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Avaliação Da Aprendizagem
Avaliação Da Aprendizagem
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SÉRIE ACADÊMICA
AVALIAÇÃO DA
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APRENDIZAGEM
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SONIA TERESINHA DE SOUSA PENIN
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SÉRIE ACADÊMICA
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APRENDIZAGEM
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P I R AC I C A B A • S ÃO PAU LO
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EQUIPE
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OrGanIzadoreS
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Daiane Aparecida Fausto
Daniela Flôres
Fernanda Latanze Mendes Rodrigues
s0
Gabrielle de Souza Gomes
Maria Cecília Perantoni Fuchs Ferraz
Rosebelly Nunes Marques
P411a
áti
Série Acadêmica
ISBN: 978-65-86664-64-5
ian
CDD: 370
Os direitos autorais sobre as imagens u�lizadas nesse material pertencem aos seus respec�vos donos.
-14
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1.4
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08
s0
Prezado(a) aluno(a),
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Esse material foi desenvolvido no intuito de auxiliálo com os estudos
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EQUIPE PECEGE
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1.4
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SONIA
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TERESINHA
08
DE SOUSA
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PENIN
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1. Introdução ..................................................................................................................... 9
1.4
2. Abordagens teórico-metodológicas a respeito da avaliação da aprendizagem ............ 9
.96
2.1
08
2.3 Abordagens Cogni�vistas .............................................................................. 14
s0
2.4 O CONSTRUTIVISMO, de Jean Piaget ............................................................15
2.5
t in
O SOCIOCONSTRUTIVISMO, de Lev Vygotsky .............................................16
2.7
aprendizagem ...................................................................................................27
ed
Referências................................................................................................................................ 36
tian
ris
Ch
8
1. Introdução
-1 4
Avaliação da aprendizagem é tema aqui considerado no contexto dos
diferentes níveis da avaliação educacional direcionada à educação básica
29
no país. Tal avaliação educacional, no âmbito da educação básica, comporta
definições estabelecidas em legislação, desde documentos mais amplos, como
1.4
a Cons�tuição Brasileira, as Diretrizes e Bases da Educação Nacional para a
Educação Básica, o Plano Nacional e o Estadual de Educação, passando pelos
referentes aos Sistemas de Ensino Estaduais e Municipais até os estabelecidos
.96
em cada escola, como o Projeto Polí�co Pedagógico, o Regimento Escolar,
a proposta curricular relacionada em programas e planos de ensino dos
08
professores para cada fase, série e classe, chegando finalmente à avaliação
da aprendizagem escolar de cada criança e jovem do país.
s0
Observada tal extensão da avaliação educacional, é claramente
entendido que, na atualidade, toda ação no âmbito da educação e da escola
necessariamente torna-se objeto de avaliação, com o obje�vo de corrigir
t in
desvios, inadequações, e também apontar acertos seja da estrutura e
organização da escola, seja do ensino e, em consequência, auferir resultados
ar
que proporcionam melhoria na aprendizagem dos estudantes.
Tratando especificamente da avaliação da aprendizagem de
M
9
No tocante à expressão avaliação vale considerar que antes de seu
-1 4
conceito ser estabelecido, a prá�ca de avaliar como procedimento humano
provavelmente exista desde os primórdios da civilização. Entre afirmações
29
mais longínquas na história do mundo ocidental está a de Aristóteles,
lembrada por Santos (1988) expressando que julgamentos devem
1.4
considerar, além dos fins, também a intenção. Tal afirmação torna-se ú�l de
ser analisada na atualidade, quando é possível verificar que muitos atos de
avaliação, no âmbito escolar, ainda se fixam nos fins ou resultados e pouco
.96
ou nada na sua intenção ou obje�vos.
Na história da Educação, a questão da avaliação da aprendizagem,
08
de crianças ou jovens, de maneira formal, apareceu posteriormente à
preocupação com sua aprendizagem. Nesse sen�do, a formulação de
s0
métodos de ensino, inicialmente, comportava o que ensinar (conteúdos)
e como ensinar (método), não havendo registro de prá�cas de avaliação
estabelecidas, ainda que entre os conteúdos arrolados como importantes
t in
de serem trabalhados, es�vessem presente os de ordem moral e religiosa.
Ensinar para aprender a viver com valores definidos como os mais adequados
ar
em cada época (vir bonus), encontra-se desde a Grécia an�ga (com filósofos
e sofistas), passando pela idade média, chegando ao Renascimento (século
M
10
do cris�anismo, a reforma protestante, a contra reforma católica), que
-1 4
propugnavam entre os obje�vos principais da escolaridade, a possibilidade
de ler a bíblia.
29
A par�r do século XVII, con�nuando nos séculos XVIII e XIX, as escolas
se espalham nos países mais desenvolvidos, especialmente da Europa e nos
1.4
Estados Unidos, com muitos problemas de organização e gestão do ensino
devido ao tamanho e diversidade das classes.
