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IRDR;

IAC;
Sistemática de Demandas
Repetitivas

Prof. Ferrari Neto


Sumário:
1. O que são Demandas Repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre Resolução de Demandas Repetitivas
e Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
39/2021 Prof. Ferrari Neto
Sumário:
1. O que são Demandas Repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre Resolução de Demandas Repetitivas
e Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
39/2021 Prof. Ferrari Neto
CPC não define demandas repetitivas

Define o que são CASOS REPETITIVOS (art. 928):

I - incidente de resolução de demandas repetitivas;


II - recursos especial e extraordinário repetitivos.
Parágrafo único. O julgamento de casos repetitivos tem por objeto
questão de direito material ou processual.

Prof. Ferrari Neto


NÃO está relacionada APENAS à repetição de
ações com similitude de fatos e fundamentos

A sistemática de resolução de demandas


repetitivas é mais ampla que ações
individuais homogêneas

Uma pode ter questões processuais


resolvidas, p.ex. a outra, não.

Resolver questões de direito material ou


FINALIDADE
processual que se repetem

Prof. Ferrari Neto Ex. Tema 988 STJ (Ag. Instrumento)


Ex.: Desaposentação; tarifa básica de telefonia; expurgos
SIMILITUDE DE
da caderneta de poupança (partes são distintas, pedido
FATOS E
FUNDAMENTOS pode sofrer variação, mas os fatos e fundamentos são
similares

Juiz deve oficiar MP; Defensoria e outros legitimados para,


se o caso, promover Ação Coletiva (art. 139, X)

Não impede a aplicação do sistema de


resolução de demandas Repetitivas

Prof. Ferrari Neto


Sumário:
1. O que são Demandas Repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre Resolução de Demandas Repetitivas
e Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
39/2021 Prof. Ferrari Neto
Pode-se falar que tal instituto está
ligado à Uniformização de
Jurisprudência

Estava ligada ao Prejulgado e outros


institutos mais antigos (Ada cita, o Direito
Romano, em que se interrompia o julgado
para que o Legislativo resolvesse pontos
duvidosos)
Decreto 16.273/1923: Art. 103. “Quando a lei receber interpretação diversa nas Câmaras de Appellação cível
ou criminal, ou quando resultar da manifestação dos votos de uma Câmara em um caso sub-judice que se
terá de declarar uma interpretação diversa, deverá a Câmara divergente representar, por seu Presidente, ao
Presidente da Côrte, para que este, incontinenti, faça a convocação para a reunião das duas Câmaras,
conforme a matéria, fôr cível ou criminal”.
“§ 1º. Reunidas as Câmaras e submettida a questão á sua deliberação, o vencido, por maioria, constitue
decisão obrigatória para o caso em apreço e norma aconselhável para os casos futuros, salvo relevantes
motivos de direito, que justifiquem renovar-se idêntico procedimento de installação das Câmaras Reunidas”.

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Pode-se falar que tal instituto está
ligado à Uniformização de
Jurisprudência

Estava ligada ao Prejulgado e outros


institutos mais antigos (Ada cita, o Direito
Romano, em que se interrompia o julgado
para que o Legislativo resolvesse pontos
duvidosos)

Incidente de Uniformização do CPC/1973


não teve eficácia – houve retirada do PL
da possibilidade de criação de Assentos
(art. 518 e 519 do PL)

Prof. Ferrari Neto


Mais recentemente:

Lei 10.259/01 (JEF): Art. Turmas de


Uniformização do JEF

Lei 11.418/2006 (Acrescenta o art.


543-B ao CPC/1973) – RE Repetitivo

Lei 11.672/2008 (Acrescenta o art.


543-C ao CPC/1973) – REsp
Repetitivo

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de Demandas Repetitivas
e Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
39/2021 Prof. Ferrari Neto
Diferenças entre Ações Coletivas e Julgamento de
Demandas Repetitivas
Ações Coletivas (ind. homogêneos) Julgamento de Casos Repetitivos

Resolve litígios de massa Uniformiza jurisprudência com força vinculante

Multiplicidade de demandas (individuais ou


Não há multiplicidade de Ações
coletivas)

X
Resolve questões de direito material ou
Resolve questões de direito material e de fato
processual. Não é objeto a análise de fato

