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Conceitos Básicos de Saúde

Coletiva e Educação
Nutricional
Profª Catherine Teixeira de Carvalho
Profª Isabelle de Lima Brito Polari

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Saúde Coletiva

Conceito

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É uma área de conhecimento multidisciplinar


construída na interface dos conhecimentos produzidos
pelas ciências biomédicas e pelas ciências sociais.

Processo básico produtivo de refeições para, 201, 20)erma


Objetivos
O objeto da Saúde Coletiva é construído nos limites do
biológico e do social e compreende a investigação dos
determinantes da produção social das doenças e da
organização dos serviços de saúde, e o estudo da
historicidade do saber e das práticas sobre os mesmos.
(OSMO; SCHRAIBER, 2015)

Se propõe a utilizar como instrumentos de trabalho a


epidemiologia social ou crítica que, aliada às ciências
sociais, prioriza o estudo da determinação social e das
desigualdades em saúde, o planejamento estratégico e
comunicativo e a gestão democrática.
(SOUZA, 2015)
Saúde Coletiva

Na década de 1970, os limites de acesso de grande parte


da população brasileira aos serviços públicos de saúde
desencadearam a organização de um movimento político
responsável por um conjunto de reivindicações e pela
formulação de princípios que fundamentaram a reforma
sanitária brasileira.

A universalização do acesso e a descentralização da gestão


dos serviços
Processo de saúde
básico marcam
produtivo a organização
de refeições do Sistema
para coletividade
Único de Saúde do país. enferma
Saúde Coletiva
Fruto de intensa mobilização conformada no Movimento da
Reforma Sanitária Brasileira como um “projeto civilizatório”, a
inclusão da saúde como direito na Constituição, em 1988,
representa importante e notável conquista social.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988 (ARTIGO 196)

ART. 196. A saúde é direito de todos e dever do estado,


garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
Processoe básico
universal produtivo
igualitário às açõesdee refeições parasua
serviços para coletividade
promoção,
proteção e recuperação. enferma

Assim, o Sistema Único de Saúde


brasileiro, que deu forma ao artigo 196 e
cuja criação também é constitucional,
pelo artigo 198, voltado estritamente ao
atendimento médico, para aqueles que
não podem pagar pelo privado, o que
sacramenta a Lei Orgânica da Saúde
(8.080 e 8.142/1990), que regulamenta
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o SUS.
Sistema Único de Saúde

O sistema público de saúde de que


dispomos hoje – o Sistema Único de
Saúde ou SUS – foi instituído pela
Constituição Federal de 1988, e decorre
dos seus artigos 6º – que reconhece a
saúde como direito social;
Artigo 196 – Estabelece ser dever do Estado garanti-lo,
Processo básico
mediante produtivo
políticas sociais de
e refeições para que
econômicas coletividade
visem à
redução do risco de doença enfermae ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para a promoção, proteção e
recuperação da saúde;

197 – que declara serem de relevância pública essas ações


e serviços, cabendo ao poder público dispor sobre sua
regulamentação, execução e fiscalização;

198 – que determina a organização das ações e serviços


públicos de saúde por meio de uma rede regionalizada e
hierarquizada, constituindo um sistema único, sob
diretrizes de descentralização, atendimento integral e
participação da comunidade.
Sistema Único de Saúde

saúde como
Sistema que decorre de uma concepção de
um direito fundamental e universal do ser
humano e que atribui ao Estado o dever de prover as
condições necessárias ao seu pleno exercício.

Processo básico produtivo de refeições para coletividade


enferma
Sistema Único de Saúde

Um dos sistemas mais avançados do mundo


apresenta sua regulamentação pela LEI 8080 DE
19 DE SETEMBRO DE 1990 que Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.
Dever do estado consiste na formulação e execução de políticas
econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças
e no estabelecimento de condições que assegurem acesso
universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação.
Processo básico produtivo de refeições para coletividade
O dever do estado não exclui o das pessoas, da família, das
enferma
empresas e da sociedade.

