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PNEUMÁTICO
RK 430B PG 6-1-1
SISTEMA PNEUMÁTICO
Acompanhar pela figura 6.1 (esquema peneumático), o que é descrito neste capítulo.
O ar comprimido gerado pelo compressor (1) passa por uma válvula de retenção (2) que
impede o retorno do ar, quando a válvula governadora (6) , pilotada por uma linha que
vem dos reservatórios, faz o compressor parar de comprimir o ar. Antes dos reservatórios,
após a bifurcação da linha, existe uma válvula de fluxo com limitador de retorno, (3)
regulada para 6,0 bar, que impede que, em caso de rompimento do reservatório externo,
o reservatório interno também se esvazie instantaneamente.
Antes de ser distribuído para as válvulas (9), (11), (12), (13) e para o acionamento do GP ,
o ar passa por uma válvula de baixa pressão (válvula de fluxo) (8), regulada para 5,0 bar,
montada sob a cabine, que impede que o ar dos tanques de ar seja liberado para o
circuito antes que a pressão atinja este valor.
A partir dos reservatórios, o ar segue diretamente para as câmaras de freio, mantendo as
molas de freio de estacionamento comprimidas. Através de outra linha, chega à válvula do
freio de serviço, que quando acionada, libera ar às câmaras de freio dianteiras (16),
atuando o freio de serviço e ao mesmo tempo pilotando a válvula relé (18), que recebe ar
diretamente dos reservatórios e libera o mesmo para acionamento do freio de serviço das
câmaras de freio traseiras (16).
O freio traseiro é alimentado pelo ar proveniente do reservatório interno e o dianteiro pelo
ar proveniente do reservatório externo. De cada reservatório sai uma linha para um
manômetro de duplo controle no instrumento combinado, instalado no painel da cabine. O
ponteiro verde do manômetro indica a pressão do reservatório externo, e o ponteiro
vermelho indica a pressão do reservatório interno. Nessas linhas estão também instalados
pressostatos de sub-pressão (8) que acionam um alarme sonoro quando a pressão
estiver abaixo de 5,0 bar.
As linhas que saem dos reservatórios alimentam também as seguintes funções:
a) Buzina (7): Acionada eletricamente pela chave de seta, que comanda uma válvula
magnética que por sua vez libera o ar estacionado em sua linha de alimentação, entra
na buzina e faz vibrar o diafragma que produz o som.
b) Válvula pré-seletora para troca do GV (9): Uma válvula instalada na alavanca de
mudança acionada manualmente seleciona a troca de caixa alta e baixa (o
engrenamento na caixa se dá ao atuar o pedal da embreagem).
c) Acionamento da válvula para troca do GV (11): Atuando-se o pedal da embreagem ao
fundo (embreagem totalmente separada), a válvula do Split é acionada e libera ar
comprimido para o cilindro do GV. O movimento do pistão do cilindro, engata ou
desengata o Grupo Velocidade, conforme pré-selecionado no botão da alavanca de
mudanças.
d) Acionamento da Servo-embreagem (14): O pedal da embreagem comanda um cilindro
hidráulico que aciona um cilindro pneumático auxiliar na atuação da embreagem.
e) Acionamento da tomada de força (13): Uma tecla no painel aciona eletricamente uma
válvula magnética, que libera o ar estacionando em sua entrada, acionando o cilindro
pneumático da tomada de força.
f) Acionamento do freio motor (13): Um interruptor instalado a uma válvula magnética
libera o ar estacionando em sua entrada, acionando o cilindro pneumático do freio do
motor.
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SISTEMA PNEUMÁTICO
g) Acionamento da parada do motor(13): Um interruptor instalado no painel de
instrumentos, aciona eletricamente uma válvula magnética que ativa um cilindro
pneumático, cortando a alimentação da bomba.
Freio de estacionamento
O freio de estacionamento é acionado por uma válvula manual (12) instalada no painel.
Esta despressuriza as câmaras de fluxo de freio de emergência com o auxílio de uma
válvula de descarga rápida (17). A válvula do freio de estacionamento bloqueia a
passagem do ar proveniente dos reservatórios para as câmaras de freio por molas.
Um pressostato de sub-pressão (20), aciona um alarme sonoro e um luminoso que indica
quando a pressão está abaixo de 5,0 bar.
O freio de estacionamento utiliza o ar de uma linha diferente daquela do freio de serviço e
o ar fornecido sai do reservatório interno.
Freio de serviço
Quando o pedal de freio de serviço (10) é acionado, este libera o ar por duas linhas
distintas. A linha (22) aciona diretamente as câmaras de freio dianteiras (16). A linha 21
passa pela válvula de 3 vias (15) e pilota a válvula relé (18) que libera o ar proveniente
diretamente do reservatório interno para as câmaras do freio traseiro (16). A resposta
imediata da válvula relé compensa a distância dos freios traseiros, evitando que sejam
travadas as rodas dianteiras antes das traseiras.
