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CURITIBA
1989
ELIZEU DE MORAES CORRÊA
CURITIBA
1989
RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANOS AO MEIO AMBIENTE
por
Curitiba, . de de 1989.
0 trabalho é dedicado a CHICO
MENDES, que pagou com sua vi
da o alto preço da luta pe
la preservação da floresta a-
mazonica e de seus habitantes
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ............................ 1
II; NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE ............................... 4
A. CONCEITO DE RESPONSABILIDADE E RESPONSABILIDADE
CIVIL ........ 4
B. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL .... 9
C. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE .................. 17
c.l Nota introdutória ............. 17
c.2 Responsabilidade civil, administrativa e
penal ...... 17
c.3 Responsabilidade direta e indireta .... 22
c.4 Responsabilidade contratual e extracon-
tratual .......... 23
c.5 Responsabilidade objetiva e subjetiva ... 25
c.6 Responsabilidade pública e privada .... 28
III. CONCEITO DE DANO AO MEIO AMBIENTE ..................... 32
A. CONCEITO DE DANO .............. 32
B. NOÇÃO DE AMBIENTE................................ 36
b.l Noçpo e t i m o l ó g i c a .. 36
b.2 Noção ecológica .......... 37
b.3 Noção jurídica - Direito e Meio Ambiente. 50
b.4 Noção legal .............................. 59
C. 0 AMBIENTE COMO BEM JURÍDICO .................... 62
c.l 0 direito subjetivo ao meio ambiente .... 62
c.2 Interesses difusos e meio ambiente ..... 71
c.3 Meio ambiente como bem jurídico ........ 76
D. DANO AMBIENTAL E POLUIÇÃO ........................ 84
d.l Nota introdutória ................. 84
d.2 A noção de dano ambiental no direito com
parado ..................... 86
d.3 0 direito brasileiro ... . ......... , . . . . . 95
d.4Espécies de dano ....................... 98
I INTRODUÇÃO
de lado. '
II NOÇÃO DE RESPONSABILIDADE
(1 1 ).
A Lex Aquilia se dividia em três partes, as quais foram
denominadas capítulos, tanto por GAIO quanto por J USTINIANO
( 12 ).
A 63/4 64 .
C. ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADES
c. 1. Nota Introdutória
e ss .
22
(17) A s s im d i sp 3 em 0 s r e f e r i d os d i s p o s i t i V 0 s • ii A r t . 1 5 9 -
A
A q u e 1e que » p 0 r a ç ã 0 0 u 0 m i s sã 0 V 0 1 untaria, n eg 1 ig e nc i a , 0 u im -
/prude n c i a , V i 0 lar d i r e i t 0 » 0 u c a u s a r prejuízo a ou t r e m , f ic a
/
ob r ig a do a r e P arar 0 d a n 0 ti » e II A r t . 1 5 2 1 - São t am b e m r e sp o n s a-
v e i s pela r eP aração c i V i 1 : I - 0 s P ais, pelos f i lh 0 s m eno r e s
que e stive r em sob s e u P0 d e r e e m s u a companhi a ; II - 0 t u t o r e
o c u r ador f P e 1 os p u P i1 0 s e c u r a t e 1 a dos, que s e a c h a r em n a s m e s-
h ó s p e d e s , m 0 r a dores e e d u c an d 0 s 9 V - Os que g r at u it am e n t e h o u-
se baseia no risco.
A. CONCEITO DE DANO
b . 2. Noção Ecológica
ritual e humana, afirma que "as pessoas estão contando com dis
positivos técnicos que venham alterar a situação ecológica,mas
eu acho que estão erradas. 0 que precisam é modificar o juízo
que fazem de si mesmas. A maior parte da mudança, aquela que
realmente é mais importante, terá de ser humana e não tecnoló
gica. Devemos modificar nosso hábitos de vida e nossas expec
tativas. Fomos educados para aceitar o desperdício como parte
necessária da prosperidade económica. Toda a propaganda é um
incentivo para consumirmos mais do que precisamos ou do que
devemos. Essa é a mudança que temos de fazer. Npo tem nada a
ver com a tecnologia, são fundamentalmente mudanças morais,mu
danças nos hábitos de vida" (18). É neste sentido, e com iro
nia, que afirma FOSTER: "ansiamos possuir coisas de que não ne
cessitamos nem desfrutamos . Compramos coisas que realmente
não desejamos para impressionar pessoas das quais não gostamos"
(19). É deste autor, ainda, a informação de que "os Estados
Unidos têm menos de 6% da população mundial, mas consomem cer
ca de 33% da energia do mundo. Nos Estados Unidos, só os con
dicionadores de ar usam a mesma soma de energia que usa a Chi
na com seus 830 milhões de habitantes. A responsabilidade ambi
ental seria suficiente para livrar-nos da maioria desses apa
relhos produzidos hoje" (20).
