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1.

Introdução
Os objetivos deste capítulo introdutório são os seguintes:
Breve introdução do estudo de estados lexicais;
 Definição do estados lexicais: Uma definição léxica é geralmente o tipo esperado
de uma solicitação de definição.
 Quanto a minha posição segundo os três autores léxicos.
 Diferença existente sobre os estados faseáveis e não-faseáveis ; e alguns exemplos
inclusos.

1.1. Definição dos estados Léxicas


A definição lexical de um termo, também conhecida como definição do dicionário, é o significado
do termo em uso comum. Como o seu outro nome implica, este é o tipo de definição é provável
encontrar no dicionário. Uma definição léxica é geralmente o tipo esperado de uma solicitação de
definição, e é geralmente esperado que tal definição será declarada tão simples quanto possível
para transmitir informações para o público mais amplo.
Léxico é o conjunto de palavras pertencentes a determinada língua. Por exemplo, temos um léxico
da língua portuguesa que é o conjunto de todas as palavras que são compreensíveis em nossa
língua. Quando essas palavras são materializadas em um texto, oral ou escrito, são chamadas de
vocabulário. O conjunto de palavras utilizadas por um indivíduo, portanto, constituem o seu
vocabulário.
Nenhum falante consegue dominar o léxico da língua que fala, já que o mesmo é modificado
constantemente através de palavras novas e palavras que não são mais utilizadas. Além de possuir
uma quantidade muito grande de palavras, o que impossibilita alguém de arquivar todas em sua
memória.
O campo lexical, por sua vez é o conjunto de palavras que pertencem a uma mesma área de
conhecimento, e está dentro do léxico de alguma língua.
Observe que uma definição lexical é descritiva, relatando o uso real dentro de falantes de uma
linguagem, e muda com a mudança de uso do termo, ao invés de prescritiva, que seria ficar com
uma versão considerada como "correta", independentemente da deriva no significado aceito . Eles
tendem a ser inclusivos, tentando capturar tudo o que o termo é usado para se referir, e como tal
são muitas vezes demasiado vago para muitos propósitos.
Quando a amplitude ou a imprecisão de uma definição lexical é inaceitável, uma definição precisa
ou uma definição estipulada é frequentemente usada.
As palavras podem ser classificadas como lexicais ou gramaticais. As palavras lexicais são aquelas
que possuem significado independente (como substantivo (N), verbo (V), adjetivo (A) ou advérbio
(Adv).
A definição que relata o significado de uma palavra ou uma frase como ela é realmente usada por
pessoas é chamada de definição lexical. Significados das palavras dadas em um dicionário são
definições lexicais. Como uma palavra pode ter mais de um significado, também pode ter mais de
uma definição lexical.