Rol restrito de legitimados (art. 5 da LACP; 82 Demanda pode ser individual (qualquer
do CDC); legitimado) ou coletiva
Cria-se precedente - vincula os órgãos
Decisão faz coisa julgada erga omnes (RE
fracionários do Tribunal e magistrados a eles
1.101.937/SP – Tema 1.075)
vinculados
Decide sobre casos pretéritos, com aplicação
Resolve casos pretéritos aos casos em andamento e futuros (observada
a modulação)
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Diferenças entre Ações Coletivas e Julgamento de
Demandas Repetitivas
Ações Coletivas (ind. homogêneos) Julgamento de Casos Repetitivos

Ação será julgada pelo Magistrado, competindo


É decidido por Tribunal
aos Tribunais a análise dos recursos

Após a existência do precedente o indivíduo

X
A coisa julgada permitirá ao indivíduo lesado precisará ajuizar ação para obter sua pretensão
ajuizar liquidação individual da sentença – haverá análise de mérito na ação
coletiva - não haverá análise de mérito Permite-se, todavia a obtenção da Tutela de
Evidência

Há limitação quanto ao rol de matérias que Não há limitação das questões de direito objeto
pode ser objeto das ações coletivas (pár. ún. Do de fixação de precedentes
art. 1º da LACP)

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
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IRDR - CONCEITO

Incidente processual, instituído perante o Tribunal Local ou


excepcionalmente perante o STJ quando houver efetiva repetição
de processos, tendo por finalidade a objetivação da solução de uma
questão de direito material ou processual repetitiva para que a tese
jurídica resolvida no incidente seja aplicada aos demais processos,
garantindo-se isonomia e segurança jurídica

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IRDR - ORIGEM

Surgiu no CPC/2015 → Inspiração no Musterverfahren


(Exposição de motivos do CPC)

Criado para resolver problemas de direitos individuais homogêneos


(falsas informações no prospectos quando da colocação das ações da
Deutsche Telekom no mercado)

Todavia, diferencia-se dele, pois não se trata de uma ação de


grupo

É um incidente de Uniformização de Jurisprudência


Diferencia-se do
previsto no CPC/1973
em razão de sua
força vinculante
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Diferenças entre Musterverfahren e IRDR

Musterverfarhen (processo modelo) IRDR

Ação de Grupo Incidente de Uniformização de Jurisprudência

X
Julga questões de fato e de direito Julga questões de direito

Criado em razão de 17 mil ações decorrentes


Criado para dar correta interpretação às
de um único fato (prospectos falsos divulgado
questões de direito
ao mercado de valores mobiliários)

Não vincula casos futuros Vincula casos futuros (cria-se precedente)

Diferencia-se do
É um incidente de Uniformização de Jurisprudência
previsto no CPC/1973
em razão de sua
força vinculante
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HISTÓRICO - INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO NO
PROJETO DE CPC DE 1973

Art. 518: “A decisão tomada pelo voto da maioria absoluta dos membros efetivos que
integram o tribunal será obrigatória enquanto não modificada por outro acórdão
proferido nos têrmos do artigo antecedente”. Ou seja, por meio de outro incidente de
uniformização de jurisprudência.

Art. 519: “O presidente do tribunal, em obediência ao que ficou decidido, baixará um


assento. Quarenta e cinco (45) dias depois de oficialmente publicado, o assento terá
força de lei em todo o território nacional”.

Mas por que estes


dispositivos foram
excluídos na redação
final?
Prof. Ferrari Neto
ENTENDIMENTO DA ÉPOCA

Necessidade de alterar a Constituição para prever vinculatividade

Prof. Ferrari Neto


O QUE ACONTECEU COM O INCIDENTE DE
UNIFORMIZAÇÃO DO CPC DE 1973?

Caiu em desuso

Por falta de vinculatividade

Tentou-se alterar o CPC (PL


3.804/1993). Acabou sendo apensado
ao Projeto do CPC de 2015 (PL
8.046/2010, anterior PLS 166/2010)

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O QUE MUDOU COM O CPC/2015?

Houve alteração da
CF/88 para prever
vinculatividade?

Não! Houve mutação Constitucional

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Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas

Incidente Processual (“aquilo que se insere no


Natureza
processo, podendo interromper seu movimento,
Jurídica podendo obstaculizar o seu caminhar” (Scarance)

Formação de precedente com efeito vinculante


Finalidade em relação aos magistrados pertencentes ao
Tribunal prolator da decisão

Garantir a
isonomia e
Segurança
Jurídica

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Requisitos para Instauração do IRDR

Efetiva repetição de processos

Controvérsia sobre questões de


direito (material ou processual)

Risco de Ofensa à Isonomia ou


à Segurança Jurídica

Inexistência de tese fixada ou de


REsp ou RE afetado

Caso deve estar no Tribunal


(recurso, remessa necessária ou
competência originária)

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Quem pode dar início ao IRDR?

