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Ampla defesa
Contraditório
Direitos
fundamentais Devido processo
relativos à legal
segurança jurídica
Juiz natural
Processo justo
etc.
Técnicas de
sumarização
Formal Material
Formas do Cognição
processo judicial
Cognição Cognição
Cognição plena
exauriente sumária
Contraditório
diferido
Técnicas de
sumarização
material vertical
Não violam o
contraditório, pois ele é
apenas diferido
Gerais Específicas
Procedimentos
especiais
Recursos
Concentração (Livro V do
CPC)
Residualidade (primeiro a
específica, depois a geral)
Motivação (é necessário
que o juiz motive a sua
decisão)
Deferimento por
provacação (não pode
ser deferida de ofício)
Regras gerais da tutela
provisória Revogabilidade (o juiz pode revogar ou
mofificar a qualquer tempo, com efeitos ex
tunc, sendo uma exceção ao deferimento por
provocação)
Execução (regras de
execução provisória)
In natura
Reversibilidade (revogada a decisão,
deve ser reestabelecido o status quo)
In pecunia
Restrição à fazenda
pública
Esgotamento do objeto da
ação
Qualquer pessoa
Regra Compensação de créditos
(PF/PJ)
Tutela provisória tributários ou
previdenciários
Restrição à Fazenda
Exceção
pública
Remuneração de
servidores públicos
Liberação de mercadorias
provenientes do exterior
Além da
probabilidade
do direito Perigo de dano Parte
Urgência
Risco à
Processo
utilidade
Tutela provisória
incidental
Petição inicial
Tutela final
Tutela provisória
antecedente
Resumindo: se a tutela for pedida juntamente ou após o pedido da tutela final, será tutela
incidental; se for pedida antes do pedido da tutela final, será antecedente.
Citação
Petição inicial
Tutela final
Tutela provisória de evidência
Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar.
CF
Art. 102 Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da
Constituição, cabendo-lhe:
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última
instância, quando a decisão recorrida:
Não compete ao Supremo Tribunal Federal conceder medida cautelar para dar efeito
suspensivo a recurso extraordinário que ainda não foi objeto de juízo de
admissibilidade na origem.
Súmula 635, do STF
A tutela provisória antecedente somente é cabível para a tutela de urgência, não sendo
admissível para a tutela de evidência. Há casos em que não é possível fazer o pedido de tutela
final, neste caso faz-se o pedido de tutela provisória de urgência antecedente. Em outro processo
de conhecimento, faz-se o pedido de tutela final. Contudo, deve ser informado qual é o pedido de
tutela final que se pretende fazer.
Art. 299. A tutela provisória será requerida ao juízo da causa e, quando antecedente,
ao juízo competente para conhecer do pedido principal.
Parágrafo único. Ressalvada disposição especial, na ação de competência originária
de tribunal e nos recursos a tutela provisória será requerida ao órgão jurisdicional competente
para apreciar o mérito.
Antecipada
Na petição inicial não é pedida a tutela final, apenas a cautelar. P. ex.: ação ajuizada pedido
a tutela cautelar antecedente, prevendo o seu divórcio no prazo de 20 dias, pedindo o sequestro
de um bem que será partilhável. Também é possível pedir o arresto de bens do devedor,
informando que em breve será pedida a tutela final executiva.
Além dos requisitos dos arts. 319 e 320, é preciso atender ao art. 305.
Art. 305. A petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar em caráter
antecedente indicará a lide e seu fundamento, a exposição sumária do direito que se objetiva
assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Parágrafo único. Caso entenda que o pedido a que se refere o caput tem natureza
antecipada, o juiz observará o disposto no art. 303 .
A lide referida no caput do art. 305 diz respeito à futura lide principal. Não se trata de pedir
a tutela final, mas apenas de indicar o que se pretende fazer futuramente. O valor da causa será
o valor da causa final (da lide futura).
