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conjunto de medidas governamentais

tomadas na década de 30 do século


passado e a política internacional para a
agricultura.

7. Na segunda metade do século XX, a


Prof. Pedro Henrique – Geografia Revolução Verde no Brasil diversificou a
produção e mudou a geografia do plantio;
Instagram: pedrohss.geo por outro lado, também gerou o chamado
E-mail: pedrohss.geo@gmail.com desemprego estrutural, na medida em que
Whatsapp: (82) 99980-7478 a mecanização agrícola substituiu muitos
trabalhadores rurais.
Questões
8. A mecanização e a produtividade da
1. Fatores como altos custos de transporte, agropecuária brasileira põem o Brasil em
barreiras impostas pela legislação posição mundial de destaque na produção
ambiental e dependência da importação e exportação de commodities.
de tecnologias relacionadas à produção
agrícola limitaram a expansão do 9. A produção de café no Brasil partiu
agronegócio no território do Brasil, que, historicamente do Sudeste, mas o
por sua vez, reorganizou o seu sistema agronegócio cafeicultor tem feito a
produtivo agropecuário de maneira produção contemporânea desse insumo
superficial, de forma a manter precários o migrar com intensidade para a região
latifúndio e as relações de trabalho no Centro-Oeste, seguindo a direção dos
campo. estados situados a noroeste do país.