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Sistema Único de Saúde
Um dos sistemas mais avançados do mundo apresenta sua
regulamentação pela LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Art. 3° A saúde tem como determinantes e condicionantes:

Trabalho/ renda Moradia


Processo básico produtivo de refeições para coletividade
enferma
Alimentação

Saneamento Transporte

Educação

Lazer/ Atividade física


Meio Ambiente
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Sistema Único de Saúde
Um dos sistemas mais avançados do mundo apresenta sua
regulamentação pela LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Também dispõe sobre os Princípios e diretrizes do SUS:

Universalidade de acesso aos serviços de saúde em


todos os níveis de assistência”.

Processo
Todosbásico
têm produtivo de refeições
o mesmo direito paraascoletividade
de obter ações e os
serviços de que necessitam
enferma independentemente de
complexidade, custo e natureza.

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Sistema Único de Saúde
Um dos sistemas mais avançados do mundo apresenta sua
regulamentação pela LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Princípios e diretrizes do SUS:

Integralidade - ações e serviços exigidos para cada caso


em todos os níveis de complexidade do sistema;

A atenção à saúde deve levar em consideração as


Processo básico produtivo de refeições para coletividade
necessidades do indivíduo ou de um grupo de pessoas,
independente se sãoenferma
minoria ou se é muito complexo o
seu caso. A integralidade também se refere a integração
entre as redes de baixa, média e alta complexidade.

Portadores HIV

Idoso

Gestante
Indígena
Sistema Único de Saúde
Um dos sistemas mais avançados do mundo apresenta sua
regulamentação pela LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Princípios e diretrizes do SUS:

Equidade - Não discriminação no acesso aos serviços de


saúde;

Equidade tem relação direta com o conceito de justiça,


Processo básico produtivo de refeições para coletividade
oferecendo mais a quem mais precisa e menos a quem
enferma
requer menos cuidados.

http://pdhpsicologia.com.br/equidade/
Sistema Único de Saúde
Um dos sistemas mais avançados do mundo apresenta sua
regulamentação pela LEI 8080 DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 que
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.

Princípios e diretrizes do SUS:

Descentralização - Significa que a gestão do sistema de


saúde passa para os municípios, com a consequente
transferência de recursos financeiros pela União, além da
cooperação técnica.
Processo básico produtivo de refeições para coletividade
enferma
O município é o principal responsável pela saúde de sua
população.

O gestor municipal deve aplicar recursos próprios e os


repassados pela União e pelo estado.

Além de ser um dos parceiros para a aplicação de políticas


nacionais de saúde, o estado formula suas próprias políticas de
saúde.

O governo federal é o principal financiador da rede pública de


saúde.

O Ministério da Saúde formula políticas nacionais de saúde, mas


não realiza as ações.
Saúde Coletiva x Saúde Pública

Você sabe a diferença entre saúde


pública e saúde coletiva?

Normalmente há confusão quando se trata dos


conceitos. Então vamos entender as diferenças!
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A saúde coletiva consiste em um movimento sanitário


de caráter social que surgiu no SUS, esse movimento é
composto da integração das ciências sociais com as políticas de
saúde pública.
Processo A saúde
básico coletiva
produtivo identifica variáveis
de refeições de cunho
para coletividade
social, econômico e ambiental
enfermaque possam acarretar no
desenvolvimento de cenários de epidemia em determinada
região, por meio de projeções feitas através da associação dos
dados socioeconômicos com os dados epidemiológicos é
possível elaborar uma eficiente política de prevenção de
acordo com as características da região.

Vale ressaltar que a saúde coletiva também possui aplicações


dentro da iniciativa privada.”

A saúde pública consiste em um conjunto de ações e


serviços de caráter sanitário que tenham como objetivo
prevenir ou combater patologias ou quaisquer outros cenários
que coloquem em risco a saúde da população.

Fonte: Porta l Educação (https://www.portaleducacao.com.br/)


Saúde Coletiva

A preocupação com a saúde da sociedade remonta desde a


antiguidade, a necessidade de criar um conceito sanitário
que abrangesse essas necessidades foi se desenhando ao
longo dos anos.

