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Prova Trimestral

G233130
9.o Ano
Gabarito – Língua Portuguesa
Alexandre Fukuya / Angelly / Carolina Canelo
21/11/2023

Parte I: Testes (valor: 1,0)


1. Alternativa e.
Conforme narrado no cordel, Eva Maria era uma mulher que tinha “garra pra lutar”.
Isso ficou evidente, pois, mesmo diante da situação desfavorável de ser levada à
polícia após ser agredida, “A mulher lutou por seus direitos, independentemente de o
tempo histórico lhe ser desfavorável”. Em “Eva Maria trabalhava nas ruas, tendo
aprendido a selecionar e vender bem seus produtos.”, cita-se apenas a maneira como
ela sobrevivia financeiramente. Em “Eva discursou assim que foi presa, apontando as
injustiças que sofrera por parte do dono da cabra.”, relata-se algo que não aconteceu,
uma vez que a mulher não chegou a ser presa. Segundo o texto, Eva lutou por justiça
para a agressão sofrida, não tendo comandado “uma revolta da população contra a
elite branca.” Por fim, em “Eva correu atrás da cabra e recuperou os itens que haviam
sido roubados de sua banca.”, não há uma afirmação que pode ser comprovada no
texto, já que não se mencionou se ela chegou a recuperar as bananas roubadas.

2. Alternativa b.
No verso “Olhe bem pra esse caso” apresenta-se a contração da palavra “para” em
“pra”, bastante comum na oralidade. Nas demais alternativas, não há marcas da
linguagem oral.

3. Alternativa d.
No primeiro verso, a oração subordinada adverbial “Para assim sobreviver” pode
ser classificada como final, isto é, apresenta o valor semântico de finalidade. Entre as
reformulações propostas, apenas o trecho “A fim de sobreviver” manteve tal relação.
Nas demais alternativas, as alterações modificaram o valor semântico, pois em a
tem-se proporcionalidade, em b, causa, em c, concessão e, por fim, em e, tempo.

4. Alternativa a.
Em I e II, as orações destacadas são subordinadas adjetivas, pois são introduzidas
pelos pronomes relativos “que” e caracterizam os substantivos “branco” e “milícia”. Já
em III e IV, as orações são substantivas objetivas diretas, subordinadas,
respectivamente, aos verbos “achar” e “dizer”.

Parte II: Questões (valor: 3,0)

1. A exceção teria sido a vitória de Eva Maria do Bonsucesso contra o José Inácio de
Sousa, homem branco que a havia agredido. Como a história se passa em uma época de
escravidão, era muito difícil que uma pessoa negra fosse ouvida e pudesse se defender, mas,
com o apoio popular, Eva foi solta.

2.
“Que um dia mostraria / Sua força exemplar”
“Quando algo grande fez / Pela garra de lutar”
“Olhe bem pra esse caso / Que negócio interessante”
“Uma história como essa / Era sim revolução”
2 G233130 | 9.o Ano Prova Trimestral | 21/11/2023

3. Na estrofe transcrita, é possível identificar o emprego de linguagem figurada, ou seja, o


uso de sentido (I) conotativo, como se vê no verso (II) “Deu o troco rapidinho”. Além disso, por
fazer parte de um cordel, o trecho apresenta a (III) rima como estratégia para marcar o ritmo.

4.
a. Oração subordinada adjetiva.
b. Oração subordinada adverbial temporal.
c. Oração subordinada adverbial final.
d. Oração subordinada adjetiva.
e. Oração subordinada adverbial concessiva.

Parte III: Produção Textual (valor: 6,0)

Comentários sobre a produção textual: artigo de opinião

Para formular o artigo de opinião solicitado na proposta de produção textual, o


aluno deveria levar em conta o conhecimento sobre o gênero, trabalhado ao longo das
aulas do trimestre, bem como as instruções da questão apresentada. Nela, propôs-se a
seguinte situação comunicativa: Você faz parte do Grêmio estudantil do Colégio
Bandeirantes e, diante do cenário social de violência policial contra negros, decide
discutir a situação com o Grupo Antirracismo da escola. Depois dos encontros, foi
combinado que você deveria escrever um artigo de opinião à comunidade
bandeirantina a ser divulgado nas redes sociais do colégio. Esse artigo tem o objetivo
de conscientizar o grupo escolar sobre a importância de combater o racismo
reproduzido pela polícia.
O aluno deveria considerar o que leu nos textos I, II e III presentes na prova, além
de seu conhecimento prévio sobre o racismo exercido pela polícia no Brasil. Após tais
análises, deveria redigir o desenvolvimento e conclusão do artigo de opinião,
reforçando a necessidade de combater tal crime.
Em relação ao desenvolvimento, é necessário que as instruções da proposta sejam
totalmente seguidas: o D1 e o D2, obrigatoriamente, deveriam seguir a estrutura do
parágrafo padrão estudada nas aulas do 3º trimestre. Para isso, no D1 seria possível
indicar que a abordagem policial tem se mostrado racista até mesmo com pessoas
mais jovens. O dado do texto II “De todos os pretos da amostra, 21,51% foram
revistados pela polícia. Já entre os brancos, essa experiência atingiu 8,33%, e entre
pardos, 9,74%. Somente no ano de 2016, adolescentes autodeclarados pretos foram
25,71% dos que afirmaram ter sido levados para a delegacia.” poderia comprovar a
ideia, sendo possível argumentar que o racismo está muito estruturado na sociedade,
prejudicando e intimidando a vida da juventude brasileira. Além disso, argumentar que
o racismo não poupa pessoas negras de nenhuma idade é uma estratégia para
justificar a importância de combater tal abordagem.
No D2, poderia ser discutida a questão da violência como forma de manifestar o
racismo (texto III). O dado “Mais de 83% das pessoas que morreram em intervenções
militares eram negras e 45% tinham entre 18 e 24 anos.” confirma a intensa desigualdade
entre brancos e negros, além de enfatizar, novamente, o quanto a juventude negra é
quem mais sofre com o racismo. Caberia também indicar que o combate à violência
policial deve acontecer o quanto antes, já que se mostra fundamental proteger as vidas
de pessoas inocentes e seus direitos como seres humanos.
Já na conclusão, o aluno precisaria retomar brevemente os argumentos
desenvolvidos em D1 e D2 e a importância de combater o racismo presente na conduta
da polícia. Era necessário estruturar a conclusão em dois períodos e iniciar esse último
parágrafo com um conectivo conclusivo, estabelecendo, assim, a coesão textual.
Por fim, a situação de comunicação e o gênero solicitado exigiam a obediência à
norma-padrão da língua portuguesa, e permitiam o uso de 1ª pessoa (tanto do singular,
quanto do plural) e traços de coloquialismos.

Colégio Bandeirantes

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