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Redação

Profª Vanessa Ferreira

A apropriação cultural em
questão no Brasil

A persistência da prática do
racismo no esporte
A apropriação cultural em questão no
Brasil
No dicionário, apropriação é descrita como o ato ou efeito
de se apropriar: tornar próprio. No contexto, apropriação
cultural vem do ato de adotar elementos próprios de um
cultura diferente, incorporando-o em um determinada
cultura. O ato também pode ser conhecido como
“aculturação”. Ela pode incluir a introdução de formas de
vestir ou adorno pessoal, música, arte, religião, língua, ou
comportamento social.
A apropriação cultural em questão no
Brasil
Esse conceito ultrapassa as discussões sobre a forma de vestir
com base em outras culturas, por exemplo. Trata-se,
principalmente, de uma discussão sobre racismo,
etnocentrismo, capitalismo e sobre o uso que instituições
como a indústria da moda fazem de produções de grupos
minorizados. (...)
A filósofa Djamila Ribeiro (...) dá o exemplo do axé music,
nascido no Carnaval de Salvador. “O axé foi criado por
pessoas negras, que hoje pulam o Carnaval segregadas, do
outro lado de uma corda. As cantoras de axé que mais fazem
sucesso hoje são brancas e loiras”, diz.
A apropriação cultural em questão no
Brasil
Conforme Babalorixá Rodney Wiliam – autor do livro
“Apropriação Cultural” – esse fenômeno consiste em uma
estratégia de dominação que visa apagar a existência de grupos
histórico e sistematicamente inferiorizados, esvaziando de
significado todas as suas produções para promover seu
genocídio simbólico.
A persistência da prática do racismo no
esporte
O racismo se faz presente de forma assustadora nas
arquibancadas em manifestações de torcidas organizadas com
ofensas raciais dirigidas contra juízes e atletas negros.

Em 2014, o Observatório da Discriminação Racial no


Futebol apontou 36 casos de racismo no futebol brasileiro. Em
2021, foram 158. Para Marcelo Carvalho, presidente e fundador
do observatório, os casos de racismo não necessariamente
aumentaram, mas sim as denúncias.
A persistência da prática do racismo no esporte
Marcel Diego Tonini, historiador e cientista social da
Universidade de São Paulo analisa a situação e diz que ainda
permanece a ideia de que, no futebol “vale tudo”. E de que a
hostilidade preconceituosa “faz parte do jogo”.

Nesse contexto, as redes sociais são vistas como impulsionadoras


de atos de racismo, pois com a popularização, manifestações
preconceituosas literalmente ganharam novas plataformas de
expressão. A frequência de ataques “online” contra jogadores de
futebol e a falta de punições mais efetivas são parte de um todo
maior: o racismo estrutural.

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