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Nome: Ashley Guerrero – R.A.

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Turma: 1º ano - Noturno Data: 28/09/2023

Lista de Exercícios – Morfossintaxe

1. Comente a seguinte declaração de José Lemos Monteiro, em “Morfologia Portuguesa”:


“De nada adianta forçar deduções com base nos mecanismos formais, se estes não
possibilitam oposições ou se os vocábulos se organizam mediante outros critérios.” (p. 225).

Resolução: A afirmação apresentada pelo especialista em linguística José Lemos Monteiro em


seu livro “Morfologia Portuguesa” encontra-se embasada nas atribuições rigorosas
estabelecidas pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) ao propor a uniformização do
ensino de língua portuguesa. Para o autor, a classificação vigorada por tal organização não
resiste à menor crítica e impede maiores orientações e discussões diante de seus elementos
formais. Não somente, Monteiro reitera que a disposição dos vocábulos acontece também
mediante outros critérios, considera-se para concretizar a seguinte indicação, conceitos
expostos por Joaquim Mattoso Câmara Jr. em seu escrito “Estrutura da Língua Portuguesa”,
o literato atribui o arranjo dos vocábulos em repartições semânticas (biossocial), formais ou
mórficas (forma gramatical) e funcionais (função do vocábulo na sentença), entretanto, o
estudioso aqui discutido indica que os vocábulos da língua portuguesa podem ser justapostos
as características citadas, misturar-se ou até mesmo, introduzirem-se a outras, como
exemplificado na frase enunciada.

2. Explique por que a expressão “classificação das palavras” é inapropriada.

Resolução: Ao introduzir a expressão “Classificação das Palavras” para a repartição categórica


das dez classes gramaticais, a Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) foi incoerente em
sua própria teoria. Dada declaração concretiza-se ao observa-se que na distribuição das
“palavras” variáveis estão inseridos os artigos, e em contraposto, na disposição das invariáveis
estão acrescentados os conectivos subordinativos (preposições e conjunções), dos quais se
tratam respectivamente de vocábulos da língua portuguesa. Sendo assim, a nomenclatura
correta, segundo José Lemos Monteiro, apropriadamente deveria ser “Classificação dos
Vocábulos”.
3. Por qual critério é definido o substantivo na NGB, e qual o problema disso?

Resolução: Segundo os critérios estabelecidos pela Nomenclatura Gramatical Brasileira


(NGB), os substantivos são as classes de palavras que possuem como principal responsabilidade
a designação dos seres em geral, tendo por base para esta funcionalidade seu critério semântico.
Sendo assim, para a NGB, é preciso em primeira instância identificar o ser para, dessa forma,
conceituar como substantivo a respectiva palavra que o representa. Entretanto, tal classificação
faz-se contraditória ao analisarmos o contexto frasal dos substantivos e o questionamento do
conhecimento do ser, pois nem todo nome qualifica seres, como exemplo podemos citar os
seguintes: justiça, fé, trovão, doença, embarque, ideia, dentre inúmeros outros. Em contraponto,
qualquer vocábulo ou expressão assume facilmente o caráter substantival, assim como: o sim,
o viver, o aqui-e-agora, etc. Deste modo, pode-se compreender que o mesmo não se trata de
uma classe gramatical, mas sim de funções que os nomes exercem em determinado contexto
frasal (MONTEIRO, 2002).

4. Por que “os artigos são pronomes, sempre em função adjetiva”? Responda com um exemplo
concreto.

Resolução: Conforme as constatações explicitadas por José Lemos Monteiro, em sua


publicação “Morfologia Portuguesa”, classificar os artigos definidos, e analogamente os
indefinidos, como parte integral da classe dos pronomes em qualquer situação, é um método
mais eficaz e lógico. Esta alegação baseia-se na interpretação sincrônica que comprovam a
origem deste vocábulo como parte pronominal, já que, de maneira contextual, os pronomes e
artigos exercem incumbências semelhantes dentro da língua, pois ambos são utilizados para
substituir ou acompanhar substantivos. Para além desta argumentação, os artigos
frequentemente desempenham aplicabilidades determinantes de substantivos, descrevendo-os
ou sintetizando seu significado de determinada maneira, sendo assim, atuando em papel
adjetivo.

Isto posto, pode-se exemplificar dadas verificações no seguinte exemplo: “O carro é


rápido”. Nesta frase, “O” está cumprindo uma função adjetiva ao determinar qual carro estamos
nos referindo, limitando o substantivo “carro”, tornando-o, desta forma, específico. Não
somente, pode-se dizer que “O” está agindo também como um pronome em função adjetiva, ao
substituir a necessidade de dizer “aquele carro” ou “um carro específico”, por exemplo, e
assim, modificando o substantivo “carro”.
5. Classifique os vocábulos da seguinte declaração: “Os verbos atualizam representações
dinâmicas”.

Resolução:

a) Os – Pronome adjetivo em relação à “verbos”;


b) Verbos – Nome substantivo em relação à “os” e “atualizam” (elemento determinante);
c) Atualizam – Verbo em relação à “verbos” (elemento determinante);
d) Representações – Nome substantivo (determinante de “os verbos atualizam” e
determinado de “dinâmicas”);
e) Dinâmicas – Nome adjetivo (determinante de “representações”).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MONTEIRO, José Lemos. Morfologia Portuguesa. 4ª Edição. Campinas: Pontes, 2002.


CÂMARA, J. Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. 33ª Edição. Petrópolis: Editora
Vozes, 2001.

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