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Métodos de Pastoreio II (04/08/2023) - Aula 1 - PROVA 2

PASTOREIO ROTATIVO: pastejo e descanso (delimitado); Luíza Agner - Zootecnia


➢ Animais passam de um piquete a outro de acordo com a disponibilidade de forragem ➔ A troca de potreiro é
determinada pela quantidade de forragem existente.
➢ Tempo de ocupação de cada piquete pelos animais ➔ de um a vários dias, de acordo com a época do ano.
➢ A capacidade de desfolha fotossintética da pastagem após desfolha depende da AF residual e de sua
capacidade fotossintética.

A intensidade de desfolha determina o tempo para recomposição da máxima IL e assim da máxima TA.
Desfolha severa: IAF residual tem baixa capacidade fotossintética ➔ rebrote lento até que suficiente AF
contribua para a fotossíntese.
Desfolha leve: Possibilidade de senescência pela presença de folhas de mais idade não removidas.

PASTOREIO ALTERNADO: forma mais simples.


➢ Uso alternado de 2 piquetes, por tempos variáveis.
➢ Período de ocupação e de descanso normalmente estabelecidos por
parâmetros práticos do criador, dependendo da disponibilidade de
forragem em cada potreiro.

CONCEITOS BÁSICOS NO PASTOREIO ROTATIVO:


➢ Período de ocupação ou de pastejo: período de tempo em que uma área é pastejada pelos animais;
➢ Período de descanso ou repouso: tempo entre a saída dos animais de uma área o retorno dos animais a
mesma;
➢ Ciclo de pastejo: tempo entre o começo de período de pastejo e o seguinte, ou seja, o tempo de ocupação
até o tempo de repouso ➔ CP = TO + TR

PERÍODO DE OCUPAÇÃO:
Curto: Normalmente de 1 a 7 dias (*1 a 3);
O Período de ocupação ou de lotação não deve ser fixo. É determinada por:
➔ Forragem disponível e consumo animal;
➔ Número total de piquetes;
➔ Taxa de acúmulo de forragem.
PO curtos evitam:
➔ Consumo de rebrote;
➔ Intensificação de parasitas (verminoses e carrapatos).
➔ Excesso de dejetos.

PERÍODO DE DESCANSO: (Não deve ser fixo).


Baseado em:
➢ Taxa de acúmulo: a partir de trabalhos de pesquisa ou dados da propriedade;
➢ Tempo de vida da folha (trabalhos de pesquisa) ➔ A folha não deve morrer sem ser consumida;
➢ Empiricamente pela observação na propriedade;
➢ Sul do RS ➔ Normalmente em torno de 25 dias em épocas frias e 15 dias em invernos/épocas amenas.

Número de piquetes (N) ➔ Determinado após o conhecimento do período de ocupação e de descanso.


CÁLCULO DA ÁREA DOS PIQUETES:

Onde:
● PV: Peso vivo/cabeça;
● C: % de PV de consumo de MS (valor absoluto (sem%));
● LI: Lotação instantânea (n° total de animais);
● PO: Período de ocupação (dias);
● MF: massa de forragem na entrada dos animais;
● % Utilização da MF: 40-50% do perfil da pastagem (valor absoluto);
● MF x %UMF: Podem ser substituídos pela TA x 100.

FALHA NO DIMENSIONAMENTO DOS PIQUETES:


Tamanho da área: calculado para fornecer aos animais a quantidade de forragem que necessitam por dia.

FORMA DOS PIQUETES:


➤ Piquetes quadrados ou retangulares ➔ mais econômicos e eficientes ➔ minimizam pisoteio e tempo de
pastejo.
➤ Não é necessário serem exatamente quadrados ou retangulares ➔ é importante terem a mesma
disponibilidade de forragem.
➤ Evitar piquetes longos e estreitos (animais caminham na beira da cerca);
➤ Formato de pizza.

