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TOMO U-DOMINGO, 13 DE .HM10 DE IS53

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Iodas, Litteralura, Bellas-Artes, Taeatros e Critica. ^£u#:

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deste jornal cncontrão-ae na ultima pagina. C #9 -:.:
e còndlcções
OS£>® programa

de liaverdes desfruetado outros melhores diver"


PHELUOaO^.
iimentos, por certo mui preferíveis á leitura
deste acanhado Jornal.
dia ce S. Antônio pcrrniiia que assim seja.
Todos nós neste mundo lemos o nosso
dia em que, á Então nos lembramos, para que se tornasse
alegrias, ou para melhor dizer, o e variado, de tomarmos cada uma de
e sa- galiiofeirò
forca de vontade, enxotamos o gato preto,
dos dias em- nós um trabalho especial para apresentarms
cuüimos para lunee de nós o peso
e afadigada existência; esse ncslc numero: uma incumbiu-se de dai' a sua
da magra
pcirados dos Sc- opinião a respeito do que pensa dos homens
dia predilecto lambem o tem o Jornal a respeito dos homens ma-
muitos annos. gordos,—outra,
hhorA, que Deus o conserve por (c
Haja o que houver, o dia do milagroso
S. An- grps..—Certa pessoa de barbas prometteu
com todo cumpriu) de dar o seu juízo acerca das moças
toiiíò é o itíòsso .lia de brincar e folgar
não po- claras, morenas, velhas, casadas ou solteira-—
o prazer de nossa aluo.; é pois, já que —arte
lotas vós uma nossa amiga mimoseou-nos com a
demos fazer íilisiriase convidar-vos a VC-
cá em casa) para jun- DE FAZER SONETOS TODO O OT1SDC—COIUO
(porque não cabem todas reis adiante; ate o nosso joven poeta, o Sr. Sa-
canna creoula,
tas chuparmos nus roletinhes de lomon, que também gosta da folia e tem suas
tao doce
e comermos unia batatinha doce...
nos tendes -tala Io, ao me- devoções com o Santo, oíTereceu-nos o seu lun-
o favor com que
couro
c transm.Uir- dum—das beatas; —o Fr,^oronha , o seu
nus queremos repartir comvosco •lundum de—s. agonio—que são bem engraça-
vos o nosso contentamento , olfcrerendo-vos ciemos conta
numero do nosso Jornal (já que mais çàdos e buliçosos; finalmente iodas
um
hoje
leviano e ehe.o da num (e fallem mal do sexo feminino!) os
„ão podemos fazer) todo alegre, originaeB apparecèrão, gemerão os prelos, e rea-
eslurdices, na intenção de qne elle. poderá
,le ÍÍs|mos a ide a cie fazermos um Jornal pimjma
alguns instantes na ..o.tetra-
eillreter-vos por ás vtósas
nosso Santo, depois, bem entendido, para no dia de S. Antônio ir direitinho
quiüa do
25
fev JA- m
-185-
r^

fa- tros, devia o regimento de Lagos passar.de Oli-


melhores
mimosas màozinhas enfeitado das vença a .lurumenlia. A guarnição hespanbola de
lançar
cecias que havião na loja, e de que pôde Badajoz, inteirada desie desígnio, postou-se de
mão o nosso pouco cabedal. de Marincillas para surpren-
embuscada perto
A' vista do exposto, principiamos por dirigir a marcha do regimento portuguez; os por-
da der
uma muito formal reverencia ao Santinho todavia chegarão, ao seu destino sem
tuguezes
nossa devoção, transcrevendo-lhe a sua compe- uma escora; e disto não houve quem
tente vé de ofeicio desde soldado raso, que queimar admirasse souberão que. S. Antônio
hoje se quando
foi. até a patente de tenente-coronel de que sido vislo, durante toda a jornada, Çffili-
leitora, que o tinha
'nhando
goza. Ainda não sabieis, querida a pé, impávida c marcialincntc, com ca-
nosso S. Antônio é militar? Pois lede a sua fé da pn-
*. tadura feroz e ge,to horrendo, á frente
DE OFF1CIO
meira companhia.
Foi crido o fa.elirrtw^^
F^DíTOFFlClO.
João V, não »só pela tradicção como principal-
Antônio. mente pela ordem do dia que o atlestava em pu-
do glorioso Santo marquez
blica fôrma c razo; mas no tempo do
S. Diniz e S. Jorge forão por certo de Pombal, que foi um grandíssimo incrédulo,
S. Thiago,
e bons santos, mas forão grandes tão como todos nós sabemos, começou-se a pôr em
grandes bellicas do Santo, a quem
somente nas armas, e só bons na sua especiali- talvez as virtudes
contrario, épáo toda com tudo não se attrevêrão a demitir, o que já
dade. S. Antônio, pelo para
obra, é um santo preslimoso, que fez prodígios não foi pequeno milagre.
e maravilhas depois de morto. O seu A rainha D. Maria subiu ao ihrono, e o coronel
em vida,
resume as suas virtudes, como a sua do regimento de Lagos, em um longo memorial
repouso não
os seus actos; devemos legalmente documentado, expoz que S. Antônio
historia não basta para
a sua fé de officio, que é o re- era o capitão mais antigo, não só do seu corpo,
também conhecer
divina, o ultimo artigo do mas de todo o exercito, com effeito então con-
mate da sua historia
e o não menor dos seus milagres. tava elle bons noventa annos de praça. Com tao
seu responso
tinha cursado o nobre mister das grandes e tão aturados serviços, o menos que lhe
Como não
\ivo, envergárão-lhe a couraça podião dar era o posto de Major: tralárão-no li-
armas emquanto
morto, e o Santo tornou-se um leão beralmenle: foi promovido a Coronel, sem peita
depois de
de tantos de Janeiro
de cordeiro que era, e fez prodígios de valor nem suborno, por decreto
como soldado, e um sem numero de milagres de 1680.
como Sanlo. Foi o caso que a 24 de janeiro de Esta foi puramente honorífica, porque conti-
de Capitão—isto
1668, D. Pedro II, então regente de Portugal, nuoú o Samo a receber o soldo
havia mareado
ordenou que S. Antônio fosse recrutado e alis- é—os trezentos mil réis que lhe
aos or-
lado como soldado raso no regimento de Lagos— D. Pedro II. —quantia que se applieava
o segundo de infantaria. naios da sua igreja e festejo do seu dia. Assim
refor-
Era costume então dar cada recruta um lia- pois havemos de dizer que S. Antônio foi
Capitão.
dor que se obrigava a apresentar outro homem mado em Coronel com o soldo de
em 1807,
no caso que desertasse o seu afiançado. A Vir- Quando foi na invasão dos francezes
Santíssima foi a fiadora do glorioso recruta. apresentarão ao General Junol por parte de S.
gem e fé do
Foi isto uma simples formalidade, como é bem Antônio, as suas patentes, commissão
de suppôr, porque, apezar de bisonho, nunca officio, e toda a mais papelada que sempre acom-
mereceu S. Antônio nem cadêa, nem castigo, panha as petições de um velho oílièial. O Gene-
nem reprehensão, mas anies deu provas conti- ral francez não quiz ficar atraz dos Reis portu-
nuadas de exactidão, assiduidade e saníiilade, guezes—e eis o único milagre dos tempos mo-
í antas e taes que a 12 de setembro de 1685 foi demos!—o soldo do velho Capitão de Lagos
exactamente ao seu Coio-
promovido ao posto de capitão no mesmo regi- continuou a ser pago
mento. nel, até que pela nova organisaeão do exercito
Durante a guerra da Suecessao deu o Santo portuguez, pouco tempo depois, se extinguiu
mais que nunca, por meio de muitas e nunca ou- aquelle regimento.
v$às façanhas, provas de que bem merecera o a Em o Rio de Janeiro S. Antônio foi mais fe
accesso que lhe havião dado. Um dia, entre ou- íiz: o Sr. D. João VI pròmoveü-o a major como
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•sj^S/ 'm HgmWrtihHrW
a m ym n* H—l tmmmt&tH** ***mm***4 <m**m
dr
m 186-
r
i :com a gran- Eu te prometloiim bom amante
seu respectivo soldo, co condecorou Uma vela em teu aliar,
depois passou
GÃiz da Ordem de Chrislo; aimos Hei de descalço esmolar: .
Sr. D. »',
a loenenle-coronel por graça do Natal
Fazei que até o 'jornal
o ainda hoje se conserva neste posto percebendo Leitoras deste
l.a classe; e
tòlõí os vencimentos de official da Solteirinilías, vãocasar. ^-
a .sua pro-
como Sanío que é, resignado espera
dos scus l
moção á patente immcdiata, a exemplo Santo Antônio, oli milagroso
coilegas menos antigos que nlumamen- Ouve meu voto sincero ; .
profanos
tc forão promovidos. » Para mim nada quero,
edificação c mimoso :
Consigamos ost.es factos para Quero p^ra um sexo
,
maravilhas d >'s devotos do Santo milagroso. Dá-lhe um porvir bem diloso
Modas com igualdade,
s„urps.i€A iVs casadas flicidadex
A's veuvas boas sortes,
^ -185Í l-ARA-SET^t^ iVs solteiras bons consortes,
V.U 13 ÕÍ JVMIO DE A SUA
PUKSSV SS ffÈSMO .1011 NAL SK E com muita brevidade.
' digna nranc.TOUA o consentiu. [ Antônio Pinto L.

