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ACI309R-96

Guia para Consolidação de Concreto

Relatado pelo Comitê ACI 309

H. Celik Ozyildirim Richard E. Miller, Jr.

Presidente Presidente do Subcomitê

Dan A. Bonikowsky Roger A. Minnich

Neil A. Gozando Mikael PJ Olsen
Timothy P. Dolen Larry D. Olson
Jerônimo H. Ford Sandor Popovics
Steven H. Gebler Steven A. Ragan
Kenneth C. Passe o mouse Donald L. Schlegel
Gary R. Massa Bradley K. Violetta
Bryant Mather

Consolidação é o processo de remoção do ar aprisionado no concreto recém- 2.2—Trabalhabilidade e consistência

colocado. Vários métodos e técnicas estão disponíveis, dependendo a escolha
2.3—Requisitos de trabalhabilidade
principalmente da trabalhabilidade da mistura, das condições de colocação e do grau
de remoção de ar desejado. Alguma forma de vibração é geralmente empregada.
Capítulo 3 — Métodos de consolidação, p. 309R-4
3.1—Métodos manuais
Este guia inclui informações sobre o mecanismo de consolidação e fornece 3.2—Métodos mecânicos
recomendações sobre equipamentos, características e procedimentos para 3.3—Métodos usados em combinações
diversas classes de construção.

Capítulo 4—Consolidação do concreto por vibração,

Palavras-chave:misturas; ar; entrada de ar; amplitude; força centrífuga; blocos p. 309R-5
de concreto; construção em concreto; pavimentos de concreto; tubos de 4.1—Movimento vibratório
concreto; produtos de concreto; Laje de concreto; concretos; consistência;
4.2—Processo de consolidação
consolidação; pisos; cofragem (construção); concretos pesados; inspeção;
concretos agregados leves; manutenção; concreto em massa; dosagem de
mistura; colocação; plastificantes; concreto pré-moldado; controle de Capítulo 5 — Equipamento para vibração, p. 309R-7
qualidade; concreto reforçado; aços de reforço; segregação; defeitos 5.1—Vibradores internos
superficiais; compactação; concreto desidratado a vácuo; vibração; vibradores 5.2—Vibradores de forma
(máquinas); aditivos redutores de água; trabalhabilidade. 5.3—Mesas vibratórias
5.4—Vibradores de superfície
CONTEÚDO 5.5—Manutenção do vibrador

Capítulo 1 - Geral, p. 309R-2 Capítulo 6 — Formulários, p. 309R-14

6.1—Geral
Capítulo 2 – Efeito das propriedades da mistura na
6.2—Superfícies inclinadas
consolidação, p. 309R-3
6.3—Defeitos superficiais
2.1—Proporções da mistura
6.4—Estanqueidade da forma

6.5—Formas para vibração externa

Os relatórios, guias, práticas padrão e comentários do Comitê ACI
destinam-se a orientação no planejamento, projeto, execução e inspeção
construção. Este documento destina-se ao uso de indivíduos
que são competentes para avaliar a importância e as limitações do seu
conteúdo e recomendações e que aceitarão a responsabilidade por
a aplicação do material que contém. O Instituto Americano de Concreto
tute isenta-se de toda e qualquer responsabilidade pelos princípios declarados. O
Instituto não se responsabiliza por quaisquer perdas ou danos daí decorrentes.
Não será feita referência a este documento nos documentos contratuais. Se
itens encontrados neste documento são desejados pelo Arquiteto/Engenheiro para fazerem
parte dos documentos do contrato, eles devem ser atualizados em idioma obrigatório.
gabarito para incorporação pelo Arquiteto/Engenheiro.
O ACI 309R-96 entrou em vigor em 24 de maio de 1996. Este relatório substitui o ACI
309R-87. Copyright © 1997, American Concrete Institute.
Todos os direitos reservados, incluindo direitos de reprodução e uso em qualquer forma ou por qualquer
significa, incluindo a realização de cópias por qualquer processo fotográfico, ou por dispositivo eletrônico ou
mecânico, impresso, escrito ou oral, ou gravação para reprodução sonora ou visual ou para uso em qualquer
sistema ou dispositivo de conhecimento ou recuperação, a menos que permissão em
a escrita é obtida dos proprietários dos direitos autorais.
Além dos membros do Comitê ACI 309 as seguintes pessoas contribuíram
significativamente para o desenvolvimento deste relatório: George RU Burg Lars Forss-
blad, John C. King, Kenneth L. Saucier e CH Spitler. A sua contribuição é
sinceramente apreciada.

