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Falência moral.
Várias gerações cresceram ouvindo a máxima de que “no Brasil, só pobre vai
preso”, ou “no Brasil, a única coisa que dá cadeia é deixar de pagar pensão”.
Tivemos o privilégio de ver isso mudar: cidadãos poderosos, ricos e influentes
foram encarcerados, verdadeiras fortunas desviadas dos cofres públicos foram
devolvidas. O país, finalmente, estava se tornando um império da lei.
Falência política.
Falência institucional.
Falência da ordem.
Falência sucessória.
Em 40 anos de política, Lula não formou nenhum líder para sucedê-lo. Quem
pensa que, depois de 4 anos, passará o bastão a Alckmin deve morar em outra
galáxia. Se sua saúde lhe permitir, Lula concorrerá à reeleição em 2026 e,
provavelmente, sem Alckmin na chapa.
E, assim sendo, não escaparemos de mais uma campanha lamentável,
dominada pelas personas e pelo populismo. Para um povo de pouca instrução
como o nosso, não há chance de um candidato técnico (Tarcísio ou Zema)
competir com uma figura como Lula. Lula é capaz de mentir fragorosamente
em campanha, de prometer picanha, cerveja, pão e circo – a receita para atrair
um adversário também populista.
No mínimo, há que se admitir que Bolsonaro seria o “waze eleitoral”, o caminho
mais rápido para termos alguma chance de, em 2026, escapar da polarização
que tanto emburrece. Carisma não se transmite, e os líderes forjados por
Bolsonaro não gozam do mesmo carisma que ele. Portanto, só uma persona
(Bolsonaro de novo?) poderá fazer frente a Lula da Silva.
Por segurança, Lula tratará de manter o “nós contra eles”, de infernizar a vida
dos estados governados por opositores e de tentar poluir a agenda política com
caças às bruxas. Tudo para evitar o surgimento ou consolidação de novas
lideranças.
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Falência jurídica.
O sistema judiciário do Brasil foi desmontado para que Lula pudesse concorrer
à presidência. Os processos, julgamentos e decisões de um sem-número de
juízes foram simplesmente rasgados. Como podemos esperar doravante uma
sociedade onde todos são iguais perante a lei?
Há alguns anos, Lula já havia afirmado que Sarney não era um homem comum
perante a lei. Lula não acredita no império da lei, nunca foi um conceito que lhe
agradasse, afinal é um ególatra (e alcóolatra) que espera que a lei se molde à
sua conveniência. Agora, powered by STF, Lula é a lei, e assim será.
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Falência administrativa.
A eleição de Lula vai custar caro para a sociedade brasileira. Lula deve favor
para muita gente – TSE, STF, partidos, políticos, banqueiros, e outros
“democratas”. Quem espera que o governo Lula seja pautado por indicações
técnicas pode voltar para Marte.
A cartilha petista é indicar para cargos importantes os “companheiros”
derrotados nas urnas. Então, teremos que engolir figuras como Fernando
Haddad, Olívio Dutra e outras tantas que causam náuseas e para as quais o
eleitor já disse "não!". Exagero? Quem foi o primeiro presidente da Petrobrás
da era Lula? José Eduardo Dutra, então recém-derrotado na eleição para o
governo do Sergipe.
Com indicações políticas, a chance de termos melhoria nos serviços públicos é
nula. Também não esperem um ambiente acolhedor para investimentos
privados, teremos gente medíocre em todos os escalões, incapazes de inovar e
promover as alavancas do crescimento.
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Falência federativa.
O Nordeste elegeu Lula. Trata-se de uma região pobre justamente por ser
governada majoritariamente por partidos de esquerda desde a
redemocratização. A região produz pouco e tem muitos eleitores, uma receita
perfeita para o clientelismo e a servidão – a perfeita experiência para provar
empiricamente as teorias de Hayek.
O Nordeste jamais terá progresso com Lula ou outro governo de esquerda, pois
ali reside sua possibilidade de se perpetuar no poder, não sem custar aos
cofres públicos obras populistas, transferências de renda eleitoreiras e outros
movimentos bem conhecidos. Ocorre que os estados que geram mais riqueza
têm legitimidade para questionar essa equação: afinal, para que trabalhar e
produzir, se os tributos são revertidos para benefício de outrem?
A União Europeia está sendo desmantelada justamente pela disparidade dos
países-membros. Os alemães não querem mais financiar a Grécia, tal qual SP
em algum momento não concordará em bancar o clientelismo nordestino.
Alguns preferem o caminho do progresso, outros trilham o caminho da
servidão. Essas agendas são incompatíveis numa união federativa.
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Falência informacional.
Falência internacional.
"Ah, mas teremos Meirelles". Irrelevante – pode ser Dilma ou Mantega também,
o destino é o mesmo, só muda a velocidade. O investidor internacional vai
capturar o relief rally, se houver, e depois vai destinar o capital para jurisdições
onde a propriedade privada e a lei sejam respeitadas.
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