Santo Antônio, meu bom santo,


Mêu Santo lão milagroso,
Ouve. um voto fervoroso,/
\
Já que o teu poder é tanto

LI
^riá vE ri.UCTERES
CARAC1 DAS MULHERES.
E R< SSEAtJ SOBRE AS PHYSlOMMItó
ÜO 01IE DISSE LAVATER

Pequenina boca encerra


A que tem olhos verdiiihos... Nesta gente um mão signal,
\ clárinha desmaiada!... Cruzes, moça vá p^ra Ia!
Sotfèússabeo que formou... São raivosas por demais
escabeche Ciumenta endiábrada, ! Hão de sempre casar mal.
p neixinho de V; um dragão, eu usa má
nunca enganou.
Que aos homens r\ que tem beicinho.grosso,
Um nariz desenvolvido^ Bem chamado de—cidrao—;
\ clarazinha rosada Òuc lhe chámão narigao, Falia muito e tem bom gemo,
Tem o gênio apimentado. ' Na moça è ornamento Com travesso coração.
nas pontinhas... De um ardente' coração.
Quando se põe 1
Pobre do triste coitado Estreitinlioefino beiço
Se ao contrario é,pequenino, Que. ás vezes fica
franzido....
V clarazinha sardenla" omos. Gomvcnüiihasdeponenia,
F; iiuii propensa aos vidi^,
An (Máoçeuio! desconfiada!)
. Ou de chapa é bandoleira, Cuidado, senhor mando. ._—
Aüreportas, quebra Ou é fria é ciumenta,
Ê' da pelle dos demônios. Fresca boca nacarada, I
azues? Toda a clara desdentada r
Boca assim se pode ver bella
É as que tem olhos I<7 de cenio cousa boa; Ouein tem boquinha tao
São finas como o coral. namoio, Vive sempre resmungando casa cedo, e sem querer.
Com dous dedos de Por qualquer eousmha
atoa.
Fo.seni logo e.fieao.mal. Beiço murcho, misericórdia}
Vque tem dentes postiços, pôde ver beiço assim !
: Quem
Na clárinha «ms olhos prelos Si<maÍ é que morde pouco Morre cedo, ou mal casada
Oucr.rrAor-feiUÇOineoo-^
: se elles u, Mas se pilha »m padecenle Co^lguni pedestre ou matsim.
Mas qu'importa K capaz de o tomar louco!
Nos ferros do capliveirol Beiço branco assafroado
clara
Boca grande cm moça tor,, Tsão merece aqui mensao ;
Em lacs moças olhos pardos Se engraçada ella nao Moca assim nao tira sortes
F; máo signal na verdade indicio,
Não importa, é bom amor. jfeí noite de S. João.
Namorão, prometiçm,jmao. One em farturas vive
^a velhice ou moeulauc. «CMh
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/
-v. C _

187- v

(Xpé grande em corpo esbelto A magrinha delicada


Negros cabellos bem dizem Ciai a, de ossinhocuberto,
Na clara ou morena cor; -.irão Tem seu—que—de especial,
Denuncia qualidades * Quando adora ama deveras,
Negros cabellos bem mo - Ou é gaiata por certo.
Ardente e sincero amor. Que na moça é bom signal.
Pé pequeno em alta moça A cintura fina inculca
Moca loura l isso está claro Em qualquer moça elegância
E' defeito ; e na baixinha
Que hade ser sempre inconstante; Força de gênio, inconstância, ÍS"a trigueira, ardor, coragem,
(Salva honrosas excepções) Dos diabos levadinha. INo clara em tudo constância.
Tem 3, li, 5 amantes. . ¦>'
¦¦

na moça A que tem seu pé de pato, Se o corpo não tem cintura


Castanhos, gorda E a moça é toda grossa
dizer é—preguiçosa— Foi assim que Deus afez;
Quer que taciturno r raivosa, ésãccò em pè,
Porém i^ardente magrinha Deu-lhe gênio
P'ra mulher d'alguni ínglez. Nclla amor! qual, nao faz moça.
I • Quer dizer que é— generosa.
Moça gorda, oh lá são banhas,
Amacia e refrigera,
Mas se dá para os ciúmes
E1 um demônio 1 uma fera !