Atualmente entre os inúmeros termos que permeiam a


saúde da sociedade como um todo podemos citar a saúde
pública e a saúde coletiva como os termos mais
recorrentes.
Processo básico produtivo de refeições para coletividade
enferma

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Saúde Coletiva
INDICADORES DE SAÚDE

Indicadores de saúde segundo a mensuração matemática


(indicadores baseados em mensurações absolutas e
relativas), segundo a interpretação epidemiológica
(prevalência e incidência) e tipos de indicadores
(indicadores de fatores de risco comportamentais,
morbidade, mortalidade e de avaliação dos serviços de
saúde).

Processo
São usadosbásico
comoprodutivo de refeições
ferramenta para coletividade
para identificar, monitorar,
avaliar ações e subsidiarenferma
as decisões do gestor. Através
deles é possível identificar áreas de risco e evidenciar
tendências.
Fonte: https://www.paho.org/

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Saúde Coletiva

Dentro desse contexto, no marco da Iniciativa 'A Saúde Pública


nas Américas' foram definidas 11 Funções Essenciais de Saúde
Pública (FESP) a serem exercidas pela autoridade sanitária.

São elas:

1: Monitoramento, análise e avaliação da situação de Saúde do


Estado.
2: Vigilância, investigação, controle de riscos e danos à Saúde.
3: Promoção da Saúde.
4: Participação
Processo básicosocial em Saúde.
produtivo de refeições para coletividade
5: Desenvolvimento de políticas e capacidade institucional de
enferma
planejamento e gestão pública da Saúde.
6: Capacidade de regulamentação, fiscalização, controle e
auditoria em Saúde.
7: Promoção e garantia do acesso universal e equitativo aos
serviços de Saúde.
8: Administração, desenvolvimento e formação de Recursos
Humanos em Saúde.
9: Promoção e garantia da qualidade dos serviços da Saúde.
10: Pesquisa e incorporação tecnológica em Saúde.
11: Coordenação do processo de Regionalização e
Descentralização da Saúde.

Fonte: https://www.paho.org/
Nutricionista na Saúde Coletiva
Área de atuação do nutricionista
que abrange o atendimento
alimentar e nutricional de
coletividade ocasional ou definida,
sadia ou enferma, em sistema de
produção por gestão própria
(autogestão) ou sob a forma de
concessão (gestão terceirizada).
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Há uma grande relação entre alimentação inadequada e


Processo básico
ocorrência produtivo
de doenças denão
crônicas refeições para coletividade
transmissíveis (DCNT) como
enfermae doenças cardiovasculares.
obesidade, diabetes, hipertensão
Mas estas doenças podem ser prevenidas por meio de ações que
promovam práticas alimentares adequadas e saudáveis.

O nutricionista pode atuar em programas de saúde, articulando


ações de alimentação e nutrição, participando em equipes
multidisciplinares, contribuindo efetivamente para:

Diagnóstico da situação alimentar e nutricional da população;


Promoção da alimentação saudável para todas as fases do curso
da vida;
Capacitação das Equipes de Saúde da Família (ESF) sobre
práticas alimentares adequadas e saudáveis;
Orientação nutricional em programas de controle e prevenção
dos distúrbios nutricionais.
Educação Alimentar e Nutricional
A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) no Brasil é
reconhecida como uma ação estratégica para o alcance da
Segurança Alimentar e Nutricional e da garantia do Direito
Humano à Alimentação Adequada (DHAA).

A saída do Brasil do Mapa da Fome das Nações Unidas, em


2014, é um dos resultados mais expressivos do conjunto de
políticas estruturais na área de Segurança Alimentar e
Nutricional e proteção social implementadas.