RENÉ DUBOS, outro dos entrevistados por ANNE
CHISHOLM, iniciou seus estudos de meio ambiente relacionado à
medicina humana e pela biologia. Para ele não se pode definir
10 1.
(20) FOSTER, Richard - idem, p. 114.
42
/
(26) CESARMAN, Fernando -
® eá*£_££àÍ££l£* M é x i c o , . ED. JOAQUIM 'MORTIZ, 1976.
(27) THANT, U. et aiii - G u e r r a__ P o 1 u i^£ ã o , Rio de janei-
ro, F. 6 . V . , 1973.
(28) TAYLOR, Gordon Rattray - eaça^eco 1íjica, São
Paulo, VERBO, EDUSP, 1978.
(29) DORST, jean - An t e s ^ j u e ^ a ^ n a t u r e z o r r a , Sao Paulo
EDGAR BLUCHER , 1973 .
(30) L UT Z E N B E R G E R , J o s é - Pesadelo_Atomico, C.EDITORIAL,
s/d. Do Besno autor , e no mesmo espírito, M m_d o_ f u t ur o ? _ M a n i^-
^ e s í 0 _ £ c £ Í £ â Í £ Í £ _ Í £ Í i i Í í li£.£ * Porto Alegre, E D .M 0 V IM E N T 0 , 1977 ;
e, Ecologia: Do d 3r d i o ^ P o der, Porto Alegre, LGPM, 1985.
(31) LAGO, Paulo Fernando - A C o n s c i e nc i a _ E c o l o j i c a ^ A _
1u^ t u££ » Florianopolis, ED.UFSC, 1986.
46
preocupação de-? ANTÕNINÒ CARLOS VIVANCO quando afirma que "se es
tima necessário fazer ressaltar o fato de que a denominação de
Direito Ambiental, não é a mais adequada, por vários motivos
porém fundamentalmente, pelos seguintes: a) porque sua finali-
b. 4. Noção Legal
§ le).
Em Minas Gerais, a Lei n 2 7772 de 08/09/80,defi
ne o meio ambiente como "o espaço onde se desenvolvem as ativi-.
dades humanas e a vida dos animais e vegetais" (Art. l2 ,para-
grafo único). Na Bahia, a Lei n 2 3858 de 03/11/80, que insti
tuiu o Sistema Estadual de Administração dos Recursos Ambien
tais considera ambiente "tudo o que envolve e condiciona o ho
mem, constituindo o seu mundo, e dá suporte material para a
sua vida bio-psicosocial" (Art. 2 2). No parágrafo único, do
mencionado artigo, são mencionados como abrangidos pela con-
ceituação o ar e a atmosfera, o clima , o solo e subsolo,as á-
guas interiores e costeiras superficiais e subterrâneas, e o
mar territorial, bem como a paisagem, a fauna, a flora e outros
/atores condicionantes da salubridade física e social da popu
lação". Em Pernambuco, desde a Lei n 2 7627 de 16/12/76,mencio
na-se como conteúdo da expressão meio ambiente, o ar, a água e
o solo (Art. I2 , item l 2 ). No Maranhão a Lei n 2 4154 de 11/01/
80, que disciplina a Polícia Estadual de Controle e Preserva
ção do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais do Estado do Mara
nhão, define o meio ambiente como " o espaço físico composto
dos elementos naturais (solo, água e ar), obedecidos; os li
mites deste Estado" (Art. 2 2 , parágrafo único, "a").