309R-1
309R-2 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Capítulo 7—Práticas de vibração recomendadas para Capítulo 16 – Consolidação de corpos de prova, p.

construção em geral, p. 309R-16 309R-35
7.1—Procedimento para vibração interna 16.1—Testes de força
7.2—Julgando a adequação da vibração interna 16.2—Testes de peso unitário
7.3—Vibração de armadura
16.3—Testes de conteúdo aéreo
7.4—Revibração
16.4—Consolidação de concreto muito rígido em corpos de prova de
7.5—Vibração de forma
laboratório
7.6—Consequências da vibração inadequada

Capítulo 8 – Concreto estrutural, p. 309R-21 Capítulo 17 — Consolidação em áreas congestionadas, p.

8.1—Pré-requisitos de projeto e detalhamento 309R-36
8.2—Requisitos de mistura 17.1—Problemas comuns de posicionamento

8.3—Vibração interna 17.2—Técnicas de consolidação

8.4—Vibração de forma
8.5—Túnel Capítulo 18 — Fontes de informação, p. 309R-37
18.1—Referências especificadas e/ou recomendadas
Capítulo 9 – Concreto maciço, p. 309R-22
18.2—Referências citadas
9.1—Requisitos de mistura
9.2—Equipamentos de vibração
9.3—Formulários
Apêndice A – Fundamentos da vibração, p. 309R-38
9.4—Práticas de vibração A.1 — Princípios do movimento harmônico simples

9.5—Concreto compactado com rolo A.2—Ação de um vibrador rotativo

A.3—Movimento vibratório no concreto
Capítulo 10 – Lajes de concreto de peso normal, p.
309R-25 CAPÍTULO 1 - GERAL
10.1—Requisitos de mistura
Uma massa de concreto recém-colocado geralmente é
10.2—Equipamento
colmeada com ar aprisionado. Se for permitido endurecer
10.3—Lajes estruturais
nesta condição, o concreto será não uniforme, fraco, poroso
10.4—Lajes no nível
e mal aderido à armadura. Também terá uma aparência
10.5—Pisos industriais para serviços pesados
ruim. A mistura deve ser consolidada para ter as
10.6—Desaguamento a vácuo
propriedades normalmente desejadas e esperadas do
concreto.
Capítulo 11—Pavimentos, pág. 309R-27
11.1—Requisitos de mistura Consolidação é o processo de induzir um arranjo mais próximo
11.2—Equipamento das partículas sólidas em concreto ou argamassa recentemente
11.3—Procedimentos de vibração misturados durante a colocação, pela redução de vazios,
11.4—Precauções especiais geralmente por vibração, centrifugação, varrimento, compactação
ou alguma combinação dessas ações; também é aplicável a
Capítulo 12—Produtos pré-moldados, pág. 309R-30 manipulação semelhante de outras misturas cimentícias, solos,
12.1—Requisitos de mistura agregados ou semelhantes.
12.2—Formando material Misturas mais secas e rígidas requerem maior esforço para
12.3—Técnica de produção conseguir uma consolidação adequada. Ao utilizar certos aditivos
12.4—Outros fatores que afetam a escolha do método de consolidação químicos, podem ser alcançadas consistências que requerem
12.5—Métodos de colocação esforço de consolidação reduzido com um teor de água mais baixo.
À medida que o teor de água do concreto é reduzido, a qualidade do
Capítulo 13—Concreto leve, pág. 309R-31 concreto (resistência, durabilidade e outras propriedades) melhora,
13.1—Requisitos de mistura
desde que devidamente consolidado. Alternativamente, o teor de
13.2—Comportamento do concreto leve durante a vibração
cimento pode ser reduzido, reduzindo o custo e mantendo a mesma
13.3—Equipamentos e procedimentos de consolidação
qualidade. Se não for fornecida uma consolidação adequada para
13.4—Pisos estas misturas mais secas ou mais rígidas, a qualidade do betão
local cai rapidamente.
Capítulo 14—Concreto de alta densidade, pág. 309R-32
Equipamentos e métodos estão agora disponíveis para a consolidação
14.1—Requisitos de mistura
rápida e eficiente do concreto em uma ampla gama de condições de
14.2—Técnicas de colocação
colocação. O concreto com um teor relativamente baixo de água pode
ser facilmente moldado em uma variedade ilimitada de formatos,
Capítulo 15—Controle e inspeção de qualidade, p.
309R-33 tornando-o um material de construção altamente versátil e econômico.
15.1—Geral Quando boas práticas de consolidação são combinadas com boas
15.2—Adequação de equipamentos e procedimentos fôrmas, as superfícies de concreto apresentam uma aparência altamente
15.3—Verificando o desempenho do equipamento agradável [verFigura 1(a)através1(c)].
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-3