Juiz ou relator;
Partes;
MP;
Defensoria

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Partes, MP ou
IRDR - PROCEDIMENTO Defensoria
poderão
requerer a
suspensão em
todo Brasil

Instauração Encaminhado Determina-se


Órgão admite
(dirigido ao Pres. do p/ Órgão suspensão dos
Tribunal) o incidente
(vide Reg. Interno) processos

Pode haver MP se Ouve-se Requisição de


audiência manifesta Partes e Amici informações
pública (15d) Curiae (15d) (15d)

Exposição Partes, MP e Órgão fixará a


Julgamento pelo Relator interessados tese E julgará
(Relatório) sustentarão o mérito

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CONSEQUÊNCIAS DA FIXAÇÃO DO
PRECEDENTE

✓ Vinculação dos órgãos fracionários do Tribunal e magistrados a eles


vinculados;

✓ Vinculação dos Juizados;

✓ Aplicação aos casos pendentes e futuros;

✓ Comunicação ao órgão ou Agência para observância da tese pelos


prestadores de servidos públicos;

✓ Admite-se concessão de Tutela de Evidência;

✓ Admite-se o julgamento liminar de improcedência

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ALGUMAS QUESTÕES

Caberia IRDR
Mas já não há o REsp repetitivo e o IAC?
perante o STJ?

SIM Para que o IRDR?

Pode haver nos casos de competência


originária e em recursos ordinários
constitucionais (AgInt na Pet. 11.838)

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ALGUMAS QUESTÕES

Sim. Deve-se entender os procedimentos


Pode haver
de fixação de precedentes como um
modulação?
microssistema

Aplica-se ao IRDR a previsão do IAC e dos


SIM
Recursos Especial e Extraordinário
Repetitivos

Aplica-se ao RE, REsp Repetitivos e IAC as


previsões do IRDR

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ALGUMAS QUESTÕES

Cabe recurso da
Além de EDcls, cabe REsp e RE,
decisão que
presumindo-se a repercussão geral
julga o IRDR?

SIM
REsp e RE terão efeito suspensivo

Fixada a tese pelo STJ ou STF, será


aplicada a todo território nacional

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ALGUMAS QUESTÕES

É possível Será feita pelo mesmo Tribunal, de ofício


revisão de tese ou mediante requerimento dos mesmos
fixada em IRDR? legitimados a instaurar o IRDR

SIM Juiz ou relator;


Partes;
MP;
Defensoria

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Conceito:
Trata-se de incidente, que tem por finalidade eliminar
divergência existente ou potencial sobre questão de direito entre
Câmaras, Turmas ou Seções dentro de um Tribunal.

• Natureza Jurídica:
Trata-se de incidente processual.

Incidente, de acordo com a origem etimológica é aquilo “que cai em cima de algo
em movimento, interrompendo seu curso normal”.
Incidente processual significa “aquilo que se insere no processo, podendo
interromper seu movimento, podendo obstaculizar o seu caminhar”.
(Antonio Scarance, Incidente Processual)
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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Previsão Normativa:
Art. 947 do CPC + Regimentos dos Tribunais (ex.: art. 271-B a
271-G do Reg. Interno do STJ; art. 281 a 287 do Reg. Interno do
TJ-SC)

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HIPÓTESES DE CABIMENTO

• Caso deve estar em Tribunal (em razão de competência


originária, remessa necessária ou recurso);
• Haver relevante questão de direito;
• Que esta questão tenha repercussão social;
Mas e se houver
• Não haver repetição em múltiplos processos. repetição em
múltiplos
processos?

