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ACADÊMICA: Greice Scherer

PRÁTICA JURÍDICA III – RECURSO

PROFESSORA: Anelise Rigo de Marco

SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ


META 01 – QUADRO DE RECURSO
QUADRO DE RECURSOS – PROCESSO CIVIL

RECURSO Fundamento Legal Hipótese de Requisitos Prazo Órgão de Órgão julgador Preparo Algumas Súmulas
cabimento interposição
Apelação Contra a sentença, Pré-questionamento 15 DIAS TJ TJ
Art. 1.009 ao art. para devolução, ao Subjetivos JUÍZO DE 2º JUÍZO DE 2º
1.014 do Novo CPC. tribunal do Legitimidade GARU GARU
conhecimento da Representação processual
matéria impugnada Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Agravo de ART. 1015 quando a decisão do Pré-questionamento 15 TJ TJ


instrumento juiz tem potencial de Subjetivos DIAS JUÍZO DE 2º
causar lesão grave e Legitimidade GARU JUÍZO DE 2º
de difícil reparação à Representação processual GARU
parte. Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Agravo interno art.1021 CPC Pré-questionamento 15 TJ TJ Sumula 182 STJ


DIAS DE 2º DE 2º
Subjetivos JUÍZO JUÍZO
Legitimidade GARU GARU
Representação processual
Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Embargos de Arts.1.022 e 1.026. Cabíveis contra Pré-questionamento 05 DIAS TJ TJ


declaração sentenças e acórdãos, Subjetivos JUÍZO DE 2º JUÍZO DE 2º
em conformidade com Legitimidade GARU GARU
o art. 1.002 do CPC Representação processual
(art. 48 da Lei n. Cabimento tempestividade
9.099/95). Preparo
• A oposição dos Regularidade formal 3
embargos de Motivação
declaração interrompe Inexistência de algum fato
o prazo para outros
recursos.
• Podem ser opostos
na forma oral ou
escrita (no prazo de 5
dias).
Recurso ordinário Art. 1.012 CPC. Pré-questionamento 15 DIAS STF e STJ
Subjetivos
Legitimidade
Representação processual
Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Recurso Art. 1029 Não tem cabimento no Pré-questionamento 15 DIAS STJ /STF
especial âmbito do Juizado Subjetivos
Legitimidade
Súmula 203 do STJ1 Representação processual
Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Recurso Art. 1029 Pré-questionamento 15 DIAS STJ /STF


extraordinário Tem cabimento nos Subjetivos
termos do art. 102, III, Legitimidade
da Constituição da Representação processual
República. Cabimento tempestividade
Preparo
Inteligência das Regularidade formal 3
Súmulas 640 e 727 do Motivação
STF2 Inexistência de algum fato

Embargos Art. 1043 CPC Pré-questionamento 15 DIAS STJ /STF


d Subjetivos
e divergência Legitimidade
Representação processual
Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato

Agravo contra art. 1.042. CPC Pré-questionamento 15 DIAS STJ /STF


negativa de Subjetivos
seguimento de Legitimidade
Recurso especial e Representação processual
extraordinário. Cabimento tempestividade
Preparo
Regularidade formal 3
Motivação
Inexistência de algum fato
META 02 – APELAÇÃO
Excelentíssimo senhor(a) doutor(a) juiz(a) de direito da 5ª Vara Cível da
Comarca de XXXXX/UF

Processo nº 300.222.222-3

SÉRGIO PEDREIRA, já devidamente qualificado nos autos, vem


respeitosamente perante vossa excelência, por meio das suas advogadas abaixo
assinadas, interpor, com fulcro nos artigos 1.009 e seguintes do CPC, o presente:

RECURSO DE APELAÇÃO

Em face da decisão proferida na ação de cobrança que move contra MARCOS


DOS SANTOS, pelas razões em anexo.

Outrossim, requer que a parte contrária seja intimada para, querendo, no prazo
de 15 dias apresentar suas contrarrazões.
Requer, que no caso de não ser realizado o juízo de retratação, conforme art.
485, §7º por vossa excelência, que o presente recurso seja encaminhado para o
Egrégio Tribunal de Justiça para admissão, processamento e julgamento.

Termos em que pede


E espera deferimento

São Sebastião do Caí, 28 de agosto de 2023

_
Advogado
OAB/UF XXXXXX
RAZÕES RECURSAIS

APELANTE: SÉRGIO PEDREIRA


ADVOGADO APELANTE: NOME, ENDEREÇO, OAB Nº XXXX/UF
APELADO: MARCOS DOS SANTOS
ADVOGADO APELADO: NOME, ENDEREÇO, OAB Nº XXXX/UF
PROCESSO DE ORIGEM:300.222.222-3
COMARCA:5ª Vara Cível da Comarca de XXXXX/UF

EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
EMÉRITOS DESEMBARGADORES

Da tempestividade:

O presente recurso de apelação é tempestivo, tendo em vista o prazo para


apresentação deste ser de 15 dias conforme artigo 1.003, §5º do CPC, e a data
inicial deste prazo no presente processo ser dia 08 de agosto de 2023.

Do cabimento:

O presente recurso é cabível com fulcro no artigo 1.009 do CPC, por se tratar de
recurso contra decisão proferida em face de sentença.

Da legitimidade:

O artigo 996 do CPC é claro ao dispor que o “recurso pode ser interposto pela
parte vencida, pelo terceiro prejudicado e/ou pelo Ministério Público”, portanto, o
apelante se demonstra legítimo para interpor a presente apelação.

Da representação:

A parte apelante está devidamente representada através de seu advogado


constituído nos autos (vide procuração em anexo).

Do preparo:

Informa que realiza a juntada em anexo da guia de custas de preparo


devidamente quitada, nos termos do artigo 1.007 do CPC.

Breve síntese dos fatos:


A ação trata-se de uma ação de cobrança em que o pra apelante visa a
condenação do apelado ao pagamento do valor de R$30.000,00 (trinta mil reais),
valor este oriundo de documento devidamente assinado pelo apelado, o qual por
si só já é motivo de comprovação da dívida, gerando assim a obrigação.
Entretanto, o apelado, em sua contestação, alegou de forma preliminar sua
ilegitimidade passiva, aduzindo que a referida assinatura presente no documento
não era sua, isentando-o assim de qualquer cobrança por não ser o possuidor
da dívida.

O apelante, em sua réplica, manteve seu posicionamento, e solicitou ao juízo


que fosse realizado uma perícia grafotécnica para rebater os argumentos
trazidos pelo apelado em sua contestação, e comprovar de fato que este havia
contraído a dívida por meio do documento anexo na exordial.

Tal prova pericial foi indeferida pelo juízo. Tal indeferimento ocorreu por mero
convencimento do juiz de que a assinatura do documento apresentado na
exordial, documento este que comprova a dívida, é diferente da assinatura
apresentada na procuração do apelado. Dessa forma, o magistrado julgou que a
assinatura do documento apresentado pelo autor, ora apelante, era nitidamente
falsa, sendo assim, não era necessário nenhum outro meio de prova.

Da decisão recorrida:

Utilizando-se do exposto nos fatos, de que a assinatura era falsa no documento


da exordial, fato este não comprovado, apenas julgado pelo magistrado, este
acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pelo réu, e extinguiu o feito
sem resolução do mérito com base no artigo 485, inciso VI, do CPC. Outrossim,
realizou a condenação do autor em custas processuais e honorários
sucumbencias arbitrados em 10% do valor da causa.

Do mérito:

A sentença proferida nos autos sem resolução do mérito baseada no artigo 485,
inciso VI do CPC, não deve ser mantida, pois, feriu, diversos direitos do ora
apelante, inclusive direitos constitucionais.

Ao realizar o indeferimento da prova pericial, o magistrado que proferiu a


sentença no juízo a quo feriu o direito de defesa e cerceamento de meios e
recursos disponíveis para devida comprovação do alegado. Direito este que é
constitucional conforme artigo 5º, inciso LV da CF/88:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em


geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos
a ela inerentes;”
No presente caso, a prova pericial realizada por perito grafotécnico, é prova
indispensável para aferir a autenticidade das assinaturas do documento anexo
na exordial, uma vez que o apelado alegou em sede de contestação que a
assinatura não era sua. A mera comparação entre as assinaturas sem a devida
realização de perícia não possui o condão de revelar se alguma delas é falsa.
Principalmente pelo fato de que o apelado, pode ter realizado assinaturas
diferentes daquela que utiliza ou até mesmo ter realizado a troca do modelo de
sua assinatura, circunstância essa, que apenas por meio de prova pericial será
possível realmente ser analisada.

Conforme artigo 156 do CPC, apenas após realização de perícia que pode
ocorrer o acolhimento pelo juízo da arguição de ilegitimidade passiva:

“Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de
conhecimento técnico ou científico.”

Outrossim o juízo a quo só poderia realizar o indeferimento pericial nos casos do


artigo 464, §1º:

“Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.

● 1º O juiz indeferirá a perícia quando:

I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;


II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável”
No caso concreto dos autos, não é verificada nenhuma das razões para ser
indeferida a perícia solicitada, tendo em vista não haver outras provas, a prova
depender de conhecimento técnico especial, bem como é possível a verificação.

Neste mesmo sentido, é de entendimento jurisprudencial o deferimento de prova


pericial:

“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PROVA PERICIAL. NECESSIDADE.


INDEFERIMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. OCORRÊNCIA. I - O
indeferimento da produção de prova pericial considerada necessária para a
solução da controvérsia configura inequívoco cerceamento de defesa, com
violação ao contraditório e à ampla defesa. II - Deu-se provimento ao recurso.
(6ª Câmara Cível, TJDF – 00153109720168070007 – Relator José Divino)”
Sendo assim, resta evidente que a sentença proferida pelo juízo a quo não
merece ser mantida, tendo em vista que houve cerceamento de defesa em
sentido amplo, prejuízo ao exercício do direito de ação e prestação jurisdicional
inadequada e insuficiente. Outrossim, ao realizar o indeferimento de prova
pericial e extinguir o processo sem resolução do mérito, este se baseou em um
convencimento equivocado, por não possuir conhecimento técnico para realizar
tal análise, contrariando assim os princípios constitucionais e as normas civis.
Dos pedidos:

Por todo o exposto, requer:

-Seja recebido o presente recurso;

-Seja decretada a anulação da sentença proferida pelo juízo a quo;

-Seja determinada a remessa dos autos à origem para a realização de prova


pericial, essencial para o deslinde do feito.

Nestes termos pede


E espera deferimento.

São Sebastião do caí, 29 de Agosto de 2023

Advogado
OAB/ UF XXXXX
META 03 – EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
E RELATOR DA DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70064459753 (N° CNJ: 0131353-


37.2015.8.21.7000)

BANCO BRADESCO S.A, já devidamente qualificada, vem respeitosamente


perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 1.022 do CPC, interpor:

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Em face da decisão de folhas XXX, no agravo de instrumento nº 70064459753


que possui como parte contrária VITÓRIA TECNOLOGIA E SERVIÇOS DE
PORTARIA LTDA ME e MARCELA ARIANA VITÓRIA, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:

I – DOS FATOS:

O Banco Bradesco, ora embargante, adentrou com ação de execução de dívidas


bancárias de títulos extrajudiciais em uma das Comarcas da cidade de Porto
Alegre-RS, tendo como parte contrária Vitória Tecnologia e Serviços de Portaria
LTDA ME e Marcela Ariana Vitória, que neste ato são embargadas.
Em sua defesa, as rés, ora embargadas, interpuseram embargos de devedor,
solicitando efeito suspensivo. Todavia, o magistrado atuante indeferiu o pedido
suspensivo alegando não haver os requisitos dispostos em lei para tal pedido.
As rés inconformadas com a decisão interpuseram agravo de instrumento
acerca da decisão do magistrado, agravo este que foi julgado pela Décima
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
No julgamento em questão, foi decidido dar provimento ao agravo, bem como,
determinou o devido prosseguimento do feito. Entretanto, tal decisão contém
divergências, tendo em vista que com o provimento do agravo, não haveria
prosseguimento do feito, pois, ocorreria a suspensão do mesmo.
Outrossim, o voto do relator é no sentido de dar provimento ao agravo, entretanto
na ementa deste, é informado que o agravo foi desprovido por unanimidade.

II – DO CABIMENTO E DA TEMPESTIVIDADE:

O presente embargos de declaração é cabível tendo em vista a decisão


recorrida conter contradição, conforme artigo 1.022, inciso I, do CPC:
“Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial
para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;”
Bem como, o presente é tempestativo, tendo em vista estar sendo apresentado
no prazo de até 5 dias, conforme artigo 1.023 do CPC.
“Art. 1.023. Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição
dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e
não se sujeitam a preparo.”
Outrossim, tal recurso não se encontra sujeito a preparo.

III – DO ERRO MATERIAL E DA CONTRADIÇÃO

Na decisão que ocorreu em sede de agravo de instrumento pela décima câmara


cível do Tribunal de Justiça do RS, houve contradição e consequentemente erro
material, devendo este ser devidamente corrigido pelo desembargador que o
proferiu, qual seja, Presidente e Relator Sr. Des. Antônio Maria Rodrigues de
Freitas Iserhard, tendo em vista que na decisão recorrida em seu voto o Sr. Des.
Antônio proferiu o seguinte:
“(...) No caso dos autos, contudo, não há preenchimento de tais requisitos, já
que a execução não se encontra garantida por penhora, deposito ou caução.
Posto isso, voto pelo provimento do agravo de instrumento para determinar
o prosseguimento da execução.”
Neste pequeno trecho já é possível ser analisado erro material e contradição,
tendo em vista que foi citado não haver sido preenchido os requisitos para tal
pedido, entretanto, na frase seguinte de sua decisão o mesmo, vota pelo
provimento do agravo com prosseguimento da execução.
Bem como, no acórdão da decisão, consta a seguinte decisão:
“Acordam os Desembargadores integrantes da Décima Primeira Câmara Cível
do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em negar provimento ao
agravo de instrumento.”
Sendo assim, é nítido que há contradição e erro material na decisão proferida
pelo Sr. Des. Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard, tendo em vista que
no voto do desembargador deveria constar NÃO PROVIMENTO, e constou
apenas PROVIMENTO.
Dessa forma, a decisão deverá ser devidamente revista e corrigida para sanar
a contradição e erro material exposto.

IV – DOS PEDIDOS:
Pelo exposto, requer

-Seja CONHECIDO e PROVIDO o presente recurso;

-Seja devidamente corrigido o erro material e sanada a contradição supracitados;

-Após seja retornado ao juízo de origem e haja o devido prosseguimento da ação


oriunda.
TERMOS EM QUE PEDE
E ESPERA DEFERIMENTO

Porto Alegre, 23 de agosto de 2023

ADVOGADA
OAB/UF XXXXXX
META 04 – AGRAVO DE INSTRUMENTO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DA TURMA
RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DO RIO GRANDE DO SUL

MICHELE A.R, brasileira, solteira, inscrita no CPF sob nº XXXXXXXXX,


portadora da carteira de identidade nº XXXXXXXX, residente e domiciliada na
Rua xxxx, nº XX, bairro XXXX, na cidade de Teutônia, por seu advogado que
esta subscreve, nos autos do processo de número XXXXXXXXXXXX, que move
em face do ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, pessoa jurídica de direito
público, inscrito sob o CNPJ nº 87.934.675/0001-96, com sede na Praça
Marechal Deodoro, S/N, Porto Alegre-RS vem, respeitosamente, à presença de
Vossa Excelência, não se conformando com a respeitável decisão prolatada XXX
que indeferiu o pedido de tutela de urgência, interpor o presente recurso de
AGRAVO DE INSTRUMENTO com fundamento nos arts. 1.015 e seguintes do
Código de Processo Civil, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas,
indicando as seguintes peças do processo cujas cópias a signatária declara
autênticas, conforme Art. 1.017 do mesmo Código.

I – DO PREPARO

A agravante deixa de juntar o comprovante de recolhimento do preparo, tendo


em vista ter lhe sido concedido o benefício de gratuidade da justiça, conforme
decisão do magistrado de fls. xx, já acostada, nos termos dos arts. 98 e 1.007, §
1º do CPC.

II – DA TEMPESTIVIDADE E DO CABIMENTO

Consoante se depreende dos autos, a recorrente foi intimada da decisão no dia


XX/XX e protocolizou o presente recurso no dia 22/08/2023, portanto dentro do
prazo de quinze dias previsto em lei conforme artigo 1005 §5º cumulado com
artigo 219, ambos do CPC.

Trata-se de decisão interlocutória que indeferiu pedido de tutela provisória.


Portanto, cabível, no caso, o presente recurso de agravo de instrumento
conforme inteligência do art. 1.015, I, do Código de Processo Civil.
Embora se reconheça que não há previsão de agravos nos procedimentos
acelerados dos tribunais especiais, tanto a doutrina como a jurisprudência
reconhecem a forma de tratar os casos em que uma sentença de primeira
instância possa causar danos irreparáveis ??às partes. Neste caso, o recurso
visa preservar a vida do recorrente que se encontra em perigo por motivo de
doença, satisfazendo assim o requisito de dano irreparável à parte.
III - DA JUNTADA DE DOCUMENTOS

A agravante requer a juntada dos documentos relacionados abaixo, nos moldes


do artigo 1.017 do CPC.
Outrossim, requer a intimação da parte contrária para, querendo, apresentar
contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.
Requer que seja o presente recurso recebido e processado em seu regular efeito
devolutivo.
Por fim, em cumprimento ao disposto no art. 1.016, inciso IV, do Código de
Processo Civil, informa o nome e o endereço do advogado das parte agravante,
deixa de juntar da parte agravada por está não haver constituído procurador nos
autos.
Nome, OAB e Endereço profissional do advogado do agravante;

Termos em que, Pede deferimento.

São Sebastião do Caí, 22 de agosto de 2023.

Advogado
OAB/RS
EGRÉGIA TURMA RECURSAL DA FAZENDA PÚBLICA DO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

MINUTA DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Processo originário nº XXXXXX

Localidade de origem: Teutônia-RS

AGRAVANTE: MICHELE A.R

AGRAVADO: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

IV – DA SÍNTESE DOS FATOS:

Trata-se de ação contra o Estado do Rio Grande do Sul visando o fornecimento


do medicamento Duloxetina 30mg, em razão de a agravante ser portadora de
transtorno afetivo bipolar (CID F31.3.) Tal medicamento foi prescrito pela
Secretaria Municipal da Saúde de Teutônia e está devidamente registrado no
Conselho Regional de Medicina (Cremers).
Conforme evidenciado pelos relatórios médicos anexados à petição original, o
recorrente utilizou outros medicamentos, teve efeitos colaterais adversos e não
respondeu de forma eficaz. Ressalta-se que ele precisou de medicação porque
corria risco de suicídio, causado por sua doença.
Ademais, pelo fato de a agravante ser diabética este é o medicamento mais
indicado para as suas atuais enfermidades, embora o fármaco pleiteado não
esteja elencado na lista do SUS.
Tendo em conta as circunstâncias factuais descritas, um pedido de medidas
provisórias é apresentado com urgência, conforme permitido pelo Artigo 300, do
CPC foi o cerne do pedido inicial. Os medicamentos são urgentes para prevenir
o suicídio e o acesso a este direito está enraizado no compromisso do Estado
em garantir o acesso universal aos cuidados de saúde. Fora, também, pleiteada
a gratuidade da justiça em face da hipossuficiência da agravante.