ÉS JBIÇIJMBIWHLfcSi

A morena coradinha, Crandes olhos, grandes cousas, Beiço fino, santoJpeusJL..


Se elles tem doce expressão. Em magra moça trigueira!.,
Côr de manga da Bahia,
Namora por brincadeira, Casão ricas cento e quatro, Quem-pôde aturar, ature
Dous milhões com pobretão. Tal fervente frigidèira!
Vae casando por folia.
Morena de olhos pequenos, Longos e pretos cabellos
Se o moreno é carregado, M trigueira é bom destino ;
Negras grandes sobrancelhas, l Que raivosa Deus criou! Se ella é feia, é engraçada,
E' moca d'alla coragem; M cerca de namorados
Bella, tem gênio divino.
Não lhe apertem as c'iavelhas. ..—Que olho viu o peito amou.—
.> ¦¦¦.

A que tem alvinhos dentes Louros cabellos são raros


Se o moreno é desmaiado Ma morena, é muito feio ;
Cora pretos olhos, bem vives, p. risonha por demais;
Ficão viuvas mui cedo Se alguma tal qual existe
Ama o luxo e traja a gosto, Tisle sorte lhe receio....
Usa de saias de crivos. Entre suspiros e<;ais.

A que tem menos dois dentes, O pé grande nestas moças,


A trigueira d^ssa côr
Custa muito a querer bem; Logo na frente da boca, Que o pé pequeno é melhor.
Mas se amante ella se torna No^geral, senão me engano, São sinceras, generosas,
Passa as metas, vae alem 1 Tem cabecinha bem ôcca. Ardentes no seu amor.

Um moreno sobre o claro, Rasgada boca purpurea A gordura na trigueira


Tem um certo não sei que... Denota d'alma a grandeza: Não traz lá mui boa sina ;
Se é alegre, incla vai bem ;
Quando catão ficão mais bellas! Toda a boca grande encerra Se é triste, é muito rabina;
Quando morrem... tem tende,.. Feitiços da natureza.
Olhos pretos nu trigueira,. A boquinha pequenina, Moça magra, trigueirinha,
Se ella gosta da leitura, Seja embora perfeição ; De nariz arrebitado.,..
E lhe dá p'ra ser romântica.... Inconstantes, exigentes, Cruz demônio ! Isso é menina
Oh que grande diabrura7 São todas por condição. De pôr o homem quebrado!

Olhos pardos, são foguetes! E1 de facto melancólica Cintura fina elegante


Cartas de traques da china 1 A que tem grande nariz : Na trigueira que é deiigosa.
A morena que os possue São devotas e propensas Cuidado, que é bandoleira I
E1 das moças a mais fina! Aos que tem sobre pelliz Nunca será amorosa.

Também indicão tristeza, Casão mal, ou brigão logo Ao contrario são as outras
Gênio occulto na trigueira As cie nariz pequenino, Com sua grossa cintura,
Olhso verdes, gateados, Tem gênio forte, assomado, Se constantes são na vida,
Chamados de terça feira. Por nada, perdem o tino ! gaò firmes lia sepultura,
A trigueira, que por sorte
Teni grossos beiços gorduxos.
Falia muito, é resmungona,-
I Quer na pobreza ou nos luxos.

f %^ .m»'.. wxwm -n»-w—~>.^>CT*i.»-..r.n!«M»^.'.j~>.aj»»i-'j».»anatwl«l>^«-^J'* «¦¦¦¦¦/.'ipH'"»"» ».M«w«».»rij.

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tóy -188-

Ag SI \IIOKA* VELHA».

A rica que aos pobres foge,.


fc?'. i

Se ella c magra encarquilhada, E que os grandes só procura; I


As velhas por sua idade Tem ciúmes do marido, —Mui pobres forão seus pais
Respeitadas mui convém: choras;
Quebrando pratos e fingido.
Vamos só ler sua sorte —Teve amor sempre Deu-lhe o marido a fartura.
pVa ver a sina que tem.
A velha que quer casar,
Velha que diz-ai, não gosto Se casada ella já foi,
Toda a velha desdentada De mocas nem de rapazes i—
Que hoje deu em choradeira, barriguda, Santo Nome de Jesus!..
apertando as pobres netas; ' Se— ellaé velha Merece um coice de boi.
— No seu tempo foi gaitcira. Jo^ou no seu tempo os azes.
Na velhice o meio termo,
dentes só, Aqtfé tola presumpçosa, O que ao mundo todo agrada,
Se tem quatro Em galas sempre enfunada,
E árida ralhando co' a filha inda ser velha; NÍo são severos caroés;
ir de tarde á janella;
]São querendo
fechada. E1 só juizo c mais nada.
Por — Em moça viveu
— No seu tempo foi casquilha.
é devota Ir com todos, sem descer
Volha rica, se se tem ;
Se ella é gorda matronassa, a pobreza afilicla ;_ Da posição que
na mucamba, Ampara iorao, É1 varinha de condãò, convém.
Não quer Íilhos Seus pais também ricos
Fecha portas, tudo espia; espia ; mui bonita... Que aos velhos muito
o «lamba» -t oi em moca
^òléià
v chorou no seu tempo Por F...