É no interior desse contexto cultural que começa a ser pra�cada
.96
a avaliação da aprendizagem no âmbito escolar, acompanhando dois
movimentos importantes dessa época. Um, o do aumento significa�vo do
08
número de escolas, podendo-se nomear esse processo como democra�zação
do acesso escolar ocorrendo nos países mais desenvolvidos, sobretudo após
s0
a Revolução Francesa e a Independência Americana no século XVIII; outro, o
do expressivo desenvolvimento da ciência nessa época, dando valor a todas
as áreas que u�lizassem a avaliação. t in
Segundo Foucault (1969), o início da avaliação no âmbito da
Pedagogia ocorreu concomitantemente a outras áreas do saber. Para ele,
ar
o surgimento da prá�ca geral avalia�va, no século XVIII representou um
desbloqueio epistemológico em várias áreas, dando-lhe rigor, como ocorreu
M
desde Comenius, é possível afirmar que foi a prá�ca avalia�va que se deu
à educação básica a par�r desse século “ares de ciência” (Zuluaga, 1986).
ed
11
Enquanto essa situação permanecia nas escolas, avanços de novos
-1 4
conhecimentos de base cien�fica ocorriam, notadamente, nas áreas
da epistemologia e da psicologia - elucidando aspectos a respeito da
29
aprendizagem humana, em especial da criança e a do adolescente. Nesse
contexto, a infância passa a ser melhor entendida em sua singularidade e
1.4
autores que em momentos anteriores valorizavam a criança, como o caso
de Rousseau, voltaram a ser referência importante entre os estudiosos da
pedagogia. Os métodos de ensino mais u�lizados até então começaram a ser
.96
duramente cri�cados, levando a serem iden�ficados no final do século XIX
e início do século XX como Pedagogia Tradicional. Em contrapar�da, novos
métodos, valorizando a criança e considerando os novos conhecimentos de
08
base cien�fica a respeito da infância, passaram, no seu conjunto, a serem
iden�ficados como Escola Nova. Entre os métodos desenvolvidos desde o
s0
início do século XX e iden�ficados como pertencentes à Pedagogia Nova,
muitos são até hoje u�lizados (Montessori, Freinet, Dewey, entre outros).
t in
Por volta de meados do século XX, a par�r das referências dos
métodos desenvolvidos na primeira metade do século e os novos avanços
ar
ocorridos no âmbito da ciência, em geral e da Psicologia em especial, três
abordagens teórico-metodológicas rela�vas à aprendizagem e à educação
M
1
Ao discorrer para os fins do presente texto a respeito das abordagens teórico-metodológicas da avaliação,
ris
entre outras referências, apoio-me em boa parte, principalmente no tocante à abordagem cogni�vista, na
ampla e substancial obra organizada por Clermont Gauthier e Maurice Tardif, A pedagogia – Teorias e prá�cas da
An�guidade aos nossos dias, Petrópolis, Editora Vozes, 2010.
Ch
12
experiência, não atribuindo ao espírito, qualquer atividade própria”
-1 4
(Cuvillier, 1969, p. 49). Daí, provavelmente, a força de o behaviorismo
fixar-se apenas no que é observável - o comportamento.
29
As abordagens comportamentalistas tiveram penetração
principalmente na América do Norte, mas também no Brasil, orientando
pesquisas teóricas e propostas educacionais. Do ponto de vista da
1.4
psicologia behaviorista, o objetivo teórico, conforme proposto por
Watson, é a predição e o controle dos comportamentos humanos. Já
.96
do ponto de vista da educação, partia-se do pressuposto de que todo
comportamento desejável (estabelecido em objetivos educacionais)
pode ser aprendido desde que se utilizando de metodologia adequada.
08
Supondo-se que o comportamento pode ser modificado em função
de consequências imediatas que lhe são associadas, as metodologias
s0
mais indicadas são reforços (positivos e negativos) e associação
estímulo-resposta, Skinner foi o mais conhecido propagador dessa
t in
abordagem na área da educação defendendo a adaptação do processo
de ensino-aprendizagem às características de cada aluno com a
ar
utilização do ensino programado. No Brasil foi significativo o número
de pesquisas nessa linha, assim como foi considerável a quantidade
M
13
adequado, buscando transcender os aspectos cognitivo, afetivo e
-1 4
psicomotor do aluno. Por sua vez, o clima de aprendizagem deve ser
baseado nas relações empáticas que conduzem ao desenvolvimento
29
integral da pessoa. A aprendizagem é essencialmente um processo de
descoberta do significado pessoal do conhecimento.
1.4
Sobretudo, nos anos 60 e 70 do século XX, essa abordagem não
dire�va foi bastante aceita e incen�vada em diferentes países, inclusive no
nosso, mas logo também foi largamente ques�onada.