Infraestrutura:
↳ CORREDORES: Largura suficiente para a passagem da máquina mais larga que usará o corretor (vagão
forrageiro, grade, semeadora, etc…) + uma folga = 5m ´´é razoável``.
➜ Calmento do centro para as laterais de 5 - 10% com o terço do meio, mais ou menos plano.
↳ ÁGUA: Disponibilidade conforme a espécie;
➔ Praça central;
➔ Todos os piquetes;
➔ Bebedouros móveis.
↳ SOMBRA: Natural, artificial.

PASTOREIO EM FAIXAS:
➢ Realizado em faixas através do deslocamento de duas cercas elétricas,
uma na frente e outra na parte posterior, normalmente, uma vez ao dia.
➢ Quanto alimento precisa e quantos animais se tem.
➢ Possibilidade de ir monitorando e mudando o tamanho da faixa, por
exemplo.

PASTOREIO ROTATIVO COM DOIS GRUPOS DE ANIMAIS:


➢ Também chamado de pastoreio primeiro e último;
➢ Vantajoso quando se dispõe de animais de diferentes categorias ou capacidade
de resposta à forragem.
➢ Os animais que respondem mais à qualidade da forragem pastejada
PRIMEIRO, cedendo lugar em seguida aos animais com menor exigência
(SEGUNDO GRUPO).
➢ Alta disponibilidade e qualidade de forragem permite pastejo seletivo e alta ingestão de nutrientes ➔ maior
produção animal.
CREEP - GRAZING (pastoreio preferencial)
➢ Permite-se que animais jovens (terneiros, cordeiros, etc.) pastejem áreas que não estão ao alcance de suas
mães ou animais adultos;
➢ Evita a competição e oferece às crias forragem de melhor qualidade;
➢ É permitido que animais jovens (terneiros, cordeiros, etc.) pastejem um potreiro à frente do pastejado por suas
mães ou animais adultos;
➢ Semelhante ao primeiro e último.
PASTOREIO HORÁRIO: Exemplo de utilização
Ovelhas no pré-parto
➔ 1 - 2 horas/dia de pastejo em azevém;
➔ Aumento da lotação para mais de 20 cab/ha;
➔ Melhor sobrevivência dos cordeiros

Adubação Nitrogenada
➢ Aumento na produtividade com diminuição do intervalo entre pastejos (período de descanso) e aumento na
taxa de acúmulo.
➢ Aumento na qualidade de forragem ↑ no teor de PB;

Suplementação Volumosa
➢ Manutenção e ajuste de carga animal;
➢ Ajustes nutricionais (fibra).

Suplementação Concentrada PROTÉICA ou ENERGÉTICA


➢ Ajustes nutricionais.

Aula 2 - Métodos de Pastoreio II - 25/08/2023


Manejo dos animais no piquetes
● Primeiro ciclo
➔ Realizado um pouco abaixo da condição ideal (+/- 80% da altura).
➔ PO ou CA menor que o projetado.
● Estimula o perfilhamento.
● Observar ´´arranquio`` de plantas.
● Observar a compactação do solo.
● Escalonamento da implantação → Uniformiza a altura da pastagem.

● Avanços dos pastejos → Pastejos subsequentes


● Piquete mais próximo da condição ideal
● Pastejo noturno → Se possível juntar dois piquetes (melhor sobrar do que faltar - NUNCA deixar rapar)
● Sobrou pasto após o PO → troca de piquete (sobra → roçada ou fenação).

● Baseado na altura do pasto ou na avaliação da massa de forragem.


Lotação que permita o consumo de toda a forragem entre a altura máxima num período de 1 a 7 dias
(conforme projeto).
Qualidade da forragem em pastoreio rotativo

Entrada e saída dos animais do piquete


➢ Em rotativo o maior consumo de forragem se dá no máximo até 50% da
altura máxima;
➢ Por isso a maior eficiência é obtida com baixa retirada e alta rotação de
piquetes;
➢ Figura: Relação teórica entre intensidade de pastejo e eficiência de
pastejo (kg MS ingerida/kg de MS produzida) e eficiência de utilização
(kg de produto animal/kg de MS produzida). A eficiência de pastejo e a
eficiência de utilização são processos antagônicos.