Figura 1(a)—Aparência agradável do concreto na construção

de igrejas

Figura 1(c) — Closes de superfícies resultantes de uma boa

consolidação

CAPÍTULO 2 - EFEITO DAS PROPRIEDADES

DA MISTURA NA CONSOLIDAÇÃO

2.1—Proporções da mistura
As misturas de concreto são dosadas para fornecer o trabalho
capacidade necessária durante a construção e as propriedades
exigidas no concreto endurecido. A dosagem da mistura é descrita
detalhadamente em documentos preparados pelo Comitê ACI 211,
conforme listado emCapítulo 18.1.

Figura 1(b)—Aparência agradável do concreto na construção de edifícios
utilitários
2.2—Trabalhabilidade e consistência
A trabalhabilidade do concreto recém-misturado é a propriedade que
determina a facilidade e homogeneidade com que pode ser
misturado, colocado, consolidado e finalizado. A trabalhabilidade é
função das propriedades reológicas do concreto.
Como mostrado emFigura 2.2, a trabalhabilidade pode ser dividida em três
aspectos principais:
1. Estabilidade (resistência a sangramento e segregação).
2. Facilidade de consolidação.
3. Consistência, afetada pela viscosidade e coesão do
concreto e ângulo de atrito interno.
A trabalhabilidade é afetada pela classificação, formato das
partículas, proporções de agregado e cimento, uso de aditivos
químicos e minerais, teor de ar e teor de água da mistura.
Consistência é a mobilidade relativa ou capacidade de fluxo do concreto
recém-misturado. Também determina em grande parte a facilidade com que o
concreto pode ser consolidado. Uma vez selecionados os materiais e as
proporções, o controle primário sobre o trabalho
309R-4
Tabela 2.1—Consistências utilizadas na construção**
Descrição de consistência Queda, pol. (mm)
Extremamente seco - 32 a 18
Muito rígido - 18 a 10
Duro 0 a 1* (0 a 25)
Plástico rígido 1 a 3 (25 a 75)
Plástico 3 a 5 (75 a 125)
Altamente plástico 5 a 71/2(125 a 190)
Fluindo 71/2mais (190 mais)
* O método de teste tem valor limitado nesta faixa.
* * ACI 211.3 Tabela 2.3.1 (a)
capacidade é através de mudanças na consistência provocadas
por pequenas variações no teor de água.
O teste de abatimento (ASTM C 143) é amplamente utilizado para
indicar a consistência de misturas utilizadas na construção normal. O
teste Vebe é geralmente recomendado para misturas mais rígidas.
Os valores de abatimento, fator de compactação, tabela de queda e tempo
de Vebe para toda a faixa de consistências utilizadas na construção são
apresentados na Tabela 2.1.
Outras medidas de consistência, como o teste de remodelação
Powers e a bola Kelly, estão disponíveis. Eles não são usados com
tanta frequência quanto o slump. Informações sobre vários testes
de consistência foram discutidas por Neville (1981), Vollick (1966) e
Popovics (1982).
2.3—Requisitos de trabalhabilidade
O concreto deve ser suficientemente trabalhável para que
o equipamento de solidificação, devidamente utilizado,
proporcionará uma consolidação adequada. Um alto grau de
fluidez pode ser indesejável porque pode aumentar o custo da
mistura e reduzir a qualidade do concreto endurecido. Quando
um grau tão elevado de fluidez é o resultado de demasiada
água na mistura, a mistura será geralmente instável e
provavelmente segregará durante o processo de consolidação.
Misturas com abatimento moderadamente alto, agregados de
tamanho máximo pequeno e agregado fino excessivo são
freqüentemente usadas porque o alto grau de fluidez significa menos
trabalho na colocação.
No outro extremo, é desaconselhável utilizar misturas demasiado
rígidas para condições de consolidação. Eles vão exigir