.96
2.3 Abordagens Cognitivistas
08
As abordagens cogni�vistas, assim como o behaviorismo também se
s0
apoiam em longa tradição da pesquisa cien�fica, mas muito diferente dele,
ques�onam a memorização e buscam compreender melhor os processos
t in
cognitivos que possibilitam as operações do sujeito, assim como as
condições contextuais que as facilitam. Nesse sentido, valorizam a
aprendizagem significativa, a compreensão e a interação do indivíduo
ar
com o meio.
M
14
2.4 O CONSTRUTIVISMO, de Jean Piaget
-1 4
Piaget (1896-1980), biólogo de formação, em sua longa vida
pesquisou muito em diferentes áreas, ainda que seja reconhecido
29
sobretudo como psicólogo. Ele definiu a si mesmo como um “antigo-
futuro-filósofo que se transformou em psicólogo e investigador da
1.4
gênese do conhecimento” (Piaget, 1983, p. XII).
No campo da epistemologia ele é reconhecido como “herdeiro
do racionalismo kantiano, adotando uma posição intermediária entre
.96
o apriorismo e empirismo, e entre racionalismo e realismo, pois
considera-se que os conhecimentos não são provenientes nem do
08
sujeito apenas (posição apriorística), nem do objeto apenas (posição
empirista), mas resultam da sua interação construtiva” (Gauthier e
s0
Tardif, 2010, p. 431).
Na psicologia, área que lhe deu maior repercussão, Piaget pes-
t in
quisou a maneira como a criança constrói seus conhecimentos intera-
gindo com o seu ambiente, entendendo a inteligência, não como uma
ar
faculdade inata, mas com processo adaptativo em constante evolução.
Essa, assim chamada, operatividade, para ele não é nem pré-formada
M
de uma vez por todas nem explicável por suas contribuições exteriores
da experiência, ou da transmissão social. Como afirma, indicando a
ma
15
Conforme Davis e Oliveira (2010, p.55):
-1 4
“dos quatro fatores básicos responsáveis pela
passagem de uma etapa de desenvolvimento mental
29
para a seguinte- a maturidade do sistema nervoso; a
interação social (que se dá por meio da linguagem e
da educação); a experiência �sica com os objetos e,
1.4
principalmente, a equilibração, ou seja, a necessidade
que a estrutura cogni�va tem de se desenvolver para
enfrentar as demandas ambientais – o de menor peso,
.96
na teoria piage�ana, é a interação social”.
Independente do entendimento de diferentes estudiosos a respeito
08
do papel que Piaget dá à aprendizagem escolar, ao longo dos estágios
do desenvolvimento cogni�vo, é incontestável a sua contribuição para a
s0
explicação do processo de desenvolvimento das estruturas intelectuais.
t in
2.5 O SOCIOCONSTRUTIVISMO, de Lev Vygotsky
No plano epistemológico, a preocupação de Vygotsky (Gauthier e
ar
Tardif, 2010, p.450) é compreender a origem social do pensamento e no
M
16
menos dois níveis de desenvolvimento de uma criança,
-1 4
já que, senão, não se conseguirá encontrar a relação
entre desenvolvimento e capacidade potencial de
aprendizagem em cada caso específico. Ao primeiro
29
destes níveis chamamos nível do desenvolvimento
efetivo da criança... Quando se estabelece a idade
1.4
mental da criança com o auxílio de testes, referimo-
nos sempre ao nível de desenvolvimento efe�vo. Mas,
um simples controle demonstra que este nível de
.96
desenvolvimento efe�vo não indica completamente
o estado de desenvolvimento da criança ...Com o
auxílio da imitação na a�vidade cole�va guiada por
08
adultos, a criança pode fazer muito mais do que com a
capacidade de compreensão de modo independente...
s0
a diferença... define a “área de desenvolvimento
potencial da criança.” (Luria et al., 1977, p.42-43).
Para Vygotsky, toda conduta, seja de natureza prá�ca ou cogni�va,
t in
está subme�da a regulações sociais, antes de poder ser administrada pelos
próprios sujeitos. É, pois, graças a intersecções com outrem, media�zadas
ar
pelo recurso de ferramentas simbólicas, sobretudo a linguagem, que
tomamos consciência das nossas próprias ações e processos de pensamento.
M
ma
têm sido realizadas por vários autores, desde meados dos anos de 1970,
especialmente Robert Gagné.
eF
17
de xadrez, quebra-cabeças, matemá�ca, observando os par�cipantes,
-1 4
pedindo-lhes que verbalizassem o que ocorria em suas mentes quando
realizavam essas a�vidades (Newel e Simon, apud Gauthier e Tardif, 2010,
29
p. 398). Tais pesquisas permi�ram-lhes inves�gar a maneira como o ser
humano recolhe, codifica, interpreta, modifica e armazena a informação
1.4
proveniente do ambiente, e a maneira pela qual ele leva em conta tudo isso
para tomar decisões.