Ocorre que, o juiz do Juizado Especial da Fazenda Pública da Comarca de


Teutônia prolatou decisão deferindo o benefício da gratuidade da justiça, mas
indeferindo o pedido de tutela provisória fundamentada na urgência.

V - DO DIREITO:
O Art. 300 do CPC/15 prevê que:

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.
Do dispositivo colacionado é fácil depreender que seu objetivo é proteger a
efetividade da tutela jurisdicional, conformando-a às necessidades do caso
concreto, posto que a demora na sua concessão pode acarretar o perecimento
do próprio sujeito ou objeto do direito concedido.
O CPC de 2015 aperfeiçoou a disciplina da tutela provisória justamente para
adequá-la, finalmente, ao modelo constitucional do processo civil hodierno. Não
basta apenas o acesso à justiça e o provimento jurisdicional concessivo do
pedido, é necessário que eles sejam prestados de forma adequada, o que
implica, em última análise, prestação na forma e tempo adequados. De nada
adianta uma decisão favorável que não tutele o direito a tempo de evitar seu
perecimento.
Feita a exposição necessária e pertinente, debruça-se sobre o caso em tela.

A agravante é pessoa enferma e hipossuficiente cujas necessidades de


tratamento com medicamento são notórias. Sua doença, transtorno afetivo
bipolar (CID F31.3.), carece de continuidade no tratamento para evitar atos mais
extremos, os quais podem culminar na sua morte. O medicamento pedido,
Duloxetina 30mg, foi prescrito pelo poder público municipal e está registrado no
Conselho Regional de Medicina (Cremers), não se tratando, portanto, de
fármaco experimental e sem eficácia comprovada. Ademais, pelos exames e
laudos juntados aos autos, o medicamento é o mais compatível com a outra
enfermidade que acomete a agravante, qual seja, a diabetes.

Extrai-se do caput do art. 300 do CPC que para a concessão da tutela provisória
de urgência são necessários o fumus boni juris e o periculum in mora.
In casu, a probabilidade do direito (fumus boni juris) decorre desde a Carta
Magna, a qual consagrou o direito à saúde como um direito social fundamental
em seu art. 6º, e, de forma mais minudente, seu art. 196 preconiza:
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação
Também a Constituição do Estado do Rio Grande do Sul previu o direito à saúde
no art. 241:

Art. 241. A saúde é direito de todos e dever do Estado e do Município, através


de sua promoção, proteção e recuperação.
Assim, a norma proposta articula direitos subjetivos individuais que
correspondem às obrigações legais do Estado, e a resolução pela qual o Estado
implementa este pedido tem implicações importantes para a saúde e segurança
dos demandantes. De acordo com o disposto neste elemento, na cognição
exaustiva, os direitos reivindicados pelo autor provavelmente serão confirmados
quase com certeza, e os requisitos da probabilidade de direitos serão atendidos
no que diz respeito à situação específica.
Já no que pertine ao perigo na demora (periculum in mora), é de hialina clareza
que a tutela provisória fundamentada na urgência deve ser concedida de forma
antecipada, em cognição sumária. Trata-se de pessoa enferma e que corre risco
de vida em virtude da doença que a acomete. Ter de esperar a dilação probatória
pode acarretar o perecimento do próprio sujeito do direito discutido, posto se
tratar de pessoa com tendências suicidas que necessita de provimento
jurisdicional no momento oportuno, qual seja, o mais rápido possível. Todos os
laudos e exames atestam de forma robusta a patologia e suas consequências
para os enfermos.

Assim, é indiscutível que a tutela emergencial de natureza prospectiva é a única


disposição jurisdicional que satisfaz a efetividade do acesso à justiça desejada
pelos eleitores e legisladores inconstitucionais em circunstâncias específicas, e
que isso só pode ser alcançado por disposições jurisdicionais. tempo e de
maneira adequada. Ao comparar o direito à vida com o equilíbrio das finanças
públicas, o primeiro deve prosperar, especialmente se o erário não for
gravemente prejudicado.
Não se é indiferente ao que dispõe o § 3º do art. 300 do CPC, que tem a seguinte
redação:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo.

● 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando


houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.

Não se vislumbra óbice à concessão da tutela antecipada para assegurar a vida


da agravante, pois não há irreversibilidade dos efeitos da decisão. Acaso não
subsista a decisão concessiva quando proferida decisão judicial em cognição
exauriente, não haverá prejuízos significativos ao Estado do Rio Grande do Sul
em virtude de se tratar de prestação pecuniária não relevante para um ente
federativo.
Abaixo, colaciona-se decisão desta turma recursal recebendo o recurso de
agravo de instrumento e dando provimento concedendo a tutela provisória de
urgência para fornecimento de medicamento.

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL.


SAÚDE. MEDICAMENTO. CONCEDIDA A TUTELA PROVISÓRIA NESTA
INSTÂNCIA RECURSAL. Os documentos constantes dos autos confirmam a
necessidade de uso contínuo do fármaco, sem o qual há piora considerável da
saúde e possibilidade de agravamento do quadro clínico, situação que satisfaz o
requisito do perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, nos termos
dos arts. 300, 932, inc. II, e 995, parágrafo único do CPC. Saliente-se que,
proposta a demanda já sob efeito do decidido pelo STJ, no Recurso Especial nº
1657156/RJ, o caso em tela preenche os requisitos, uma vez que comprovada a
necessidade do tratamento, justificada a inexistência de
medicinas similares fornecidas pelo SUS, as parcas condições da parte autora,
bem como a existência do registro do fármaco na ANVISA. No entanto,
relativamente ao aparelho de OXIGENOTERAPIA DOMICILIAR, não há nos
autos exame clínico comprovando, com exatidão, a sua necessidade, uma vez
que o autor não cumpriu de modo satisfatório o comando exarado pelo Juízo à
fl. 99, em que restou determinado juntar aos autos laudo complementar de
médico assistente com o número de exacerbações e/ou hospitalizações no
período de 1 ano, e classificação na escala de dispnéia MMRC ou questionário
CAT do estado de saúde, além do exame comprobatório do diagnóstico DPOC,
conforme solicitado pelo último parecer exarado pelo DMJ. Nesse contexto,
portanto, satisfaz, de forma assaz, o requisito do perigo de dano ou de risco ao
resultado útil do processo a ensejar o parcial provimento do Agravo. AGRAVO
PARCIALMENTE PROVIDO. UNÂNIME.(Agravo de Instrumento, Nº
71009868159, Segunda Turma Recursal da Fazenda Pública, Turmas
Recursais, Relator: Mauro Caum Gonçalves, Julgado em: 20-05-2021)

VI - DOS PEDIDOS:

Por todo o exposto requer a Vossa Excelência que o presente recurso seja
CONHECIDO e PROVIDO a fim de que:

1. seja dispensada a comprovação de recolhimento do preparo, pois requer que


seja mantido o benefício da gratuidade de justiça anteriormente deferido, pois a
agravante não tem condições financeiras para suportar o preparo recursal
conforme já comprovado e julgado no juízo de origem;
2. O agravante junta em anexo cópia da petição inicial, decisão agravada,
procuração, comprovante de intimação para comprovar a tempestividade do
presente, declaração de hipossuficiência econômica, bem como declaração de
que o agravado não possui procurador constituído nem contestação o processo
de origem, com fulcro no artigo 1.017 do CPC.
3. O agravante informa que juntará nos autos do processo de origem, petição
informando a distribuição do presente agravo nos termos do artigo 1018, §1º do
CPC.
4. A intimação do Ministério Público com fulcro no artigo 1018, §3º do CPC;
5. seja reconhecido e provido o presente Agravo de Instrumento, visto se tratar de
uma matéria passível de total procedência, sendo devidamente reformada a
decisão do juízo de origem e deferida a tutela de urgência.

Nestes termos pede e espera deferimento.

São Sebastião do Caí, 22 de agosto de 2023.

Advogado
OAB/RS nº XXXXXX
META 05 – AGRAVO INTERNO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)
RELATOR(A) DO ORGÃO COLEGIADO DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE
JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Processo nº XXXXXXX
Apelação Cível nº XXXXXXX
Apelante: XXXXXXX
Apelado: XXXXXXX

XXXXX, já qualificado nos autos da apelação do processo nº XXXXXX, que figura


como parte contrária XXXXXX, que move em face do juízo de admissibilidade de
apelação, vem tempestivamente, com fulcro no artigo 1.021 do CPC, interpor:

AGRAVO INTERNO

Em conformidade com as inclusas razões, de modo a requerer a reforma da


decisão que negou seguimento ao recurso em razão da deserção.

Termos em que pede


E espera deferimento.