As Leis n 2 4894 de 25/09/85 e n 2 1532 de 06/07/
82, respectivamente dos Estados do Mato Grosso e Amazonas,ape
nas repetem a conceituação adotada pela Lei Federal n 2 6938
de 31/08/81.
61
(2)D i s p õ e , VQ./1bL* 9 0 t e x t 0 d a a t u a 1 c o n s t i t u i ç ã o . it A r t •
A
2 2 5 - Todo s t e m d ire i t 0 a 0 m e i 0 a m b i e n t e
e C 0 1 ó g i c a m e n t e e q u i 1 i -
%
b r a d 0 9 bem d e u s 0 C 0 m u m d 0 P o V 0 e e s s e n c i a 1 a s a d i a q u ali d a d e
0 %
d e V i d a 9 i m P o n d 0 - s e a 0 P 0 d e r P u bl i c 0 e a c 0 1 e t i v i d a d e o d e V e r
d e d e f e nd? - 1 0 e P r e s e r v á - 1 0 P a r a a s P r e s e n t e s e f u t u r a s g e r a -
ç 5 e s .
§ 1 o pa r a a s s e 9 u r a r a e f e t i V i d a d e d e s s e d i r e i t 0 9 i n c u m b e
/
a o p0 d e r P u bl i c 0 :
I - P r e s e r v a r er e s t a u r a r 0 s P r 0c e s S 0 s e c 0 1 og i c 0s e s s e n -
* 0
c i a i s e P r 0 V e r 0 man e J 0 e c 0 1 0 g i c 0 d a s e s P e c i e s e e c 0 s s i s t e m a s 9
II - P r e s e r v a r a d i V e r s i d a d e e a i n t e grid a d e d 0 P a t r i-
t \
m o n i 0 gene t i c 0 d 0 P a 1s e f i s c a 1 i z a r a s e n t i d a d e s d e d i cada s a
0
P e s q u i s a e m a n i P u 1 a ç ã 0 d e m a t e r i a 1 g e n e t i c o ;
III - d e f i n i r 9 e m t o d a s a s u n i d a d e s d a F e d e r a Q ã o fe s paços
,'t e r r i t o r i a i s e s e u s c 0 m p 0 n e n t e s a s e r e m e s P e c i a 1 m e n t e pro t e g i -
0
d o s t s e n d o a alt e r a ç ã 0 e a s u P r e s s ã 0 P e r m i t i d a s s 0 m e n t e a t r a v e s
de L e i 9v e d a d a qu a 1q u e r u t i 1 i z a Ç ã 0 qu e C 0 m p r o dl e t a a i n t e g r i d a d e
d o s a t r i b u t 0 s qu e j u s t i f i q u e m s u a p r 0 t e ç ã 0 »
IV - e x i g i r ,n a f 0 r m a d a 1 e i 9 P a r a i n s t a 1 a ç ã o d e o b r a 0u
a t i V i d ade P 0 t e n c i aim e n t e c a u s a d 0 r a d e s i 9 n i f i c a t i V a d e g r a d ação
VI - pro m 0 ver a e d u c a ç ã 0 a m b i e n t a 1 e m to d o s 0 s n í v e i s d e
e n s i n o e a c 0 n s c i e n t i z aç ã 0 P ú b 1 i c a P a r a a P r e s e r v a ç ã 0 d o m e i 0
am b i e n t e ; -
VI I - P r 0 t e g e r a f a u n a e a f 1 0 r a ,V e d a d a s , n a f0 rm a d a
/
L e i •a s p r á t i c a s qu e c 0 1 0 q u e m e m r i s c 0 s u a fu n ç ã o e c 0 1 0 g i c a 9 p r o -
V 0 q u e m a e X t i n ç ã 0 d e e s p e c i e s 0 u s u b m e t a m 0s anim a i s a c r u e Ida-
d e .
64
0
(13) GILLES MARTIN * na 0bra ja cit ada » sustenta que a
0 t és
patrimonialidade dest e d ireit0 e c0nceb1Ve 1 n a a vai i a ç ã 0 ec0n0
mie a dos bens ambient ais . T 0 d a V i a , r e fu t a este asp ecto quand0
analisa a indisponibi 1idade e imPresc rit ib i 1idade d0 direit0
ao ambiente.