Outro experimento, conduzido por Bruer, comparando a performance
.96
dos leigos e a dos peritos em diferentes situações de resolução de problemas,
os estudos evidenciaram a capacidade par�cular dos peritos em controlar
08
eficientemente os seus processos de realização das tarefas, evidenciando-
se, assim, a metacognição (Bruer, 1993 apud Guathier e Tardif. 2010, p. 418).
s0
Outras pesquisas, ainda nessa perspec�va, têm comparado o
funcionamento do psiquismo humano ao do computador, conforme
t in
descritas na obra do autor acima indicado. No geral, resultados de
pesquisas em psicologia cogni�va, assim nominada, vêm permi�ndo que
se estabeleçam diferentes intervenções pedagógicas que podem ser usadas
ar
por professores, ajudando o aluno a compreender, reter e transferir o que
M
a. Constru�vismo e Socioconstru�vismo
Uma primeira consideração a fazer a respeito do construtivismo
eF
18
Divergências entre Piaget e Vygotsky são iden�ficadas em alguns
-1 4
aspectos, inclusive por eles próprios. Assim, segundo Vygotsky, Piaget
conceberia a aprendizagem e o desenvolvimento como dois processos
29
diferentes, em que o processo de desenvolvimento humano ocorreria
independentemente das aprendizagens que as crianças realizavam.
1.4
Nesse sen�do, subordinaria a aprendizagem ao desenvolvimento e o
ensino à maturação, o que indica que o processo de ensino deve seguir a
formação dos processos psicológicos. Diferentemente, para Vygotsky não
.96
há iden�dade entre aprendizagem e desenvolvimento, a aprendizagem
podendo mesmo a�var o desenvolvimento. Já, para Piaget, não se pode
08
acelerar o desenvolvimento além de certos limites (Guathier e Tardif,
2010, p. 439-440).
s0
Questão importante ainda a considerar a respeito do constru�vismo
de modo geral é que ele deu ao erro um status nobre, pois longe de refle�r
t in
apenas ignorância, o erro aparece, como a própria expressão da inteligência,
isto é, dos processos de raciocínio e dos conhecimentos exteriores de que se
u�liza o aluno para dar sen�do a uma situação. Mas, os erros não são todos
ar
do mesmo �po e nem têm a mesma origem, alguns são causados apenas
M
b. Cogni�vismo e Constru�vismo
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19
Finalizando esse tópico rela�vo às abordagens teórico-metodológicas
-1 4
a respeito da avaliação da aprendizagem, é possível estabelecer duas
afirmações.
29
Primeira, uma teoria da aprendizagem não é uma um modelo de
ensino. Segunda, os métodos de ensino mais u�lizados na atualidade
1.4
são, geralmente, uma mescla do crédito a uma teoria da aprendizagem,
ar�culada com valores humanís�cos compar�lhados por uma sociedade.
Do cruzamento de ambas (teoria e valores) resultam os obje�vos gerais da
.96
educação (vir bonus), muitos deles presentes na legislação estabelecida,
entrelaçados aos obje�vos específicos e métodos de ensino trabalhados
08
por professores em sua ação docente. Enfim, avaliação da aprendizagem,
como parte de um método de ensino, está ou deve estar em sintonia com
s0
uma específica teoria de ensino-aprendizagem.
3.
t in
Tipos de avaliação da aprendizagem
A aprendizagem, importante estabelecer inicialmente, ainda
ar
que ocorra em qualquer momento e lugar na vida de uma pessoa, no
ambiente escolar a palavra refere-se sempre a uma intenção de ensino e,
M
uma didá�ca).
As três abordagens teórico-metodológicas apresentadas a respeito
t
20
Sobre todas essas relações, toma-se ainda como suposto que a
-1 4
avaliação da aprendizagem do aluno é sempre um julgamento de valor
realizado por um professor. Mais ainda, as abordagens tratadas pressupõem
29
que Avaliação Escolar deve estar a serviço de uma pedagogia preocupada
com a educação e o desenvolvimento pessoal de todas as crianças/jovens
1.4
de um território. No nosso caso, vivendo em um país que se propõe a
cumprir princípios democrá�cos (conforme estabelecido na legislação,
desde a Cons�tuição Nacional), mas ainda tão desigual nas oportunidades
.96
oferecidas a uma parcela muito grande da sociedade, a avaliação escolar,
assim como todo o ensino, necessita, sim, estar a serviço de uma pedagogia
08
preocupada com a educação como mecanismo de desenvolvimento pessoal,
mas também de transformação social na busca de maior igualdade/
s0
equidade no interior da população brasileira.