São Sebastião do Caí, 22 de Setembro de 2023

ADVOGADO
OAB/UF nº XXXXXX
RAZÕES DO RECURSO

Processo nº XXXXXXX
Apelação Cível nº XXXXXXX
Apelante: XXXXXXX
Advogado Apelante: XXXXX, endereço XXXX, OAB nº
XXXX/UF Apelado: XXXXXXX
Advogado Apelado: XXXXX, endereço XXXX, OAB nº XXXX/UF

EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA TURMA

I – DO CABIMENTO:
O presente recurso é cabível tendo em vista a natureza da decisão recorrida ser
interlocutória conforme artigo 203, §2º do CPC, sendo também monocrática pois
proferida pelo relator em sede de apelação, previsto no artigo 1.021 do mesmo
código, devendo assim, o presente ser conhecido pelo órgão colegiado.

II – DA TEMPESTIVIDADE:
O presente recurso é tempestivo, tendo em vista, estar dentro do prazo de 15
(quinze) dias, disposto no artigo 1.003, §5º do CPC.

III – BREVE SINTESE DOS FATOS:

Em XX de XXXX de XX, o ora agravante adentrou com recurso de apelação junto


ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul contra decisão proferida no juízo
XXXXX que, na ação de origem do presente, julgou procedente o pedido
formulado pela parte contrária.
Ao receber o referido recurso de apelação, o relator negou o prosseguimento da
mesma, argumentando no sentido de que havia falha na distribuição do recurso,
tendo em vista, não possuir o devido preparo.

IV – DAS RAZÕES DO RECURSO:

O presente recurso deve ser reconhecido e provido, tendo em vista que a falta
de preparo por si só não é motivo suficiente para ser negado o prosseguimento
do recurso da apelação.
Tal fato está disposto no artigo 1.007, 4º do CPC, que afirma o seguinte:
“Art. 1.007. No ato de interposição do recurso, o recorrente comprovará, quando
exigido pela legislação pertinente, o respectivo preparo, inclusive porte de
remessa e de retorno, sob pena de deserção.
4º O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o
recolhimento do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno, será intimado,
na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob pena
de deserção.”
Em nenhum momento o ora agravante foi intimado para sanar o erro, e recolher
em dobro o preparo.
Outrossim, o artigo 932 em seu parágrafo único do mesmo código cita que:
“Art. 932. Incumbe ao relator:
Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá
o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou
complementada a documentação exigível.”
Sendo assim, o presente recurso deve ser provido, levando em consideração
que o ora agravante não obteve nenhuma oportunidade de sanar o vício da falta
de preparo.
V – DOS PEDIDOS:

Por todo o exposto, requer que o presente Agravo Interno seja recebido, bem
como, seja realizado o juízo de retratação, para conceder o prazo de 5 (cinco)
dias para que o ora agravante recolha de forma devida o preparo em valor
dobrado, com fulcro no artigo 932, §5º e 1007, §4º do CPC, ou, caso não haja
retratação, submeter o presente agravo ao Colegiado, para que seja apreciado
o pleito e julgado, na forma da lei.

Termos em que pede


E espera deferimento.

São Sebastião do Caí, 22 de Setembro de 2023

ADVOGADO
OAB/UF nº XXXXXX
META 06 – PESQUISA DE JULGADO –
APRESENTAÇÃO – AGRAVO EM RESP
OU RE
ACADEMICA: Ketulyn Andrade de Jesus

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 914643 - SP (2016/0116903-1)


SENTENÇA
OBRIGAÇÃO DE FAZER A TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL ADQUIRIDO PELO AUTOR,
ATRAVÉS DO RÉU COM CONTRATO DE COMPRA E VENDA.
Que confirma a antecipação de tutela na sentença, incidindo multa diária pelo não
cumprimento da obrigação de fazer.

[...] a sentença julgou a ação de obrigação de fazer


procedente "para tornar, como ora torno, em definitiva
a antecipação de tutela concedida a fls. 88, bem como
declarar nula a hipoteca indicada na inicial, em relação
aos autores e, em consequência, adjudicar a eles o
apartamento nº 144, do 'Edifício Bordeaux', Bloco A, na
Rua Harmonia nº 539, Vila Madalena, nesta Capital, sem
referência a quaisquer ônus. Decorrido tal prazo do
despacho, vale a presente sentença como título hábil à
transferência do imóvel descrito acima para o nome dos
autores, junto ao Cartório Imobiliário competente"[...]

APELAÇÃO – AUTORES

pelos próprios autores que pleiteavam pelo pagamento incidir a partir da antecipação
e não da sentença.
[...] Dessa maneira, ao contrário do que alega a parte
recorrente, não houve revogação da tutela antecipada,
e sim sua confirmação pela sentença, motivo pelo qual
inviável a discussão a respeito de sua exigibilidade.
Nesse sentido, a Tese firmada no Tema n. 743 do STJ:
"A multa diária prevista no § 4º do art. 461 do CPC,
devida desde o dia em que configurado o
descumprimento, quando fixada em antecipação de
tutela, somente poderá ser objeto de execução
provisória após a sua confirmação pela sentença de
mérito e desde que o recurso eventualmente
interposto não seja recebido com efeito suspensivo."
Estando o acórdão recorrido em consonância
com o entendimento deste Tribunal Superior, a Súmula
n. 568 do STJ autoriza o desprovimento do recurso[...]

RE DE INADMISSIBILIDADE - INCORPORADORA RÉ

[...] O recurso especial (e-STJ fls. 340/365), fundamentado


no art. 105, inc. III, alíneas "a" e "c", da CF, apontou
dissídio jurisprudencial e ofensa aos seguintes dispositivos
legais, sob as respectivas teses: (i) art. 20, § 4º, do
CPC/1973, defendendo que "a impugnação da Recorrente
deu causa à extinção parcial da execução de sentença,
motivo pelo qual deverão ser arbitrados honorários
advocatícios em seu favor" (e-STJ fls. 355),
(ii) arts. 165, 458, inc. II, e 535, inc. II, do CPC/1973,
afirmando negativa de prestação jurisdicional,
(iii) arts. 273 e 466-B do CPC/1973, sustentando que "a
adjudicação do imóvel em favor dos recorridos, fez
desaparecer a obrigação da Recorrente de outorgar
escritura de transferência e, consequentemente, a
dapartir
sentença a multa cominatória deixou de ter razões para
subsistir" (e-STJ fl. 353), e

(iv) arts. 620 do CPC/1973 e 1.026 do CC, argumentando


que "a penhora de lucros é medida suficiente para a
satisfação da execução" (e-STJ fl. 357)[...].

AGRAVO - AUTORES - IMPROVIDO

[...] (iv) Entendeu o acórdão recorrido que a questão das penhoras das cotas sociais é
matéria decidida e não recorrida, sobre a qual se operou a preclusão. Entretanto, a parte
recorrente não impugnou a fundamentação do acórdão recorrido.
Apresentada a questão nesses termos, conclui-se que o recurso encontra óbice na
Súmula n. 283 do STF, aplicada por analogia.
Diante do exposto,
NEGO PROVIMENTO ao agravo.[...]
META 07 – RECURSO ESPECIAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL

Agravo de instrumento nº XXXXXXX

PEDRO PEDREIRA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe nº


XXXXXXX, que move em face de COMPANHIA PORTO ALEGRENSE DE
TRANSPORTE LTDA, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
através de seu procurador, interpor com fulcro no Art. 105, inciso III, alíneas A e
C da CF/88, e Art. 1.029 do CPC/15:

RECURSO ESPECIAL

contra respeitável decisão proferida nas fls. XX requerendo que este seja
devidamente recebido, processo e admitido, com determinação de que seja
remetido ao Colendo Superior Tribunal de Justiça para apreciação e julgamento.

Termos em que pede e


espera deferimento

Porto Alegre-RS, 04 de Outubro de 2023

ADVOGADA
OAB/RS XXXX
ÉGREGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RECORRENTE: PEDRO PEREIRA


RECORRIDO: COMPANHIA PORTO ALEGRENSE DE TRANSPORTE LTDA

RECURSO ESPECIAL
COLENDA TURMA,
EMÉRITOS MINISTROS

“Permissa máxima vênia” o V. Acórdão recorrido merece integral reforma, eis


que infringiu vários dispositivos de leis federais, divergindo também de decisões
de outros tribunais pátrios e, inclusive do presente Egrégio Tribunal, conforme a
seguir demonstrado.

RAZÕES RECURSAIS:

I – DO CABIMENTO:
O presente recurso é cabível com fulcro no artigo 105, inciso III, alínea “a” e “c”
da Constituição Federal de 1988,tendo em vista que o acórdão proferido no
agravo fere lei vigente bem como, demonstra uma divergência jurisprudencial,
que é inadmissível, bem como desconformidades quanto à jurisprudência entre
os tribunais.
Bem como, o presente não trata-se acerca de demanda repetitiva.
II – DA TEMPESTIVIDADE:
Este recurso é tempestivo com fulcro no artigo 1.003, §5º do CPC, que
estabelece o prazo de 15 dias para apresentação do mesmo, considerando que
o acórdão foi disponibilizado no diário eletrônico em 12 de Setembro de 2023.