Existia nessa
Processo perspectiva,
básico produtivoo de
Conselho Nacional
refeições de Segurança
para coletividade
Alimentar e Nutricional (Consea)
enferma era local de participação
efetiva da sociedade civil na formulação de políticas públicas,
como Ainstrumento
saída do Brasil do Mapa
de diálogo, da
transparência e governança.
Fomepara
Importante das uma
Nações
amplaUnidas, em
e democrática discussão com
20143 ,sociais,
organizações é um dos
a fimresultados
de definir diretrizes do Plano
Nacional de Segurança
mais Alimentar
expressivos e Nutricional.
do conjunto (CFN, 2018)

de políticas estruturais na área


Contudo, atualmente, segundo
de Segurança a ONU,
Alimentar e a prevalência global de
subnutrição - ou porcentagem
Nutricional e proteção geral
socialde pessoas com fome -
mudou pouco, em 8,9%, mas o número absoluto tem
implementadas nos últimos
aumentado desde 2014 – o que significa que, nos últimos cinco
anos.
anos, a fome cresceu em sintonia com a população global.

Esses dados são preocupantes, sendo a América Latina e o


Caribe representando a terceira posição de número de pessoas
com subnutrição (48 milhões).
(OMS - OPA, 2020)
Educação Alimentar e Nutricional
A Educação Alimentar e Nutricional
(EAN) é o campo do conhecimento e
de prática contínua e permanente,
transdisciplinar, intersetorial e
multiprofissional que visa
promover a prática autônoma e
voluntária de hábitos
alimentares saudáveis,
contribuindo para assegurar o
Direito Humano à Alimentação
Adequada (DHAA).
Processo básico produtivo de refeições para coletividade
enferma
Faz parte das diretrizes da Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional (PNSAN) e, assim, configura-se como
estratégia fundamental para o enfrentamento de problemáticas
brasileiras relacionados à má nutrição, e alterações do estado
Nutricional como excesso de peso e obesidade e o impacto
disso na saúde da população.

Permite reflexão e abrangência em toda cadeia produtiva de


alimentos – produção, abastecimento e acesso a alimentos
adequados e saudáveis.

Norteado pelo Marco de Referência de EAN para as políticas


públicas apresenta princípios que norteiam as ações em
diversos setores e cenários.
(CFN, 2018)
Educação Alimentar e Nutricional

O Marco de Referência de EAN para as Políticas Públicas


apresenta um conceito bastante complexo de Educação Alimentar
e Nutricional, levando em consideração o Direito Humano à
Alimentação Adequada e a Segurança Alimentar e Nutricional,
com o objetivo de promover e proteger a alimentação adequada
e saudável.

E para isso, estabelece um campo muito mais amplo de ação para


a EAN do que aquele tradicionalmente restrito às dimensões
biológicas e do consumo alimentar.
Processo básico produtivo de refeições para coletividade
“Compreender a alimentação
enferma
adequada e saudável como um direito
humanoA saída
básico,doque Brasil do Mapa
envolve a da
garantiaFome das Nações
ao acesso Unidas,
permanente e em
regular, 20143
de forma, ésocialmente
um dos resultados
justa, a
maisalimentar
uma prática expressivos do conjunto
adequada aos
aspectosde biológicos e sociais do
políticas estruturais na área
indivíduodee Segurança
que deve estar em acordoe
Alimentar
com asNutricional
necessidades alimentares
e proteção social
especiais; ser referenciada pela
implementadas nos últimos Fonte: https://br.freepik.com/
cultura alimentar e pelas dimensões
anos.
de gênero, raça e etnia; acessível do ponto de vista físico e
financeiro; harmônica em quantidade e qualidade; atendendo aos
princípios da variedade, equilíbrio, moderação e prazer; e baseada
em práticas produtivas adequadas e sustentáveis.”

(BRASIL, 2014)
Educação Alimentar e Nutricional
Representações acerca da conceituação de Educação
Alimentar e Nutricional (EAN)

Processo básico produtivo de refeições para coletividade


enferma
A saída do Brasil do Mapa da
Fome das Nações Unidas, em
20143 , é um dos resultados
mais expressivos do conjunto
de políticas estruturais na área
de Segurança Alimentar e
Nutricional e proteção social
implementadas nos últimos
anos.