Pastoreio rotativo ´´Tradicional``

Caracterizado pela alta intensidade e baixa frequência de pastejo


com quase completa colheita da forragem.
Pastoreio ´´Rotatínuo`` → Define altura pré e pós pastejo para máxima ingestão de forragem/unidade de tempo

Rebaixamento de, no máximo, 40% da altura indicada para a entrada dos


animais.

Caracterizado pela baixa intensidade e alta frequência de pastejo e


consumo quase exclusivo de folhas (↓ FDN, ↑ CHOs, Sol, ↑ PB, ↑ nitratos)

Comparação entre manejos de ALTA e BAIXA intensidade de pastejo

> %Utilização → > Rebaixamento → < Resíduo → >Período de descanso

Pastoreio Rotativo
Exemplo de cálculo da área dos piquetes:
Vacas leiteiras:
PV → 580 kg
C → 3% do PV
LI → 20
PD → 21 dias
MF → 1700 kg MS/ha
% Utilização → 40%

Área de pasto/cabeça = área do piquete (0,51 ha ou 5100m²) = 0,0255 ha/cab (225m²/cab) LI (20 animais).

Exemplo de cálculo da necessidade total de área:


N = PD/PO + 1
N = 21/1 + 1 = 22 piquetes de 0,51 ha = 11,22 ha
+ 20% (margem de segurança ??) 26 piquetes → 13,26 ha

Lotação instantânea e do sistema


Lotação instantânea (cab/área do piquete) = 20 vacas / 0,51 ha = 39,22 cab/ha
Lotação do sistema (cab/área do sistema) = 20 vacas / 11,22 ha = 1,78 cab/ha

Carga animal instantânea e do sistema


Carga animal instantânea (PV/área do piquete) = 20 vacas x 580 kg = 11600 kg / 0,51 ha = 22745,10 kg/ha
Carga animal do sistema (PV/área do sistema) = 20 vacas x 580 kg = 11600 kg / 11,22ha = 1033,87 kg/ha
Cálculo da lotação a partir de piquetes com área já conhecida:
Li = Área x MF x % Utiliz. / PV x C x PO → Li = 0,5 x 1700 x 40 / 580 x 3 x 1
Li = 34000 / 1740 Li = 19,54 cab

Área: 0,5 ha; MF: 1700kg MS/ha; % Utiliz.: 40%; PV: 580 kg; C: 3% PV; PO: 1 dia.

Aula 3 - Manejo de Campo Nativo - 25/08/2023


Biomas Brasileiros
Biomas → Conjunto de ecossistemas que funcionam de forma estável.
➢ Caracterizam-se por um tipo principal de vegetação (podendo existir diversos tipos vegetacionais)
➢ Os seres vivos vivem de forma adaptada às condições da natureza (vegetação, pluviosidade, umidade,
calor, etc) existentes.
➢ No Brasil → No geral caracterizam-se por uma grande biodiversidade (diversidade de animais e vegetais).

Bioma Pampa
➢ 500.000 km² (entre as latitudes 24° e 35° S);
➢ Reconhecido como Bioma → 2004 → desmembrado do Bioma Mata Atlântica.
➢ Abrangência → Uruguai, NE da Argentina e Sul do Brasil.
➢ A parte brasileira é conhecida como Pampa → 176.496 km²
➢ Fisionomia predominante → herbácea, relevo de planície com várias espécies de Poaceae, Asteraceae,
Cyperaceae, Fabaceae, Rubiaceae, Aplaceae e Verbenaceae.

Formações Campestres → Condições EDAFO - CLIMÁTICAS


Diferentes formações campestres → diferentes ´´campos nativos``
★ Precipitação pluviométrica;
★ Capacidade de armazenagem de água no solo; → Vegetação: estepe, savana, arbórea.
★ Fertilidade do solo;
★ Temperatura.
Formações Campestres → Principais gêneros e sp. nativas
Gramíneas de estação quente
➔ Gênero Paspalum: Urvilei, notatum, guenoarum, dilatatum.
➔ Gênero Axonopus: Axonopus effnis = prefoliação conduplicada: a folha na gema, está dobrada ao meio
longitudinalmente; Axonopus compressus = prefoliação convoluta: folha na gema, está enrolada
longitudinalmente.
➔ Andropogon, Aristida, Schizachirium;
Leguminosas de estação quente
➔ Desmodium (pega-pega), Stylosanthes;
Gramíneas de estação fria
➔ Poa annua, Briza subaristata, Poa lanigera, Bromus, Stipa e Piptochaetium.
Leguminosas de estação fria
➔ Trifolium polymorphum, Adesmia, T. riograndense, Medicago polymorpha.