Figura 2.2—Parâmetros da reologia do concreto fresco
RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
Tabela suspensa Thaulow
Vebe tempo, seg Média do fator de compactação revoluções
- 112-56
0,70 56-28
10 às 5 0,75 28 a 14
5a3 0,85 14-7
3 a 0* 0,90 <7
- - -
- 0,95 -
grande esforço de consolidação e mesmo assim pode não ser consolidado
adequadamente. Direção e orientação são frequentemente necessárias para
conseguir o uso de misturas de menor abatimento ou conteúdo de agregado
fino, ou um agregado de tamanho máximo maior, de modo a proporcionar um
uso mais eficiente do cimento.
O concreto contendo certos aditivos químicos pode ser colocado
em formas com menor esforço de consolidação. Consulte os
relatórios do Comitê ACI para obter informações adicionais sobre
misturas químicas. O uso de cinzas volantes, escória ou sílica ativa
também pode afetar a consolidação do concreto, permitindo a
colocação com menor esforço de consolidação. Consulte os
relatórios do Comitê ACI 226 para obter mais informações sobre
esses materiais. A quantidade de esforço de consolidação necessária
com ou sem o uso de aditivos pode ser melhor determinada por
misturas experimentais em condições de campo.
É a trabalhabilidade da mistura na forma que determina os requisitos
de consolidação. A trabalhabilidade pode ser consideravelmente menor
do que no misturador devido à perda de abatimento devido à alta
temperatura, falsa presa, atrasos ou outras causas.
CAPÍTULO 3—MÉTODOS DE CONSOLIDAÇÃO
O método de consolidação deve ser compatível com a mistura do
concreto, condições de colocação, complexidade da forma,
quantidade de armadura, etc. Muitos métodos manuais e mecânicos
estão disponíveis.
3.1—Métodos manuais
Alguma consolidação é causada pela gravidade à medida que o
concreto é depositado na forma. Isto é particularmente verdadeiro para
misturas fluidas bem proporcionadas, onde é necessário menos esforço
adicional de consolidação.
Misturas plásticas ou mais fluidas podem ser consolidadas por
varrimento. Spading às vezes é usado em superfícies formadas – uma
ferramenta plana é repetidamente inserida e retirada adjacente à forma.
Partículas grossas são empurradas para longe da forma e o movimento
dos vazios de ar e bolsas de água em direção à superfície superior é
facilitado, reduzindo assim o número e o tamanho dos buracos na
superfície de concreto formada.
A compactação manual pode ser usada para consolidar misturas
duras. O concreto é colocado em camadas finas e cada camada é
cuidadosamente compactada ou compactada. Este é um método de
consolidação eficaz, mas trabalhoso e dispendioso.
Os métodos de consolidação manual geralmente são usados
apenas em concretagens não estruturais menores.
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Fig. 4—Vibrador interno “liquefazendo” concreto de baixo abatimento
3.2—Métodos mecânicos
O método de consolidação mais utilizado é a vibração.
Ele receberá mais atenção neste guia. A vibração pode
ser interna, externa ou ambas.
Os compactadores elétricos podem ser usados para compactar concreto rígido
em unidades pré-moldadas. Além do efeito de compactação ou compactação, há uma
vibração de baixa frequência que auxilia na consolidação.
As barras compactadoras operadas mecanicamente são adequadas para
consolidar misturas rígidas para alguns produtos pré-moldados, incluindo
blocos de concreto.
Equipamentos que aplicam pressões estáticas na superfície superior
podem ser usados para consolidar finas lajes de concreto de
consistência plástica ou fluida. O concreto é literalmente espremido no