0 / e
Entpnde ter ca r a t e r V i t a 1 * i n al i e n a V e 1 e imp r esc r i t 1 V e 1
*
o direito ao ambiente 0 entã0 M inistro da J ust iÇa F rances 0 Sr
LECANEUT, apud PRIEUR t M iche1 - Ob r a c itada » P * 193 •
0
(14) cf. DOTTI » R ene Arie1 - Ob r a c itada » P • 1 05 . 0 au-
tor afirma a impossib i 1idade de e s f era
aq u i s i ç ã 0 d a int im i-
da
0 í
d a d e ( d i re i t o da p e r s o n a 1 i d a d e ) a t r a V e s d a u s u c ap 1 ã o , r e f o r ç a n d 0
%
seu argumento sobre a im P r e scr it ib i1 id a d e d 0 d ire it 0 a int im i-
t 0
d a d e, o caráter vital 1c i 0 e necessari0 de st es d i rei t 0 s susten-
tados por Orlando Gom e s •
(15 ) PONTAVICE • Emm anue1 du - L a P r0tect ion du Vo isina-
* 0
Bordeaux,
I e et de L ' e n v i r o n n e r a e n t : R a P P 0 r t G e n e r a 1 * P a r i s - TRA-
VAUX DE L'ASSOCIATION H E N R I - C A P I T A N T , 1 9 7 6 , p. 4 3 .
68
p . 84 .
73
/
(32) Entre 0u tr0 s : MOREIRA * J 0se C ar10 s B arb 0sa - A_ A£ ão
P 0Pu1ar de D ire i t 0 B r a s i 1 e iro com 0 In strum ent0 de Tute1a J uris
di c i 0 n a 1 do s C ham ad0s li I n t e r e s s e s D i f u s 0 s li » I n : T e m a s d e D irei
t0 p r0cessua1 , S ã0 P au10 » SARAIVA » 19 7 7 t P • 1 10 e ss •
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- A P roteçã0 J ur1dica d0s Interesses C o 1e-
t i. V 0 s * In: R evi s t a B r a s i 1 e ira de D ire it0 P r0cesua 1 9 V01 • 24 .
OLIVEIRA JUNIOR » W a Ide m a r M ar iz - T u t ela J urisdiciona1
dos Interesses C 0 1etiV 0s e D if u S 0 s »In ; R e V ista de P r0cess0 ,
V o 1 • 33 1 P • 7 e ss .
TÁCITO, C ai0 - D 0 D ire i t 0 IndiV idua 1 ao D ire it0 D ifuso ,
In : R eV ista de D ireit0 Ad m i n i s t r a t i V 0 « V 0 1 • 15 7 » P • 1 e ss .
BASTOS, C e1s0 - A Tute1a d0s Interesses D ifus0s no Di -
reit0 Constituci0na1 B r a s i lei r 0 ♦ In : R eV ista de P r0cess0 , no 2 3
P • 37 e ss •
WATANABE f K azu0 - T ute1a Jurisdici0na 1 d0s Interesses
/
(
D i fus0s , A L egis1aç ã0 P ara Ag ir « In : S e1eÇ õ es J ur 1d icas AD V .
/
NERY JUNIOR, N e1s0n - A A£ ã0 C iV i1 P ub 1ica * In : JU ST I-
TIA « V 01 . 45 » P . 79 e ss •
* 0
(33) Entre 0utr0s : GOMES 9 Luiz F 1aV i0 - 0 M i n i s t e rio P ú
b1ic0 e a Tu t e i a J u r i s d i c i ona 1 dos Interesses D ifus0s 9 I n :J U S -
TITIA » Vol. A4 , P • 117 e ss •
0
MORAES, V 0 1taire de L im a - M i nisteri0 P úb1ic0 e a Tute-
* 0
1a d0s I n t e r ess e s D ifus0s » In : M inisteri0 p ub 1ic0 t D i r é i to e
Sociedade, Porto Alegre, SERGIO ANTONIO FABRIS EDITOR, 1986,
p . 18 1 e ss .
