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UNIDADE IV – Fratura de

Materiais de Engenharia

4.1. Fundamentos
4.2. Tipos de fratura (Dúctil e
Frágil)
4.3. Fratura por Fadiga

Prof. Dr. Otavio Rocha


Fratura consiste na separação de uma material ou corpo de
prova em duas os mais partes em resposta à imposição de uma
tensão.
Fratura é usualmente o mais sério tipo de falha e pode levar
a um resultado desastroso. Distorções, Desgaste e Corrosão
são outros tipos de falha e que, algumas vezes, levam à fratura.
4.1. Fundamentos

Jato comercial Boeing 737-200 que sofreu


uma descompressão explosiva e uma falha
estrutural em 28/04/1988.

Fonte: Adaptado de: Willian D. Callister Jr.


4.1. Fundamentos

Fonte : https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1946181/mod_resource/content/1/Aula%201-%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS.pdf
4.1. Fundamentos

Fonte: http://wiki.stoa.usp.br/images/3/3a/Fratura_clivagem_12-f.pdf
4.1. Fundamentos

Fonte: http://www.smm.eesc.usp.br/smm/images/material-didatico/smm174/Aula%201-%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS%20MEC-M.pdf
4.1. Fundamentos
Materiais dúctil e frágil

4.1. Fundamentos

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


Fratura dúctil - Ativação
de mais de um sistema
de escorregamento:

• A evolução da
4.2. Tipos de deformação leva à
fratura formação da estricção;

• Se a amostra for
homogênea e livre de
partículas, a seção
resistente diminui até se
tornar um ponto.

Fonte: Adaptado de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4136127/mod_resource/content/1/Fratura.pdf


Tipos de fraturas:

(a)Altamente dúctil (alta


4.2. Tipos de estricção)
fratura
(b)Moderadamente dúctil
(pouco empescoçamento)

(c)Frágil (sem deformação


plástica)

Fonte: Adaptado de Willian D. Callister Jr.


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


Fratura Dúctil

4.2. Tipos de
fratura

Fonte : Adaptado de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1946181/mod_resource/content/1/Aula%201-%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS.pdf


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/1868661/


Principais fatores
que contribuem σ [MPa]
para a fratura frágil Frágil
4.2. Tipos de em metais:
fratura Dúctil

• Baixa Temperatura  T
 ε
• Alta Taxa de Deformação
 Triax. σ
• Estado Triaxial de Tensões
ε

Fonte: Adaptado da aula (EM-641) de Ensaio de Impacto do Prof. Amauri Garcia/UNICAMP


FRATURA FRÁGIL
- Deformação plástica quase nula
- Pouca absorção de energia
- Superfície de fratura com
4.2. Tipos de tendência perpendicular à força
fratura aplicada
- A fratura pode ser de dois tipos:
transgranular (clivagem) ou
intergranular
- Superfície da fratura apresenta
aspecto brilhoso

Fonte: Adaptado de: https://pt.slideshare.net/emc5714/grupo-4-201202-mecanismos-de-fratura


4.2. Tipos de
fratura

Aumento de
resistência
à deformação plástica

Fonte: Adaptado de: https://pt.slideshare.net/emc5714/grupo-4-201202-mecanismos-de-fratura


Fratura Transgranular
• A separação ocorre repentinamente entre uma face da célula unitária e a face
gêmea da célula adjacente. Nenhuma deformação está presente, pelo menos em
escala macroscópia.
• A Clivagem ocorre em metais de dureza e resistência relativamente elevada
embora, sob certas condições (como baixa temperatura);
• Metais que cristalizam com estrutura CFC (Alumínio e Aço Inoxidável Austenítico)
4.2. Tipos de não fraturam por clivagem.

fratura

Fonte : Adaptado de: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1946181/mod_resource/content/1/Aula%201-%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS.pdf


Fratura Intergranular

4.2. Tipos de Fonte :


https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1946181/mod_re
fratura source/content/1/Aula%201-
%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS.p
df

http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME774/Aula%2013_CMa.pdf

Modo de fratura que ocorre quando os contornos dos grãos


estão mais fracos (fragilizados) em relação ao interior dos grãos.
Neste caso, a fratura ocorre preferencialmente ao longo dos
contornos dos grãos, e não através dos mesmos.
(carga única)

4.2. Tipos de
fratura

*Se a tensão é elevada até a fratura, a deformação pelo


cisalhamento leva à formação de pequenas microcavidades
nas regiões de maior tensão. Estas microcavidades (DIMPLES)
então coalescem e se interconectam.
Fonte: Adaptado de: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME774/Aula%2013_CMa.pdf
4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://www.respondeai.com.br/conteudo/ciencia-dos-materiais/falhas/fratura-ductil/1914


Tenacidade à Fratura
• Indica quanto o material resiste à fratura quando uma
trinca ou outro concentrado e tensões estão presentes

4.2. Tipos de
fratura
Fonte:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1946181/mod_resource/content/1/Aula%201-
%20FRATURA%20DE%20CORPOS%20TRINCADOS.pdf