 Segundo alguns autores


Parte do que permitiria a utilização dessas categorias em diferentes línguas seria a simples
facilidade em cada autor poder definir os termos de acordo com a língua estudada –como no caso
de Lefebvre e Muysken (1988, p. 7), em que ([+N],[+V]) se refere a verbos nominalizados em
Quéchua.
Segundo Dionísio de Trácia, ou Dionísio Trácio, em Tekhne Gramatike, ou a “Arte da Gramática”
publicada em torno do século II AC, para definir termos que conhecemos hoje como substantivo,
verbo, particípio, artigo, pronome, preposição, advérbio e conjunção. A longevidade desses termos
é, no mínimo, suspeita.
Se olharmos para outros termos da história da ciência, mesmo os átomos tiveram um ressurgimento
bastante recente: Ainda em 1882, físicos importantes como Max Planck ainda duvidavam que, de
fato, átomos existissem (KUMAR, 2011, p. 21), e mesmo assim a palavra representa hoje algo
muito diferente do imaginado na tradição grega1
. Um motivo possível seria o fato de que simplesmente a tradição tem sido repassada sem muitos
questionamentos.
Se for pela falta de questionamento, a história das classes lexicais hoje em dia é bastante similar à
da Grécia antiga. Vale lembrar que não foi Dionísio de Trácia que cunhou os termos. Oνομα
(“Onoma”), para citar uma das classes lexicais, já se encontrava em obras muito anteriores à
publicação da Arte de Gramática, como no caso do “Crátilo” de Platão (SEDLEY, 2014) (século
V AC). Similarmente, o significado dos termos em si mudou pouquíssimo nos últimos dois
milênios (motivo pelo qual a tradução dos termos gregos talvez não reserve muitas surpresas)
sendo oνομα um caso excepcional de um termo que originalmente tinha apenas um significado e
que hoje se refere a duas classes: Substantivo e adjetivo.
Hoje é comum se estudar categorias lexicais através de, pelo menos, duas linhas teóricas: o
funcionalismo tipológico (seguindo o trabalho de Greenberg (1963)) e o gerativismo formalista
(seguindo o trabalho de Chomsky (2002), original de 1957, na qual se encontra o início da
abordagem). As páginas a seguir explicarão, primeiro, o motivo de não seguir o gerativismo
formalista, voltando posteriormente às questões comuns das pesquisas tipológicas funcionais.
Segundo o Chomsky (2002) como ponto de partida da tradição formalista na linguística moderna,
então o problema das classes lexicais parece ter começado como um “ponto
cego” nas investigações sobre a gramática: Não há, num primeiro momento, uma análise precisa
sobre o que são as classes lexicais, do que elas se constituem e quais são suas características
universais (diferente do que aconteceria depois em Baker (2004), em que é possível confirmar ou
refutar).
O motivo é compreensível.
Já no início, a definição de linguagem era a de que se tratava de um conjunto de orações finitas,
sendo que o papel fundamental de uma análise linguística era separar as frases gramaticais das
agramaticais (CHOMSKY, 2002, p. 13); a definição entre gramatical e agramatical era considerada
como sendo feita com base na sintaxe, e não no significado, já que é perfeitamente possível
segundo a teoria criar orações gramaticais e sem significado algum, como “Ideias descolores
verdes dormem furiosamente” (CHOMSKY, 2002, p. 15). Qualquer intenção de se usar a
semântica para definir gramaticalidade foi então sumariamente deixada de lado.
A tentativa de dar uma fundamentação sintática precisa à linguagem, entretanto, não durou mais
de dois capítulos. Ao falar sobre estrutura sintagmática, e discorrer sobre a natureza do que é um
sintagma verbal e um sintagma nominal, a natureza dos núcleos de cada um desses sintagmas
(substantivos e verbos) nunca foi especificada. O autor se contentou em dizer que “homem” e
“bola” são substantivos e “bater” e “pegar” são verbos (CHOMSKY, 2002, p. 26), sem nenhuma
definição explícita. Numa gramática do inglês, os termos são perfeitamente equivalentes na sintaxe
(sendo possível substituir o “verbo” em “The man hitVthe ball” e “The man tookVthe ball” sem
problemas) – numa gramática portuguesa, não seria possível fazer a permuta e manter o resto das
orações perfeitamente igual. Mas, como o livro tratava apenas de oferecer estruturas
transformacionais à língua inglesa, essa diferença era irrelevante.
As dificuldades apareceram, por assim dizer, com Chomsky (1965). Tomando as noções de
“verbo” e “substantivo” primeiramente das gramáticas tradicionais (CHOMSKY, 1965, p. 63), o
livro desenvolve os conceitos das classes lexicais, adicionando traços sintáticos como [+Comum]
e [+Humano] a [+N] no caso da palavra “guri”, que representaria que se trata de um nominal
referente a um ser humano e que não é um “nome próprio” (CHOMSKY, 1965, p. 82). O que vem
a ser [+N] continuou a ser insuficientemente definido, em parte porque, ao se limitar à língua
inglesa, e as definições ficaram implícitas 4como aquilo que os falantes da língua consideram
como sendo um “substantivo” – o que, por si só, não é problemático como descrição linguística.
Visto como uma gramática da língua inglesa, não haveria problema algum.
Segundo Baker
Mas, além disso? Baker (2004) defende que as classes apresentam características próprias,
enquanto Panagiotidis (2015) acredita que existem projeções mistas. Baker (2004) coloca que