MARINHO, José Domingos da Silva - ~ M £ n 5.£ t é r i^ o _ P ú b 1 i c o _ e
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Processo, n2 36, p. 114 e ss.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo - l£Í£££££££_EÍf.££££::£££££i “
to e L e£ i^£ m a£ ã o_ p a r A g£ r , Sao Paulo, RT, 1988 , p. 1 e ss.
F E S T A , C o r r a d o - L a _L c £ £ t i m a z i o n e a d ^ A ç j i r e p £ r la T u t e -
Í £ ~ Í £ 2 Í i _ l £ Í £ I £ £ £ i _ 2 1^L£ £ 1 * * n: R i v i s t a T r i m e s t r a l e d e D i r i t t o
e procedura Civile, 1984, p . 945 e ss.
MACHADO, Paulo Affo nso Leme - Ministério P u b l i co, Ambi-
ente e Patrimonio Cultural , In: Revista do Ministério Publico,
n2 19, porto Aiegre, 1986, p . 95 e ss.
(34) Entre outros: DOTTI , René Ariel - A Tute1a Penai
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São Paulo, MAX LIMONAD, 1984, p. 54 e ss.
MARCONI, Guglielmo - L a _ T £ t £ 1_ a deg C 0££ e£ t£-
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SCAPA RONE , Metello - L £ £ £ £ £ £ £ _ à £ £ £ l £ _ £ _ l £ £ £ £ £ £ si _ £ £ l l £ £ ~
ÌÌ£i» BASNO, Ricardo - La T ut e ìa_ _ P e i£à5.ài££ *£ * e
SGUBBI, Filippo - kLl£à££££££~2i£££££_.££££_.22££Ì£ d £ j. 1 a
I uk £ i a k e£ ai£ • *n : ^ a tutela degli Interessi Diffusi nel Dirit
to Comparato, Milano, GIUFFRÈ, 1976.
(35) cf. ANTUNES, Luis Filipe Colaço - Obra c i t a d a , p . 200.
(36) Sobre reconhecimento do direito a um ambiente eco
logicamente equilibrado como interesse difuso, ver:D0TTI, R ené
Ariel - Obra citada, p . 72; ANTUNES, Luis Filipe Colaço - Obra
fitada, p. 200;M0RAES, Voltaire de Lima - Obra citada, p. 186;
MAZZILLI , Hugo Nigro - A D e f es a ^ d o s ^ I nt e r e s se s D £ f u£ £ s_ £ m_££^ ”
2 0 , São Paulo, RT, 1988, p . 24.
MANCUSO, Rodolfo de Camargo - Obra citada, p. 1 e ss.
MOREIRA, José Carlos Barbosa - A_ P r 0 t eç ã0_ J u r£ sdici0 na1
dos Interesses k £ Í £ Í Í £ 0 s __0 £ ^ lí. u £ £ £ » * n: Revista de Direito
Comparado Luso-Brasileiro, n2 2 , Rio de Janeiro, F O R E N S E , 1983,
p . 105.
RICCIARELLI, Fernanda dos Santos - A s p e c t 0 s ^_P r 0 c e s s u a i s
da Tutela d 0 __ A m b £ £ ri t e n a_ £ £ £ £ £ a , Dissertação, Inédita, Milano,
198 8 , p . 3 .
DENTI, Vittorio - Obra citada, p. 313.
GRINOVER, Ada Pellegrini - A z £ 0 ri i _ C 0 £ £ e t t £ v £ _ a £ ut e£ a_
dell1Ambiente e_ d e£ _ C 0 n£ u m a t 0 r£ , In: Rivista di Diritto Proces
suale, Voi. 41, 1986, p . 1 0 1 e ss.
