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Algebra Linear I
Palestra 06
Espaços e Subespaços Vectoriais
Conteúdo da Palestra
CAPITULOIV: Espaços e
Subespaços Vectoriais
4.1 Introdução
4.2 Espaço Vectorial
4.3 Subespaço Vectorial
4.3 Conbinação Linear
4.4 Base e Dimensão
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Objectivo:
Espaço Vectorial
e
Subespaço Vectorial
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Introdução
Neste capítulo, vamos estudar o conceito de vectores usando as propriedades
algebricas mais importantes dos vectorees em 𝐼𝑅! como axiomas. Esses axiomas,
quando satisfeitos por um conjunto de objectos, no permitiram pensar nesses
objectos como vectores.
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Espaço Vectorial
Definição: Seja V um conjunto não vazio, sobre o qual estão definidas duas
operações, a de adição e multiplicação por escalar.
§ Por adição entendemos uma regra que associa a cada par de objectos u e v em V
um objecto 𝒖 + 𝒗 (denominado soma de u com v). Isto é,
∀𝒖,𝒗∈ 𝑽, 𝒖 + 𝒗 ∈ 𝑽
§ Por multiplicação por escalar entendemos uma regra que assoacia a cada escalar
𝜶 e cada objecto u em V um objecto 𝜶 u (denominado múltiplo escalar de u por
k). Isto é,
∀𝜶∈ 𝑰𝑹, ∀𝒖∈ 𝑽, 𝜶𝒖 ∈ 𝑽
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Espaço Vectorial
Para mostrar que um conjunto com duas operaçõees é um espaço vectorial
Passo 1: identificar o conjunto V de objectos que serão os vectores;
Passo 2: indentificar as operações de adição e multiplicação por escalar;
Passo 3: Verificar a validade dos axiomas propostos, ou seja, que a soma de dois
vectores em V produzem um vector em V e que a multiplicacao de um vector
em V por um escalar também produz um vector em V.
Exemplos 1: conjunto dos vectores do espaço: a) 𝑉 = 𝐼𝑅% = { 𝑥&, 𝑥', 𝑥% ; 𝑥( ∈
𝐼𝑅)}; b) 𝑉 = 𝐼𝑅' = { 𝑥, 𝑦 ; 𝑥, 𝑦 ∈ 𝐼𝑅)};
Exemplos 2: 𝑉 = 𝑀)*+ , conjunto das matrizesreais 𝑚𝑥𝑛 com a soma e
produto por escalares usuais
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Subespaço Vectorial
Definição: Dado um espaço vetorial V, dizemos que um subconjunto S de V
é um subespaço vetorial de V se S for um espaço vetorial com respeito as
mesmas operações que tornam V um espaço vetorial.
§ Então, para verificar se um subconjunto S de um espaço vetorial V é um
subespaço vetorial, temos apenas que verificar:
1) O vector nulo está em S, isto é, 0 ∈ S.
2) Se u, v ∈ S, então u + v ∈ S.
3) Se u ∈ S, então αu ∈ S para todo α ∈ R
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Subespaço Vectorial
Observação:
§ Se estas três condições são válidas em S, então os axiomas de espaço
vectorial também se verificam em S. Assim existe a garantia que ao
operarmos em S não obteremos um vector for a de S, e que ele próprio é m
espaço vectorial;
§ Todo espaço vetorial V admite no mínimo dois subespaços vetoriais: {0} e o
próprio espaço V. Esses dois são subespaços triviais de V, os demais são
denominados subespaços próprios de V.
Exemplo:
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Conbinação Linear:
Dependência ou
Independência Linear
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Conbinação Linear
Definição: Dado um espaço vetorial V, dizemos que um vector w ∈ V é uma
combinação linear dos vetores 𝑣&, 𝑣', … , 𝑣+ ∈ V se existirem escalares ,
𝜶𝟏 , 𝜶𝟐 , … , 𝜶𝒏 , tal que w possa ser escrito como 𝑤 = 𝛼&𝑣&, 𝛼'𝑣', … 𝛼+ 𝑣+ .
Observação:
§ Se o vetor w for combinação linear dos vetores 𝑣&, 𝑣', … , 𝑣+ , dizemos que w é
gerado pelos vetores 𝑣&, 𝑣', … , 𝑣+ ;
§ O vetor nulo é gerado por 𝑣&, 𝑣', … , 𝑣+ , quaisquer que sejam estes vetores.
Basta tomar 𝜶𝟏 = 𝜶𝟐 … = 𝜶𝒏 , teremos 0= 0𝑣& + 0𝑣' + ⋯ 0𝑣+ .
Exemplo 1: considere o espaço vectorial 𝑉 = 𝐼𝑅' . Sejam 𝑣& = 1,2 𝑒 𝑣' =
(3,5). Escreva o vector 𝑣 = (10,15) como conbinação linear de 𝑣& e 𝑣'.