molde e o ar aprisionado e parte da água de mistura são expelidos.
A centrifugação (fiação) é usada para consolidar concreto em
tubos de concreto, estacas, postes e outras seções ocas.
Muitos tipos de vibradores de superfície estão disponíveis para construção
de lajes, incluindo mesas vibratórias, mesas vibratórias de rolos,
compactadores vibratórios de placas e grades e ferramentas de acabamento
vibratório.
As mesas de choque, às vezes chamadas de mesas de queda, são
adequadas para consolidar concreto de baixo abatimento. O concreto é
depositado em camadas finas em moldes resistentes. À medida que o molde é
preenchido, ele é alternadamente levantado por uma curta distância e
colocado sobre uma base sólida. O impacto faz com que o concreto se
transforme em uma massa densa. As frequências são de 150 a 250 gotas por
minuto, e a queda livre é1/8para1/2pol. (3 a 13 mm).
3.3—Métodos usados em combinação
Sob algumas condições, uma combinação de dois ou mais
métodos de consolidação dão os melhores resultados.
A vibração interna e externa pode muitas vezes ser combinada com
vantagem em trabalhos pré-moldados e, ocasionalmente, em concreto
moldado no local. Um esquema utiliza vibradores de forma para consolidação
de rotina e vibradores internos para uso pontual em seções críticas e
fortemente reforçadas, propensas a vazios ou má ligação com o re-
309R-5
fiscalização. Por outro lado, em seções onde a consolidação primária é
feita por vibradores internos, a vibração da forma também pode ser
aplicada para obter a aparência superficial desejada.
A vibração pode ser aplicada simultaneamente à forma e à superfície
superior. Este procedimento é frequentemente utilizado na fabricação de
unidades pré-moldadas em mesas vibratórias. O molde é vibrado
enquanto uma placa vibratória ou mesa trabalhando na superfície
superior exerce impulsos vibratórios e pressão adicionais.
A vibração da forma às vezes é combinada com a pressão estática
aplicada à superfície superior. A vibração sob pressão é particularmente
útil na produção de blocos de concreto, onde as misturas muito rígidas
não reagem favoravelmente apenas à vibração.
Centrifugação, vibração e laminação podem ser combinadas
na produção de tubos de concreto e outras seções ocas.
CAPÍTULO 4—CONSOLIDAÇÃO DO BETÃO
POR VIBRAÇÃO
A vibração consiste em submeter o concreto recém-colocado a
impulsos vibratórios rápidos que liquefazem a argamassa (verFigura 4) e
reduzir drasticamente o atrito interno entre as partículas agregadas.
Enquanto estiver nesta condição, o concreto assenta sob a ação da
gravidade (às vezes auxiliado por outras forças). Quando a vibração é
interrompida, o atrito é restabelecido.
4.1—Movimento vibratório
Um vibrador de concreto tem um movimento oscilatório rápido que é
transmitida ao concreto recém-colocado. O movimento oscilante é
basicamente descrito em termos de frequência (número de
oscilações ou ciclos por unidade de tempo) e amplitude (desvio do
ponto de repouso).
Os vibradores rotativos seguem um caminho orbital causado pela
rotação de um peso desequilibrado ou excêntrico dentro da carcaça do
vibrador. A oscilação é essencialmente um movimento harmônico
simples, conforme explicado no Apêndice. A aceleração, uma medida da
intensidade da vibração, pode ser calculada a partir da frequência e
amplitude quando são conhecidas. Geralmente é expresso porg,
309R-6 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Tabela 5.1.5—Gama de características, desempenho e aplicações de vibradores internos*