Com essa compreensão, a avaliação escolar de estudantes
t in
é demandada a estar atenta aos objetivos da escolarização como
um todo, os quais podem ser assim descritos, conforme Davis e
ar
Espósito (1990):
M
a. obter informações/conhecimentos;
b. construir funções cogni�vas (habilidades, competências);
c. elaborar a�tudes e valores (cidadania).
ma
a. exposição de um assunto;
b. exercícios;
ed
c. prá�cas de mo�vação;
d. procedimentos de avaliação.
ian
21
-1 4
TIPOS DE AVALIAÇÃO QUANDO PARA QUE CONSISTE EM
Determinar nível de
Durante o ano,
Oferecer retroalimentação conhecimento e de
DIAGNÓSTICA especialmente ao introduzir
29
para o professor habilidades: cogni�vas e
novos tópicos
sócio emocionais
1.4
Verificação e/ou aprovar ou
SOMATIVA Após trabalhar cada tópico Classificar o aluno na classe
reprovar
.96
Durante todo o ano, após Oferecer retroalimentação Selecionar ações/prá�cas
FORMATIVA
diagnós�cos para o aluno corre�vas
08
A avaliação diagnós�ca consiste em ações que um professor realiza,
s0
ao longo do ano, junto aos seus alunos, de modo a ter ciência: a) do nível de
conhecimento e de habilidades cogni�vas que eles detêm a respeito de uma
t in
temá�ca ou conteúdo a ser tratado; b) das habilidades socioemocionais mais
evidentes e de suas modificações ao longo do tempo. Desse modo, esse �po
ar
de avaliação tem como obje�vo, principalmente, oferecer retroalimentação
ao professor a respeito do que o aluno já sabe (ou não sabe) sobre um tema
M
22
sobretudo uma retroalimentação para o professor, proporcionando-lhe
-1 4
elementos para repensar a sua prá�ca de ensino, escolhendo métodos mais
adequados para retomar com o aluno determinados assuntos ou raciocínios.
29
É possível afirmar que os procedimentos de avaliação percorrem todo
o rol de a�vidades de ensino desenvolvidas pelo professor em classe. Aliás, é
1.4
por isso que a avaliação da aprendizagem faz parte do método de ensino de
um professor. De fato, ao longo de todos esses �pos de prá�cas avalia�vas
o professor vai obtendo informações a respeito seja dos conhecimentos
.96
que os alunos já detêm, seja das habilidades e/ou competências (de ordem
cogni�va ou sócio emocional) que dominam, seja ainda das a�tudes mais
frequentes e valores que priorizam. Ciente ou não, o professor vai construindo
08
em algum nível um saber a respeito do processo de aprendizagem dos
educandos em geral e de alguns em especial. As prá�cas de mo�vação que
s0
o professor emprega ao longo das aulas, ao expor um assunto, ao explorar
um exercício, ao solicitar informações são orientadas pelo que conseguiu
t in
captar da relação com os alunos em diferentes momentos. É cabível, pois,
afirmar que o professor avalia seus alunos durante todo o seu caminho de
ar
aprendizagem.
M
• Avaliação e Medidas
Apesar da avaliação con�nua que o professor vai construindo a
ma
circunstância, esse será sempre um meio, e não o único. Muitas das ações
de verificação são realizadas com a u�lização de medidas, como as famosas
Ch
23
provas bimestrais ou em outros momentos, por exemplo, no final do
-1 4
tratamento de um assunto do programa de ensino.
Medidas podem indicar um retrato do conhecimento do aluno, mas o
29
professor, mais do que um retrato, precisa do filme todo para melhor ajudar,
ou seja, é necessário alcançar também o processo de sua aprendizagem.
1.4
Além das informações oferecidas pelas provas, outras precisam também
ser buscadas para ajudar o aluno em seu processo de aprendizagem. Nessa
busca, fica clara a estreita relação entre avaliação e método de ensino.
.96
Do sinalizado acima, segue que avaliação soma�va e medidas
de modo geral podem ser u�lizadas como modo de apreender o nível e
08
modo de conhecimento dos alunos a respeito de determinado tópico, mas
deverá sempre ser um meio, e não o único de avaliação dos estudantes.
s0
Medir pode ainda ser um primeiro aspecto, em vários momentos do
ano le�vo, a par�r do qual começa-se, de fato, um processo avalia�vo
forma�vo: iden�ficando problemas e especificidades de aprendizagem
t in
(diagnós�cos) e, na sequência, retroalimentando os alunos. Outras fontes
de informação a respeito dos alunos são necessárias ao professor se ele
ar
tem claro o valor da escolarização para desenvolvimento pessoal, social e
mesmo profissional em suas vidas. Ou seja, ao lado do entendimento do
M
sua aprendizagem.
24
solicitar-lhes explicações rela�vas ao caminho que percorreram para
-1 4
encaminhar uma resposta. Nesse modo de proceder, o professor pode
encontrar resposta para compreender:
29
a. o �po de habilidades que os alunos demonstram ter ou não;
b. a lógica que revelam ao expor uma ideia pessoal ou ao explicar
1.4
uma história ou um texto que leram.
Tal compreensão é fundamental para o professor iniciar com melhores
.96
condições as suas ações de orientação da aprendizagem dos alunos. Ou seja,
quanto melhor o professor iden�fique em seus alunos as habilidades (ou a
08
falta delas) e a lógica que u�lizam diante de uma tarefa, melhores elementos
ele terá para decidir a respeito da prá�ca de ensino a ser desenvolvida junto
s0
aos mesmos. Suas ações rela�vas à orientação da aprendizagem dos alunos
aproximam-se àquelas próprias de uma avaliação forma�va, voltadas não
somente para a aprendizagem de determinados conteúdos ou conceitos,
t in
mas igualmente à sua formação como pessoa.