75
d. 1. Nota Introdutória
/
(3) Ist0 P 0rque h a n 0 r R) a s d e e f e i t 0 i IR e d i a t 0 e concret0
/
e 0utras que P0r seu C 0 n t e u d 0 P r o g r a R) a t i c 0 d e P e n d e IR da re9u1a-
mentação p0r n0rm as h i e r a r q u i c a ri e n t e de RI e n 0 r V a 1 0 r . T OSH I 0 MU-
*
KA I em bri1hante P a 1 e s t r a P 0 r • 0 c a s i ã 0 d 0 V S i RI P 0 s i 0 N a c i 0 n a 1
de D i r e ito Ambienta1 (D e z i 8 6 ) r e c 1 a m a V a 0 s e f e i t 0 s RI e r a in e n t e
/
d i s c u r s ivo s de n 0 r RI a s c 0 n s t i t u c i 0 n a i s P r 0 9 r a R) a t i c a s t e 1 a b 0 r a n -
do « inc 1usive » P r0P0sta d e arti90 que P0 ssib i1itasse ação ju-
dicia1 con t r a a 0 ri i s s ã o estata1 Para 0b ri9ar a ediÇ ão da n 0 r RI a
0
Cf • C0nstituinte e M ei0 A RI b i e n t e ♦ In : R eVista de D ireit0 Ag r a-
ri0 e RI e i o A RI b i e n t e » nô 2 » C uritiba « I T C F » 19 8 7 t P •3 9 9 e ss •
(4) Aqui uti1izad0 n0 sentid0 de abarcar t0d0s 0 s bens
a m b i e n t ais •
t 0
(5) Esta caracter iSt ica se d e RI 0 n s t r a necessaria no sen-
0
tid0 de que a d e t e r IR i n a ç ã o deVe ser eXat a » P rec isa » j a que as
t
r e 1 aç õ e s juridica s que se e s t a b e 1 e ce in e n t r e 0s c idadã0s d e V e IR
(
reVe st ir- se da RI a i 0 r c 1 a r e z a » e n t e n d e n d 0 - s e d e f 0 r RI a 1 i R) P i d a 0
%
a1cance do direit0 s u b j e t i V 0 a t u t e 1 a d 0 a IR b i e n t e » e IR c 0 n f r 0 n t 0
C 0 RI 0 d ire i t 0 subjetiV0 da P r 0 P r i e d a d e ta P 1 ic a n d 0- S e s e RI P r e c0-
mo P0nto neutr0 » a funçã0 s0cia1 d0s refer id0s institut0 s .
Par a 0 a p r 0 f u n d a IR e n t 0 d0 t è RI a P 0 d e RI ser c0nsu1tados :
GASP ARRI » P ietro - I1 D iritt0 d i P r0P r ieta di
Fronte a1
U rban istiche « In : R i i ta G iurid ica i
de 11 Edi1izia »
1e E si9enze V S
os bens (17).
racterísticas:
/ #
a ) A noção u n i t ari a d0 amb iente ♦ em
t o d o S__0 8 s e us comp 0nentcs n a tur a i s e
cu1turais » vem referida
e 1em ento a um
A *
*fO
q u e e X a 1 1 a a i n ter d e P e n d e n c i a d 0 s v a
( y
r i0 s f a tores ( o e q u i 1 X b r i 0 e C 0 1 0 9 i co).
/
A e s sen c i a d a a n t i j u r i d i c i d a d e e sta
e m u m a /iuptu/ia » n ã o P r e s c r i t a t n e m con-
(
s e n t ida na 1 e i .d o equ i1ib r i0 am b ientai
e de sua i n t e 9 r ida d e *
t y
b) 0
i 1 1 c i t 0 e con s i d e r a d 0 c om0 um a-
%
tentado a P esS0a hum ana na sua re 1a-
çã0 Vita 1 com a inte9 r idade e e q u i 1Í-
bri0 do am b ie n t e ,c 0m 0 V i0 1aÇão de um
esp ec íf ic0 d i r e ito a0 amb iente da per
S 0 na1idade hum ana e
s0c ia1 »
/ (
c ) A fa t i s P e c i e an t ij u r id ic a P0de