Coluna 4 5 6 7 8 9
1 2 3 Valores sugeridos de Valores aproximados de
Recomendado Excêntrico Taxa de
Diâmetro Média Raio de
frequência, momento, em. Centrífuga concreto
Grupo de cabeça, em.
lb mm- amplitude, ação, em.
vibrações por força, lb (kg) colocação,
pol. (mm)
min (Hz)
(milímetros) (milímetros)
kg(10-3) jarda Aplicativo
Concreto plástico e fluido em elementos muito finos e
3/4-11/2 0,03-0,10 0,015-0,03 3-6 locais confinados. Pode ser usado para complementar
9.000-15.000 100-400 1- 5
1 (2-4) (0,035-0,12) (0,04-0,08) (8-15) vibradores maiores, especialmente em trabalhos protendidos
(150-200) (45-180) (0,8-4)
(20-40) (3,5-12) (0,4-0,8) (80-150) onde cabos e dutos causam congestionamento nas formas.
Também usado para fabricar amostras de testes de laboratório.
Concreto plástico em paredes finas, colunas, vigas, estacas pré-
11/4-2 1/2 0,08-0,25 0,02-0,04 5-10
8.500-12.500 300-900 3-10 moldadas, lajes finas e ao longo de juntas de construção.
2 (3-6) (0,09-0,29) (0,05-0,10) (13-25)
(140-210) (140-400) (2.3-8) Pode ser usado para complementar vibradores maiores em
(30-60) (9-29) (0,5-1,0) (130-250)
áreas confinadas.
Concreto plástico rígido (menos de 3 pol. [80 mm]
abatimento) na construção em geral, como paredes,
2-31/2 0,20-0,70 0,025-0,05 7-14
8.000-12.000 700-2000 6-20 colunas, vigas, estacas protendidas e lajes pesadas.
3 (5-9) (0,23-0,81) (0,06-0,13) (18-36)
(130-200) (320-900) (4.6-15) Vibração auxiliar adjacente a formas de massa con-
(50-90) (23-81) (0,6-1,3) (180-360)
Creta e calçadas. Pode ser montado em grupo para fornecer
vibração interna em toda a largura das lajes do pavimento.
Massa e concreto estrutural de 0 a 2 pol. (50mm)
queda depositada em quantidades de até 4 jardas3(3m3) em
3-6 0,70-2,5 0,03-0,06 12-20
7.000-10.500 1500-4000 (15-40) formas relativamente abertas de construção pesada (energia
4 (8-15) (0,81-2,9) (0,08-0,15) (30-51)
(120-180) (680-1800) (11-31) casas, pilares de pontes pesadas e fundações). Também
(80-150) (81-290) (0,8-1,5) (300-510)
vibração auxiliar na construção de barragens perto de formas
e em torno de itens embutidos e reforço de aço.
Concreto em massa em barragens de gravidade, grandes pilares,
5-7 2,25-3,50 0,04-0,08 16-24 paredes maciças, etc. Dois ou mais vibradores serão necessários para
5500-8500 2500-6000 25-50
5 (13-18) (2,6-4,0) (0,10-0,20) (40-61) operar simultaneamente para misturar e consolidar
(90-140) (1100-2700) (19-38)
(130-150) (260-400) (1,0-2,0) (400-610) quantidades de concreto de 4 jardas3(3m3) ou mais
depositados de uma só vez no formulário.
Coluna 3—Enquanto o vibrador está operando em concreto.
Coluna 4 — Calculado pela fórmula na Figura A.2 no Apêndice A.
Coluna 5 — Calculado ou medido conforme descrito na Seção 15.3.2. Esta é a amplitude de pico (metade do valor pico a pico), operando no ar.
Coluna 6 – Calculado pela fórmula da Figura A.2 no Apêndice, usando a frequência do vibrador enquanto opera em concreto. Coluna 7 —
Distância sobre a qual o concreto é totalmente consolidado.
Coluna 8 — assume que o espaçamento de inserção é 11/2vezes o raio de ação, e esse vibrador opera dois terços do tempo em que o concreto está sendo colocado.
Colunas 7 e 8 – Estas faixas refletem não apenas a capacidade do vibrador, mas também diferenças na trabalhabilidade da mistura, grau de desaeração desejado e outros
condições vivenciadas na construção.
* Geralmente, concreto extremamente seco ou muito rígido (Tabela 2.1) não responde bem a vibradores internos.