Esse proceder representa também para o professor, um repensar
ar
sobre a própria prá�ca de ensino. Ao refle�r a respeito do ensino que
desenvolverá com os alunos e que agora conhece melhor, entre outras
M
alunos.
Desse contexto – de compreensão e de orientação do processo de
ed
25
após aula, semestre após semestre, oportuniza ao professor evoluir na sua
-1 4
compreensão a respeito das várias características desse processo. Colocando de
outra maneira, avaliações do �po diagnós�ca e forma�va colaboram tanto para
29
o professor melhor compreender o processo de aprendizagem de seus alunos,
quanto perceber a efe�vidade de sua própria prá�ca de ensino. Aprendem
1.4
melhor, tanto os alunos, em sua escolarização, quanto o professor, em sua
profissionalização. Vejamos, na sequência, as possibilidades das avaliações
diagnós�ca e forma�va na aprendizagem de professores e de estudantes.
.96
4.1 Professor: ensinando e aprendendo sobre o ensino
08
A análise do professor a respeito das caracterís�cas cogni�vas de
alunos ao lidar com conceitos, situações ou resolução de problemas é um
s0
dos melhores caminhos para realizar autoanálise quanto ao seu ensino. Para
tal, certamente será ú�l apoiar-se numa teoria da aprendizagem de cunho
t in
cien�fico e examinar métodos de ensino a ela referentes, que também
indicam caminhos mais apropriados para avaliação da aprendizagem.
ar
Importante enfa�zar que a escolha de um método de ensino define
uma parte importante do ensino do professor. Ou seja, a crença numa
M
26
melhor seus alunos no dia a dia das aulas, na vida co�diana de ensino, com
-1 4
ajuda de expedientes pessoais próprios. Há que se inves�r nisso.
Na sequência, algumas considerações a respeito de como métodos
29
ou práticas de ensino baseados em teorias de aprendizagem de cunho
cognitivista, construcionista e socioconstrutivista oferecem elementos
para melhor encaminhar a avaliação da aprendizagem do tipo diagnóstica
1.4
ou formativa.
.96
4.2 Articulando avaliação da aprendizagem com
método de ensino e teoria da aprendizagem
08
Avaliação da aprendizagem é um processo, como já apontado, previsto
num método de ensino que, por sua vez é formatado a par�r de uma teoria
s0
da aprendizagem. É possível ocorrer, no âmbito escolar, que a avaliação
da aprendizagem se refira apenas à verificação do aproveitamento do
t in
aluno - após ter passado por diferentes a�vidades de ensino com obje�vos
específicos - formalizada por uma nota (avaliação soma�va).
ar
Diferentemente, no interior das três teorias assinaladas - constru�vista,
socioconstru�vista e cogni�vista - a avaliação da aprendizagem realizada
M
(Davis e Esposito,1990).
Definindo-se por uma teoria explica�va do processo de aprendizagem
das crianças e dos adolescentes que considere seu processo cogni�vo, o
ian
27
como afirmado, tem como obje�vo a compreensão do professor a respeito
-1 4
das conexões que os alunos estabelecem para encontrar uma solução com
os dados e estruturas cogni�vas de que dispõem naquele momento.
29
A análise realizada pelo professor a respeito seja dos resultados de
exercícios cumpridos pelos alunos, seja do sen�do das respostas ob�das
1.4
a questões a eles dirigidas durante as aulas, possibilita iden�ficar os erros
come�dos.
Erros são material da maior importância para serem analisados
.96
pelos professores, em sua avaliação diagnós�ca de modo a melhor preparar
sua avaliação forma�va junto aos alunos. Para entender o �po de erro
iden�ficado no processo cogni�vo dos mesmos há de se buscar elementos
08
nas teorias da aprendizagem aqui consideradas.
A propósito dos erros come�dos pelos alunos, Gauthier eTardif
s0
afirmam ser o erro um bem para a compreensão da aprendizagem, na
perspec�va cogni�vista e especificam:
t in
“[...] o constru�vismo de J Piaget “deu ao erro
um status ‘nobre’, pois, longe de refle�r apenas a
ar
ignorância, o erro aparece, ao contrário, como a
própria expressão da inteligência, isto é, dos processos
M
28
a serem desenvolvidas por professores com seus alunos. Valho-me, nas
-1 4
formulações abaixo, de análises já realizadas por autores sobre essa questão.