Utiliza-se do IRDR; REsp ou RE


repetitivos

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• IRDR:
Depende da efetiva repetição de processos, com a controvérsia
sobre a mesma questão de direito, trazendo risco à isonomia e à
segurança jurídica.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Finalidade:
Afastar existência ou potencial existência de decisões conflitantes
sobre uma mesma questão de direito pelo Tribunal.
Por via de consequência, traz segurança jurídica para o sistema,
previsibilidade para o jurisdicionado, reduz a interposição de
recursos em casos futuros que tratem da mesma questão de
direito.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
OUTROS INSTITUTOS QUE VISAM AFASTAR DIVERGÊNCIAS:
• REsp:
Visa dar a correta interpretação da Lei Federal e eliminar a
divergência na interpretação entre Tribunais (art. 105, III, c).
• Recurso Repetitivo:
Depende da multiplicidade de recursos e aplica-se apenas ao
REsp e RE.
• EDiv:
Visa uniformizar a interpretação do Tribunal verificada no caso
concreto após a decisão prolatada pela Turma ou Seção.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Requisitos para sua Instauração:
✓ Precisa haver recurso; remessa necessária ou processo de
competência originária pendente de julgamento no Tribunal;
✓ O caso precisa envolver relevante questão de direito;
✓ A questão de direito a ser resolvida precisa ter grande
repercussão social;
✓ A questão de direito não deve apresentar repetição em
múltiplos processos → Se houver repetição é caso de IRDR;
REsp ou RE repetitivos

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Relevante questão de direito:

Enunciado 600 do FPPC: O incidente de assunção de


competência pode ter por objeto a solução de relevante questão
de direito material ou processual.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Precisa ter grande repercussão social:

Enunciado 469 do FPPC: A “grande repercussão social”,


pressuposto para a instauração do incidente de assunção de
competência, abrange, dentre outras, repercussão jurídica,
econômica ou política.

Precisa demonstrar que transcende o


interesse ou direto das partes

Prof. Ferrari Neto


FUNGIBILIDADE ENTRE IAC E IRDR
• A questão de direito não deve apresentar repetição em múltiplos
processos:
✓ E se houver repetitividade? Poderia haver fungibilidade entre
IAC e, por exemplo, IRDR?

REPRO 274/2017 (Vinicius Lemos) possibilidade de fungibilidade


entre o IAC e o IRDR, quando da apreciação sobre a instauração de
IAC decorrente necessidade de definição sobre a possibilidade de
fiscalização e controle pelo Poder Público Municipal com relação ao
UBER (Repro 274 de Dez/2017).

Enunciado 141 do Conselho da Justiça Federal admite a conversão


de IAC em IRDR.
Prof. Ferrari Neto
ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Legitimidade para requerer a instauração:
✓ Próprio relator pode propor (No R.I. do STJ, fala-se também
que o Presidente poderá – art. 271-B):
✓ De ofício;
✓ A requerimento de qualquer das partes;
✓ A requerimento do MP;
✓ A requerimento da Defensoria Pública.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Quem julgará o IAC?
✓ O Órgão indicado pelo Regimento Interno do Tribunal

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Procedimento no STJ:
Parte desiste do Não impedirá o
Decisão irrecorrível recurso / processo exame do mérito

Corte ou Seção
Relator Propõe
admite o IAC
Identificação com
MP assume a
precisão da
titularidade
questão de direito

Como Partes e amici


identificar o falam em 15 dias
órgão do
Tribunal?
MP fala em 15 dias

Pode haver mínimo 2/3 para


audiência pública apreciar a matéria

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Requisitos para o Acórdão (STJ – art. 104-A do R.I.):
I - os fundamentos relevantes da questão jurídica discutida, favoráveis ou
contrários, entendidos esses como a conclusão dos argumentos
deduzidos no processo capazes de, em tese, respectivamente, confirmar
ou infirmar a conclusão adotada pelo órgão julgador;
II - a definição dos fundamentos determinantes do julgado;
III - a tese jurídica firmada pelo órgão julgador, em destaque;
IV - a solução dada ao caso concreto pelo órgão julgador.

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Resultado do Julgamento do IAC:
• Cria-se um precedente qualificado – isto significa:
• Vinculação dos órgãos subordinados dentro do Tribunal;
• Vinculação dos demais Órgãos do Judiciário, vinculados ao Tribunal;
• Relator de outros recursos poderá julgar monocraticamente, aplicando a tese;
• Presidente do STJ poderá, antes da distribuição do REsp / ADDREsp dar
provimento (se decisão recorrida contrariar entendimento firmado em IAC) ou negar
provimento (se decisão recorrida estiver no mesmo sentido da tese fixada);
• Relator poderá dar provimento (se decisão recorrida contrariar entendimento firmado
em IAC) ou negar provimento (se decisão recorrida estiver no mesmo sentido da
tese fixada) e poderá julgar monocraticamente o mérito do MS, do HC, HD;

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
• Resultado do Julgamento do IAC:
• Enunciado 472 do FPPC: Aplica-se o inciso I do art. 985 ao
julgamento de recursos repetitivos e ao incidente de assunção de
competência.

Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:

I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem


sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de
jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem
nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;

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ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA

• Descumprimento do IAC:
• Cabe reclamação (Art. 988, IV):

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
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MICROSSISTEMA DE JULGAMENTO DE REPETITIVOS
REsp 1.846.109-SP, rel. Min. Nancy Andrighi:

“[...] os recursos especiais e extraordinários repetitivos e o incidente


de resolução de demandas repetitivas – IRDR – compõem um
microssistema de julgamento de questões repetitivas, conforme se
depreende do art. 928, I e II, do novo CPC [...]”

“[...] embora seja correto dizer que os recursos especiais e


extraordinários repetitivos e o IRDR possuem uma série de
elementos próprios diferenciadores, não é menos correto afirmar
que ambos os mecanismos possuem também muitas e acentuadas
semelhanças, razão pela qual alguns procedimentos são
intercambiáveis, a fim de que se possa aplicar ao IRDR
determinadas disposições apenas previstas aos recursos repetitivos
e vice-versa. [...]”
Prof. Ferrari Neto
MICROSSISTEMA DE JULGAMENTO DE REPETITIVOS
O que significa a intercambialidade entre os procedimentos?

As regras de um se aplicam ao outro naquilo que não sejam


contrárias à essência do instituto

Ex1.: Aplica-se a situações de suspensão de processos em razão


da instauração do IRDR o requerimento de distinção previsto no art.
1.037 do CPC, inclusive a possibilidade de recurso contra a decisão
que decidir sobre a distinção

Ex2.: Determinada a suspensão de processos em razão de um


REsp ou RE repetitivos, caso seja necessária a concessão de
tutelas de urgência, competirá ao juiz da causa analisar e decidir a
questão (art. 982, § 2º)

Prof. Ferrari Neto


MICROSSISTEMA DE JULGAMENTO DE REPETITIVOS
Procedimento de Revisão das Teses

Há previsão no IRDR, mas não no REsp e RE repetitivos

Art. 986. A revisão da tese jurídica firmada no incidente far-se-á pelo


mesmo tribunal, de ofício ou mediante requerimento dos legitimados
mencionados no art. 977, inciso III

Prof. Ferrari Neto


IMPORTÂNCIA DE ESTUDO DOS TEMAS COMUNS

Como devem ser escolhidos os representativos?

Art. 1.036, § 6º Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que


contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser
decidida.

Com a maior riqueza de argumentos, tanto num quanto noutro


sentido

Necessidade de fomentar o debate – Tese e antítese

Quanto maior o debate, mais rico e seguro será o precedente fixado


Prof. Ferrari Neto
Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
39/2021 Prof. Ferrari Neto
RESP E RE REPETITIVOS

Por definição, são recursos de estrito direito

→ Visam dar a correta interpretação e aplicação da Lei Federal


(REsp) ou da Constituição Federal (RE)

Prof. Ferrari Neto


RESP E RE REPETITIVOS

Requisito para instauração do Procedimento:


✓ Multiplicidade de recursos c/ idêntica questão de direito

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PROCEDIMENTO

Admite alguns Presidente do


Instauração Encaminha os
representativos e STJ pode
(Presidência do representativos
sobresta os solicitar
Tribunal a quo) ao STJ ou STF
demais complementação

Relator pode Presidente


Admitido,
rejeitar ou propor decide sobre Abre vista ao MP
determinará a
a afetação do preenchimento (15d)
distribuição
recurso (60d) dos requisitos

Prof. Ferrari Neto


PROCEDIMENTO

Admite alguns Presidente do


Instauração Encaminha os
representativos e STJ pode
(Presidência do representativos
sobresta os solicitar
Tribunal a quo) ao STJ ou STF
demais complementação
Mas e se um dos
Relator pode
Admitido,
sobrestados
Presidente for
rejeitar ou propor decide sobre
intempestivo? Abre vista ao MP
determinará a
a afetação do preenchimento (15d)
distribuição
recurso (60d) dos requisitos

Parte pode requerer a


inadmissão do REsp ou RE
intempestivo

Prof. Ferrari Neto


PROCEDIMENTO

Relator solicita
Afetado o Suspensão em
MP fala (15d) info ao Tribunal
recurso todo território
de Origem