III – DO PREPARO:
O preparo encontra-se devidamente recolhido, bem como a guia está em anexo
ao presente recurso, conforme previsto no Art. 1.007 do CPC/15.
IV – DO PREQUESTIONAMENTO:
No presente caso houve o devido prequestionamento, tendo em vista que foi
debatido em primeiro grau no feito originário e posteriormente na decisão
recorrida, onde foi dado o provimento, por unanimidade, para reformar a decisão
interlocutória e indeferir o requerimento de desconsideração da personalidade,
pelo entendimento de que não houve prova da existência do desvio de finalidade
ou de confusão patrimonial.
Outrossim a presenta demanda trata-se de uma relação de consumo, sendo
incidida na aplicação do Código de Defesa do Consumidor, Lei n° 8.078/90.
Sendo assim, pelo exposto, resta clara a contrariedade, por se tratar de vigência
de dispositivo infraconstitucional. Comprova-se que, devido à falta da aplicação
de tais fatos legais e essenciais para seu julgamento, o direito do recorrente
encontra-se fragilizado.
V – SINTESE DOS FATOS:
Pedro, ora recorrente, utiliza diariamente do transporte de ônibus oferecido na
cidade de Porto Alegre-RS pela empresa ora recorrida, qual seja, Companhia
Porto Alegrense de Transporte LTDA para retornar para casa após o trabalho,
entretanto, em um certo dia, ao realizar o percurso diário, o referido ônibus colidiu
contra uma árvore.
Após ser realizada perícia no local do acidente, foi concluído que a culpa do
mesmo ter ocorrido foi do motorista do ônibus que dirigia alcoolizado, motorista
este contratado pela empresa recorrida.
Ao tomar conhecimento deste fato, Pedro propôs ação contra a empresa
solicitação indenização, o que foi deferido.
No cumprimento de sentença, houve a constatação de que havia insolvência da
pessoa jurídica para realizar o pagamento das obrigações, por esta razão, o Juiz
deferiu o pedido realizado por Pedro de desconsideração da personalidade
jurídica, procedendo assim com a penhora, que recaiu sobre o patrimônio dos
sócios Mário e José.
Diante disso, os sócios Mário e José, interpuseram agravo de instrumento, a qual
o Tribunal de Justiça, por unanimidade deu provimento ao solicitado, para
reformar a decisão interlocutória e indeferir o requerimento, com fundamento nos
artigos 2º e 28 do CDC, por não haver prova da existência de desvio de finalidade
ou de confusão patrimonial.
Por restar inconformado com tal decisão do Tribunal de Justiça e por não haver
outros meios cabíveis para solucionar a questão, o recorrente, vem por meio
deste recurso, requerer que seja provida a reforma do acórdão.
VI – RAZÕES DA REFORMA:
VI.I – DA VIOLAÇÃO A LEI:
A proteção ao consumidor é fato constitucional regida pelo artigo 5º, XXXII, da
CF/88:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;”
Em conjunto com o artigo citado, foi instituído o Código de Defesa do Consumidor
(CDC), Lei nº 8.078 de 1990, que em seu artigo 4º reconheceu o consumidor
como hipossuficiente e vulnerável na relação de consumo.
No caso de fato, o ora recorrente foi considerado consumidor pelo tribunal a quo,
sendo este fato indiscutível com fulcro no artigo 2º do CDC, tendo em vista que
o motivo que ensejou a ação originária tratasse de um transporte de pessoas
pago. Bem como, a partir deste reconhecimento, deve ser aplicado todo o
disposto no CDC inclusive a desconsideração da personalidade jurídica de forma
facilitada, o que a doutrina denomina de teoria menor, em contraponto à
denominada teoria maior prevista no artigo 50 do Código Civil.
Entretanto, conforme citado, o recorrido interpôs agravo de instrumento, o qual
foi julgado totalmente procedente, com alegação de que não foi devidamente
comprovada a existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial.
Todavia, este tribunal se equivocou, por não proteger o consumidor conforme
intitulado por meio da constituição vigente, bem como por contrariar os artigos 2º
e 28 do CDC.
O CDC em seu artigo 28 estabelece o seguinte:
“ Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade
quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de
poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato
social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência,
estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica
provocados por má administração.”
O tribunal ao utilizar-se deste artigo para dar provimento ao agravo de
instrumento interposto, feriu o direito e a fragilidade que o consumidor possível,
este que é assegurado por meio deste dispositivo legal, tendo em vista que é
citado no referido artigo que no âmbito consumerista a insolvência do fornecedor
é condição suficiente para permitir a desconsideração da personalidade jurídica
e atingir o patrimônio dos sócios.
Sendo assim, o tribunal ao julgar o agravo interposto pela Companhia Porto
Alegrense de Transportes LTDA, este se esquivou e incorreu em erros,
solicitando que o ora recorrente deveria seguir o dispositivo do Código Civil,
devendo para a desconsideração da personalidade jurídica, fossem realiza, a
prova da existência de desvio de finalidade ou de confusão patrimonial, pois se
trata de relação de consumo, devendo ser utilizado o CDC para que para a
desconsideração da personalidade jurídica intercorra a teoria menor disposta no
artigo 28 do CDC, pois esta é é mais ampla e menos exigente que a teoria maior
presente no Código Civil, que, de fato, exige prova da existência de desvio de
finalidade ou de confusão patrimonial.

1. II – DA DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL:

Ao proferir o acórdão no agravo de instrumento, este tribunal deu interpretação


diversa ao proferido em demais tribunais, tendo em vista que o Tribunal de
Justiça de São Paulo no agravo de instrumento nº 2130717-66.2023.8.26.0000,
proferiu decisão que permite o incidente de desconsideração da personalidade
jurídica, conforme disposto na ementa:
“Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO – INCIDENTE DE
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA – Pedido julgado
improcedente – Inconformismo do exequente – Apesar de o sócio da executada
acenar com a 'franca atividade' desta bem como mencionando a existência de
patrimônio, deixou de comprovar as alegações – Ausência de qualquer
documentos a indicar a existência de patrimônio passível de penhora – Imóvel
ofertado como garantia, objeto de alienação fiduciária, bem como se trata do
loteamento, cujo lote é objeto da rescisão contratual – Ademais, reconhecida a
relação de consumo, dando ensejo a aplicação do disposto no art. 28, §5, do
Código de Defesa do Consumidor – Teoria Menor da Desconsideração –
Possibilidade de inclusão dos sócios no polo passivo do incidente de
cumprimento de sentença – Decisão reformada para julgar procedente o
incidente de desconsideração da personalidade jurídica – RECURSO
PROVIDO.”
Sendo assim, a nítida contradição entre os tribunais, pelo fato de os dois citarem
o artigo 28 acerca da desconsideração da personalidade jurídica, devendo ser
alterado o acórdão do presente tribunal, pois, este, fere o princípio disposto no
CDC onde o consumidor deve ser tratado como vulnerável, devendo ser imposto
a teoria menor para as questões referentes a desconsideração da
personalidade jurídica.
VII – DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, e por ter sido atendido todos os requisitos para interpor a
presente, requer:

1. Que o presente recurso seja recebido, processado e admitido;


2. Que a parte recorrida seja intimada para, querendo, apresentar resposta no
prazo legal;
3. Que sejam juntados os comprovantes dos pagamentos das custas do despacho
de admissibilidade e da interposição de recurso em instância inferior;
4. Que sejam juntados os acórdãos e certidões em anexo, com objetivo de
comprovar a divergência jurisprudencial, com fulcro no artigo 1.029, §1º do CPC;
5. Que seja totalmente provido o presente recurso, com reforma do acórdão
proferido com desconsideração da personalidade jurídica, bem como, a
declaração e confirmação da violação do disposto nos artigos 2º e 28 do CDC;
6. Que seja decretada a inversão da condenação, na forma da lei, em honorários
advocatícios, bem como a imposição de honorários recursais, conforme o
exposto no art,85, caput e §1º do CPC.

Termos em que pede e


espera deferimento

Porto Alegre-RS, 04 de Outubro de 2023

ADVOGADA
OAB/RS XXXX
META 08 – RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO X

ACÓRDÃO Nº XXXXXXX

JOSÉ, já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, que se


move em face do PRESIDENTE DO BANCO X e da EMPRESA W, também já
qualificado, vem, respeitosamente, por meio de sua advogada abaixo assinada,
com fundamento na alínea “a” e "d" do inciso III do art. 102 da CF/88 e nos arts.
1.029 e ss. do CPC, interpor:

RECURSO EXTRAORDINÁRIO

contra respeitável decisão e acórdão que julgou a demanda, pelos fatos e


fundamentos a seguir expostos:

Termos em que pede e


espera deferimento

CAPITAL/Y, XX de XXXX de 2023

ADVOGADA
OAB/RS XXXX
COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

RECORRENTE: JOSÉ
RECORRIDO: PRESIDENTE DO BANCO X e EMPRESA W
ORIGEM: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO Y
PROCESSO ORIGINÁRIO: XXXXXX

RECURSO ESPECIAL
COLENDA TURMA,
EMÉRITOS MINISTROS

RAZÕES RECURSAIS:

I – DO CABIMENTO:
O presente recurso é cabível com fulcro no artigo 105, inciso III, alínea “a” e “D”
da Constituição Federal de 1988, tendo em vista competir ao STF, julgar
decisões proferidas em única ou última instância quando a decisão recorrida
contrariar dispositivo constitucional, bem como julgar válida lei local contestada
em face de lei federal, conforme súmula 281 do STF.
Também se encontra conforme previsto no artigo 1.029 e seguintes do CPC.
Outrossim, o presente não se trata de demanda repetitiva, eis que não há outro
processo que se reproduz neste tribunal ou em qualquer outro tribunal superior,
bem como não se trata de simples reexame, estando assim em conformidade
com a súmula 279 do STF.
II – DA TEMPESTIVIDADE:
Este recurso é tempestivo com fulcro no artigo 1.003, §5º do CPC, que
estabelece o prazo de 15 dias para apresentação do mesmo.