que é a razão entre a aceleração da vibração e a aceleração da
gravidade. A aceleração é um parâmetro útil para vibração
externa, mas não para vibração interna, onde a amplitude no
concreto não pode ser medida prontamente.
Para vibradores que não sejam do tipo rotativo, por exemplo,
vibradores alternativos, os princípios do movimento harmônico não
se aplicam. No entanto, os conceitos básicos descritos aqui ainda
são úteis.
4.2—Processo de consolidação
Quando o concreto de baixo abatimento é depositado na forma,
ele fica em uma condição alveolar, consistindo de partículas de
agregado grosso revestidas com argamassa e bolsas de ar
aprisionadas distribuídas irregularmente. Reading (1967) afirmou
que o volume de ar aprisionado depende da trabalhabilidade da
mistura, tamanho e forma da forma, quantidade de aço de reforço e
outros itens de congestionamento, e método de depósito do
concreto. Geralmente está na faixa de 5 a 20 por cento. O objetivo
da consolidação é remover praticamente todo o ar aprisionado
devido ao seu efeito adverso nas propriedades do concreto e na
aparência da superfície.
A consolidação por vibração é melhor descrita como consistindo em
dois estágios – o primeiro compreendendo subsidência ou abatimento
do concreto, e o segundo uma desaeração (remoção de en-
bolhas de ar presas). Os dois estágios podem ocorrer
simultaneamente, com o segundo estágio em andamento próximo
ao vibrador antes que o primeiro estágio seja concluído a distâncias
maiores (Kolek 1963).
Quando a vibração é iniciada, os impulsos causam um movimento
rápido e desorganizado das partículas da mistura dentro do raio de
influência do vibrador. A argamassa está temporariamente
liquefeita. O atrito interno, que permitiu que o concreto se
sustentasse em sua condição original de favo de mel, é reduzido
drasticamente. A mistura torna-se instável e busca um nível mais
baixo e uma condição mais densa. Ele flui lateralmente para a fôrma
e ao redor do aço de reforço e dos embutimentos.
Ao final desta primeira etapa, o favo de mel foi eliminado; os
grandes vazios entre o agregado graúdo são agora preenchidos
com argamassa. O concreto se comporta como um líquido contendo
partículas de agregados grossos em suspensão. No entanto, a
argamassa ainda contém muitas bolhas de ar aprisionadas,
variando talvez até 1 pol. (25 mm) de diâmetro e representando
vários por cento do volume do concreto.
Após a consolidação ter procedido até um ponto em que o
agregado graúdo fica suspenso na argamassa, a agitação adicional
da mistura por vibração faz com que bolhas de ar aprisionadas
subam à superfície. Bolhas de ar grandes são removidas mais
facilmente do que as pequenas devido à sua maior flutuabilidade.
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-7