: MEUS ESTUDOS
. dl-p.*^ *«* «-^cella*.
*„,,,.« o caracter
O magro, que tem bons dentes,
A calva diz bem nos gordos, Pxôa o osso caladiiiho;
Os magros são amorosos Nelles mostra melhor porte,
e calvo, Não se maldiga por fóra
Mui sensíveis, pertinazes; Porque velho, magro Da magreza do bemzmho.
Quando lhe. cheira a chamusco E1 o retrato da morte.
São de tudo mui capazes!
Se porem são barrigudos.... T^ueiro.-sãobem lei=; gfWJgJi nma fraude;
Melhor fora não nascer, Folhos verdes-sao n alieiros,
pagar....
Do que andar ás embigadas tom usuu
ver. Os ruivps#sào caprichosos.
Som nunca os cothumos Commettcumesflionalo,
De olhos azues-dchcado<, E1 lei fraudulento,
O magro, de perna fina, . De olhos pretos-persistcntes, Nada pela
ciumento; postiço tenl voga
E1 por forca mui Deus. Fm tudo quanto desejao
,Mo acto do casamento.
se casa... oh roeu
Quando Shcmmáosp^rapreiendentes.
Pobre mulher! que tormeiito. O magro dyoculps não ve,
éesbelio,^ Magros, de cabelte prelos, Gomo é mui de acreditar,
O moço magro São muitos namoradores;:
o lamprea; namorao, E o de í mie ti 1 também,
Mais bonilò que Os louros, também Se não é p'ra namorar.
ide mais
O moco gordo
sem cea. Porém são mais softredores,.
Bem pode dormir 'negociante,
;
de cabelleira ! O magro
idade, O magro, Do que o gordo, é mais a»mo;
O magro de meia \á servir partilharia, Está sempre ao pé da burra,
E' muito raro engordar; . uma haste com lanada;
curvando E1 Parece delia.captivo.
Ouandoé alto, vai Cousa feiai Ave Maria!
Se nunca foi militar. -;;
O doutor, deve ser magro,
O ^ magro, que é desdentado, ser gordo lambem,,.
magro e xisaao, ; Deve
O homem lambem atenuante V vontadV, do doente-, ...
gosto....• D dirá
Gelibatàrio por
os seus ca nlios lle muica&se ^ Que só quer que o tratem bem.
Vejão bem que
Em cousa ruim ja foi posto, ^l
os dentes podres. O magro que é empregado,
antigo O que tem ler, Empregado da nação,
F; ditado bem Hem mostra nào saber
— Foce de velho solteiro, dentes sãos, E1 o retrato.vivente
Aauia dos Da sua magra ração!
-Menina, que elle érapoza, dá a vender.
matreiro...- Que o Jornal
Muito velhacoe á
\
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"sifc.

189
m
í O inilitar, vai bem magro, Homem magro mui beato, Se morrer, dura mais tempo,
Se inda não é—general; A quem chamão santarrão, Pode o enterro esperar;
Se o é, então que engorde, Cruz demônio! com tal homem Cabe o magro em toda a parte,
Também nisso não vai mal. Casar-me não quero nao Mas o gordo ? Anda a rolar!

O caixeiro, se elle é gordo, Também o magro, sophista, Eis-aqui, caras leitoras,


Cuidado com tal mandrião! Com pelle de pergaminho, Depois de muito cançar,
Vejão bem que elle do bolo Com pouca barba, ou peliado!... Dos magros cá deste mundo
Levará melhor quinhão.... Isso só tfum pelourinho. O que eu vos posso apontar.
Amai, leitoras, aos magros, Li as sortes, os destinos,
O magro, que é sem oíficio, Li mais cie quarenta autores;
Certo não ha de engordar, De quem fiz tão breve esboço;
Amanhece pretendente, Quaes são os imigos d'alma ? Aqui pois dou em resumo
Anoitece a namorar!... E' mundo, diabo e osso ? O que li desses senhores.

natureza "H Se são bons ou máos, não tenho


O magro sentimental Pois se a própria
Evmágico mui matreiro.... Os quiz de carnes privar Cá de casa mais que os versos;
Cuidado, oh l minhas leitoras! Para que foi ? PVa dizer-vos O mais escreverão homens
E' lobo, quer ser cordeiro! Aos magros deveis amar! Contra homens bons ou perversos.

O que alem de muito magro, Ser magro, é muito econômico, Se os magros são bons ou máos,
E' sequista fallador, Gasta inenos no vestir, Nisso não quero fallar;
Ou foi soldado, ou foi frade, Occupa menor lugar, Os gordos dizem a todos
Viuvo, ou procurador. g .[ Ronca menos no dormir. Que os magros não tem que dar.

O magro que falia baixo, Se entra em omnibusnão carece


O que falia sô gritando.... De dois lugares tomar;
Do> dois o Demo que diga Se andar comvosco de braço
0 melhor em se casando. Jamais vos ha de- eclipsar.
i e. t.

MINHAS OBSERVAÇÕES
A respeito dos homens gordo*
0 moço gordo é bonito, O caixeiro gordo mostra Ate das moças risota
Lhe fica bem tal gordura, Que o anio lhe dá bom trato, E' sempre um tal cariiàfèpl
A menos que não lhe creça Faz honra á casa, ao negocio, Gostar de tudo que-é gordo
A barriga em desmesura. E a caixa não paga o pato. E' natural voto meu.

O gordo, sendo solteiro, O bom servidor do Estado Viva, viva, e sempre viva,
Trata logo de casar, Deve ser gordo e refeito, Viva e reviva a gordura;
Sendo Casado conserva P'ra não reformar-se em moço, Fuja p'ra longe a magreza,
Da mulher o bem-estar. Alegando soffrer do peito. —Pelle e osso é mal sem cura.

O gorducho, sendo calvo, Que galhardo militar! Se eu fosse legisladora


ISão fica feio por isso; O gordo é tão magestòso! Prohibhia o casar
Mas em matérias de amor, Vè-se—homem na lileira, A todo o homem magriço.
Todo o careca é remisso. E' sempre mais valeroso. Você quer? Vá engordar.

Com cabello preto—e béflo, A baila do inimigo Homem magro, é um estojo,


Se o tem castanhos—também; Matará um até ires, Porem estojo vivente,
ISão gostão de viver sós, E dos magros mata um cento Que vai de um lado p'ra outro
Mesmo os ruivos tem seu bem. Todos juntos de uma vez. Com pelle e osso somente.

Homem gordo desdentado, Um regimento de magros Um gordo pelo contrario


Cara larga, olhos sumidos, Tem só armas e mochilas, E'nedio, bello, faceiro;
Reparai bem, oh leitoras, Meltidos nos uniformes, Entre o gordo e um magrinho,
Sempre são bem presumidos! Não se vê homens nas lilás!' Leitora, escolhe o primeiro.