III – DO PREPARO:
O preparo encontra-se devidamente recolhido, bem como a guia está em anexo
ao presente recurso, conforme previsto no Art. 1.007 do CPC/15.
IV – DO PREQUESTIONAMENTO:
No presente caso houve o devido prequestionamento, tendo em vista que foi
debatido na origem tendo em vista a efetiva manifestação do Tribunal de origem,
como, ainda, pela oposição de embargos de declaração, preenchendo assim o
requisito do prequestionamento previsto na súmula 282 STF.
V – DA REPERCURSÃO GERAL:
A matéria objeto do presente recurso, possui relevância econômica, social e
jurídica, que ultrapassam o interesse exclusivo da causa tendo em vista o
prejuízo ao erário e à moralidade administrativa. Portanto, está satisfeito o
requisito da repercussão geral, previsto no art. 102, §3°, CF/88 e no art. 1.035,
§ 1°, CPC.
VI – SINTESE DOS FATOS:
O Estado Y criou a Lei nº 1.234, que exclui as entidades de direito privado da
Administração Pública de terem o dever de licitar para contratar algum serviço.
Utilizando-se da vigência desta lei o Banco X contratou a Empresa W para
realizar um serviço de atualização dos sistemas do banco. Entretanto, tal caso
acabou indo a público, quando foi descoberto que a empresa contratada era de
propriedade do filho do Presidente da instituição bancária, e nunca havia
realizado trabalhos deste tipo. Além disso, o valor pago, de milhões de reais,
estava muito acima do preço de mercado do serviço, conforme oferecido por
outras empresas do ramo de informática.
José, inconformado com a situação adentrou com uma ação popular contra o
presidente do banco, bem como da empresa. Esta ação pleiteava a declaração
de invalidade do ato de contratação e o pagamento das perdas e danos, com
fundamento na violação do art. 1°, parágrafo único, da Lei 8.666/93.
Todavia, tal ação foi julgada improcedente, alegando que a Lei do Estado era
válida. Não satisfeito, José interpôs recurso de apelação, que também foi negado
por unanimidade, sendo assim, não há outra alternativa a não ser interpor o
presente recurso.
VII – RAZÕES DA REFORMA:
A Lei Estadual nº 1.234 do Estado Y, viola a Constituição Federal vigente no
país, tendo em vista que em seu artigo 22, inciso XXVII, declara que é de
competência da União legislar sobre normais gerais de licitação e contratos:
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para
as administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e
para as empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art.
173, § 1°, III; “
A alteração que a Lei Estadual em questão traz, declarando que não há o dever
de licitar as empresas de direito privado da administração pública para realizar
contratação de serviços deve ser considerada norma geral, sendo assim, fere a
Constituição vigente, devendo ser considerada nula neste quesito. Sendo que,
as contratações diretas sem necessidade de licitação já estão prevista na Lei nº
8.666/93.
Ademais, tal alteração viola também o artigo 173, §1º, inciso III da CF/88:
“Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração
direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária
aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.

● 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de


economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre:

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados


os princípios da administração pública; “
Outrossim, a conduta do presidente do Banco X, feriu gravemente diversos
princípios do direito administrativo, tendo em vista os princípios da legalidade, da
moralidade, da impessoalidade, da eficiência, conforme artigo 37 da CF, tendo
em vista que este contratou a empresa de seu próprio filho, que não possuía
nenhum conhecimento acerca do serviço a ser prestado, bem como, realizou o
pagamento de um valor exorbitante, muito acima do padrão do mercado.
Sendo assim, resta claro que houve violação de mais de um artigo constitucional,
devendo ser reformulada as decisões da primeira e da última instancia.
VIII – DA TUTELA ANTECIPADA:
Com fulcro no artigo 1.029, §5º do CPC, solicita que seja determinado o efeito
suspensivo ativo ao recurso, tendo em vista estar configurado o fumus boni turis
na fundamentação relevante de direito, bem como, periculum in mora está
configurado no contínuo prejuízo, avaliado em milhões, ao erário público.
VII – DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, e por ter sido atendido todos os requisitos para interpor a
presente, requer:

1. Que o presente recurso seja recebido, processado e admitido;


2. Que a parte recorrida seja intimada para, querendo, apresentar resposta no
prazo legal;
3. Que seja deferida a tutela antecipada com fulcro no artigo 1.029, §5º do CPC;
4. Que seja totalmente provido o presente recurso, a fim de declarar a invalidade
do ato de contratação direta, em face da violação dos artigos 22, 37 e 173 da
CF/88;
5. Que os réus sejam condenados ao pagamento de perdas e danos a serem
apurados em fase de liquidação;
6. Que seja decretada a majoração dos honorários advocatícios nos termos do
artigo 85, §11 do CPC.

Termos em que pede e


espera deferimento

Capital/Y, XX de XXXXXX de 2023

ADVOGADA
OAB/RS XXXX
META 09 – CONTRARRAZÕES
EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DO
JUIZADO ESPECIAL CIVEL DE BAGÉ/RS

Processo nº XXXXXXXXX

AS TORRES ALVES, já qualificada nos autos, por sua advogada que abaixo
subscreve, vem, perante Vossa Excelência, com fulcro no art. 42, § 2° da Lei
9.099/95, oferecer:

CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO

requerendo a remessa dos autos para a instância superior para a manutenção


da sentença recorrida.

Nestes termos
Pede e espera deferimento

Bagé, 09 de Outubro de 2023

ADVOGADA

OAB/UF XXXX
EGRÉGIO COLÉGIO RECURSAL

CONTRARRAZÕES AO RECURSO INOMINADO

PROCESSO Nº XXXXXX
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE BAGÉ/RS
RECORRENTE: CVC BRASIL
RECORRIDO: AS TORRES ALVES

COLENDA TURMA
EMÉRITOS JULGADORES

A sentença recorrida, merece ser mantida, em razão da correta apreciação das


questões de fato e de direito, conforme fatos e fundamentos a seguir expostos.
I – DA TEMPESTIVIDADE:
O presente recurso é tempestivo, com fulcro no artigo 42, § 2°, da Lei 9.099/95,
tendo em vista que a intimação para apresentação deste ocorreu em 03 de
Outubro de 2023.
II – DOS FATOS:
O ora peticionante, AS TORRES ALVES, ajuizou ação de inexigibilidade de
débito cumulado com danos morais, tendo em vista ter sido cadastrado no
sistema de inadimplentes, após não realizar o pagamento de um boleto a vista,
referente a uma viagem para Lisboa.
Este não realizou o pagamento, em virtude de a viagem haver sido cancelada,
em virtude do fechamento mundial das atividades turísticas, em 2021. Tal
viagem, deveria ter ocorrido em 05/05/2021, todavia, devido a pandemia de
COVID que desolava o mundo todo, a viagem foi cancelada.
Outrossim, a empresa CVC, desejava cobrar um valor de multa por desistência
da viagem, fato este que nunca ocorreu, tendo em vista que a viagem foi
CANCELADA pela própria empresa por conta do fechamento das atividades
turísticas mundialmente.
Em sentença, foi julgado procedente o pedido, bem como, a ré foi condenada ao
pagamento de R$7.000,00 a título de danos morais. Todavia, a CVC
inconformada com a decisão, interpôs recurso inominado, afirmando não ser
parte legitima no processo, por ser mera intermediária dos serviços que são
prestados por terceiros.
II- DA PRELIMINAR DE DESERÇÃO:
O recurso inominado interposto pela CVC BRASIL deve ser considerado deserto,
tendo em vista que este feriu o artigo 42, §1º da Lei nº 9.099/95, bem como o
Enunciado 80 do FONAJE que declara que o preparo deverá ser recolhido
integralmente e COMPROVADO nos autos no prazo de no máximo 48 horas,
independentemente de intimação.
“ENUNCIADO 80 – O recurso Inominado será julgado deserto quando não
houver o recolhimento integral do preparo e sua respectiva comprovação pela
parte, no prazo de 48 horas, não admitida a complementação intempestiva (art.
42, § 1º, da Lei 9.099/1995) (nova redação – XII Encontro Maceió-AL).”
Sendo assim, mesmo que o pagamento do preparo tenha acontecido dentro do
prazo, a ré não comprovou nos autos tal fato dentro do prazo previsto, pois,
interpôs o recurso em 11 de Setembro de 2023, e juntou o comprovante de
preparo apenas em 15 de Setembro de 2023, ultrapassando e muito o limite de
tempo, fato que implica na deserção do recurso.
III – DO MÉRITO:
É incontroverso o fato de que a viagem foi cancelada devido a pandemia de
COVID-19, sendo assim, deve ser aplicada a Lei nº 14.046/2020, especialmente
em seu artigo 1º, tendo em vista se tratar de contratação de um pacote de viagem
para LISBOA.
““Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o adiamento e o cancelamento de serviços, de
reservas e de eventos dos setores de turismo e de cultura, em razão do estado
de calamidade pública reconhecido pelo Decreto Legislativo nº 6, de 20 de março
de 2020, e da emergência de saúde pública de importância internacional
decorrente da pandemia da Covid-19.
[...] Art. 5º Eventuais cancelamentos ou adiamentos dos contratos de natureza
consumerista regidos por esta Lei caracterizam hipótese de caso fortuito ou de
força maior, e não são cabíveis reparação por danos morais, aplicação de multas
ou imposição das penalidades previstas no art. 56 da Lei nº 8.078, de 11 de
setembro de 1990, ressalvadas as situações previstas no § 7º do art. 2º e no §
1º do art. 4º desta Lei, desde que caracterizada má-fé do prestador de serviço
ou da sociedade empresária.”
Sendo assim, não há de se falar em multa pelo não pagamento e
cancelamento/desistência da viagem.
Outrossim a empresa CVC Brasil deve arcar com os prejuízos causados ao ora
peticionante, bem como, pagar danos morais a este, tendo em vista que foi a
empresa que cadastrou o mesmo no cadastro de inadimplentes causando assim
danos psicológicos, morais e de honra, pois não existia MULTA a ser cobrada.
Sendo assim, é cabível a condenação de danos morais com fulcro nos artigos
186 e 927 do CC e artigo 5º, inciso V da CF:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente
moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica
obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de
culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos
de outrem.”
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da
indenização por dano material, moral ou à imagem;”
Bem como, as pessoas jurídicas podem sofrer danos morais, com fulcro na
súmula 227 do STJ:
““A pessoa jurídica pode sofrer dano moral”.
Sendo assim, a sentença proferida pelo juízo de primeiro grau deve ser
mantida em todos os seus fundamentos.
IV - DOS PEDIDOS:
Diante do exposto, requer:

1. Que o recurso não seja reconhecido, por ser deserto;


2. Por outro lado, sendo levado a julgamento, requer que seja negado provimento
ao recurso inominado, e seja mantida a sentença proferida em primeiro grau;
3. A condenação da requerida – CVC BRASIL, ao pagamento dos honorários
advocatícios, com base no artigo 55 da Li 9.099/95.

Nestes termos
Pede e espera deferimento

Bagé, 09 de Outubro de 2023

ADVOGADA
OAB/UF XXXX
META 10 – CUMPRIMENTO DE
SENTENÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DE DIREITO DA 3ª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE CANOAS/RS

PROCESSO Nº XXXXXXXX

EMPRESA LTDA – ME, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob CNPJ nº
XXXXX, já qualificada, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por
meio de suas procuradoras infra-assinadas, com fulcro no artigo 523 e seguintes
do CPC, propor:

CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Em face de J.D.B LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita sob CNPJ nº
XXXXX, já qualificada, pelos fatos e fundamentos a seguir:

I – DOS FATOS:

A ora exequente ajuizou ação pleiteando a cobrança de dívida no valor de


R$8.000,00 referente a dividas que a ora executada possuía devido a serviços
prestados.
O juízo desta vara condenou a executada ao pagamento do valor devidamente
atualizado monetariamente pelo IGP-M desde a data do vencimento, qual seja,
16 de Novembro de 2021, conforme consta na página 36 dos autos, bem como
acrescidos de juros de 1% ao mês a partir da data da citação, sendo está em 12
de Agosto de 2023.
Todavia, o executado não realizou o pagamento do valor, não havendo outra
escolha ao exequente a não ser adentrar com o presente cumprimento de
sentença.

II – DO MÉRITO:

Pelo fato de o executado não ter realizado o pagamento devido conforme


sentença judicial proferida nos autos pelo presente juízo, este encontra-se em
mora com o exequente, conforme artigos 394 e 395 do CPC:
“Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o
credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer.
Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais
juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado. Parágrafo único. Se a prestação,
devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a
satisfação das perdas e danos.”

Outrossim, o valor devidamente atualizado da dívida que deverá ser paga pelo
exequente é de R$8.258,51, conforme cálculo abaixo exposto bem como
completo em anexo respeitando o artigo 524 do CPC.
Por todo o exposto, não restam dúvidas quanto ao dever de pagar do
Executado e o inadimplemento.

III – DOS PEDIDOS:

Por todo o exposto, requer:

1. A intimação do executado por meio de seu advogado constituído para realizar o


pagamento do valor devido, qual seja R$8.258,51;
2. No caso de não ocorrer o pagamento voluntário no prazo de 15 dias, requer seja
acrescida ao valor do débito a multa de 10% (dez por cento) e, também, de
honorários advocatícios de 10% (dez por cento), expedindo-se, desde logo,
mandado de penhora e avaliação e seguindo-se os atos de expropriação nos
termos do art. 523, §§ 1º e 3º, do Código de Processo Civil.
3. Bem como o bloqueio de ativos financeiros via Bacenjud, o bloqueio de veículos
via Renajud, e além disso, em cumprimento ao disposto no inciso VII do art. 524
do Código de Processo Civil, a indicação de bens passíveis de penhora;
4. Requer ainda que seja arbitrado, honorários de sucumbência na Fase de
Cumprimento de Sentença em 20% do valor a ser pago, isso em caso de não
haver o pagamento espontâneo.

NESTES TERMOS PEDE E ESPERA DEFERIMENTO

Canoas/RS, 15 de Outubro de 2023

ADVOGADA
OAB/UF XXXXX
CÁLCULO:
META 11 – AÇÃO DE EXECUÇÃO
EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA _
VARA CÍVEL DA COMARCA DE PORTO ALEGRE/RS.

METAL INDÚSTRIA S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°


XXXXXXXXXX/XXXX-XX, com endereço sede na Rua XXXXXXX, nº XX, no
bairro XXXX, da cidade de Porto Alegre/RS, CEP: XXXXXXXXX, neste ato
representado por seus acionistas Sr. Gustavo Xxxx, brasileiro, estado civil,
empresário, inscrito sob o CPF nº XXXXXXX, e carteira de identidade nº
XXXXXX, residente e domiciliado na Rua XXXXX, nº XX bairro XXXXX, na
cidade de Porto Alegre/RS, CEP: XXXXXXXXX, vem, perante Vossa Excelência,
por meio de suas advogadas infra-assinadas, com fulcro nos artigos 783, 784,
inciso XII e 786 do CPC C/C com o artigo 107, inciso I da Lei nº 6.404/76, propor:

AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL PARA


PAGAR QUANTIA CERTA

Em face de PEDRO XXXX, brasileiro, estado civil, inscrito no CPF nº XXXX,


residente e domiciliado na Rua ABC, nº XX, bairro XXXXXX, Porto Alegre/RS,
CEP: XXXXXX, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I – DOS FATOS:

Os senhores Gustavo, Carlos e Pedro, constituíram a companhia METAL


INDÚSTRIA S.A, sendo está uma sociedade de direito privado, de capital
fechado.
No estatuto social, foi estipulado que o capital social da companhia seria de R$
900.000,00 (novecentos mil reais) dividido em 900 (novecentas) ações, sendo
300 (trezentas) preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias,
todas a serem subscritas em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil
reais) cada.
Cada um dos acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações
igualmente sendo 200 ordinárias e 100 preferenciais, tendo havido a realização,
como entrada, de 10% (dez por cento) do preço de emissão e o restante seria
integralizado em até 10 de agosto de 2023. Todavia, o sócio Pedro não realizou
a devida integralização.
Sendo assim, e não havendo outros meios para realizar a devida cobrança, os
demais sócios, em nome da empresa, adentram com a presente ação.

II – DO DIREITO:

Conforme narrado anteriormente, Pedro possuía a obrigação de integralizar o


restante devido referente a sua quota parte da sociedade, até o dia 10 de Agosto
de 2023, todavia, este não cumpriu com a integralização. Tendo em vista que tal
obrigação era devidamente comprovado em boletins de subscrição, está figura
como um título executivo extrajudicial, conforme o disposto no artigo 784, XII do
CPC cumulado com o artigo 106, da Lei nº 6.404/76, bem como, fica comprovado
a existência da mora no presente caso.
“Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa, a lei atribuir
força executiva.”
“Art. 106. O acionista é obrigado a realizar, nas condições previstas no estatuto
ou no boletim de subscrição, a prestação correspondente às ações subscritas ou
adquiridas.

● 1° Se o estatuto e o boletim forem omissos quanto ao montante da prestação e


ao prazo ou data do pagamento, caberá aos órgãos da administração efetuar
chamada, mediante avisos publicados na imprensa, por 3 (três) vezes, no
mínimo, fixando prazo, não inferior a 30 (trinta) dias, para o pagamento.
● 2° O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas no estatuto
ou boletim, ou na chamada, ficará de pleno direito constituído em mora,
sujeitando-se ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o
estatuto determinar, esta não superior a 10% (dez por cento) do valor da
prestação. “

Outrossim, a presente obrigação, é liquida, certa e exigível e possui como


fundamento o boletim de subscrição que se caracteriza como título executivo
extrajudicial, respeitando assim o exigido no artigo 783 e 786 do CPC.
“Art. 783. A execução para cobrança de crédito fundar-se-á sempre em título de
obrigação certa, líquida e exigível.
Art. 786. A execução pode ser instaurada caso o devedor não satisfaça a
obrigação certa, líquida e exigível consubstanciada em título executivo.”
Além disso, conforme o artigo 107, inciso I, da Lei nº 6.404/76, a companhia, ao
verificar a mora do acionista, que não realizou o pagamento na data devida, qual
seja, 10 de agosto de 2023, a mesma pode promover ação de execução contra
este para cobrar o que é devido:
“Art. 107. Verificada a mora do acionista, a companhia pode, à sua escolha:
I - promover contra o acionista, e os que com ele forem solidariamente
responsáveis (artigo 108), processo de execução para cobrar as importâncias
devidas, servindo o boletim de subscrição e o aviso de chamada como título
extrajudicial nos termos do Código de Processo Civil;”
Sendo assim, e devido a falta de integralização do acionista Pedro no prazo
estipulado no boletim de subscrição, qual seja, 10 de Agosto de 2023, e estando
a presente ação devidamente instruída com o título extrajudicial em anexo, bem
como, a memória de cálculo conforme disposto no artigo 798 do CPC, solicita a
devida execução do título extrajudicial.