(CFN, 2018)
Educação Alimentar e Nutricional

Marco de Referência de EAN para as Políticas


Públicas

Processo básico produtivo de refeições para coletividade


enferma
A saída do Brasil do Mapa da
Fome das Nações Unidas, em
20143 , é um dos resultados
mais expressivos do conjunto
de políticas estruturais na área
de Segurança Alimentar e
Nutricional e proteção social
implementadas nos últimos
anos.

http://www.mds.gov.br/webarquivos/arquivo/seguranca_alimentar/caisan/Publicacao/Educacao
_Alimentar_Nutricional/1_marcoEAN.pdf
Educação Alimentar e Nutricional

O Marco de Referência de EAN para as Políticas Públicas


traz nove princípios básicos de Educação Alimentar e Nutricional
que apresentaremos para vocês:

Processo básico produtivo de refeições para coletividade


enferma
A saída do Brasil do Mapa da
Fome das Nações Unidas, em
20143 , é um dos resultados
mais expressivos do conjunto
de políticas estruturais na área
de Segurança Alimentar e
Nutricional e proteção social
implementadas nos últimos
anos.

(CFN, 2018
Princípios para as ações de educação alimentar e
nutricional - Marco de Referência

1. Sustentabilidade social, ambiental e econômica


EAN quando promove a alimentação saudável refere-se à satisfação das
necessidades alimentares dos indivíduos e populações, que não implique
no sacrifício dos recursos naturais renováveis e não renováveis e que
envolva relações econômicas e sociais estabelecidas a partir dos
parâmetros da ética, da justiça, da equidade e da soberania.

2. Abordagem do sistema alimentar, na sua integralidade


Compreende-se sistema alimentar como o processo que abrange desde o
Processo básico
acesso à terra, à produtivo
água e aosde refeições
meios para coletividade
de produção, as formas de
enferma
processamento, de abastecimento, de comercialização e de distribuição; a
escolha e consumo dos alimentos, incluindo as práticas alimentares
individuais e coletivas, até a geração e a destinação de resíduos.

3. Valorização da cultura alimentar local e respeito à


diversidade de opiniões e perspectivas, considerando a
legitimidade dos saberes de diferentes naturezas
A EAN deve considerar a legitimidade dos saberes oriundos da cultura,
religião e ciência. Respeitar e valorizar as diferentes expressões da
identidade e da cultura alimentar de nossa população, reconhecendo e
difundindo a riqueza dos alimentos, das preparações, das combinações e
das práticas alimentares locais e regionais.

(BRASIL, 2012)
Princípios para as ações de educação alimentar e
nutricional - Marco de Referência

4. A comida e o alimento como referências; Valorização


da culinária enquanto prática emancipatória
As pessoas se alimentam de alimentos e preparações escolhidas e
combinadas de uma maneira particular, com cheiro, cor, temperatura,
textura e sabor, se alimentam também de seus significados e aspectos
simbólicos. Assim, saber preparar o próprio alimento gera autonomia,
permite praticar as informações técnicas e amplia o conjunto de
possibilidades.

5. AProcesso
Promoção do autocuidado
básico produtivo deerefeições
da autonomia
para coletividade
enfermae intencionais, envolvem a
As ações do autocuidado são voluntárias
tomada de decisões, e têm o propósito de contribuir de forma
específica para integridade estrutural, funcionamento e o
desenvolvimento humano. O exercício deste princípio pode
favorecer a adesão das pessoas às mudanças necessárias ao seu
modo de vida.

6. A Educação enquanto processo permanente e gerador


de autonomia e participação ativa e informada dos
sujeitos
As abordagens educativas e pedagógicas adotadas em EAN devem
privilegiar os processos ativos, que incorporem os conhecimentos e
práticas populares, contextualizados nas realidades dos indivíduos, suas
famílias e grupos e que possibilitem a integração permanente entre a
teoria e a prática.

(BRASIL, 2012)
Princípios para as ações de educação alimentar e
nutricional - Marco de Referência

7. A diversidade nos cenários de prática


As estratégias e os conteúdos de EAN devem ser desenvolvidos de
maneira coordenada e utilizar abordagens que se complementem de
forma harmônica e sistêmica.

