O capítulo discute a distribuição do tamanho das cidades em 38 países. Apresenta modelos matemáticos para classificar as cidades e conceitos como "cidade primária". Identifica três padrões de distribuição - lognormal, primária e intermediária - entre os países estudados. Argumenta que não há relação entre o tamanho da distribuição urbana e o nível de urbanização de um país.
O capítulo discute a distribuição do tamanho das cidades em 38 países. Apresenta modelos matemáticos para classificar as cidades e conceitos como "cidade primária". Identifica três padrões de distribuição - lognormal, primária e intermediária - entre os países estudados. Argumenta que não há relação entre o tamanho da distribuição urbana e o nível de urbanização de um país.
O capítulo discute a distribuição do tamanho das cidades em 38 países. Apresenta modelos matemáticos para classificar as cidades e conceitos como "cidade primária". Identifica três padrões de distribuição - lognormal, primária e intermediária - entre os países estudados. Argumenta que não há relação entre o tamanho da distribuição urbana e o nível de urbanização de um país.
No terceiro capítulo do livro, Brian Berry procura desenvolver e
exemplificar a distribuição das cidades através de conceitos e teorias de renomados geógrafos para entender melhor como funciona o ranking de distribuição dos tamanhos das cidades. Um dos pioneiros na elaboraçãos dessa distribuição foi G. K. Zipf que apresentou um modelo matemático para classificação em que a população da maior cidade é igual à população utilizada sobre a posição da cidade elevado ao índice q. Através desse primeiro modelo surge segundo Mark Jefferson o conceito de cidade primária, que pode ser traduzida da seguinte forma “quando a maior cidade é várias vezes o tamanho da população, esta passa a ser uma cidade secundária” (p. 66). Isto é, a distribuição das cidades se dá de modo a considerar principalmente a população da maior cidade em relação às populações das cidades circunvizinhas. Berry elaborou através disso uma distribuição dos tamanhos das cidades em 38 países escolhidos aleatoriamente de acordo com as informações disponíveis de cada país. Nota-se uma distribuição lognormal de 13 países, isto é, a curva do gráfico assume uma linha reta, conferindo ao país um equilíbrio entre o tamanho da população da cidade e a porcentagem das cidades com população abaixo de 20.000 hab. (China, Brasil, Polônia). Há 15 países com distribuição primária em que o gráfico se apresenta na forma de degraus e muitas cidades com menos de 20.000 hab. Em comparação com as cidades grandes (México, Tailândia) Outros nove países possuem uma distribuição intermediária entre lognormal e primária. Esse grupo contém países de diferentes tamanhos populacionais e níveis de desenvolvimento. Apesar de toda essa classificação é importante ressaltar que não há relação alguma – segundo Berry – entre a distribuição do tamanho das cidades e o quando um país é urbanizado. Podemos exemplificar essa afirmação com o estudo de caso da Polônia. A história urbana da Polônia foi bem conturbada, pois entre os séculos 19 e 20 houve consideráveis interrupções de crescimento devido às guerras e revoltas econômicas e sociais. O crescimento maciço só se deu novamente nos últimos 10 anos (segundo a data do livro), com especial crescimento industrial. Durante o período de desenvolvimento da U.R.S.S., houve grande crescimento urbano-industrial dos países que possuíam seu regime, por isso esse crescimento foi bastante evidente o que nos reporta à situação em que se encontravam todos os países do eixo socialista, ou seja, havia um intenso processo de redistribuição economia e social. No período anterior à Primeira Guerra, a Polônia possuía apenas metade da população urbana em comparação com o total da população rural. Porém depois da Guerra, os índices praticamente se equilibraram. O crescimento urbano natural se deu devido às condições sanitárias e ao alto índice de natalidade do momento. Por essas razões históricas é tão interessante utilizar o caso da Polônia. Através dos constantes crescimentos e diminuições urbanas e rurais, são mais evidentes os crescimentos de algumas cidades principais e seus entornos como áreas de necessidade do centro principal, que é a chamada cidade global, segundo Berry. Algumas das grandes cidades da região sul, formam um eixo chave de economia integrada que é capaz de gerar uma grande movimentação econômica, social e administrativa no local, fazendo com que esse local seja de suma importância para toda a dinâmica do país. Depois da Segunda Guerra houve uma diminuição do crescimento dos grandes centros, pois o planejamento urbano e a construção de residências para a população acabou ficando em segundo plano, pois perdia para as indústrias, tão necessárias à corrida armamentista. Porém chegou um tempo em que não havia mais pessoas para trabalho especializado e foi a partir daí que se teve um grande problema, pois o lema dos industriais poloneses era “New industries first, then the services.” Outro caso interessante de ser estudado é o dos Estados Unidos. Sua urbanização se deu de leste para oeste devido à colonização das treze colônias da costa leste. Essas treze colônias são o pontapé inicial para se ter uma urbanização crescente com grande aumento da população. Dessa maneira fica evidente a grande