C 0 nsistir em um a 1esã0 efetiVa 0u ula
situaç ã0 de P er igo t
d) A re1açã0 d.e causa 1idade entre a a-
çã0 ili c i t a e 0 eVent0 d0 dano 0u do
perigo, pode ser indireto,porque ci
entificamente e juridicamente identi
ficáveis;
y
e ) N em t 0 d a m 0 d if i c a ç ã 0 am b i e n t a 1 e
C 0 1 0 c a d a em c 0 n s id e r aç ã 0 » m a s » a P en a s
t % y
aq u e 1 a s r e c 0 n d u z X V e i s a aç ã 0 V 0 1 u n t a r i a ;
f ) V em r e s 9 a t a r f 0 rm a s d e c 0 n t am in a-
/ t
ç ão (t e rm ic a 0 u p 0 r r u X d 0 s )q u e n a 0 t i-
nham um a c 1 a r a s i s t e m a t iz aç ã 0 c 0 n c e i-
t u a 1 »
g ) 0 s rec urs0 s n a t u r a i s e c u 1 t u ra i s
a
V e m c 0 n s id e r a d 0 s u n i t a r i am en t e e a
t
r u P t u r a d 0 e q u i 1 ib r i 0 P 0 d e s e r r ef e r i-
d a a in d a qu e s e j a s 0m e n t e P e 10 c 0m P 0-
ne nt e c u 1t u r a 1 (P a is a 9 em » c e n t r 0 h i s "T
t Ó r i c 0 ) »
A A y
h) 0 P a r am e t r 0 d e ref eren c ia e c r it er i0
d e i n t e rp r e t aç ã 0 P e rm a n e c e n 0 d ire it 0
P en a 1 e a dm in i st r at i V 0 ( s uP e r aç ã 0 d 0 s
m o d e 1 0 s 1 e9 a i s ) •
d. 3. 0 Direito Brasileiro
( 3 7 ) 0 C 0 n c e i t 0 d a L e i 69 3 8 / 8 1 r e f 1 e t e a e v o 1 u ç ã o do
p r o b 1 e m a a n it v e 1 d a 1 e 9 i s 1 a ç 1 o , s e n d o a m a t é r i a a n t e s ,d e f i n i d a
n o Dee reto n 2 5 0 .877 d e 2 9 / 0 6 / 6 1 ; D e c r e t o Lei n 2 3 0 3 d e ‘2 8 / 0 2 /
67 ; D e e r e t o L e i n 2 1 4 1 3 de 1 3 / 0 8 / 7 5 ; D e c r e t o L e i n 2 76 . 3 8 9 de
03/10/75; e , Lei 6803 de 02/07/80.
d.4.1. Danos ao Ar
(60) c f .F E U R S C H U E T T E , Rui C o r r e i a - U n i^ d a d es _ d £ _ P r o t e ç ã o
Ambiental, In: Revista de Direito Agrário e Meio Ambiente, Curir
tiba, ITCF, 1986, ní 1, p. 105 e ss.
(61 ) cf. D i^ c i o n á r i^ o _ d e _ E c o 1_ 0 £ ^ a , São Paulo, MELHORAMEN^-
TOS , 198 0 , p . 64.
(62) Assim dispõe o art 12 da lei n2 5197 de 03/01/67:
" Os animais de quaisquer especies em qualquer fase do seu de
senvolvimento e que vivem naturalmente fora do cativeiro, cons
tituindo a fauna silvetrev bem c oroo seus ninhos,abrigos e cria-
douros naturais, são propriedade do Estado, sendo proibido a sua
utilização, perseguição, caça ou apanha."
109
b. 1. A Responsabilidade Objetiva
y ( 2 ) F E R R A Z , S e r g i o - R e s £ o n £ a b ^ 1 ^ d a d £ _ C ii v i^j:_ P £ 1_ o
c o l ó g i c o , I n : R e v i s t a T H E M I S , n2 2 , C u r i t i b a , 1 9 7 9 , p. 9 4 .
(3) A G U I A R D I A S , J o s é d e - R e s p o n s a b i l i d a d e C i v i l no P 1a-
n° E c o 1 o g ico, In : R evista THEM Is , Cur:Lt i b í* t n2 0 1 , n )78, P .2 2 .