III – DOS PEDIDOS:

Por todo o exposto, requer:

1. A) Pugna pela juntada do demonstrativo de cálculo e do título executivo


extrajudicial;
2. B) Requer a citação do executado para pagar em 03 (três) dias a quantia de R$
270.000,00 (duzentos e setenta mil), acrescidos de juros e correção monetária
até a data do efetivo pagamento, art. 829, CPC c/c com o art. 106, §2º da Lei nº
6.404/76;
3. C) Caso não seja efetuado o pagamento, requer a penhora e avaliação de bens;
4. D) Requer a condenação do executado ao pagamento das custas processuais e
dos honorários advocatícios de sucumbência, arbitrados em 10%, Art 827, § 1°,
CPC;
5. E) O exequente requer todos os meios de prova de direito cabíveis,
principalmente a prova documental e testemunhal.
VALOR DA CAUSA: R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais)
Nestes Termos Pede e
Espera Deferimento

Porto Alegre/RS, XX de XXXX de 2023

_
ADVOGADA
OAB/UF Nº XXXXX
META 12 – EMBARGOS À EXECUÇÃO
EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) DE DIREITO DA 1ª VARA
CIVEL DE SÃO SEBASTIÃO DO CAÍ/RS

DISTRIBUIÇÃO POR DEPÊNCIA AO PROCESSO XXXXXXXXX

FRANCISCO DA SILVA, brasileiro, estado civil, profissão, portador da cédula de


identidade nº XXXXXXXXXX, inscrito no CPF sob nº XXX.XXX.XXX-XX,
residente e domiciliado à Rua XXXXXX, na cidade de São Sebastião do Caí/RS,
por meio de sua procuradora infra-assinada, conforme instrumento de
procuração em anexo, vem, tempestivamente, com fulcro no art. 914 do Código
de Processo Civil, opor:

EMBARGOS A EXECUÇÃO

Em face de SOL GAÚCHO COMÉRCIO DE MATERIAIS HIDRÁULICOS LTDA


-ME, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ sob nº
XXXXXXXXX/XXXX-XX com sede na Rua YXZ, nº XX na cidade de São
Sebastião do Caí/RS, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.

I – DOS FATOS:

O ora embargado adentrou com ação de execução de título extrajudicial em face


do embargante, alegando o inadimplemento de cheque no valor de quarenta mil
reais.
Entretanto, o embargado atualizou o valor do débito, alegando estar em 72 mil
reais, todavia, não apresentou demonstrativo da atualização em questão, indo
assim contra o dispositivo legal.
Outrossim, indicou a penhora o carro do embargante, bem este utilizado para o
exercício profissional, sendo deferido pelo juízo a apreensão do veículo, mas,
por se tratar de instrumento de trabalho, a penhora é indevida.
Sendo assim, o ora embargante adentra com o presente embargos a execução.

II – DAS PRELIMINARES
II.I DE AUSÊNCIA DE DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO E A INÉPCIA DA
INICIAL
Como pode ser verificado na exordial do processo em dependência, bem como,
por todo o narrado nos fatos, o embargado não apresentou o demonstrativo de
cálculo de atualização do débito, deixando assim de cumprir o requisito básico à
propositura da execução, conforme o artigo 798, inciso I, alínea B e §1º, do CPC.
“Art. 798. Ao propor a execução, incumbe ao exequente:

1. b) o demonstrativo do débito atualizado até a data de propositura da ação,


quando se tratar de execução por quantia certa;
Parágrafo único. O demonstrativo do débito deverá conter:
I - o índice de correção monetária adotado;
II - a taxa de juros aplicada;
III - os termos inicial e final de incidência do índice de correção monetária e da
taxa de juros utilizados;
IV - a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso;
V - a especificação de desconto obrigatório realizado.”

Nesse sentido, o embargado ao propor a execução, não respeitou o disposto no


citado artigo, sendo assim, se impõe a inépcia da inicial, por não haver a juntada
de demonstrativo de cálculo, sendo este um requisito básico para a propositura
da ação.

II.II – DA TUTELA ANTECIPADA E EFEITO SUSPENSIVO

Conforme artigo 300, para ser deferida a tutela é necessário comprovar o perigo
de dano ou risco útil ao processo, bem como, a evidência de direito. Sendo
assim, inicialmente é importante ressaltar a necessidade e cabimento da
presente tutela, suspendendo assim a ação de execução em dependência a
este, bem como, o levantamento da penhora realizada no veículo do
embargante, devido ao fato de este ser bem instrumento de trabalho.
Outrossim, conforme artigo 919 do CPC, é possível ser concedido o efeito
suspensivo nos casos que comprovado o exposto no artigo 300 e haja a garantia
do juízo.
“Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.

● 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos


embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória
e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução
suficientes.”

Diante do exposto, e tendo em vista o direito estar garantido por meio de


penhora, bem como o direito e perigo de dano está devidamente comprovado
nesta, postula que seja deferido o efeito suspensivo
III – DO DIREITO:
III.I DO EXCESSO DE ATUALIZAÇÃO DE VALORES
Devido ao narrado em sede de preliminar, sem haver o demonstrativo de cálculo
para comprovar o valor alegado de 72 (setenta e dois) mil reais, solicitado na
exordial do processo em dependência, este deve ser considerado excessivo,
pois muito superior ao valor real do cheque, qual seja, quarenta mil reais. Assim
sendo, como disposto no artigo 917, inciso III, § 2°, I, nos embargos à execução,
o executado poderá alegar o excesso de execução, sendo esta a extrapolação
dos limites do título executivo.
“Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;

● 2º Há excesso de execução quando:


I - o exequente pleiteia quantia superior à do título;”
Outrossim, a base de cálculo a ser utilizada é de 1% de juros ao mês, e correção
monetária pelo INPC. Bem como, com fulcro no disposto no artigo 917, §3º,
apresenta em anexo o cálculo atualizado do real valor devido.
“Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:

● 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia


superior à do título, o embargante declarará na petição inicial o valor que entende
correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.”

III.II - DA PENHORA INDEVIDA E DA ORDEM DE PENHORA


Inicialmente, é importante esclarecer que a presente alegação é cabível com
fulcro no disposto no artigo 917, inciso II, do CPC.
“Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar:
II - penhora incorreta ou avaliação errônea;”
O veículo XXXX penhorado nos autos da ação em dependência, que possui a
placa XXXXX, trata-se de automóvel utilizado como instrumento de trabalho do
embargante, sendo este, bem impenhorável, conforme entendimento do artigo
833 do CPC:
“Art. 833. São impenhoráveis:
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou
outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do
executado;”
Outrossim, ao realizar a penhora, o juízo não respeitou a ordem devida de bens
penhoráveis estabelecida no artigo 835 do CPC, tendo em vista, ter penhorado
diretamente o veículo do embargante, não realizando a tentativa de penhora em
dinheiro, título de dividas públicas, ou títulos e valores mobiliários com cotação
em mercado.
“Art. 835. A penhora observará, preferencialmente, a seguinte ordem:
I - dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;
II - títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com
cotação em mercado;
III - títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;
IV - veículos de via terrestre;”
(...)”
Sendo assim, a penhora realizada recaiu sobre bem impenhorável, bem como,
não respeitou a ordem preferencial conforme o disposto na lei.
IV – DOS PEDIDOS

FACE AO EXPOSTO, requer:

a) Seja acolhida a preliminar de inépcia da inicial arguida, tendo em vista não


estar devidamente instruída conforme o artigo 798;

b) No caso de não ser deferida a preliminar arguida de inépcia da inicial, postula


pelo deferimento da suspensão da execução, conforme preliminar arguida, tendo
em vista estar em acordo com o artigo 919 do CPC, bem como com o artigo 300
do mesmo código;
Elaborado pelas Acadêmicas de Direito Greice Fabiana Scherer e Ketulyn
c) Posteriormente, seja recebido os presentes embargos à execução, sendo
distribuído por dependência à ação de execução;

d) A intimação da embargada para que se manifeste no prazo de 15 dias e junte


aos autos da execução o demonstrativo de cálculo, sob pena de indeferimento.
E, ao final, não sendo o caso de indeferimento, requer sejam julgados totalmente
procedentes os presentes embargos;

e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos;

f) A juntada da cópia do processo de execução, desde já declaradas autenticas


pelo procurador, sob pena de responsabilidade pessoal nos termos do artigo
425, IV do Código de Processo Civil;

VALOR DA CAUSA: R$ 41.175,90 (quarenta e um mil, cento e setenta e cinco


reais com noventa centavos)

Nestes termos pede


E espera deferimento

São Sebastião do Caí/RS, 29 de Novembro de 2023

ADVOGADA OAB/UF Nº XXXXXXX


SESSÃO DE JULGAMENTO TJ/RS

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