Você está na página 1de 5

FACULDADE UNRIO

CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA


DISCIPLINA AFETIVIDADE E DESENVOLVIMENTO

RESENHA DA APOSTILA DE FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA GEOGRAFIA

TEFÉ-AM
2022
Silvana Cavalcante de Oliveira

RESENHA DA APOSTILA DE FUNDAMENTOS TEÓRICOS DA GEOGRAFIA

Esta resenha foi elaborada para fins de


obtenção de nota para a disciplina
Fundamentos Teóricos da Geografia com o
professor(a) Lafayette Castelo Mac-culloch.

TEFÉ-AM
2022
Faculdade Unrio
Curso: Licenciatura em Pedagogia
Disciplina: Fundamentos Teóricos da Geografia
Acadêmico(a): Silvana Cavalcante de Oliveira
Docente: Lafayette Castelo Mac-culloch
Data: 20/11/2022

RESUMO:
O texto discute a perspectiva e a importância de aprender a geografia nos
anos iniciais do ensino fundamental com base na leitura do mundo e da vida e
do espaço em que se vive. Reconhece a necessidade de iniciar uma
alfabetização cartográfica considerando questões geográficas ensinadas nos
primeiros anos escolares como uma das formas de contribuir com a
alfabetização infantil.

A OBRA:

A autora a divide em: Panorama Geral; O pedagógico e/na geografia;


Alfabetização e alfabetização espacial; Como ler o mundo da vida? O olhar
espacial; A leitura da paisagem; Escala de análise; O estudo do lugar; Os
conceitos; As habilidades; A cultura; A cartografia na leitura do espaço.

PONTOS PRINCIPAIS DA OBRA:

Uma maneira de ler o mundo é compreender o espaço, o meio em que


vivemos, não apenas o espaço físico, mas o meio social também. Pois é sabido
que as modificações na paisagem natural são resultado da vida em sociedade
do homem. Dessa forma, a geografia, numa perspectiva crítica, leva-nos a
compreender o espaço como resultado da vida em sociedade.

Certamente o ensino de geografia deve levar o estudante à capacidade


de fazer análise cartográfica, que inicia com o reconhecimento das paisagens;
desde a rua à cidade. Contudo, a autora questiona o modo como o ensino de
geografia vem sendo tratado na escola. Ensina partindo da própria criança (do
eu), de sua casa, expandindo para espaços mais distantes, isto é, segue-se uma
sequência linear por níveis espaciais. Esse modo fragmentado de tratar o espaço
desconsiderando a complexidade espacial e social não dá conta dos novos
paradigmas educacionais.
Para superar o método tradicional o mais recomendado é um trabalho
interdisciplinar, abordando eixos temáticos, fazendo uma contextualização do
teórico com o concreto, o real, isto é, interligar os conteúdos curriculares de
geografia com a realidade dos sujeitos envolvidos no processo educativo.

Certamente aprendemos desde o ventre materno e quando nascemos


aprendemos a conhecer o mundo na medida em que nele vivemos. Assim a
criança aprende a ler o mundo (o espaço a sua volta) vivendo e explorando.
Portanto a autora rejeita o ensino tradicional, totalmente abstrato, pautado
meramente na leitura de mapas, dos livros didáticos. Ao contrário, propõe uma
metodologia da “leitura do espaço”. Isso envolve conhecer concretamente os
espaços que cercam a criança: rua, o bairro, os problemas reais que acontecem
nos bairros (como o lixo), as relações sociais, o funcionamento desse espaço.

Fica claro que só é possível ler o mundo, quando se faz uma leitura que
parta do concreto para o abstrato. A criança deve aprender a ler os espaços, o
que inclui analisar e pensar sobre os mesmos, ou seja, compreender todos os
fenômenos que nele está inserido: social, político, naturais, etc. O que nos leva
à paisagem, pois esta envolve a relação do homem com a natureza, ação deste
sobre aquela. Portanto, ler uma paisagem é conhecer a história que envolve o
povo daquele espaço, a cultura, etc.

A autora defende o estímulo à curiosidade da criança para que a ação


docente possa partir dos interesses de descoberta da própria criança (centros
de interesses). Pode-se partir de “temáticas”, situações problemas, tudo pautado
na realidade concreta.

Quanto aos conceitos, estes são formados a partir do “processo de


reconhecimento da realidade que é vivida cotidianamente” (p. 5). Assim a
criança forma conceitos, mas isso somente é possível com a aquisição de certas
habilidades que são e devem ser desenvolvidas desde cedo.

Outro ponto é a cultura, cada região possui uma cultura específica e é


importante conhecer e respeitar essa diversidade. O estudo da parte (de uma
região), que diz respeito a seus aspectos culturais e espaciais, ajuda a
compreender o todo. Pois conforme a autora “as ideias universais só se
concretizam nos lugares, e não no global, no geral” (p. 6).
Daí a importância de se estudar os lugares a partir da perspectiva do
próprio lugar, ou seja, dos que nele habitam. Callai destaca o fato de que é
necessária uma “alfabetização cartográfica” para aprender geografia. A criança
deve ser capaz de representar o espaço em que vive, e mais, compreender essa
representação. Dessa forma será capaz de fazer uma leitura de mundo. Para
tanto, o professor, deve realizar atividades como desenhar mapas de lugares
inerentes ao convívio da própria criança, entre outras.

REFERÊNCIA:

CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos


inicias do ensino fundamental. Cad. CEDES [online]. 2005, vol.25, n.66,
pp.227-247. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-
32622005000200006.

Você também pode gostar