Os que tem os olhos grandes, 0 gordalhão—de negocio Do gordo os ciumes vão-se


Boas palavras, bons actos, E' por força dinheiroso; Com qualquer explicação;
São muito namoradores, ISão engorda certamente a Mas o magro 1 tem dendê....
E nos amores gaiatos. 0 que anda cuidadoso. ]Nào vai com qualquer razão.

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Lr eu dar vos um banho w fundo dv mar. m

Não me dês destes que fallão Dos que indão farejando


Dai-me um noivo, meu santinho,
Com modos de sautarrao, Casamento com dinheiro,
Um noivo gordo ou bem n*agro,
D'esses pio,por qu<5 só querem
Que me adore,e recompense Que cochfchlo segredinbos
Limpando as unhas dá mão- Escrava no cativeiro.
0 amor que lhe consagro.
Dos que olhao com tregeitos, Dos beatos moralistas
Não o quero dos que Talião
a todo chamão—indecente
Em bailes* funeções somente, Com artes não sei de que! • Que
Faltando sempre em amores Cm demônio! agoa salgada'
Qu*esses tirados d*ahi ' Meu santinho nao me déc Deos me Ihw de tal gente 1
A fôrma só tem de gente.
-i9°- -J \
Tudo o que digo dos gordos
O que tem má dentadura, O homem gordo, ainda gago, Também tem altenuantes,
Vesgo, pansudo ou sequista, Alguns são falsos, perJur0?'_
Deixe logo de roer; Inda assim é agradável ! 'Tem
Não mastigue, mas engula ires, cinco, sete amantes.
Sc não for uin demandista
O mau gênio que ha de ler.
feito,
Parece que á Natureza Quando vir homem bem
Homem gordo besunlão, Bonito, gordo e chibante,
A iodos quiz dar gordura, Meigo olhar, cara risonha,
Parece ccrlo animal Fazendo do magro gordo*,
Defocinho enlameado.... Mui sentido em tal amante!...
Do gordo paz e ventura.
Não direi neste jornal.
homens por magritòs Se tiver cabcílo ruivo,
-*Õ
gordo que é namorado
Quantos
tem sido atropellados! Preto, louro e até castanho,
Anda sempre entre suores; Não
apertos, barafundas Dentes alvos, pôrl.e altivo,
de Cupido Nos Tieeular no seu tamanho.
Para as guerras sempre maltratados!
Não são de certo os melhores. Quasi

Já vi, leitoras, eu vi Quem já deu seu coração,


F: por isso que homem gordo Um requerente! magrellas, No que>digo—vire folha,
E' mais franco e verdadeiro; . Pois é rifão mui antigo
Entalado ííumà gondola —Oue o amor não faz escolha.
O magro! Deus nos açudai A bulir só com as canellas!
Rende amor ao mundo inteiro.
locarei,'-- E com esta me retiro
mesmo-velhor— SÜãsSgg: jamais ^Seíii na carta friais 1 he. por;
Seja mocõTW os preso a muitos re amar
Que
Sentido nellcs, leitoras! moças Mesmo porque meu Adão Quem o gordo ou magro
Que esses aflirmão que
as Vá gozando o seu amor.
enganadoras! É' um desses laes sujeitos
São por gosto
isto ou aquillo, Té que um dia bem se lembrem
Seja por Do que hoje a todas disse
Se liveres a fortuna Seia qual lor a razão,
De alcançar as excepçoes, Esta serva humilde vossa
nobres peitos Estudei os homens gordos, Áiina Maria Clarisse.
Encontrareis Esta e minha opinião.
Nobres firmes corações. $

O magro é mais comilão,


Ceia bem, pôde comer ;
Ha mais viuvas de magros;
- ~-Ò irordo custa a morrer.
Clarisse.

v W,^"

LüSDÜM DAS MOÇAS


«í?te

X.-..-^1

Cantado » Sa»*» Antônio.

certas ficarem nas Dae-me um noivo meu Santinho,


Para as nossas leitoras mais Um noivo gordo ou bem magro,
do íundul de SanloAntonio, postas Que me adore, e recompense
quadriÜs amor que lhe consagro
este jornal, nóstrans-
em musica que acompanha Livrai-me do lance, &c.
crevemol-as ac[ui também.
Não o quero dos que fallão
Em bailes funcçóes somente,
Santo Antônio, meu Santinho, Que esses tirados d^hi
Attendei minha oração;sempre A forma só tem de gente.
Eu prometto ler-vos
Junünbo ao meu coração. Livrai-me dó lance, «ke.
Lívrái-me do lance, Não me dês destes que fallão *
O' meu Santo Antônio, Com modos de santarrão, :
que o demônio
p^ra 'venha Que cuchichão segredmhos
N;ão tentar, Limpando as imhas da mão.
Vdar-vos um mar.banho Livrai-me do lance, &&
\o fundo do

^mS ——**« 1.1. i ¦lllllM ,„ .1. it ¦*¦ "' ' '"


4
f" VNÍK
f
Dos beatos moralistas
Dos que olhão com tregeitos, Oueatiidoelnunão-inde^nc,
salgada.
Com artes não sei deamores,
que, Cruz demônio! águatal
Paliando sempre em Deus me livre de gente.
Meu santinho não me de. ; Livrai-me do lance ec.
Livrai-me do lance &c.
Dai-me um noivo, meu*Santinho,
bem magro,
Sm noivo gordo oo
Dos que andão farejando Oue me adore, c recompenso
Casamento com dinheiro, O amor que lhe consagro.
Fssesnão, porque ?0o. querem
—Escrava no cativei f Livrai-me do lance &c.
Por ir.
Livrai-me do lance &c.