Aula 4 - 01/09/2023
Campo Nativo → Características Gerais
➢ Predominam espécies perenes de estação quente (C4) → produção concentrada nas estações de
primavera e verão.
➢ Plantas adaptadas a explorar de recursos naturais para a produção de forragem;
➢ Sob condições naturais produz entre 3 - 6,5 t MS/ha/ano;
➢ Grande diversidade VEGETAL: > 400 gram. e 150 leg pastejáveis;
➢ Grande diversidade ANIMAL: mamíferos, aves, répteis, etc…
➢ Desempenha funções ecológicas, culturais-sociais e econômicas.

Produtividade, potencial:

Sequência de intensificação da
produção animal sobre campo nativo
com uso de tecnologias de processo e
de insumos.

Ameaças:
● FLOrestamento indiscriminado;
● Invasões biológicas: Capim Annoni;
● Arenização: Deserto São João -
Alegrete;
PRÁTICAS DE MANEJO → Controle da oferta → Ajuste de carga
● 4% PV < INFILTRAÇÃO; < Porosidade; > Densidade.
● Deslocamento x Lotação.
Diferentes ofertas em diferente estações
❖ 🠕 Carga (8%) na primavera → quando sp de média qualidade elongam – Ex.: capim Caninha → abrir
espaço para estoloníferas produzirem no verão (manejadas 12%);

Manipulação da estrutura
USO DE ROÇADAS ESTRATÉGICAS
➢ Manipulação da estrutura (🠗 touceiras) → Máximo 35%;
➢ Eliminação de ´´pasto velho`` do ano anterior;
➢ Controle de plantas indesejáveis ou invasoras;
→ Época: na floração da sp. que se quer eliminar.
★ Primavera → Luz e espaço para as espécies que estão rebrotando;
★ Outono → Introdução de espécies exóticas em cobertura;
→ Maior controle de plantas indesejáveis (esgotam as reservas).

Principais espécies indesejáveis


NÃO PASTEJADAS
1. Alecrim: Vernonia nudiflora;
2. Caraguatá: Eryngium horridum;
3. Caraguatá do banhado: Eryngium pandalifolium;
4. Carqueja: Bacharis trimera;
5. Chirca: Eupatorium buniifolium;
6. Mio mio: Bacharis coridifolia;
7. Maria mole: Senecio brasiliensis.
PASTEJADAS
8. Macega estaladeira: Erianthus angustifolius;
9. Barba de bode: Aristida jubata;
10. Capim caninha: Andropogum lateralis;
11. Capim annoni: Eragrostis plana.
Ajuste de carga e manipulação da estrutura
➔ Alturas do estrato inferior pastejável → 10-12 cm (8-12 cm);
➔ Máximo 35% de participação de touceiras para não penalizar o campo nativo;
➔ 8% - 12% OF tem potencial de mitigar os GEE.
Diferimento da pastagem
RETIRADA DOS ANIMAIS DE UMA PASTAGEM PARA:
● Florescimento e produção de sementes → 🢁 BSS.
● Acúmulo de forragem para reserva alimentar (feno em pé);

- Diferimento de primavera → acumula forragem para verão seco;


- Diferimento de final de verão → acumula forragem para outono-inverno.

Fertilização

Representação da ´Lei do Mínimo` ou ́Lei de Liegib` e influência


da adubação na alteração do nível de produtividade.

Fertilização nitrogenada → Aumento na produtividade;


Fertilização fosfatada → aumento na produtividade e possibilidade de alteração da composição botânica
(provável necessidade de reposição de fósforo).