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Conbinação Linear
Solução
𝑉 = 𝑥 1,2 + 𝑦 3,5 ∴ 𝑥, 2𝑥 + 3𝑦, 5𝑦 = (10,15)
Para resolver a expressão podemos usando:
𝑥 + 3𝑦 = 10
§ Sistemas: K ∴ 𝑥 = −5 𝑒 𝑦 = 5; ∴ −5 1,2 + 5 3,5 =
2𝑥 + 5𝑦 = 15
(10,15)
Exemplo 2: Considere os vectores u = (1,2,-1) e v = (6,4,2).
a)Mostre que w = (9,2,7) é uma combinação linear de u e v
b) Mostre que v = (4,-1,8) não é uma combinação linear de u e v
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Exemplo 1:
Solução da alínea a
O espaço gerado, [𝑣# , 𝑣$ ] é o conjunto de todas as combinações
lineares de 𝑣# , 𝑣$ que podem ser escritas como: 𝒂𝒗𝟏 + 𝒃𝒗𝟐 =
𝒂 𝟏, 𝟎, 𝟎 + 𝒃(𝟎, 𝟏, 𝟎) ⟺ 𝒂𝒗𝟏 + 𝒃𝒗𝟐 = (a,0,0)+(0,b,0) ⟺ 𝒂𝒗𝟏 +
𝒃𝒗𝟐 = (𝒂, 𝒃, 𝟎) sendo a e b são escalares.
Logo, o espaço gerado são todos os vetores da forma (𝒂, 𝒃, 𝟎) ∈ 𝑰𝑹.
Solução da alínea b
Escrevemos a combinação linear destes vetores
𝟏 𝟎 𝟎 𝟎 𝒂 𝟎
𝒂𝒗𝟏 + 𝒃𝒗𝟐 = 𝒂 +𝒃 =
𝟎 𝟎 𝟎 𝟏 𝟎 𝒃
logo, o espaço gerado, W = {𝒗𝟏 , 𝒗𝟐 }, é o subespaço das matrizes
diagonais das matrizes M 2×2
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Exemplo 2:
Solução
Seja ∈ 𝐼𝑅%, 𝑢 = (𝑥, 𝑦, 𝑧), entao u pode ser escrito como comnbinação linear dos
vectores acima descrito, teremos: 𝒖 = 𝒂𝒗𝟏 + 𝒃, 𝒗𝟐 +𝒄, 𝒗𝟑 ⟺ 𝒙, 𝒚, 𝒛 =
𝒂 𝟐, 𝟎, 𝟏 + 𝒃 −𝟏, 𝟑, 𝟒 + 𝒄 𝟏, 𝟏, −𝟐
𝒙, 𝒚, 𝒛 = 𝟐𝒂, 𝟎, 𝒂 + −𝒃, 𝟑𝒃, 𝟒𝒃 + (𝒄, 𝒄 − 𝟐𝒄)
2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 = 𝑥 2 −1 1 𝑎 𝑥
^ 3𝑏 + 𝑐 = 𝑦 ; 0 3 1 𝑏 = 𝑦 ; Se denotarmos a matriz dos
𝑎 + 4𝑏 − 2𝑐 = 𝑧 1 4 −2 𝑐 𝑧
coeficientes como A e calcularmos o determinante, temos que 𝑑𝑒𝑡 = −24.
Como o det(A) é não nulo, o sistema possui sempre solução independentemente, ou
seja, o sistema é do tipo SPI. Logo, [𝑣&, 𝑣', 𝑣% ] ∈ 𝐼𝑅%.
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Exercícios Propostos
1. verifique justificando se cada um dos subconjuntos abaixo é um subespaço vectorial do
𝐼𝑅! .
a) 𝑆 = 𝑥, 0 𝑥 ∈ 𝐼𝑅
b) 𝑆 = 𝑥, 4 − 2𝑥 𝑥 ∈ 𝐼𝑅
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Exercícios Propostos
4. Escreva a combinação linear em cada um dos casos:
a) Escreva o vector 𝑣% como combinação linear dos vectores 𝑣& = 2,0, −3 𝑒 𝑣' =
1,2,3 .
b) Dado 𝑉 ∈ 𝐼𝑅' e seja 𝑣& = 1,2 e 𝑣' = (3,5). Escreva o vector 𝑣 = 10,15
como combinação linear de 𝑣& 𝑒 𝑣'.
c) Verifique se o vector 𝑊 = (1,4,10) é combinação linear dos vectores 𝑤& =
1,2,3 𝑒 𝑣' = 4,5,6 𝑒 𝑣% = 7,8,9
d) Considere os vectores u = (1,2,-1) e v = (6,4,2). Mostre que w = (9,2,7) é uma
combinação linear de u e v e que v = (4,-1,8) não é uma combinação linear de u e
v.
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Exercícios Propostos
1: Verifique se os conjuntos abaixo são LI ou LD:
A={(0, 1, 1,), (1, 1, 0), (1, 0, 1), (1, 2, 3,)};
B = {(1,1,1)}
C = {(1,0,3,2), (2,1,4,3)}2: faça análise da dependência linear da matriz
1 2 −1
2 −1 0
3 1 1
2: Mostre que o conjunto de 𝑀'*' , formado por 𝑆 =
1 1 −1 0 −1 2
{ , , } é um conjunto linearmente dependente e, em
0 3 2 1 6 9
seguida, escreva um destes vetores como uma combinação linear dos outros.
3.
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Literatura Usada
PINHEIRO, A J. & SILVA, P.C.L.da. Introdução à Álgebra Linear,
2016.
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