29
4.2.1 Relacionando método de ensino/avaliação da
aprendizagem, no construtivismo de Piaget
1.4
“[...] do ponto de vista pedagógico, a conduta
apropriada na situação de ensino-aprendizagem
.96
deveria ser, em linhas gerais, a seguinte: par�r
dos conhecimentos que os alunos já possuem, ou
seja, de seus sistemas de significações; apresentar
08
problemas que geram conflitos cogni�vos; dar ênfase à
maximização do desenvolvimento e não apenas a busca
s0
de resultados, centrando-se no processos de construção
de conhecimento; aceitar soluções “erradas” como
per�nentes, desde que indicadoras de progressos na
t in
a�vidade cogni�va; fazer com que os alunos tomem
consciência dos erros come�dos, percebendo-os como
problemas a serem enfrentados[...] a tarefa docente é a
ar
de discernir entre os erros constru�vos – isto é aqueles
que evidenciam progressos na a�vidade mental – e
M
29
construções cogni�vas”. O professor deve oferecer
-1 4
contraproposta para o aluno avançar;
29
necessária à solução da tarefa. Ela não assimila o
problema como perturbador. A tarefa do professor será
1.4
a de perturbar a criança a par�r de perguntas levando-a
a refle�r a respeito dos porquês e dos como etc. Um
ambiente sem pressões explícitas é fundamental para
.96
esse trabalho”.
Dessas considerações, relacionadas ao erro, observa-se que de
acordo com a teoria piage�ana, a tarefa do professor é fazer com que ele
08
seja, paula�namente observável pela criança. Percebê-lo é o caminho para
superá-lo. Importante assinalar, ainda, que na perspec�va constru�vista de
s0
Piaget, as oportunidades de o professor conversar com seus alunos a respeito
de suas eventuais operações mentais inadequadas, deverão ocorrer dentro
t in
de um relacionamento de camaradagem, conforme a postura dele próprio,
claramente moral e humanista. Para Piaget a educação é um dos fatores
ar
fundamentais da formação intelectual e moral de uma criança ou jovem.
M
Vygotsky
Para Vygotsky, a educação reestrutura de maneira fundamental
áti
30
“A aprendizagem escolar orienta e es�mula
-1 4
processos internos de desenvolvimento. A tarefa real
de um processo educa�vo consiste em descobrir o
aparecimento e o desaparecimento dessas linhas
29
internas de desenvolvimento no momento em
que se verificam, durante a aprendizagem escolar.
1.4
Esta hipótese pressupõe necessariamente que o
processo de desenvolvimento não coincide com o da
aprendizagem, o processo de desenvolvimento segue o
.96
da aprendizagem, que cria a área de desenvolvimento
potencial“. (Vigotsky, Luria e Leon�ev, 1988, p.116)
08
Outra citação de Vygotsky que ilumina o sen�do da Zona de
Desenvolvimento Proximal é: “o que a criança pode fazer hoje com o
s0
auxílio de adultos poderá fazê-lo amanhã por si só” (Vigotsky, Luria
e Leontiev, 1988 p.112). Entende-se que quando Vygotsky indica a
importância de um adulto junto ao aluno, que ele esteja se referindo
t in
à figura do professor, mas também à de colegas mais experientes. Ou
seja, com a ajuda de uma pessoa, a criança consegue resolver problemas
ar
mais complexos do que quando está sozinha. Da mesma forma, a criança
também aprende pela imitação e pelo jogo.
M
ma
2
Realizo aqui um breve resumo da extensa explanação realizada por Gauthier e Tardif a respeito da u�lização
do cogni�vismo no ensino.
Ch
31
reinves�mento regularmente em classe. Ou seja, a retenção é melhorada
-1 4
pela frequência da rememoração das aprendizagens.
Por fim, na fase da transferência, ele afirma que o docente pode
29
favorecer a transferência ver�cal, estabelecendo uma estrutura em que
propõe as aprendizagens de uma maneira organizada, sucessiva e cumula�va.
1.4
Criando ocasiões suplementares de enriquecimento, que permitem aos alunos
reinves�r as aprendizagens realizadas em situações variadas, o docente fará
com que alunos efetuem transferências horizontais.
.96
Ao longo das três fases do processo de aprendizagem, para Gagné, o
ensino de estratégias cogni�vas e a instauração de intervenções pedagógicas
08
sustentando uma concepção dinâmica da inteligência permitem aos alunos
desenvolverem seus processos metacogni�vos.
s0
Para o desenvolvimento da metacognição, autores dessa linha sugerem
entre outras estratégias, a seguinte: depois da leitura de um texto, fazer
aos alunos a pergunta: de quê ou de quem se trata? (resumir o que se leu
t in
melhora a compreensão dos alunos, pois aumenta seu grau de atenção ao
texto e lhes permite regular sua leitura). Para eles, o ensino de estratégias
ar
cogni�vas permite ao aluno controlar seu processo de aprendizagem, pois ele
adquire o hábito de verificar a sua compreensão do objeto de aprendizagem,
M
matemá�ca é graças ao seu talento, ele está reforçando neste uma concepção
está�ca da sua inteligência. Diferentemente, se diz ao aluno que seu sucesso
em matemá�ca é produto dos esforços que ele inves�u e das estratégias que
ed
32
texto, são retomados aqui dois posicionamentos desses autores no tocante
-1 4
às abordagens cien�ficas relacionadas à aprendizagem, que sugerem ou
es�mulam métodos de ensino e avaliação da aprendizagem.