COM IICEIVÍA.
consciência desde
da folia. Es- Por desencargó porém de
á segunda parle a invenção não e nossa-
Anota passemos iá vos declaramos
tetó™?^coul
que as
yimmmm digamos alio e bom som
a dubadoura-
fizemos as pazes todos, e acabou pennas alheias sem que
e dos gordos-das morenas e das lembrança perlencem a José
dos magros que as honras da
lido e relido, e morreu o ISe ves. e engraça-
claras; tudo eslá
cada uma de nos Daniel, esse esciiptor tão espirituoso
Vamos pois, todas reunidas, das suas
soneto U» do, e que lanla gente se tem servido
fazer um soneto.... gentes, um pròducções (calados como um pepino!) sem ao
e soneto l
respeitabiilissima, um soneto, que menos lhes fazerem uma simples cortezia....
soneto cada uma de nós pode fazel-o,
„m que
tanta facilidade e perfeição, como se fora ¦ Que piratas,
com
nós um de légua e meia, de Pataratas,
cada uma de poeta Egoístas,
assombrosa.
extensão lilteraria e de uma poesia Publicistas!
mais, é que
E o que vai vos surprender ainda -atoa- e cotação,
os poetasprecisãoidacabeça, juramos se
O que % nosso, isso sim, e que huini.wsiiuo
e
as suas poesias, e vós só careceis de um preciso fòr, é este insignificantetranscrevemos a
para arlio-o, e a franqueza com que
simples dado de
dado para esse fim l Com um engenhosa lembrança do citado autor, persuadi-
disposição, debaixo de nossa, leito-
marfim lereis á vossa das, e com muita razão, de que astiyerao noticia
de sonetos ras todas, ou quasi iodas, nunca nos o
vossas lindas mãozinhas, uma familia publica-
e mui enge- de tão agradável entretenimento;
dilferentes, engraçados e bonitos, mos tal qual elle veio á luz, para quealmaellas o li-
nhosamente —--a- arranjados, que vos servirão de . quem conhecendo e decidão em sua e «ms-
K^
«sateropo. a alguns momentos que
i-radavel passatempo
que | se va[è a pena 0 trabalho que lhes dedi-
rodjnhas e traques
roubeis á folia das fogueiras, j camos.
nos
da China ! Principiemos a ler agoa a explicação que
ensina a compor os sonetos.
Emkém bom, gôsio dàso.
"Mappa <
se usa" àor adiaulc publicado.
Miiámfawhm
. 1 . que

ua?auiad,»5versos-OVl;rS,M1UC ,cm ° "xfef^ _X


• -finezas c amor, tudo baldado.
Ver
5 do dado se
, X , i-,w„ ,,^-5-vae-sc a segunda cohimna, edefronte do n.

!?,,: dar mpiros, fa: andar queixoso. ¦


& ¦4


3
„„.i,~-W' ,„.-'^-*«.«iw*
—192-..;... '
x. * /fi
\,7» ;

se _:.-:£„-;_
,¦ defronte do n. 6 do dado se acha o i..-1-pioune
<W é: ueni o dia raiar tierá gostoso- ,,
- columna, c defronte do ii. 3 do dado
dado, e sahvn uns - *-v>v,i -seso -rqu
í nuarta ^ _65_íiue
a botar o ?.
Torna-se veisoM);y|s .
se áchá ó n.^63-.proP-»scnapautados,
tão desgraçado. ..
< hícffi/ür tão infeliz
P, ,oa Hr:i—a-Qp&utída quadra,—o
^^J^^l^^S^ a°s declarações q|
Está completa a primeira quadrado esJJ^gSjgi avessas, p« o quer que seja de
tereeto; pois que
p imeu-oTC«ndoa nossa ledo a es de
em, é preeiso que com Q^*
^ este uive
máo humor, para deixar de atina}

MAPPA. s

II b TimrFTO 2 TERCETO. I
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Pauto cl©^ versos.


Quem sua vida alegre quizer ver.
1
Nein o dia raiar verá gostoso. 10 Trazer um bem perdido no cuidado.
recordado.^ se lhe offVeça, terá goso.
Dos passados prazeres Nem quanto
p vozes da prudência surdos sao. o sourimento é mal forçoso.
',; pázás ií Cançar-se
dav suspiros, faz andar queixoso,morrer. 1S Quem quizer evitar o desprazer.
afllicçõcs
im não qvmer entre 1 Quem ser ledo no mundo pretender.
um braço poderoso.
,. e a não valer-lhe 15 Em funeb.es idéas engolfado.
o Céu piedoso.
E a não o socrorrer 16 Que dignou sois, moriaes, de compaixão.
seja com razão, ou sem razão.
ou
V >#^
,,._..-....x..* fVx>#
_ _ _ , a^ri""*"*fc»«*¦.*•!**«*•*•*""*'•**
li7
m
''•O^v
!$£»'
193
se vir por desgraça cio lal estado.
milagroso. 51 Quem
17 E a faltar-lhe um auxilio pi2 Quem para aíllieção tal já foi creado.
desprezado.
18 Viver dos seus amores mulher.
- m EseomalnãoalalhaoCéupicdoso.
tece uma o coração mais valeroso.
19 Fuja aos laços que ancioso : Transtorna
cauçado o seu querer.
20 Desmaia o coração 53 Todos correm «pós
'li Fuja aos laços de amor quanto puder. as ditas de amor querem viver.
50 Enlrc
Cabirá de suicida no attentado.
57 Negue sempre os seus braços á prisão.
humana geração. , leve, então lembrado.
25 Ah 1 desgraçada, 58 üa\citura, que
n Misera raça do culpado Adão.
promover.
59 Cresce o,eu mal, passando pavoroso.
a
do passado.
25 Todos querem seus gostos 60 Lembra-lhe enlão a gloria
á dado.
26 Fuja de dar ouvidos paixão. 61 A idéas tristes tão somente
maltratado.
27 O yer-se de uma falsa lado. 62 Nem ter pôde socego, bem precioso.
tal der seu desgraçado.
28 Aquelle, a quem pena 65 Quem íòr tão infeliz, lão
tal soffrer foi destinado. a não ser um soecorro portentoso.
29 Quem para 64 E
fortuna e gloria ler. teimoso.
50 Todos querem 63 E se o lado prosegue por
rodeado.
5i £'¦ ílagcllo de um peilo generoso. 66 |o irisics pensamentos
52 Quem socego na
vida e paz quizer, 67 Querem todos lograr dita prazer.
e
o mais penoso.
33 E' martyrio crtiele 68 Por terra calnrá desanimado.
u Ser amante e não ser recompensado. Que no fugir de amor eslá vencer.
Q esta dòr creou seu talo. _ 70 Porem por meios rectos isso
não.
35 que para
Porque a dita vem tarde, e se vier. Morrerá trisle, afllklo, angustiado.
36 - 71
o rosto airoso.
57 Nem verá do prazer 72 Fuja de ir arrastar duro grilhão.
étmle a condição. de de mão.
Dos homens quanto iõ Aos amanles encantos
ir* *W