2. Uma commodity agrícola não pode ser 10. Matopiba, uma região de cerrado que
negociada em bolsas de mercadorias e abrange três estados nordestinos, é
futuros. considerada uma fronteira agrícola no
Brasil, sendo responsável, em grande
3. A persistência de conflitos agrários no parte, pela produção brasileira de grãos.
país se deve à exclusão do pequeno
produtor que cultiva para a sua 11. A partir da adoção de políticas públicas de
subsistência, já que o agronegócio ocupação do território nacional durante o
apresenta maior rentabilidade. regime militar, a fronteira agrícola
expandiu-se para o Centro-Oeste, que
4. Por fazer uso de tecnologias que passou a ser visto como “celeiro do
ampliam sua independência do espaço mundo”, destinado à produção
urbano, o campo não gera empregos de commodities como as do complexo
necessários para o desenvolvimento de grão carnes e à agropecuária em larga
muitos dos municípios de pequeno porte escala.
demográfico inseridos em regiões
produtivas do agronegócio no Brasil. 12. A expansão da fronteira agrícola na
Amazônia Legal é marcada por conflitos
5. A partir de 2005, o cultivo de cana-de- entre assentados e grandes projetos
açúcar para a produção de agropecuários e de mineração e por
biocombustíveis tornou-se um novo fator intensa devastação e desperdício dos
de transformação da paisagem do cerrado. recursos naturais e da biodiversidade, o
que compromete o futuro da região.
6. A implantação da agricultura moderna na
década de 70 do século passado e a 13. A agricultura científica e o agronegócio têm
redução das áreas de vegetação natural impacto direto na concentração fundiária e
foram propiciadas pela associação entre o no mercado de trabalho no campo, pois as
empresas agrícolas compram ou arrendam da queima da biomassa da cana, o que
vastas extensões de terra para o cultivo e representa uma alternativa ao tradicional
geram empregos especializados, impondo modelo de energia hidrelétrica.
novas relações de trabalho para os
agricultores, que não têm condições 20. Em contraponto ao processo de
técnicas e financeiras para competir com modernização produtiva, o setor
esse modelo de agricultura. agropecuário no Brasil mantém uma
estrutura baseada na produção para a
14. A internacionalização da agropecuária exportação sem a agregação de valor,
brasileira ainda é totalmente dependente representada pelo processo parcial ou total
de investimentos de conglomerados e de transformação pela indústria nacional.
empresas estrangeiras que compram
empresas nacionais do setor e terras para 21. Atualmente, no Brasil, há crescimento
cultivo. populacional nas grandes metrópoles e
redução populacional nas pequenas e
15. As atividades corporativas de empresas médias cidades.
nacionais e internacionais (produção,
circulação, distribuição e consumo) 22. Com a população ainda concentrada
integram partes expressivas do território principalmente na fachada litorânea e em
brasileiro, por meio de redes de uma faixa de aproximadamente 500 km de
infraestruturas, de informação e distância do oceano, o Brasil possui
comunicação. poucas cidades com mais de um milhão de
habitantes distantes dessa área; As únicas
16. Característica marcante do atual período exceções são Brasília e Goiânia.
da agricultura brasileira é a ocupação de
milhões de hectares de cerrado pela 23. A especulação imobiliária que ocorre
agricultura moderna globalizada, ao atualmente nas porções centrais das áreas
mesmo tempo em que se aprofundam a metropolitanas brasileiras estimula a
divisão territorial do trabalho, os conflitos população a migrar destas áreas centrais
envolvendo povos e comunidades para a periferia.
tradicionais, o uso intensivo dos recursos
naturais e a perda de biodiversidade. 24. A grande cidade capitalista costuma dispor
de áreas consolidadas, envelhecidas ou
17. As regiões produtivas do agronegócio em processo de renovação, criadas em
brasileiro são competitivas no mercado diferentes momentos do tempo, somadas
global de commodities e caracterizadas a paisagens construídas recentemente.
pela especialização produtiva que atende
a parâmetros internacionais de qualidade e 25. As cidades pequenas e médias tendem a
de custos. apresentar menor crescimento
demográfico no futuro devido ao seu
18. A expansão da moderna agricultura nos modesto desenvolvimento tecnológico.
biomas Cerrado e Amazônia tem-se
constituído a partir de reduzidos fluxos 26. As cidades médias têm apresentado, na
migratórios em direção às pequenas e atualidade, retração dos índices
médias cidades dessas regiões e de econômico e tecnológico em decorrência
poucos conflitos no campo, uma vez que a do poder de atração e concentração
mecanização excessiva das atividades exercido pelas metrópoles nacionais e
agrárias gera poucos empregos tanto no regionais.
campo quanto na cidade.
27. Nas cidades, as denominadas áreas de
19. No Brasil, o setor sucroalcooleiro, além da risco constituem-se à revelia das políticas
produção de açúcar e álcool, tem espaciais adotadas tanto pelos municípios
intensificado a geração de energia a partir quanto pelos empreendedores
imobiliários, em um processo no qual a fragmentação social mediante uma
população ocupante torna-se a urbanização desordenada.
responsável pela constituição do risco e da
vulnerabilidade. 35. A expressão da segregação
socioeconômica está diretamente ligada
28. A segregação residencial tanto nas ao valor de troca da terra urbana, por meio
grandes quanto nas médias e pequenas da especulação imobiliária e da
cidades pode ser considerada como gentrificação.
autossegregação, segregação imposta e
segregação induzida. 36. A condição de acesso proporcionada pelos
29. Nas duas últimas décadas do século XX, a diferentes níveis de renda da população
urbanização brasileira passou por pouco interfere na dinâmica espacial da
processo de desaceleração a partir dos rede urbana brasileira.
efeitos da crise econômica vivida pelo país,
cujas metrópoles se mantiveram em 37. O processo de urbanização no Brasil
contingente demográfico, tamanho e constitui uma urbanização terciária, com
importância, em contraposição às cidades crescimento de atividades terciárias
médias, as quais passaram a receber os qualitativamente pouco especializadas e
fluxos migratórios antes destinados às de baixo valor agregado, inclusive as que
metrópoles. fazem parte da economia formal.

30. Urbanização significa transferir a 38. A urbanização brasileira ocorreu,


população da periferia das cidades para o inicialmente, em áreas isoladas, como
interior. verdadeiras ilhas, generalizando-se
somente a partir do século XX.
31. A urbanização do Brasil contemporâneo,
acompanhada de significativo
despovoamento do campo, mostra-se
demasiado rápida e, em geral, desprovida
do necessário planejamento, o que
contribui para a ampliação dos problemas
que tendem a caracterizar, especialmente,
as grandes regiões metropolitanas.

32. No Brasil, as cidades têm exercido uma


forte atração sobre as populações rurais,
por meio da expectativa de melhores
condições de vida e trabalho.

33. As cidades no Brasil, em suas diferentes


escalas (metrópole, cidade média ou
pequena), apresentam elementos de
desigualdade que se expressam no
território: a precarização da habitação e do
saneamento básico contribui para a
formação de periferias pobres,
parcialmente integradas à dinâmica
urbana.

34. No Brasil do século XX, o êxodo rural foi a


principal causa migratória do processo de
metropolização, cuja consequência foi a

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