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Genitivo, Dativo e Vocativo (Segunda

Declinação)

O caso possessivo em português é usado para


indicar posse. Você pode pôr “de” na frente
da palavra. Ex.: A Palavra de Deus é a
verdade. A Palavra dos Apóstolos foi
desconsiderada.

O objeto indireto, tecnicamente, é a


pessoa/coisa que é “indiretamente” afetada
pela ação do verbo. Isso significa que o
objeto indireto está envolvido na ação
descrita pelo verbo, porém não de modo
direto.

Por exemplo, no período oracional “Kátia


jogou uma bola para Bruno”. O objeto direto
é “bola”, visto que está relacionado
diretamente com a ação do verbo. Mas “Bruno”
também tem relacionamento com a ação do
verbo, uma vez que a bola foi jogada para
ele. “Bruno”, por tanto, é objeto indireto.

Uma maneira de achar o objeto indireto é


colocar a palavra “para” na frente da
palavra e ver se faz sentido. No período
oracional “Kátia jogou para Bruno uma bola”.
Para quem Kátia jogou a bola? Para Bruno.
“Bruno” é o objeto indireto.

O caso genitivo em grego equivale ao caso


possessivo em português. Em vez de
acrescentarmos a palavra “de”, são
acrescentadas à palavra as terminações do
caso genitivo. Por exemplo, se a frase
“Todos violam as leis de Deus” fosse em
grego. “Deus” estaria no caso genitivo e
teria uma terminação no caso genitivo.
A terminação do genitivo singular é - υ e -
ων é a terminação do genitivo plural. Neste
caso, Ἀπόστολου significa “do apóstolo”, e
ἀπόστολων significa “dos apóstolos”.
Quando você ler a palavra λόγου, saberá que
está no singular e que denota posse, sendo o
seu significado “da palavra”. No caso de ver
a palavra λόγων, saberá que está no plural e
que denota posse, sendo o seu significado
“das palavras”. A palavra-chave do genitivo
é “de”.
O objeto indireto funciona da mesma maneira,
tanto em grego quanto em português. Em
grego, o objeto indireto é colocado no caso
dativo, o que significa que emprega as
terminações do caso dativo. Por exemplo, se
a frase “Deus deu ao mundo o seu filho”
fosse em grego, a expressão “ao mundo”
estaria no caso dativo, por ser o objeto
indireto.
A palavra-chave para o dativo é “para”.
Sempre coloque a palavra “para” (na tradução
em português) antes de qualquer palavra que
está no caso dativo em grego.
Iota (- ι) é a terminação do caso dativo
singular, e (- ις) é o dativo plural. No
singular, a vogal final da raiz se alonga, e
o iota fica subscrito, porque omicron se
alonga para ômega.

Λογο + ι > λογοι > λογωι > λόγῳ

Quando você lê a palavra λόγῳ sabe que está


no singular e que funciona como objeto
indireto. Quando você lê a palavra λογοις,
sabe que está no plural e funciona como
objeto indireto. Neste caso, λόγῳ significa
“para a palavra/à palavra”, e λογοις
significa “para as palavras/às palavras”.

Existe, por último, o vocativo, que serve


para invocar e que tem as mesmas desinências
ou terminações do que o nominativo tanto
singular quanto plural. A palavra-chave para
o vocativo é “Ó”.

CONJUGAÇÃO

Verbos são palavras que exprimem ação. As


flexões verbais chamam-se conjugações. Os
verbos gregos dividem-se em duas conjugações
temáticas fundamentais: (- ω) e (- μι). Como
= solto e διδωμι = dou. A primeira é a mais
importante no NT. Apenas alguns verbos
aparecem em - μι.
O verbo εἰμί ser, estar e da conjugação
atemática.

S. εἰμί.. eu sou. P. ἐσμέν.. Nós somos.


I. εἶ.. tu es. L. ἐστέ.. Vós sois.
N. ἐστί (ν) ele e. U. εἰσί (ν).. Eles são.

NÜ MÓVEL

O - ν no final chamado nü móvel


ocorre no fim de uma palavra que termina com
uma vogal, quando a referida palavra é
seguida por uma palavra que começa com uma
vogal.

Também se usa ou no fim da frase.

O proposito de acrescentar o nü móvel era


evitar a pronuncia de duas vogas sucessivas.
Ao acrescentar um nü, é feita uma pausa, os
dois sons vocálicos podem ser distinguidos
entre si.

Ex.: εἱσί αὐτοίς > εἱσίν αὐτοίς.

Ex.: ἐστί ἀγαθός > ἐστίν ἀγαθός.

Ex.: εἱσί καλοίς > εἱσί καλοίς.

Ex.: ἐστί καλός > ἐστί καλός.

Era usada nas 3as pessoas tanto do singular


quanto do plural.
Ἰησοῦς

Por último, devemos falar do substantivo


“Jesus” (Ἰησοῦς, Ἰησοῦ) que é um substantivo
próprio adaptado do aramaico-hebraico,
declinado só no singular.

Emquadra-se nesta declinação, terminando


todas as inflexões pelo ditongo - ου, embora
peguem o nominativo e o acusativo, a
consonante final desses casos,
respectivamente, - ς e – ν, sendo de
destacar o fato de que três inflexões
(genitivo, dativo e vocativo) têm a mesma
forma.

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