Pode admitir
Inclusão na
Delimitação Pode realizar amicus curiae
pauta (máx. 1
objetiva da tese audiência pública (decisão
ano da afetação
irrecorrível)

Julgamento e
fixação da tese

Prof. Ferrari Neto


PROCEDIMENTO

Relator solicita
Afetado o Suspensão em
MP fala (15d) info ao Tribunal
recurso todo território
de Origem
Sempre
Suspende? Pode admitir
Inclusão na Quando deve
Delimitação Pode realizar amicus curiae
pauta (máx. 1
objetiva da tese
ano da afetação
suspender?
audiência pública (decisão
irrecorrível)

Julgamento e Apesar da letra expressa da Lei, é preciso


fixação da tese avaliar o caso concreto (ex.: art. 85, § 8º, do
CPC – Tema 1.076)

Prof. Ferrari Neto


PROCEDIMENTO

E se o caso for
diverso do Relator solicita
Afetado o Suspensão em
MP fala (15d)
afetado? info ao Tribunal
recurso todo território
de Origem

Pode admitir
Inclusão na
Delimitação Pode realizar amicus curiae
pauta (máx. 1
objetiva da tese
ano da afetação
Intimada, a parte
audiência deverá demonstrar
pública (decisãoa
irrecorrível)
distinção e requerer o prosseguimento

Julgamento e
Negado o prosseguimento, cabe agravo (de
fixação da tese
instrumento ou interno, a depender de quem
proferiu a decisão)

Prof. Ferrari Neto


A TESE FIXADA

Acórdão deve conter:


I- os fundamentos relevantes da questão jurídica discutida,
favoráveis ou contrários, entendidos esses como a conclusão
dos argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
respectivamente, confirmar ou infirmar a conclusão adotada
pelo órgão julgador;
II - a definição dos fundamentos determinantes do julgado;
III - a tese jurídica firmada pelo órgão julgador, em destaque;
IV - a solução dada ao caso concreto pelo órgão julgador.

Prof. Ferrari Neto


A TESE FIXADA

TEMOS TESE FIXADA.


E AGORA?

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS?

Prof. Ferrari Neto


APLICAÇÃO DA TESE

Presidente ou vice-presidente do Tribunal local:


✓ Negará seguimento aos REsps ou REs sobrestados quando o
acordão recorrido estiver em consonância com a tese fixada;
✓ Determinará ao órgão prolator da decisão recorrida o reexame do
acórdão recorrido se este contrariar a tese fixada;
✓ Juízes e relatores aplicarão a tese nos demais casos

Prof. Ferrari Neto


APLICAÇÃO DA TESE

Presidente ou vice-presidente do Tribunal local: Pode a decisão


ser mantida? O
✓ Negará seguimento aos REsps ou REs sobrestados quando oque fazer?
acordão recorrido estiver em consonância com a tese fixada;
✓ Determinará ao órgão prolator da decisão recorrida o reexame do
acórdão recorrido se este contrariar a tese fixada;
✓ Juízes e relatores aplicarão a tese nos demais casos

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MANTIDA DECISÃO CONTRÁRIA À TESE

ÓRGÃO MANTÉM DECISÃO CONTRÁRIA


✓ Recurso deve ser encaminhado ao STJ (no caso de REsp) ou
STF (no caso de RE)

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CONSEQUÊNCIAS DA FIXAÇÃO DA TESE

✓ Autor pode desistir da ação, independentemente da concordância


do réu antes da prolação da sentença (art. 1.040, § 3º), ainda que
este tenha contestado (exceção ao art. 485, § 4º);
✓ Juiz pode julgar improcedente liminarmente (art. 332);
✓ Juiz pode conceder a tutela da evidência (art. 311);
✓ Relator pode negar provimento a recurso contrário à tese;
✓ Dar provimento a recurso (depois do contraditório) quando a
decisão recorrida contrariar a tese.
✓ Presidente ou Vice-Presidente poderá negar seguimento a REsp
e RE que sejam contrários à tese fixada.

