Você está na página 1de 2

Capítulo 3: Distribuição dos tamanhos das cidades

No terceiro capítulo do livro, Brian Berry procura desenvolver e


exemplificar a distribuição das cidades através de conceitos e teorias de
renomados geógrafos para entender melhor como funciona o ranking de
distribuição dos tamanhos das cidades.
Um dos pioneiros na elaboraçãos dessa distribuição foi G. K. Zipf que
apresentou um modelo matemático para classificação em que a população da
maior cidade é igual à população utilizada sobre a posição da cidade elevado
ao índice q.
Através desse primeiro modelo surge segundo Mark Jefferson o
conceito de cidade primária, que pode ser traduzida da seguinte forma “quando
a maior cidade é várias vezes o tamanho da população, esta passa a ser uma
cidade secundária” (p. 66). Isto é, a distribuição das cidades se dá de modo a
considerar principalmente a população da maior cidade em relação às
populações das cidades circunvizinhas.
Berry elaborou através disso uma distribuição dos tamanhos das
cidades em 38 países escolhidos aleatoriamente de acordo com as
informações disponíveis de cada país.
Nota-se uma distribuição lognormal de 13 países, isto é, a curva do
gráfico assume uma linha reta, conferindo ao país um equilíbrio entre o
tamanho da população da cidade e a porcentagem das cidades com população
abaixo de 20.000 hab. (China, Brasil, Polônia).
Há 15 países com distribuição primária em que o gráfico se apresenta
na forma de degraus e muitas cidades com menos de 20.000 hab. Em
comparação com as cidades grandes (México, Tailândia)
Outros nove países possuem uma distribuição intermediária entre
lognormal e primária. Esse grupo contém países de diferentes tamanhos
populacionais e níveis de desenvolvimento.
Apesar de toda essa classificação é importante ressaltar que não há
relação alguma – segundo Berry – entre a distribuição do tamanho das cidades
e o quando um país é urbanizado. Podemos exemplificar essa afirmação com o
estudo de caso da Polônia.
A história urbana da Polônia foi bem conturbada, pois entre os séculos
19 e 20 houve consideráveis interrupções de crescimento devido às guerras e
revoltas econômicas e sociais. O crescimento maciço só se deu novamente
nos últimos 10 anos (segundo a data do livro), com especial crescimento
industrial.
Durante o período de desenvolvimento da U.R.S.S., houve grande
crescimento urbano-industrial dos países que possuíam seu regime, por isso
esse crescimento foi bastante evidente o que nos reporta à situação em que se
encontravam todos os países do eixo socialista, ou seja, havia um intenso
processo de redistribuição economia e social.
No período anterior à Primeira Guerra, a Polônia possuía apenas
metade da população urbana em comparação com o total da população rural.
Porém depois da Guerra, os índices praticamente se equilibraram. O
crescimento urbano natural se deu devido às condições sanitárias e ao alto
índice de natalidade do momento.
Por essas razões históricas é tão interessante utilizar o caso da
Polônia. Através dos constantes crescimentos e diminuições urbanas e rurais,
são mais evidentes os crescimentos de algumas cidades principais e seus
entornos como áreas de necessidade do centro principal, que é a chamada
cidade global, segundo Berry.
Algumas das grandes cidades da região sul, formam um eixo chave de
economia integrada que é capaz de gerar uma grande movimentação
econômica, social e administrativa no local, fazendo com que esse local seja de
suma importância para toda a dinâmica do país.
Depois da Segunda Guerra houve uma diminuição do crescimento dos
grandes centros, pois o planejamento urbano e a construção de residências
para a população acabou ficando em segundo plano, pois perdia para as
indústrias, tão necessárias à corrida armamentista.
Porém chegou um tempo em que não havia mais pessoas para
trabalho especializado e foi a partir daí que se teve um grande problema, pois o
lema dos industriais poloneses era “New industries first, then the services.”
Outro caso interessante de ser estudado é o dos Estados Unidos. Sua
urbanização se deu de leste para oeste devido à colonização das treze
colônias da costa leste. Essas treze colônias são o pontapé inicial para se ter
uma urbanização crescente com grande aumento da população.
Dessa maneira fica evidente a grande

Você também pode gostar