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Percepção de sistemas

Um sistema pode ser definido


como um conjunto de
elementos que se
interrelacionam atraves de
processos que produzem
juntos um comportamento
que seja do interesse do
observador. Um
comportamento que se
observa em um sistema, de
onde se extrai uma
significação de utilidade, é
sempre relativo a um
contexto.

Uma "coisa" pode ser


representada como um
sistema. Essa coisa, vista
como elemento de um
sistema que a abrange, ou
como um próprio sistema,
tem suas formas (em toda
sua amplitude metafórica)
determinadas pelos
processos que as
perpassam.

Traditionally, a pattern is
initially be presented in the
form of a rule that establishes
a relationship between:

• A context

• A system of forces that


arises in that context

• A configuration that allows


these forces to resolve
themselves in context
...
“These notes are about the
process of design; the
process of inventing physical
things which display a new
physical order, organization,
form, in
response to function.…every
design problem begins with
an effort to achieve fitness
between two entities: the
form in question and its
context. The form is the
solution to the problem; the
context defines the problem”.
C. Alexander
...

...

“Systems do not exist in the


real world independent of the
human mind.”
G. Klir
...

To control is not to stand


outside the causal world; it is
to rearrange oneself
in it. This is true when we do
science, and it is true when
we just do life. We don´t
really have to reinsert our
science or ourselves into the
tangled bank, because we
never left it. We do need (…)
to recognize more fully and
explicitly the extent of our
entanglement.
Oyama, S. 2000. The Ontogeny of Information
– Developmental Systems and Evolution. 2a.
Edição, Duke University Press, Durham, NC,
273 pp.

...

A questão da existência ou
não de uma realidade
externa a nós é uma
indagação básica da
Filosofia. A ideia de que não
há nada externo a nós, ou de
que pode até haver um
mundo externo, mas este é
incognoscível, foi
desenvolvida por filósofos
idealistas
como George Berkeley e
depois por Kant e Hegel, e
forma a base do que é
chamado de subjetivismo, ou
anti-realismo. Várias
correntes de pensamento
compartilham essa postura
ontológica, como o
relativismo, o fenomenalismo
e alguns ramos da
hermenêutica. Em linhas
gerais, essas correntes
negam a possibilidade de
aproximação da realidade por
quaisquer meios, ou seja,
consideram inválido qualquer
procedimento científico. Ou a
realidade é uma construção
mental e, portanto, qualquer
interpretação sobre ela é
valida (relativismo), ou
despida de significado
(fenomenalismo), ou é
apenas um “texto” a ser
decodificado de várias
maneiras possíveis
(hermenêutica
relativista).

...

Especulo que aquilo que


chamo de "estado emergente
de um sistema" é dado pela
interação do observador
(sujeito) com um contexto
específico. Talvez a ideia de
emergência como um nível
de manifestação
fenomenológica que nasce a
partir de elementos de um
outro nível e que esse outro
nível é hierarquicamente
inferior, possa
temporariamente ser
colocada em suspensão para
dar lugar à outro
entendimento: um fenômeno
do "tipo B" não emerge de
uma disposição peculiar de
elementos de um sistema
mais fundamental de
fenômenos do "tipo
A". A ideia que proponho no
lugar dessa é a de duas
"naturezas" que têm em
comum alguma classe de
objetos, que são vistos como
"coisas" (Heidegger)
diferentes em cada uma
dessas naturezas, ou
contextos.
Por exemplo, a vida não
emerge de um ajuntamento
de tecidos carbônicos, luz,
água e o que mais seja do
domínio de uma "natureza
inanimada". A vida surge
porque uma consciência, que
percebe um mundo
emergido, de fato, produz
ativamente esse mundo
(movimento e narrativa).
...

Uma célula recebe


sinalização do ambiente na
forma de irritação a qual
reage e permite ou não a
entrada da substância
anunciada pela
sinalização. É um processo
de seleção. Um perceptron,
ou neurônio artificial, em uma
rede neural, comporta-se de
forma análoga. Recebe
sinalização por meio de seus
"dentritos" (entradas) e a
cada um deles é associado
um peso. O somatório das
entradas ponderadas por
seus pesos, alimenta uma
"função de ativação", que
determina o estado do
neurônio, ativado ou não.
Seja o que for que se
manifeste num sistema
celular complexo, isso poderá
ser narrado como tendo por
unidade de analise a unidade
celular, elemento comum
tanto ao sistema biológico
quanto ao computacional
artificial.

A ação de ativação, (caso do


perceptron), ou de
metabolização (caso da
célula biológica), é o
movimento que propicia a
percepção do fenômeno e
sua discriminação por quem
"observa" (demanda). Essa
discriminação, ajustada a
outros elementos de
contexto, formam o nível de
realidade.

CONTEXTO É UM SISTEMA
DE FORÇAS

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