38
lasumoso.
39 Arranca amargo pranto _. 74 Que só fugindo evila o padecer.^
aUucmado. tristes homens nesta situação.
40 Seu peilo rasgará de 75 . Que
manda, o Céu o quer.
41 0ue assim razão o 76 A vida exalará envenenado. , ^
um só momento ser diloso. vao.
42 Nem pôde 77 E cegamente despenhar-se
mais furioso. soffrer.
45 O seu pezar se torna 78 % que táes males não quizer
'¦m Ver finezas e amor, tudo baldado. dos homens miserrima illusão \
79 Oli!
a reflexão.
A si se matara cíesesperado. 80 ' A prudência calcando e
Andar sempre em ciúmes abras; 81 ]São de nunca ás ingratas alteiição.
46 dao.
47 Mas, acertados passos poucos O seu damno se faz mais amargoso.
48 Faz andar noite e dia pezaroso. OO Todos desejão venturo.sos ser.
inclinação. doloroso.
Fuja sempre damanle U Seu tormenlo se faz mais
dia venturoso.
50 Nem pôde ter um

durante essedia'
a mm se mmm <\* ft&^Sfi.
Como medida preparatória;
mistérios i»# ^aJ O
sao proclamados, como a
.lesde esse momento
nv n,.fla va
orova á boa cama.
excellencia,
de pertencer
Com pumtiiapi os
' luUqaesô
o muado começoui uma
Mojses
mÊk com a vara de Arauoirtrde luz do novo sol ao
oL Scifcm-uma noite, a
S&^Snat^eoa^ne 1 no oriente não illumina os desejados >>-
a relação desta interminável
lueta. lá milagre de ltoa»
desanca. Wp mas, em falta de um
Michiílet, Historia a obra imperíe.la dos ho-
mfavor'ia Ma causa,
DE PROPAGAR AS 1BKAS. « de operar uma maravillia.
SOVA MANEIRA. '' movimento-
i^esde na nhãóedo tudo esiá em carregar-se de
de or|ià7|ggr ncíKltèS"os já recusao sobre
Depois de uma noite inteira • mascara que se encontra com
MII ra odaa os bigo-
mÊI fo| arrebáfâdaâns pregão
reunião a noite prox tum c outros mandão p.nlal-os com
ro nova para da ao p, in ueb
oicímlumma, By este o maior numero.
concordarem na maneira porqu 'tma^m
das. su,ssaS' e„, Ãiiío S. «olemne e espontânea
á
pio m®® se m-v fes-
e1devia adMSío á causa americana
das funeçoes com as quaes deUp^riôü"mo e de
gramma unitário Alpina.
tejar a captura do selvagem

X ) Ti de o n» 23,
\ i
/

. "$."*y N
«. c

-19 .V—

resul-
teve Ioro immehso acolhimento, e como extraio dc ainflí armoniosa musica
Ido mmedia.o, uma ex.raordinar.a I
archotes, no.miw^ meo d y
3& ~
os ingic/.es sobre udo hu- mmjeptm>m pisada e
navalhas de barha: dós vivas e dos
rão encantados dc tão sabia medula ^^ vacilante do-sci. algoz an ancai Uie jp na_
i W.fi^o^ dos seus
tuir todo o monopólio as barbas- 9pd^Íg^ crescendo a
.-/'«taí nuw.v-queas barbas unhao em a mais
completa paralisação. o
E' um golpe de vista surprei dedorcom que tao
á'n rcsènta a Mashorri assim enfeitada do
S variedade de bigodes, acompanhado
espirituosos propag* oves do applausos! •
sanf,UÍOolenta era a operação
ISivel destes Quanto mais W os vivas,
com o chapee^g^e eu o^ s Us - a,gazarra,
oe
dogma federal, que na wnW«k* mills fones
lha, o cigarro na boca, o punhal os morr «^ «¦ ae„lbriaguezêo
as,rua|geao s en d fanatismo!
_m
mãm na mão, percorrem c nosos, ms ligado pela
sarcasmos hisullanies a quem . lhedo oWM> dvama^e Quando a Ma.boica ene^¦
dí> .IVJ«^
em vós baixa preludia r ,;i'nc na«mpaVciO, VJSUalKlünl0_
.ochichão
se a pe.peu.n que as fam.has pasW uma vo deu
sangue e violências que preparas indagando das moda,, a
'TSr cometo os heroes mento-a mashorca J ^f^ntó corria .
íSas do tarde do club, outro mnerav^d -^mêiras abertas
a reunirem-se na .casa entiava nAbVl portas
.W de^
L «uem v nba-
moshofqneiròs eito.es- de iropel,
nossos
que já conhecem osdasassembleas havia n aque q„e euconlrav^em ^imp« ^ ^
No meio da sala
ia SI mna meia Pipa% m^BS*
canecas
sala,
de folha,
osienlava-sc
c sobre
uma
as mesas
profusão
em edo |
de gairatas cie
da

continua, a sua -aveh.


ns sfflr í í-s te ^fi
mumpW.
£^ ^
"perar-se,
Salomon Parras e
tíf e
Tniiinho forão os oradores mais eloqüentes,
do modo mais concho e^phigj-
W&So era opposto, (teoai cólera divina. d bairros
nhim ml ouso das barbas, rosto
os0aSpectos,á do^overno SSeiíSe Ía|c#
SSSs ?* e mais otura f tdlth en"
inrnmmtivel com o svstema federal iefinae
resplandeseentes, ideas e1^ ícit gMf»
1 - • • bellas
Sdè lheorias
progresso e de liberdade'. Longeaeiubi braços sobre o peito, e
unitário »ja o liam misturada de surpresa
í pião do selvagem ESn c«riSade
escripio; tmha sido redigmo em ia Toiio undivião de: homens meio nus, ei-
Salomon, coberto üe ap m 1 J Ôs e eu os bigodes, desfigurados pela
lérmo, c cada paragrapho toi SaTn^íteVeSie^avãohamaisdese.sou
isto ê, depois de Ores esíao dissolvidos pelo suor,
W& «oras da noite,, 2EIH
hás de saúdes, de vivas, de
^*^01 >b"
os sócios da sociEium: ';ol,^A1,das oba, 1 ins a--.
r v; com os olhos saliando-lhes cl. s
!:,„ s cm mangas de camisa, outros se..
sem calças, aquelles com meia ca so
se adianta para po. a maoso pie ou
?sics
mais ou menos p mais ,iue
no
itiínciitc
nu., oe iodos
iwuj pouco
y fArmai! Pm nroc ssao
oxiraordinario vesluari.o, se M«Mfc
de W§^
,om archô.tes acesos, e navalhas e luo7.es
Soe assim, frenéticos,: ámbmgaclos d varias puxa v l . infame unitário!
em a percorrer a cidade, acomp|.hado^de
«W^eca^mus.c.. esta déÍsf so,f o seu
clarinetes, uma llau.a e SSÍSnlSiira
dJ. ne^
deslliiatla a festejar as façanhas m^m§_
Essa noiie, como todas as que de P»J<»_
ainda mesmo que frias; as ruas tam.has c natu ai
kcü erão freqüentadas pelas
mente por grlnde 4^ #®S?S gg a essas massas vis e
a mais pequena suspeita, uuuU/0r"" Si sí upS>Hdade,
o ternos olhares. cuja9 unira torça é a traque.a dos
1pares, doces palavras «^«"^Ifó
Stò!
ErurelanloaMashorca, °U!)eÍmpido oimprevtto ataque do
do, apedrejando, «f^^JKífc e dos tiros,
seu cannntio. esse flhv violenta chuva que se despenha
que encontrava no n^..;
Lado era: examinado c,
de-Y-immediaamç je^chajao co - ._ os herdes da federação de Rosas^quí pt.m
barba • ^H. <> 1 doa
raspar-lhe o rosto com as a _ oipião a dispersar-se em aosordem.
nm0uu v ^s>
uhão preparados... naiuralmenlt,
/".>
*SÊ
l
. -i. .-¦¦«¦ "*
>._*.-» .
'V, »_T»k.-V*W1**'"