29
Primeiro, comparando Piaget e Vygotsky, Gauthier eTardif lembram
que suas visões têm inspirado muitas abordagens educa�vas, algumas
1.4
equivocadas. Por exemplo, atribui-se ao constru�vismo a ideia de que o
aluno deve ser a�vo em suas aprendizagens, que não se pode transmi�r-lhe
conhecimentos, pois ele é construtor de seus próprios saberes, que é preciso
.96
situar o aluno diante dos obstáculos, para levá-lo a se interrogar sobre as
suas representações pessoais etc. Assim, não só há várias perspectivas
08
constru�vistas, mas há muitas maneiras de encarar a sua contribuição. Já ao
socioconstru�vismo está ligada a ideia de que os alunos entendem melhor
s0
na interação social e que é preciso dar um lugar maior ao trabalho de equipe
e aos projetos comuns e menor aos trabalhos individuais (Gauthier e Tardif,
2010, p. 421). t in
Segundo, no tocante ao cogni�vismo, Gauthier e Tardif entendem que
ar
ele se dissocia completamente do constru�vismo quando este propõe aos
docentes que: a) desempenhem unicamente um papel de facilitador quando
M
33
nem sempre as experiências relacionadas aos métodos e avaliação da
-1 4
aprendizagem nessas linhas têm sido ou suficientemente divulgadas ou
acompanhadas, seja por estudantes em formação, seja em específicos cursos
29
de formação con�nuada.
Uma segunda consideração, relacionada a anterior, refere-se à
1.4
importância de que discussões a respeito de teorias, métodos e avaliação
de aprendizagem no interior das escolas tenham como referência situações
concretas apresentadas pelos professores (ob�das a par�r de avaliação
.96
diagnós�ca) a respeito dos �pos de raciocínio, os quais seus alunos costumam
usar para resolver um problema ou questão em qualquer disciplina/área de
08
conhecimento ou ainda em situações e dificuldades ocorridas na vida real.
Importante trazer as questões teóricas para o escrutínio da vida cotidiana. É
s0
no dia a dia das aulas de um professor com seus alunos que teorias podem
ou não ser reforçadas. Ou seja, a “verdade” do método e do �po de avaliação
t in
adotado tem uma maneira de ser conferida: a aprendizagem dos alunos
A terceira consideração relaciona-se à importância do aceite do
ar
professor a qualquer proposta – método, avaliação, etc. - que a ele seja
sugerida. A crença nos princípios e a convicção em uma proposta formulada
M
5. Considerações Finais
Como enunciado no início deste texto, é aqui suposto que de
eF
34
Paralelamente às ações acertadas ou equivocadas deba�das e
-1 4
encaminhadas em nível da superestrutura educacional do país, estados
ou municípios, uma constatação tem se fortalecido a par�r de pesquisas
29
realizadas em nível nacional e internacional. Tal constatação é a de que,
considerando todos os aspectos envolvidos na aprendizagem dos alunos, o
1.4
fator mais importante para a melhoria da educação básica em um país é o
professor e a qualidade do seu ensino.
Ao lado desse entendimento rela�vo à importância do trabalho do
.96
professor nos resultados de aprendizagem dos alunos, outra constatação tem
se agregado, também em nível internacional: a de que o trabalho do professor
08
é complexo e altamente exigente. En�dades internacionais expressam que
a docência demanda, o máximo de es�mulos e profissionalismo, para que,
s0
governo e sociedade, de modo especial o sistema educacional, necessitam
se reorganizar para atender (Gopinathan et al., 2008).
Pelo expresso, ou seja, tendo em vista a complexidade e o alto
t in
nível de exigência da profissão docente, assim como a busca por maior
profissionalismo, segue que há que se inves�r, de um lado, em ações polí�cas
ar
e sociais para maior valorização desse trabalho e, de outro, na melhoria
da formação – inicial e con�nuada - do professor para melhor enfrentar os
M
35
procedimentos de ensino com repercussões na melhoria da aprendizagem
-1 4
de seus alunos, possa, suplementarmente, contribuir no incremento de sua
própria autoes�ma profissional.
29
Referências
1.4
Chervel, A. 1990. História das disciplinas escolares: reflexões sobre um campo de
pesquisa. Teoria & Educação, 2:177-229.
.96
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Carlos Chagas. São Paulo, SP, Brasil.
08
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s0
Janeiro, RJ, Brasil.
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nossos dias. Vozes, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. t in
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ar
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M
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universidade. 35ed. Editora Mediação, Porto Alegre, RS, Brasil.
ma
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áti
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ed
36
Ch
ris
tia
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Fá
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aM
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s0
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