionais de administração da
administração da produção introduziram
produção, baseados na uma série de práticas na
lógica manufatura que vieram a
taylorista/fordista. quebrar o paradígma
taylorista/fordista.

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Ao mesmo tempo em que melhora a SEGURANÇA e o MORAL de
seus funcionários
Fonte: Ghinato, 2004

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Introdução a Engenharia de Produção
Introdução a Engenharia de Produção
Aumento do lucro sob condições
F Aumento de receita de crescimento econômico lento
PROD = FAT / CUSTOS
A
T Controle de Qualidade
por Toda a Empresa
Redução de custos pela eliminação de perdas

Corte de inventário
CUSTOS Corte da força de trabalho
Respeito à
condição humana
Controle da quantidade de produção
adaptável às mudanças da demanda

Aumento da moral
dos trabalhadores Just-in-Time Flexibilização da
força de trabalho
TPM (“Shojinka”)
Sistema Kanban
Garantia
da Qualidade
Sincronização da produção

Autonomação Redução o lead time (tempo de atravessamento)


(“Jidoka”)

Produção em pequenos lotes Prod. unitária em linha balanceada TG


Gerenciamento
funcional

Redução do tempo de Operações Layout de Trabalhadores


setup (preparação) padrão máquinas multifuncionais

Atividades de melhoria por pequenos grupos


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Como custos, quantidade, qualidade e respeito à condição humana, são melhorados pelo Sistema Toyota de Produção
Produção Enxuta
Mais do que um punhado de conceitos e ferramentas ...

7 Perdas
Kanban
5 Porques
TPM Andon Just-In-Time
TRF Heijunka Células tipo “U”
5 S’s
Takt Time Multifuncionalidade
Kaizen
Poka-Yoke Linhas Balanceadas

Fluxo Contínuo Jidoka Quebra Zero


Nagara Shojinka
Zero Defeitos

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Arranjos Industriais e
Manufatura Celular

Prof. Sérgio Luiz Vaz Dias - Dr

slvdias@terra.com.br

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As Sete Perdas Fundamentais
• Perda por super-produção (quantidade e
antecipada);
• Perda por espera (homens e máquinas);
• Perda por transporte;
• Perda no próprio processamento;
• Perda por estoque;
• Perda por movimentação;
• Perda por fabricação de produtos defeituosos.
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Processos: Simbologia

Processamento
Transporte
Inspeção
Espera lote Esper
a
Espera processo
Estoque
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Otimizar o Layout Antes de
Automatizar

• Um dos primeiros passos para começar a


obter os “efeitos da automação” é projetar ou
modificar o layout de forma que as distâncias
percorridas pelos materiais, pessoas e
ferramentais sejam minimizadas.

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Mas afinal... O que é Layout???

• Layout é a organização das instalações


físicas da empresa de forma a promover a
utilização eficiente de:
– equipamentos;
– materiais;
– pessoas;
– energia.

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O que é Layout?
• Segundo o International Labour Office, de
Genebra, Layout é:
“A posição relativa dos departamentos, seções
ou escritórios dentro do conjunto de uma fábrica,
oficina ou área de trabalho manual ou intelectual;
dentro de cada departamento ou seção; dos
meios de suprimento e acesso às áreas de
armazenamento e de serviços, tudo relacionado
dentro do fluxo de trabalho.”

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Objetivo do Layout

•Fluxo:
– Racional (lógico e com seqüenciamento
ordenado)
– Progressivo (sem retorno)
– Limpo (sem obstrução)

•Flexibilidade
(capacidade para absorver alterações /
variações)
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Objetivo do Layout
• Expansão (da capacidade produtiva)

• Uso do espaço disponível

• Reduzir investimento

• Permitir controle da quantidade e da qualidade

• Conforto e segurança

• Facilitar a supervisão

• Integração geral de todos os fatores que afetam o layout

•Mínima movimentação de materiais

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Os 6 Princípios Básicos do Layout

1. Princípio da Integração Geral.


2. Princípio da Mínima Distância de
Movimentação.
3. Princípio do Fluxo.
4. Princípio do Espaço Cúbico.
5. Princípio da Satisfação e Segurança.
6. Princípio da Flexibilidade.