O parágrafo único do art. 305 apresenta o princípio da fungibilidade entre as tutelas
cautelar e antecipada.
O juiz poderá conceder liminarmente, inaudita altera pars, mas pode, se não se sentir
convencido, marcar uma audiência de justificação, conforme o 2º do art. 300.
Art. 300
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.
O procedimento irá depender da decisão do juiz, de deferir ou indeferir a liminar.
Se a liminar for indeferida, cumpre-se o art. 306, citação do réu para contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir, no prazo de 5 dias.
Art. 306. O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar o pedido e
indicar as provas que pretende produzir.
Se não houver contestação do réu, aplica-se o art. 307, cabendo ao juiz decidir se defere ou
indefere a tutela cautelar.
Art. 307. Não sendo contestado o pedido, os fatos alegados pelo autor presumir-se-
ão aceitos pelo réu como ocorridos, caso em que o juiz decidirá dentro de 5 (cinco) dias.
No caso de indeferimento da tutela cautelar, a parte poderá ou não fazer o pedido de tutela
final, contudo, há casos excepcionais em que o indeferimento da tutela cautelar impedirá que o
autor peça a tutela final. Um desses casos é quando o juiz indeferir por motivo de prescrição ou
decadência. Isso porque o indeferimento por prescrição ou decadência representa julgamento
de mérito, à luz do art. 487, II.
Art. 310. O indeferimento da tutela cautelar não obsta a que a parte formule o pedido
principal, nem influi no julgamento desse, salvo se o motivo do indeferimento for o
reconhecimento de decadência ou de prescrição.
Na petição inicial não se pede a tutela final, somente a tutela antecipada, com observância
dos arts. 319 e 320.
Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a
petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de
tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do
risco ao resultado útil do processo.
O valor da causa será o da tutela final.
§ 4º Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o
valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final.
§ 5º O autor indicará na petição inicial, ainda, que pretende valer-se do benefício
previsto no caput deste artigo.
É preciso deixar claro que se pretende apenas a tutela antecipada.
Ajuizada a petição inicial, o juiz poderá, com base no art. 300, § 2º, deferir ou indeferir a
liminar, antes ou depois da audiência de justificação prévia. Aplica-se a fungibilidade processual
(instrumental) de mão dupla (progressiva e regressiva) entre a cautelar e a antecipada (art. 305).
Se a liminar for indeferida o autor terá 5 (cinco) dias para fazer o pedido de tutela final, sob
pena de extinção sem resolução de mérito, conforme o art. 303, § 6º.
§ 6º Caso entenda que não há elementos para a concessão de tutela antecipada, o
órgão jurisdicional determinará a emenda da petição inicial em até 5 (cinco) dias, sob pena de
ser indeferida e de o processo ser extinto sem resolução de mérito.
Se for feito do pedido de tutela final, o rito comum seguirá o seu trâmite.
Se a liminar for deferida, haverá dois procedimentos paralelos: para o autor e para o réu.
O autor (art. 303, § 1º) terá 15 (quinze) dias, no mínimo, para aditar a petição inicial:
a) confirmar o pedido de tutela final
b) complementar a sua argumentação
c) juntar novos documentos
§ 1º Concedida a tutela antecipada a que se refere o caput deste artigo:
I - o autor deverá aditar a petição inicial, com a complementação de sua
argumentação, a juntada de novos documentos e a confirmação do pedido de tutela final, em
15 (quinze) dias ou em outro prazo maior que o juiz fixar;
Não cumprindo com seu dever, o processo será extinto sem resolução de mérito (art. 303,
§ 2º).
§ 2º Não realizado o aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo, o
processo será extinto sem resolução do mérito.
Se cumprir o seu dever, segue o rito comum (art. 303, § 3º).
§ 3º O aditamento a que se refere o inciso I do § 1º deste artigo dar-se-á nos mesmos
autos, sem incidência de novas custas processuais.