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CONSEQUÊNCIAS DA FIXAÇÃO DA TESE

✓ Autor pode desistir da ação, independentemente da concordância


do réu antes da prolação da sentença (art. 1.040, § 3º), ainda que
este tenha contestado (exceção ao art. 485, § 4º);
✓ Juiz pode julgar improcedente liminarmente (art. 332);
✓ Juiz pode conceder a tutela da evidência (art. 311);
Qual recurso
✓ Relator pode negar provimento a recurso contrário à tese;
nesta
✓ Dar provimento a recurso (depois do contraditório) quando a
hipótese?
decisão recorrida contrariar a tese.
✓ Presidente ou Vice-Presidente poderá negar seguimento a REsp
e RE que sejam contrários à tese fixada.

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Decisão que nega seguimento à REsp ou RE em razão
de Repetitivo

✓ Cabe Agravo Interno

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Decisão que nega seguimento à REsp ou RE em razão
de Repetitivo

✓ Cabe Agravo Interno

Mas e se houver 2
fundamentos? – Ex.:
1.030, I e 1.030 V?

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Decisão que nega seguimento à REsp ou RE em razão
de Repetitivo

✓ Cabe Agravo Interno

Mas e se houver 2
fundamentos? – Ex.:
1.030, I e 1.030 V?

✓ Deve-se interpor 2 Recursos – ADDREsp (contra o capítulo


decorrente da aplicação do 1.030, V e Agravo Interno contra o
capítulo fundado no 1.030, I

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CONSEQUÊNCIAS DA FIXAÇÃO DA TESE

Criou-se novo filtro na Presidência:


Atribuições do Presidente do STJ:

✓ Negar provimento a recurso contrário a Repetitivo ou IAC;


✓ Dar provimento a recurso contra decisão contrária a Repetitivo ou
IAC;
✓ Devolução ao Tribunal de Origem dos recursos que tenham por
objeto a questão já afetada.

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
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Repercussão Geral:
✓ Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver
repercussão geral, nos termos deste artigo.

✓ § 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de


questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que
ultrapassem os interesses subjetivos do processo.

✓ § 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para


apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.

✓ § 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:

✓ I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;

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Repercussão Geral:
✓ III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos
termos do art. 97 da Constituição Federal .

✓ § 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de


terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal.

✓ § 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal


determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território
nacional.

✓ § 6º O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal


de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o
prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento.

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Repercussão Geral:

✓ § 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar


entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de
recursos repetitivos caberá agravo interno.

✓ § 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de


origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que
versem sobre matéria idêntica.

✓ § 9º O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no


prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que
envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.

✓ § 10. ( Revogado ).

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Sumário:
1. O que são demandas repetitivas?
2. Origem do Julgamento de Demandas Repetitivas;
3. Diferença entre resolução de demandas repetitivas e
Ações Coletivas;
4. Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas;
5. Incidente de Assunção de Competência
6. Sistemática de Demandas Repetitivas
7. Recurso Especial e Extraordinário Repetitivo
8. Repercussão Geral do Recurso Extraordinário
9. Repercussão Geral do Recurso Especial (PEC
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Relevância das Questões de Direito Federal Infraconstitucional:

2012 – Surge a PEC 209/2012 na Câmara.


2017 – Aprovada em dois turnos, na Câmara
2017 – Matéria vai ao Senado – Recebe no número PEC 10/2017
2021 – Aprovado pelo Senado, em 2 turnos, o substitutivo ao texto da
Câmara
2021 – PEC volta à Câmara sob o número 39/2021

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Texto da PEC 39/2021:
Art. 1º O art. 105 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes §§ 1º e 2º,
numerando-se o atual parágrafo único como § 3º: “Art. 105.
§ 1º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de direito federal
infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão
do recurso, somente podendo não o conhecer por esse motivo pela manifestação de 2/3 (dois
terços) dos membros do órgão competente para o julgamento. § 2º Haverá a relevância de que trata
o § 1º nos seguintes casos:
I – ações penais;
II – ações de improbidade administrativa;
III – ações cujo valor de causa ultrapasse 500 (quinhentos) saláriosmínimos;
IV – ações que possam gerar inelegibilidade;
V – hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do Superior Tribunal
de Justiça;
VI – outras hipóteses previstas em lei. § 3º (antigo parágrafo único).

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Texto da PEC 39/2021:

Art. 2º A relevância será exigida nos recursos especiais interpostos após a entrada em vigor da
presente Emenda Constitucional, oportunidade em que a parte poderá atualizar o valor da causa
para os fins de que trata o art. 105, § 2º, inciso III, da Constituição Federal.

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ferrari.neto@uol.com.br

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