" ( 4 j NERY N e1 son A R e ís p o n s> a b i 1 i d a d e
J U N I OR , - C iL V i 1 Por
D a no E col o g i c 0 e a Ação C ivi1 P ub 1 ica , In:: J U S T I T I A ,» níi 4 6 f P • 1 7 0 ;
MU K AI , T 0 s h io - A sp ecto s J ur í d :i c o s da P rote ç i10 Amb ienta1
no Brasil • In : R evista d e D irèit0 P u b :L i e o nô 73 » P • 2 <> 2 ;
F E R N AN D E S N E T 0 , T y c h o B r a h e - 1U s p ( ) n s a b i 1 i d a <i e C i V i 1 P e -
lo Dano E C 0 1 0 a i c £ * I n : J U r i s p r u d e n c i a C a t a r i n e n s e t i1 s 3 6 « P . 2 2 .
C U S T Ó D I 0 ♦ H e 1 i t a B a r r e i r a - R e ís p o n i> a b i 1 i d a d e C íL v i 1 P o r
Danos ao Mèio Ambiente, Sao Paulo, TESE DATILOGRAFADA, p. 254.
114
b. 3. A Imputação do Dano
produzido" (19).
GIROD alerta para a dificuldade de prova para es
tabelecer o nexo de causalidade, indagando: "a quem atribuir e
em que participação, a degradação progressiva de um curso d'á-
!!
(17) NERY JUNIOR, Nelson - Obra citada, p . 174.
(18) HACHADO, Paulo Affonso Leme - Obra citada, p. 47.
(19) AG UI AR DIAS, José - Obra citada, p . 23.
119
b.3.2. 0 Responsável
te (22) .
de-se por : *„ * *j r * • *j • j j•
IV Poluidor: a pessoa física ou jurídica, de di
reito publico ou privado,responsável,direta ou indiretamente,
por atividade causadora de degradação ambiental;"
(22) Esta não e uma afirmação, mas apenas um comentário
a* aguçar os doutos estudiosos da matéria, tendo em vista as a-
tuais tendencias do Direito Penal.
120
te - PNUMA (27).
c. 2. Posição Jurisprudencial
p . 48 6 .
(1 0 ).
Em ação popular, o Tribunal de Justiça de são
(14) In : R T 9 n0 6 20 9 P • 69 e ss •
A
(15) B rilha n t e ac ór dã0 da 1 a C am ara d0 Tribuna 1 de J u st i-
ça do Estad 0 do Pa r a n a , da iaVra d0 em inente D e s . 0 T0 LUIZ
*
SPONHOLZ , adm itind0 a 1 e g a 1 id a d e de eX i9 e n c ia s d a A dm in istração
Publica Est a d uai re1 ât ivas a distrib uiÇã 0 e c 0 m e r c i a 1 i z a ç ã o de
0
agrotóxicos re1 ata que »0 1 v idar a aç ã 0 m a 1 e f i c a d 0 s ag r o t o x i c 0 s
0
colocados n0 m e r c a do sem p reV i0 c0 nt r0 1 e d0 P 0 der P ú b 1 iC 0 , para
0* 0
permitir um a maior 1 u c r ati v i d a d p n0 camP 0 ec0 n0 m ico , e P o ster-
gar o alto sentido de PreserVação do bem- estar da C 0 1 e t i V idade,
abandonando 0 c idadã0 hum i1 de que 1 a V r a a terra em P o s iça o de
*
servilidade a um mecanism o industria1 que acabara Por lhe ceifar
a vida, f 0 rma
de 1 e n t a , P e 1 0 su rg im ent 0 d e en fe rm ida de s insupe-
0
ráveis ate incuráveis 9 em face da acum u1 aÇ ão no tec ido adipo-
e
r
so humano e d a p e n e t r a ç ã o n a c 0 r r e n t e s a n gü 1 n e a d e s u b st a n c i a s
químicas qu e no Exteri0 r tem sua fabricaç ão P r0 ib ida e que no
Brasil i n t e 9 r am os Pesticidas 1 i V r em e n t e c0 mercia1 izad0 sn • In :
RT nS 619, P • 1 64 e ss .
130
V CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
DICIONÁRIOS E ENCICLOPÉDIAS
y REVISTAS ESPECIALIZADAS
REVISTA DE PROCESSO
REVISTA DE DIREITO AGRÁRIO E MEIO AMBIENTE
REVISTA REFORMA AGRÁRIA
REVISTA DE DIREITO CIVIL
REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO
JUSTITIA „