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1. Princípio da Integração Geral
• O melhor layout é o que integra homens,
materiais, máquinas, atividades auxiliares e
qualquer outro fator como a melhor solução de
compromisso.
compromisso

2. Princípio da Mínima Distância


• Mantidas as outras condições constantes, o
melhor layout é o que permite que os materiais
movimentem-se ao longo das menores distâncias
entre as operações.

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3. Princípio do Fluxo
• Mantidas as outras condições constantes, o
melhor layout é o que arranja as áreas de trabalho
para cada processo na mesma ordem ou
seqüência de produção,
produção tratamento ou montagem
dos materiais.

4. Princípio do Espaço Cúbico


• Economia é obtida através da utilização eficaz de
todo o espaço disponível - horizontal e vertical.
vertical

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5. Princípio da Satisfação e Segurança
• Mantidas as outras condições constantes, o
melhor layout é o que garante que o trabalho seja
prazeroso e seguro para os funcionários.
funcionários

6. Princípio da Flexibilidade
• Mantidas as outras condições constantes, o melhor
layout é o que pode ser ajustado e rearranjado ao
menor custo e inconveniência.
inconveniência

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Layout ou Arranjo Físico

O Arranjo Físico depende do fluxo


produtivo, tanto no setor produtivo como no
administrativo.

• O espaço necessário para cada


equipamento é função da operação.

NÃO EXISTE ARRANJO FÍSICO PERFEITO.

EXISTE ARRANJO FÍSICO MAIS INDICADO PARA O MOMENTO

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Áreas de Influência de um
Projeto de Layout
Complexidade do
Processo Produtivo
Manuseio de Flexibilidade
Materiais da Produção

Investimento
Estoques LAYOUT em Equipamentos

Segurança,
Utilização de Espaço Conforto e
Utilização de Conveniência
Mão-de-obra
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Os Sistemas de Produção

Área da Estação de Trabalho

A Área da Estação de Trabalho no Layout deve levar


em consideração as seguintes áreas:

– Área Estática (AE)


– Área de Circulação (AC)
– Área de Utilização (AU)

• Área Estática (AE):


– É a área em planta, representada pela sombra do
equipamento projetada no chão, vista de cima.
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Tipos de Layout:
Volume de Produção × Variedade

volume
produção

alto
layout
linear
médio layout
celular
layout
baixo funcional layout
fixo
baixa média alta variedade
produtos
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Tipo de Produto × Sistema de Manufatura

Produtos de Baixos Volumes


Tipo de Indústria por Produto
Commodities Diferenciadas
e Diferenciados por Encomenda de Alto Volume
Layout de Aeroespacial
Posição Fixa Naval
*
Maquinário Industrial
*
Vestuário
*
Tipo de Sistema de Manufatura

Layout
Funcional
Ferramentas
Farmaceutica *
Motocicletas *
Química Especial *
Layout
Eletro-eletrônica
*
em Linha
Automobilística
Pneus e Borracha *
Produtos em Aço
Químicos *
Layout em Papel
Linha Dedicado Containers
Cervejas
Óleo
Processo
Contínuo
Aço
*
Produtos Florestais

* Indústrias onde os Sistemas de Manufatura de Células Interligadas foram


implementados com sucesso.
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Afinal, quando promover
melhoria do Layout?

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Quando Promover Melhoria do Layout

Quando o sistema de produção é alterado


pelas vendas, tipos de produtos e método
de produção;

Quando o método de produção é


modificado pela mecanização, automação e
métodos de fabricação, como resultado de
avanço tecnológico e inovação;
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Quando Promover Melhoria do Layout

Quando o projeto do produto é modificado


e o processo produtivo e os métodos de
trabalho devem ser adaptados;

Quando a eficiência do “layout” atual é


baixa. Através da análise da operação ou
análise do processo produtivo constata-se
muitas perdas;

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Quando Promover Melhoria do Layout

Quando a quantidade produzida muda


consideravelmente;

Quando novos produtos são incluídos na


produção.