Introdução de espécies de INVERNO


➔ Espécies compatíveis com o reduzido revolvimento do solo:
➔ Preferencialmente de sementes pequenas → 🡣 distúrbio;
➔ Espécies perenes ou com ressemeadura natural → 🡣 necessidade de nova implantação;
➔ Azevém;
➔ Aveia??
➔ Trevos (branco, vesiculoso, persa…);
➔ Cornichão (El Rincón, São Gabriel, Maku).

Aula 5 - Sistemas Integrados de Produção Agropecuária - SIPAs - 15/09/2023


O que é ILP ou Sistemas Integrados de Produção Agropecuária - SIPA?
→ Integração Lavoura Pecuária (ILP) é a denominação que se dá a sistemas de produção que integram
atividades de agricultura e de pecuária de forma sinérgica e sistêmica.
→ A ILP/SIPA como conceito tecnológico é tão antiga quanto a domesticação dos animais e das plantas.
Por que fazer ILP no RS? Porque o RS possui:
(VERÃO) (INVERNO)
➔ 3 milhões de ha soja; ➔ 1,0 milhão ha (trigo, aveias, cevada, triticale,
➔ 2 milhões de ha de milho; centeio) 16,6%
➔ 1 milhão ha de arroz. ➔ ? 5 milhões ha (fica sem renda);
➔ Solo descoberto! ou pastagens naturais…
Não há justificativas, no contexto econômico e social da atualidade, para que essas áreas não produzam riqueza e
empregos ao longo do ano.
Integrando os Sistemas - Lavoura e Pecuária
As propriedade agrícolas:
→ Necessitam de alternativas de rotação de culturas;
→ Intensificar o uso da terra;
→ Aumentar a sustentabilidade dos sistemas;
→ Melhorar a renda.
a) Em regiões tipicamente agrícola: a pecuária entra com uma opção de diversificação e possibilita a
utilização na alimentação animal;
b) Em região tipicamente de pecuária: a agricultura entra como uma opção para o estabelecimento ou
reforma de pastagens, diversificação da renda das propriedades.

Integração Lavoura-pecuária em regiões tipicamente agrícolas no Sul do Brasil


→ No Sul do país a ILP é praticada há décadas classicamente representada pelas rotações da lavoura de arroz
irrigado com a pastagem no RS e pelas rotações das lavouras de milho e soja com pastagens de inverno nos
Planaltos do Rio Grande do Sul e Paraná.
→ A consequência dessas particularidades da ILP em SPD é que a taxa de lotação animal utilizada no sistema é
determinante na produção pecuária.

Representação esquemática do modelo conceitual de


pesquisa de ILP em SPD. O modelo se aplica a rotações
típicas com lavouras anuais de verão, exemplificando
com a soja.
Nessa representação, se tem tudo que envolve no
sistema, produção animal, taxa de lotação, massa de
forragem, o que reflete no nível de ingestão, e também
reflete no ganho por cb e ha.

Arroz x Pastagem = (-)


→ A situação da integração da lavoura arrozeira com a pecuária é precária, podendo afirmar-se que os baixos
índices de produtividade animal obtidos nas condições do binômio arroz x pastagem são semelhantes aos
exibidos no sistema tradicional de produção animal, extensivo, baseado na pastagem nativa.
→ Acompanhando este desequilíbrio tecnológico, onde na lavoura de arroz utiliza-se de alta tecnologia em
contraste com a pecuária, também a pesquisa envolvendo a pecuária neste sistema de produção é quase nula.

SISTEMAS INTEGRADOS EM TERRAS BAIXAS


●Sistema 1: Pousio (vegetação espontânea) - arroz;
●Sistema 2: Azevém pastejado - arroz;
●Sistema 3: Azevém pastejado - soja - azevém pastejado - arroz;
●Sistema 4: Azevém + trevo branco pastejado - capim sudão pastejado - azevém + trevo branco pastejado - soja -
azevém + trevo branco pastejado - milho - azevém + trevo branco pastejado - arroz;
●Sistema 5: azevém + trevo branco + cornichão pastejados - campo de sucessão pastejado - azevém + trevo
branco + cornichão pastejados - campo de sucessão pastejado - azevém + trevo branco + cornichão pastejados -
campo de sucessão pastejado - azevém + trevo branco + cornichão pastejados - arroz.