existam três categorias lexicais, ao passo de Panagiotidis (2015) define que apenas substantivos e
verbos pertencem a um mesmo sistema lexical. 50 anos depois de Chomsky (1965), não parece
haver algum esclarecimento sobre quais são as categorias lexicais e seu papel numa possível
gramática universal. Os dados sobre língua japonesa, a seguir, não parecem ajudar muito.
A fim de sanar esse problema de cada língua usar uma definição diferente, Baker (2004, p. 21)
propõe que substantivos possuem índice de referência (com o traço [+N]), verbos licenciam
especificador (com o traço [+V]), adjetivos são a categoria default e que os traços não coexistem.
As línguas possuiriam três categorias lexicais, e três categorias apenas. A vantagem de uma divisão
definida dessa forma é que a não ser que uma classe de palavras apresente tanto um índice de
referência como a possibilidade de licenciar especificador, ela não é contraditória.
Logo, uma divisão tripartida assim não seria problemática. Afinal, a única dificuldade real que ela
poderia ter seria caracterizar uma palavra que possuísse um índice de referência e licenciasse um
especificador. Mas, por si só, como a divisão poderia explicar as diferenças e semelhanças entre
as propriedades de classes lexicais nas mais diversas línguas?
Ao tentar correlacionar essas características com outras propriedades de cada classe, tem-se um
problema: A categoria default, os adjetivos, teria, por falta dos traços acima, características como
modificação direta atributiva, possibilidade de comparação de grau e posição de predicado
secundário. Outras categorias teriam propriedades diferentes, não compartilhadas com as demais.
Mas, como veremos em japonês, não parece haver diferença nas formas em que verbos (doushis)
e adjetivos verbais (keiyoushis) modificam diretamente um substantivo (doushi), podendo as duas
classes também aparecer com comparações de grau. A posição de predicado secundário, apesar de
corresponder às expectativas na polaridade positiva, se torna um problema com a polaridade
negativa (quando verbos se comportam como adjetivos). Isso sem contar na diferença entre os dois
tipos de adjetivo.
Além disso, a hipótese de que justo os adjetivos seriam uma categoria default vai de frente com
outro problema, colocado por Panagiotidis (2015, p. 43): Por que justo a categoria default teria
problema em ser considerada universal (já que não são raros os autores que dizem que não existem
adjetivos em algumas línguas) e, mesmo nas línguas em que se considera que existem adjetivos,
como em Hausa, eles não chegam a uma dúzia? Panagiotidis (2015)6 foca, inclusive, em verbos e
substantivos, com outras categorias sendo consideradas um caso à parte.
Quanto a minha posição
Nesse conjunto de palavras que estão ligadas através de relações de significado, novos lexemas
são constantemente incorporados, provando que o campo lexical não é algo fixo e imutável. Pode
parecer uma definição complexa, mas todos nós sabemos exatamente do que se trata, pois de
acordo com a área de conhecimento na qual atuamos — seja você estudante, mecânico de carros,
jogador de futebol ou astronauta, dispomos de um vocabulário bem específico, utilizado em
momentos adequados. Observe alguns exemplos de diferentes campos lexicais:
Nesse conjunto de palavras que estão ligadas através de relações de significado, novos lexemas
são constantemente incorporados, provando que o campo lexical não é algo fixo e imutável. Pode
parecer uma definição complexa, mas todos nós sabemos exatamente do que se trata, pois de
acordo com a área de conhecimento na qual atuamos — seja você estudante, mecânico de carros,
jogador de futebol ou astronauta, dispomos de um vocabulário bem específico, utilizado em
momentos adequados. Observe alguns exemplos de diferentes campos lexicais:
1.1.2 A Diferença existente entre Estados faseáveis e não faseáveis
Os estados faseáveis são aqueles que ostentam a capacidade de integração na rede espectral e de
comutação em processos enquanto que os “não-faseáveis” não manifestam tal propriedade,
comportando-se sempre, e de forma obrigatória, como situações de natureza estativa, independente
do seu contexto de ocorrência.
Ou seja, tendo em em conta a característica de estados faseáveis e de estados não-faseáveis,
convém ter presente que não se podem confundir com precisados de fase ou com predicados de
indivíduo. Os estados faseáveis, no entanto, quando mantem as suas características estativas,
parassem comportar-se como predicados de individuo, admitindo inclusivamente, nos contextos
apropriados, uma leitura de espécie para os nominas em posição de sujeito; porém, quando a sua
configuração temporal interna se altera para a que caracteriza os processos, apenas uma leitura
existencial se encontra disponível. O contraste entre os exemplos abaixo ilustrados.

1.1.3 Exemplos de estados faseáveis e não-faseáveis


 Os leões são agressivos (estado faseáveis)
 Os leões estão a ser agressivos (estado não-faseáveis)
 A Rita está a viver na Holanda (estado faseáveis)
 O meu cão começou a ser agressivo (estado não-faseáveis)
 O Joao está a ter olhos azuis (estado não-faseáveis)

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