Freio de emergência
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SISTEMA PNEUMÁTICO
COMPONENTES DO SISTEMA PNEUMÁTICO
Funcionamento
O ar vindo do reservatório entra pelo orifício (4) (fig.
6.4) e o diafragma é empurrando contra o assento da
válvula de descarga (1), permitindo a passagem
somente para os cilindros conectados à câmara (3).
Quando o orifício (4) é esvaziado, a pressão (mais
elevada) da linha das câmaras, é aliviada através do
orifício de escape (E).
Fig. 6.4
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SISTEMA PNEUMÁTICO
VÁLVULA DO FREIO DE ESTACIONAMENTO
Tem a função de controlar os freios de
estacionamento, quando o veículo é equipado
com acumuladores à mola, no cilindro de
freio.
Funcionamento
Na posição de marcha, o ar do reservatório
entra pelo orifício (1), passa pela válvula de
admissão (12) e vai para a câmara (a). Da
câmara (a) o ar se desloca através do orifício
(2) até a válvula de descarga rápida e daí
Fig. 6.5 para as câmaras de freio. A válvula de
descarga (14) permanece fechada.
Para colocar a válvula na posição de estacionamento, a alavanca (8) deve ser movida até
que o pino (9) penetre na saliência de trava, segurando a válvula nessa posição. Quando
a alavanca (8) é acionada, a saliência (23) faz girar o excêntrico (7) na mesma direção e o
fixador do excêntrico se desloca para cima, devido à inclinação do mesmo.
À medida que o excêntrico sobe, levanta a haste (6) pressionando as molas (5) e (11) até
fechar a válvula de admissão (13) e a válvula de descarga (14) abrir, liberando o ar da
câmara (a) ligada ao orifício (2) que está conectado à válvula de descarga rápida,
provocando a liberação do ar preso nas câmaras de freio.
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SISTEMA PNEUMÁTICO
Desmontagem
IMPORTANTE : Antes da remoção
das cintas (24) (fig. 6) da câmara
superior (freio de emergência),
remover o tampão de borracha da
tampa (2), retirar o alojamento
lateral do parafuso (5), o guia (18),
a porca (1) e a arruela (19) de
recolhimento da mola.
Instalar o parafuso (5) no interior
do compartimento, tendo a certeza
que o mesmo encaixou na tampa
(4) de recolhimento da mola. Então
montar o guia (18), a arruela (19) e
a porca (20) no parafuso (5). Girar
a porca no sentido horário, até que
o parafuso saia do interior da
tampa aproximadamente 68 mm.
Desta forma, a mola estará
recolhida e travada, podendo ser
retiradas as cintas.
Com isto, teremos a tampa
superior desmembrada do restante
da câmara.
ESTEJA PERFEITAMENTE SEGURO DA RETENÇÃO DA MOLA !
Em caso de dúvida, pressurizar a câmara superior do freio de mola com uma pressão
acima de 5,0 bar. Remover as duas porcas de fixação do suporte e manter o conjunto
afastado da área de trabalho, seguro pelos flexíveis. Reduzir a pressão da câmara
superior para aproximadamente 2,0 bar e observar a haste do freio de mola.
Permanecendo a mesma na posição retraída, indica o perfeito funcionamento do
mecanismo de retenção. Caso contrário, providenciar o conserto do freio de mola. Para
retirar a mola (3) do interior da tampa superior (2), seguir as instruções abaixo:
A. Colocar o conjunto em uma prensa hidráulica,
com o parafuso de recolhimento (5) voltado para
cima.
B. Instalar o dispositivo (5400.01377.5) entre a
tampa superior e a haste da prensa, mantendo
assim o raio de ação do parafuso (5) e da porca
(1) livres (fig. 6.8).
C. Aplicar uma pré-carga suficiente para girar a
porca sem muito esforço no sentido anti-horário.
O deslocamento da porca não deve ultrapassar
20 mm.
D. Aliviar a pré-carga da prensa, permitindo a
expansão da mola.
NOTA : O procedimento dos ítens “C” e “D”
servem para testar a eficiência do processo de
desmontagem.
Fig. 6.8
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SISTEMA PNEUMÁTICO
E. Aplicar novamente uma pré-carga, soltar a porca tanto quanto for o curso de retorno da
haste da prensa.
F. Aliviar a pré-carga da prensa, permitindo a expansão total ou parcial da mola, conforme
o curso da haste da prensa.
G. Caso necessário, repetir as operações até a mola estar totalmente expandida.
Funcionamento
Freio de emergência e serviço aliviados: (fig. 6.9)
O ar proveniente dos reservatórios entra através do
furo “A” na câmara A-1, comprimindo a mola do freio
de emergência (1). Liberada, a mola de retorno (2)
desloca a haste intermediária (3) até o diafragma (4),
permitindo igualmente o retorno do diafragma de
serviço (5) e da haste externa (6) até o seu ponto de
apoio no copo central (7), auxiliados pela mola de
retorno (8). O vedador (9) impede a pressurização da
câmara B-1.