Sistema 2: Importância de se manejar o pasto em Sistema 3: aumentou o período de pastejo.


altura adequada, para se ter mais período de pastejo.

→ Dos diferentes sistemas, o que irá mandar será o excelente manejo no inverno, não colocar altas taxas de
lotações, mantendo sempre uma altura adequada de manejo do pasto.

Diferentes sistemas, com diferentes taxas de resíduos.


Quando há pastejo bem manejado, consegue-se
produzir mais folhagem, e assim será terá uma taxa de
resíduo, sem deixar rapado o pasto.
O que diferencia = quantidade de animais

E lembrando, o que produz para cima de folhagem, produz


para baixo de raiz. Então saber a quantidade de animais que
deve-se colocar no local.
Ocorrência de plantas daninhas, à 10cm aumenta a escala
de invasão dessas plantas indesejáveis.
O animal acaba compactando a parte superficial do solo. Então depende se o animal compacta ou não, se for
muitos animais, sim, mas se for poucos e bem manejado, ele compacta superficial, ou seja, não afeta muito.
Solo → Variáveis físicas - força de tração em hastes sulcadoras de semeadora

Dados → armazenar e processar

→ A produtividade da lavoura está diretamente


relacionada ao stand de plantas.
→ Além disso, como se pode verificar, não é o animal
em si o problema, mas a carga empregada no uso de
pastagens.
→ Áreas excluídas do pastejo não produziram mais soja que as áreas conduzidas com baixa intensidade de
pastejo.
→ Qualquer uso com pastejo no período do inverno, significa uma receita adicional ao sistema, e como resultado
do rendimento animal por unidade de área.
→ Neste caso, a produção animal significa um acréscimo direto de rentabilidade.

A PRESENÇA DO ANIMAL NO SISTEMA


➢ Possível compactação do solo devido ao pisoteio animal???
➢ Promover uma boa cobertura do solo no outono/inverno;
➢ Aveias e/ou azevém, são forrageiras capazes de suportar a atividade pecuária;
➢ O pastejo pode melhorar a fertilidade do solo, devido ao acúmulo de MO, reciclagem de nutrientes, eficiência
do uso de fertilizantes e capacidade de absorção de nutrientes;
➢ A aplicação de altas doses de N nas pastagens, possibilita um bom desenvolvimento da cultura sucessora;
➢ Os possíveis efeitos negativos do pisoteio é rapidamente revertido após o cultivo de verão no SPD;
➢ A compactação do solo depende da taxa de lotação, da densidade animal e da massa de forragem existente;
➢ Ressalta-se a importância da integração lavoura-pecuária para a sustentabilidade do sistema, da necessidade
de fertilização das áreas de pastagens, maior acúmulo de biomassa e aumento nos teores de MO nos solos;
➢ Moraes et al. (2002) demonstra que é possível dobrar a receita líquida da propriedade onde o sistema
preconizado está em estágio avançado de implementação.
Calendário ILP Considerações:
❖ A ILP, além de produzir riqueza, também diminui a instabilidade dos
agricultores frente às variações climáticas;
❖ O sistema de integração lavoura-pecuária proposto têm alguns conceitos
básicos: o plantio direto, a rotação de cultivos, o uso de insumo e
genótipos melhorados, manejo correto das pastagens e a produção
animal intensiva em pastejo;
❖ Dentro do planejamento podem-se aproveitar pastagens perenes,
inclusive nativas e intensificar o sistema de acordo com os recursos
disponíveis;
❖ A necessidade de um planejamento maior deve-se pelo fato de integrar
diferentes atividades;
❖ A ILP é, antes de tudo um sistema planejado de utilização racional do
solo, em que participam lavouras e animais;
❖ A ILP é um sistema voltado para a preservação da qualidade do solo e
água do nosso agro ecossistema.

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