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As Abordagens do Projeto de
Instalações Industriais

1. Abordagem Baseada em Experiência


2. Abordagem Centrada na Construção
3. Abordagem da Clonagem
4. Abordagem “bottom up”
5. Abordagem Sistemática
6. Abordagem Estratégica
7. Abordagem “FacPlan”
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1. Abordagem Baseada em
Experiência
• O planejamento das instalações é baseado na
experiência, senso comum e instinto.
• A experiência dos membros mais velhos da
organização é valiosa no que diz respeito ao que
funciona ou não.
• Contudo, a experiência pode entrar em
obsolescência devido a novas tecnologias e formas
de organização.
organização
• Este tipo de abordagem, normalmente, não é bem
organizada e resulta da memória de um ou poucos
indivíduos. Detalhes podem ser esquecidos.

•Fim da aula 12 Maio 2006


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2. Abordagem Centrada na
Construção

• Esta abordagem está focada na construção e nos


prédios. O produto final é, freqüentemente,
imponente e, às vezes, uma obra de arte, mas pode
não satisfazer as necessidades operacionais do
negócio.
negócio

• É freqüente utilizar-se a suntuosidade de um prédio


para evidenciar poder financeiro ou capacidade
tecnológica. É uma forma legítima de propaganda.
propaganda

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3. Abordagem da Clonagem
• A clonagem simplesmente duplica uma instalação já
existente ou parte dela.
• É uma abordagem extremamente rápida.
rápida
• Se a instalação existente é eficiente e se as
condições são as mesmas, este tipo de abordagem
funciona bem. McDonald’s utiliza esta abordagem
para construir suas “fábricas de hamburgers” no
mundo inteiro.
• Para a maior parte dos casos, no entanto, a
clonagem tem uso limitado porque locais, processos
e pessoas são diferentes.

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4. Abordagem “bottom up”
• Esta abordagem começa pelos detalhes.
detalhes Quantas
escrivaninhas? Quantas máquinas? Quantas
pessoas? E a partir daí, as unidades
departamentais e, depois, o planejamento de toda
a empresa.
• É uma abordagem apropriada se todos os detalhes
e como eles se encaixarão no sistema são
conhecidos, se houver tempo e se os detalhes não
forem modificados.
• Tais condições são muitas vezes encontradas em
fábricas pequenas operando em ambientes
estáveis.

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5. Abordagem Sistemática
• O Planejamento Sistemático do Layout (PSL) utiliza
procedimentos, convenções e fases.
• Ajuda o projetista a entender o que fazer a cada
passo do projeto.
• Proporciona economia de tempo e esforço.
• No entanto, muitos layouts criados através dessa
abordagem são simplesmente versões melhoradas
de instalações anteriores.
• A maior preocupação é como arranjar blocos de
espaço. Uma questão mais fundamental é quais
blocos de espaço devem ser arranjados.
arranjados

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6. Abordagem Estratégica
• A abordagem estratégica é “top-down”.
down
• Esta abordagem estabelece as políticas antes e
arranja tecnologia, organização e instalações
para dar-lhes suporte.
• Esta abordagem é direta e tem um propósito.
• Permite a todos os envolvidos no projeto seguir
na mesma direção.
• É insuficiente se for utilizada isoladamente, pois
não diz aos projetistas o que fazer.

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7. Abordagem “FacPlan”
• Este método combina os melhores aspectos
de várias abordagens.
• Tem sistema e estrutura e inclui a dimensão
estratégica. Também utiliza-se da experiência
e conhecimento daqueles que utilizam as
instalações.
• Pode ser implementada a partir do detalhe em
direção ao nível geral ou vice-versa, quando
necessário.
• FacPlan utiliza uma hierarquia dos níveis de
detalhe.
• Diagramas de fluxo de procedimentos
orientam o projetista através de cada tarefa e
auxiliam no processo decisório.
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Bibliografia

•Richard Muther – Practical Plant Layout – Ed. McGraw-


hillBook – 1955
•Richard Muther – Planejameto do Layout: Sistema
SLPractical Plant Layout – Ed. Edgard Blücher – 1978
•Tompkins, James A. – Facilities Planning – Ed John Wiley &
Sons - 1996

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