0sí
" ' ¦,'"""'
^^^^^^____—_»^a '

— 105—
de
1 exprime a enformi l.ich- e parece illuminado
No dia seguinte, havia ^«S umaaurcola rophiulcscpule... a aureola santa
de o capitão flaníon Maza tinha balido do martyr iol...
zuns que
cm reiira a Mashorca. . A vontade ferrenha do lyrannd, o arroja dos
' do dogma federa, òatrios lares.... pcr.segue-o ale na terra estranha
Flnnuanlo a propagação dos bra-
onde se refugiara.... arranca-o por ínn essa
Cos de uma esposa e de um filho idolatrados
Êt_Wfí5fe%£|Sí
nnrii 'da renariicão da policia e u alguns oglro> implacável
uma
vontade, lança-o agrilhoado ao iun-
porem o que essa mesma a
cidade, havião essas barhe- do de do
pri-ão...
tyranuo não pode é arrancar-lhe as
"Vi_s S nouveísda vontade e p os-
volantes, onde Mfm«§ suas convicções... 0 que ella não pode
tesoura de cortar a ha aos caineaps liiu l-o, trocar as sra; crenças, dernhal-o d pe-
com 'semanas continuou o tu- dèslal aonde a viriude e a intclligencia ocollica-
Por espaço de duas do lyrannoc es-
WjSJgJgg não pode a vontade
ro! das barbas, que oecasiouou a
íão;.o que
Imia, tolher-lhe o pc.sameuio,
de Bucnos-Ayres5; depois começou crasiar-lhea
compridos, e a ín.al ||* chegou a «iiniiiuilar " geiüõ que Deus lhe doou! o que o
ira os cabellos tyranuo não alcança é prostrar a sua
vez das mulheres 1 poder do
dignidade de homem!
DOS Guando Í|íma lagrima sulcava a face emma-
A;Ü (MM xê*- ALCANÇA O
PODKU
•n-ecida e do prisioneiro, sempre era
'acompanhada pallida
de um triste sorriso... isto era nos
momentos em que lembrando-se da meiga con-
da filho... respondia
F: iá tempo de abandonarmos os delíriosma- sorte e do rosto infantil de seu eoni elles trocava
Mashorca, e voltarmos ao Dr Alsina aque, ao choro e ás saudades que e uma ia-
mos desde o dia da sua chegada
li». mentalmente as im—com um sorriso
Ponlon-
A} res, preso por ordem de .Rosas-uo gnma!
a um dos cama. ins do porão da na*partes diárias sobre o estado de
Conduzido alem cie Quando
o
nrisão fuictuanie, que qççupã Alsina, sua'a viclima, ÍVosas lia:
ar e a lua;, c
estreito é empatado, falia-lhe o a O selvagem unitário CbtJ mnito pallido, pa-
multidão de inseclos cr uíso por elle «fl.-e , roce que os ferros sempre hnmidos lhe causao
tante.... a água que filtra da apocrecula quilha
v.rem ~ui « vivas dores—Não obstante, não esta prq.ira-
motivo para a cada quarto de hora « do-nacla relativo á suapnsao nem
pergunta
a nona da prisão, e dois homens acompanhados « sobre cocisa alguma que não seja mlciramc c
ex- -.
de um official c dois soldados descem para de u indilíerente.-Hontem ao oi.lregar-lhe os o
trahir a água... é isto também a pretextotanto o-
« jectos c-ue. vierão por mão do Sr? chefe de
uma'continua vigilância e guarda ao preso ler „ lida se lhe disse que era sua mulher « e
de cia como de noite.... assim Rosas deporic sua vi- < os tinha cnviado-pareeeu comnuMer-se, uia>
duas participações diárias do estado resigna- a nada diz. ¦ ,. . —
clima.... saber quando o acharão injis; e ema.
e saborear os seus ílosa» fiuioso rasgava o papel
do ou mais abatido... e medir na —Poderei fuzilai-o l mas dobrar-lhe a soberba,
soffriinenlos I Assim, a toda hora, pode ver do iamaisl _ .. . ^-y.--
fronte do seu martyr, pal.idez a da doença ou e e,-
Ro as não se lembrava, que philosopho alma
desalento!. pirituaistí», Alsina ao sentir-se livre._co.no
uo
E Alsina? í.lijestâ o desventurado, acahnmha- na como espirito que existe pela mlelhgenua,
manan-
do como pezo dos ferros, os pés de conlmuo thesouro da sua iíliit tração achava vasto
água, séniindo regclar os seus grilhões, cheiose ciai de consolação e sorria sardoi:n:amentequan- homem
de moto, que comoção a roçar-lhe as carnes, do recordava que até á vila intima do
cm chagas.... nào alcança o poder dos nranuos.1
que não tardão em liras abrir seu rosto
porem elle e tá sereno e IranquiUo; e espessa barba, Continua.
pallído, sombreado pela nefra
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Julho e Outubro, e paç,- -"f"^-
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