Fonte: Adaptado de: https://www.respondeai.com.br/conteudo/ciencia-dos-materiais/falhas/tenacidade-a-fratura/1916


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


Será que todos os metais apresentam temperatura de
transição dúctil – frágil? Caso sim, como
transportamos oxigênio ou nitrogênio líquido?
Metais CFC :
• não apresentam temperatura de
transição
• altas energias absorvidas
4.2. Tipos de • Al (2xxx Al-Cu, 7xxx Al-Zn-Mg-Cu),
• Cu, latão, Inox 300, Ouro, Ni
fratura
Metais CCC :
• apresentam temperatura de
transição
• Fe e suas ligas

Metais com alta resistência:


• não apresentam temperatura de
transição (fratura frágil)
• baixas energias absorvidas
• aços ligas e ligas de Ti, Ni, Va
Fonte: Adaptado de :https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6580-temperatura-de-transicao
4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://slideplayer.com.br/slide/10302933/


Critérios para determinação da
temperatura de transição
(1) O critério mais simples e
mais seguro (mais
conservador) é estabelecer a
temperatura do patamar
superior da curva de energia ,
4.2. Tipos de com 100% de fratura fibrosa
(ausência de clivagem). Este é
fratura o ponto representado
por T1 na figura. O critério é
denominado FTP (do inglês
fracture transition plastic) ou
transição para fratura plástica.
Este critério usa uma larga
margem de segurança o que o
torna impraticável para muitas
aplicações.

Fonte: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6580-temperatura-de-transicao
(2) Um critério menos rígido
define a temperatura de
transição , T2, para 50% de fratura
dúctil (ou frágil). A temperatura T2
é denominada temperatura de
transição de aparência de
fratura FATT (em ingles fracture
appearance transition temperature) 70%
Observações tem mostrado que
4.2. Tipos de para níveis de fratura por clivagem
menores que 70%, a probabilidade
fratura da falha ocorrer em temperaturas
iguais ou superiores a FATT é
muito pequena, para tensões não
superiores a metade do valor de
escoamento.

(2) Uma outra aproximação para a


temperatura de transição T3 é a
média entre os valores dos
patamares superior e inferior.

Fonte: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6580-temperatura-de-transicao
(3) Outro critério é a temperatura de transição
de ductilidade T4 associada com um valor
arbitrário de energia absorvida CV (ver figura),
estabelecido com base na experiência de
ensaios Charpy. Por exemplo, este valor de
energia foi fixado em 2,1 kgf.m para aços de
baixa resistência, com base em inúmeros
testes realizados com chapas para navios
durante a segunda guerra. Isto significava que
a fratura frágil não começaria se a energia
absorvida tivesse o citado valor, na
temperatura de ensaio. A temperatura de
4.2. Tipos de transição correspondente é um critério
fratura aceitável, entretanto o valor da energia
especificado no exemplo não tem significado
para outros materiais.

(4) Por último, um critério mais acurado é fixar


a temperatura de transição, T5, como sendo
aquela na qual a fratura ocorre 100% por
clivagem. Esta referência é conhecida como
atemperatura de ductilidade nula NDT (em
ingles nil ductility temperature) . Este ponto
corresponde ao início de fratura praticamente
sem nehuma deformação plástica prévia. A
probabilidade de fratura dúctil abaixo desta
temperatura é zero.
Fonte: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6580-temperatura-de-transicao
4.2. Tipos de
fratura

Fonte: Adaptado de: https://www.scielo.br/j/si/a/wPRxHzLv5yy9tdVqgHVJ46z/?lang=pt&format=pdf


Fratura por Fadiga não é causada por um carregamento
monotônico como os modos anteriores. É o resultado do efeito
cumulativo de um grande número de carregamentos.
• As cargas repetitivas exercem uma ação de
cisalhamento na estrutura cristalina,
causando a formação de defeitos;
• Defeitos juntem-se, desenvolvendo uma
4.3. Fratura microtrinca em certos cristais vulneráveis
(cristais com a orientação mais fraca nas
por Fadiga regiões de elevada tensão).
• O carregamento cíclico contínuo faz com
que as trincas cresçam gradualmente,
tornem-se mais profundas e desenvolvam
taxa crescente de avanço.
• À medida que a profundidade das trincas
aumenta, a resistência da seção resistente
do metal diminui.

Fonte: Adaptado de: http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/EME774/Aula%2013_CMa.pdf


Estrias ou
“marcas de
praia”

4.3. Fratura
por Fadiga

Fonte: Adaptado de: https://www.fahor.com.br/publicacoes/TFC/EngMec/2014/Fernando_Ickert.pdf


4.3. Fratura
por Fadiga

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1803272/
4.3. Fratura
por Fadiga

Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/1803272/
Início da trinca

4.3. Fratura
por Fadiga

Obs: Tender- é que fica a água


para alimentar a caldeira e o
combustível para a fornalha.

Fonte: Adaptado de: https://docplayer.com.br/49550593-Desenvolvimento-de-procedimento-para-a-realizacao-de-ensaio-de-fadiga-por-flexao-rotativa-e-obtencao-da-vida-em-fadiga-


da-liga-aa6063-t6.html

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