8. Intersetorialidade
Compreende-se intersetorialidade como uma articulação dos distintos
Processo básico produtivo
setores governamentais, de refeições
de forma para coletividade
que se corresponsabilizem pela
garantia da alimentação adequada e saudável.
enferma

9. Planejamento, avaliação e monitoramento das ações


O planejamento, compreendido como um processo organizado de
diagnóstico, identificação de prioridades, elaboração de objetivos e
estratégias para alcançá-los, desenvolvimento de instrumentos de ação,
previsão de custos e recursos necessários, dentre outros processos de
planejamento, são imprescindíveis para eficácia e efetividade das
iniciativas e a sustentabilidade das ações de EAN.

(BRASIL, 2012)
Referências
BARDANACHVILI, E. Os brasileiros e o artigo 196 da Constituição – reflexão para a 15ª Conferência Nacional de
Saúde. Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz. Pesquisa, política e ação em Saúde Pública, 2015. Disponível
em <https://cee.fiocruz.br/?q=node/90> Acessado em 17 de Ago de 2020.

BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. Dispõe sobre a definição das áreas de atuação do nutricionista e
suas atribuições, indica parâmetros numéricos mínimos de referência, por área de atuação, para a efetividade
dos serviços prestados à sociedade e dá outras providências, 2018. Disponível em: <https://www.cfn.org.br/wp-
content/uploads/resolucoes/Res_600_2018.htm> Acessado em 14 de Ago de 2020.

BRASIL. Conselho Federal de Nutricionistas. O Papel do Nutricionista na Atenção Primária à Saúde, 2015.
Disponível em: < http://www.crn3.org.br/uploads/BaseArquivos/2018_08_28/2016_05-min.pdf> Acessado em
14 de Ago de 2020.

BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar
e nutricional para as políticas públicas. Brasília: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional,
2012. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/seguranca_alimentar/
marco_EAN.pdf.> Acessado em: 15 de Agosto de 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível em:
http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/novembro/05/Guia-Alimentar-para-a-pop-brasiliera-
MioloPDF-Internet.pdf. Acessado em: 05 de Agosto de 2020.

Processo básico produtivo de refeições para coletividade


BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social - MDS Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
– SESAN. Princípios e Práticas para Educação Alimentar e Nutricional. Brasília,DF, 2018. Disponível em: <
enferma
https://www.cfn.org.br/wp-content/uploads/2018/08/CADERNO_EAN_semmarca.pdf> Acessado em: 15 de
Agosto de 2020.

OSMO; SCHRAIBER. O campo da saúde coletiva no Brasil: definições e debates em sua constituição. Saúde e
Sociedade, v. 24, p. 205-218, 2015.
OMS. Organização Pan-Americana de Saúde- OPAS. Funções Essenciais de Saúde Pública - FESP. Disponível em:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=340:funcoes-essenciais-de-
saude-publica-fesp&Itemid=444> Acessado em 14 de Ago de 2020.

OMS. Organização Pan-Americana de Saúde- OPAS. Com mais pessoas passando fome e persistência da má
nutrição, relatório da ONU levanta dúvida sobre atingir fome zero até 2030. Disponível em: <
https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6228:com-mais-pessoas-
passando-fome-e-persistencia-da-ma-nutricao-relatorio-da-onu-levanta-duvida-sobre-atingir-fome-zero-ate-
2030&Itemid=839> Acessado em 14 de Ago de 2020.

PAIM, J. S.; ALMEIDA FILHO, N. de. A crise da Saúde Pública e a utopia da Saúde Coletiva. Salvador: Casa da
Qualidade, 2000.

PORTAL EDUCAÇÃO. Saúde pública ou saúde coletiva - Qual a diferença entre os termos? Disponível em:
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/saude-publica-ou-saude-coletiva-qual-
adiferenca-entre-os-termos/55414> Acessado em: Acessado em 17 de Ago de 2020.

ROMERO, Luiz CP. O Sistema único de saúde – um capítulo à parte. DANTAS, Bruno et al, p. 67-88, 2018.

SOUZA. Saiba a diferença entre saúde coletiva e saúde pública. Universidade de Goiás, 2015. Disponível em
<https://www.ufg.br/n/82100-saiba-a-diferenca-entre-saude-coletiva-e-saude-publica> Acesso em 17 de Ago de
2020.

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