A mola do freio de emergência (1) pode também ser
comprimida manualmente no caso de falta de ar,
bastando somente instalar o parafuso (10), a porca
(11), a arruela (12) e o guia (13) e girar a porca (11)
no sentido horário, até que o parafuso (10) fique
exposto aproximadamente 68 mm. Após
restabelecida a pressão no sistema, retirar o conjunto
de recolhimento manual da mola de emergência (1),
executando as operações inversas.
Fig. 6.9
Fig. 6.10
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SISTEMA PNEUMÁTICO
Freio de emergência aplicado: (fig. 6.11)
Sempre que a pressão do sistema de ar comprimido
baixar de 5,0 bar, a mola (1) começa a expandir-se,
deslocando gradativamente a placa de encosto (14) e
o diafragma (4) e em conseqüência a haste
intermediária (3), que aciona a haste externa (6),
freando o veículo.
O freio de emergência está aplicado em sua
plenitude quando não existir pressão de ar no
sistema, pois o efeito da mola é inversamente
proporcional à pressão do ar, isto é, quanto menor é
a pressão do ar, maior é o curso da haste externa
(6), a qual atinge seu curso máximo com pressão de
ar “zero”.
Fig. 6.11
Aplicação
A válvula de freio de serviço é utilizada em sistemas
de freio a ar comprimido de circuito duplo, com a
finalidade de controlar a pressão de ar nos cilindros
de freio.
Descrição de funcionamento
1. Posição de marcha: (fig. 6.12)
As câmaras (m) e (h) encontram-se pressurizadas
com o ar dos reservatórios dos circuitos de freio de
serviço, por meio das conexões (11) e (12). Os
cilindros de freio comunicam-se com a atmosfera
através das conexões (21) e (22), dos assentos de
válvulas (n) e (i) abertos, e da conexão (3).
Fig. 6.12
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SISTEMA PNEUMÁTICO
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SISTEMA PNEUMÁTICO
Ocorrência de defeitos
a) Defeito na válvula:
Havendo ocorrência de defeito nas vedações (10),
não é mais garantido o funcionamento
independente dos 2 circuitos da válvula. Por esta
razão, existe no êmbolo (9) um canal (j), o qual
permite, em caso de defeito nestas vedações, que
o ar escoe pela conexão (3) de maneira audível,
alertando o motorista.
b) Falha no circuito 1:
Ao ser acionado o pedal do freio (2), o corpo da
válvula (8) desloca o êmbolo (9) e é deslocado
para cima, juntamente com o êmbolo (7), contra as
forças da mola (1) e da mola da borracha (4) até
ser atingido o equilíbrio. O circuito (2) funciona
Fig. 6.15 portanto, normalmente, estando o circuito (1)
inoperante.
c) Falha no circuito 2:
O funcionamento do circuito (1) não é influenciado pelo circuito (2).
NOTA : Para proporcionar uma maior vida útil para esta válvula, drene diariamente
os reservatórios de ar.
VÁLVULA RELÉ
Aplicação
Fig. 6.16
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SISTEMA PNEUMÁTICO
Descrição de funcionamento
A conexão (4), deve ser ligada à válvula de freio
de serviço. Na posição de marcha (fig. 6.16), o
assento de válvula (d) permanece fechado e os
cilindros de freio comunicam-se com a
atmosfera através do assento de válvula (b)
aberto e da conexão (3).
Fig. 6.17
VÁLVULA GOVERNADORA
Aplicação
A válvula governadora é instalada junto ao
compressor de ar e opera com o mecanismo de
acionamento do mesmo, controlada automaticamente
pela pressão dos reservatórios de ar comprimido.
Embora o compressor trabalhe sempre que o motor
estiver funcionando, a pressão de ar é controlada
pela válvula governadora, a qual pára de comprimir
ar quando a pressão atinge 8,6 bar e volta a
comprimir quanto a pressão baixa para menos de 7,9
bar.
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SISTEMA PNEUMÁTICO
Descrição do funcionamento
O ar comprimido proveniente dos reservatórios de ar entra na válvula governadora pelo
pórtico (A). O incremento da pressão de ar no interior dos tanques, desloca o pistão (9)
contra a mola (15) comprimindo esta, até que a pressão da mola se equipare com a
pressão do ar. A um certo momento, a pressão do ar dos tanques é suficiente para
deslocar a válvula (11) do seu assento, permitindo que o ar flua através dela e após pelo
furo horizontal do pistão (9), saindo pelo pórtico (B) conectado ao mecanismo de alívio do
compressor, acionando o mesmo.
Quando a pressão de ar nos tanques cai abaixo da pressão da mola (15), esta desloca o
pistão (9) contra a válvula (11) fechando a passagem do ar para o pórtico (B). O ar retido
nas linhas de ar do mecanismo de alívio do compressor é descarregado pelo pórtico (C),
desligando o mecanismo de alívio do compressor.
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