Para o réu, abre-se o prazo de 15 (quinze) dias para o agravo de instrumento (art. 1.015, I).
Se o réu não recorrer, ocorrerá um terceiro gênero de imutabilidade, diferente da coisa julgada e
da preclusão, denominada de estabilidade. O critério é diferente da coisa julgada e da preclusão,
passando a ser o critério da aceitação (a parte aceita a decisão judicial), conforme o art. 304.
Art. 304. A tutela antecipada, concedida nos termos do art. 303 , torna-se estável se
da decisão que a conceder não for interposto o respectivo recurso.
Recentemente o STJ decidiu que os prazos para autor e réu não correm em paralelo.
Primeiro deve ser observado o prazo do réu para o agravo de instrumento1, se não fizer,
estabiliza a decisão e o autor nem precisa fazer o pedido de tutela final. Se o réu fizer o agravo de
instrumento, inicia a contagem de prazo para o autor aditar a petição inicial
1
Ver decisão do STJ no REsp 1.797.365/RS
11. Como, na inicial da tutela antecipada antecedente, o autor somente faz a indicação do
pedido de tutela final, existe a previsão de que deve complementar sua argumentação,
com a confirmação do pedido de tutela final, no prazo de 15 (quinze) dias ou outro maior
fixado pelo juiz.
12. Os prazos do requerido, para recorrer, e do autor, para aditar a inicial, não são
concomitantes, mas subsequentes.
13. Solução diversa acarretaria vulnerar os princípios da economia processual e da
primazia do julgamento de mérito, porquanto poderia resultar na extinção do processo a
despeito da eventual ausência de contraposição por parte do adversário do autor,
suficiente para solucionar a lide trazida a juízo.
14. Como a interposição do agravo de instrumento é eventual e representa o marco
indispensável para a passagem do "procedimento provisório" para o da tutela definitiva,
impõe-se a intimação específica do autor para que tome conhecimento desta
circunstância, sendo indicada expressa e precisamente a necessidade de que
complemente sua argumentação e pedidos.
15. Na hipótese dos autos, o conteúdo da petição juntada pelo autor, na qual requer a
aplicação de multa em razão do descumprimento da tutela antecipada, não permite
concluir por seu conhecimento inequívoco da determinação de aditar a inicial.
16. Além disso, a intimação do autor para o aditamento da inicial e o início do prazo de 15
(quinze) dias para a prática desse ato, previstos no art. 303, § 1º, I, do CPC/15, exigem
intimação específica com indicação precisa da emenda necessária, como realizado pelo
juízo do primeiro grau de jurisdição.
17. Recurso especial desprovido.
(REsp 1766376/TO, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
25/08/2020, DJe 28/08/2020)
Recentemente o STJ firmou entendimento de que não é qualquer resistência que impede a
estabilização, mas apenas a resistência qualificada. Nesse sentido, uma apelação não
representaria uma resistência qualificada, não tendo o condão de evitar estabilização.
Ocorrendo a estabilidade, o processo será extinto, sem resolução de mérito, sem fazer coisa
julgada, conforme art. 304, § 6º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em
ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
Contudo, o legislador estabeleceu um período de estabilidade provisória de 2 (dois) anos,
por combinação do art. 304, §§ 5º e 6º.
§ 5º O direito de rever, reformar ou invalidar a tutela antecipada, previsto no § 2º
deste artigo, extingue-se após 2 (dois) anos, contados da ciência da decisão que extinguiu o
processo, nos termos do § 1º.
§ 6º A decisão que concede a tutela não fará coisa julgada, mas a estabilidade dos
respectivos efeitos só será afastada por decisão que a revir, reformar ou invalidar, proferida em
ação ajuizada por uma das partes, nos termos do § 2º deste artigo.
Antecedente
Cautelar
Incidental
Urgência
Antecedente
Antecipada
Tutela Provisória
Incidental