Além disso, aqueles próximos ao vibrador são liberados antes daqueles

próximos às margens externas do raio de ação.
O processo de vibração deve continuar até que o ar retido seja
reduzido o suficiente para atingir uma densidade de concreto
consistente com a resistência pretendida e outros requisitos da
mistura. Remover todo o ar aprisionado com equipamento
vibratório padrão geralmente não é prático.
O mecanismo e os princípios envolvidos na vibração do concreto
fresco são descritos detalhadamente no ACI 309.1R.

CAPÍTULO 5—EQUIPAMENTO PARA VIBRAÇÃO Os vibradores de

concreto podem ser divididos em duas classes principais:
es - interno e externo. Os vibradores externos podem ser
divididos em vibradores de forma, vibradores de superfície e
mesas vibratórias.

5.1—Vibradores internos
Vibradores internos, geralmente chamados de vibradores spud ou poker,
ter uma caixa ou cabeça vibratória. A cabeça fica imersa e atua
diretamente contra o concreto. Na maioria dos casos, os vibradores
internos dependem do efeito de resfriamento do concreto circundante
para evitar o superaquecimento.
Todos os vibradores internos atualmente em uso são do tipo
rotativo (verSeção 4.1). Os impulsos vibratórios emanam
perpendicularmente à cabeça.
5.1.1Tipo de eixo flexível—Este tipo de vibrador é provavelmente
o mais utilizado. O excêntrico geralmente é acionado por um motor
elétrico ou pneumático, ou por um motor portátil de combustão
interna [ver Fig. 5.1.1(a)].
Para o tipo acionado por motor elétrico, um eixo de transmissão
flexível leva do motor elétrico até a cabeça do vibrador, onde gira o
peso excêntrico. O motor geralmente possui características de
corrente alternada universal, 120 (ocasionalmente 240) volts,
monofásico e 60 Hz. A corrente CA de cinquenta Hz é usada em
alguns países. A frequência deste tipo de vibrador é bastante alta
quando operando no ar - geralmente na faixa de 12.000 a 17.000
vibrações por minuto (200 a 283 Hz) (os valores mais altos são para
cabeçotes menores). Contudo, quando se opera em betão, a
frequência é geralmente reduzida em cerca de um quinto. Neste
relatório, a frequência é expressa em vibrações por minuto para
estar em conformidade com as práticas atuais da indústria nos
Estados Unidos; entretanto, a frequência é dada em hertz no
Apêndice para concordar com as fórmulas dos livros didáticos.
Para os tipos movidos por motor, tanto a gasolina quanto a diesel, a
velocidade do motor é geralmente de cerca de 3.600 rotações por minuto (60
Hz). Uma transmissão por correia em V ou transmissão por engrenagem é
usada para aumentar essa velocidade até um nível de frequência aceitável.
Outro tipo de unidade utiliza um motor a gasolina de 2 tempos operando a
uma velocidade sem carga de 12.000 RPM [Figura 5.1.1.(b)], eliminando assim
a necessidade de uma transmissão elevadora. Esta unidade é portátil e Figura 5.1.1(a)—Vibradores de eixo flexível; tipo motorizado elétrico
geralmente é carregada em uma mochila. Novamente, um eixo flexível conduz (superior); tipo movido a motor a gasolina (meio; e seção transversal
à cabeça do vibrador. Embora maiores e mais pesados do que os vibradores através da cabeça (parte inferior)
acionados por motor elétrico, os vibradores acionados por motor são
atraentes onde a energia comercial não está prontamente disponível. O pêndulo atinge a carcaça interna em um padrão em forma de estrela, dando

Para a maioria dos vibradores de eixo flexível, a frequência é igual à à cabeça do vibrador uma frequência mais alta do que o eixo que o aciona. As

velocidade do eixo. No entanto, o tipo de engrenagem de rolagem velocidades do motor são geralmente cerca de 3.600 rotações por minuto com
(pêndulo cônico) é capaz de atingir alta frequência de vibração com corrente de 60 Hz (cerca de 3.000 rotações por minuto com corrente de 50 Hz).
motor elétrico modesto e velocidades de eixo flexíveis. O fim de Um único motor de indução ou trifásico de gaiola de esquilo
309R-8 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Fig. 5.1.1 (b) - Vibrador de mochila movido a motor a gasolina de dois tempos

Figura 5.1.2 – Vibrador elétrico com motor na cabeça; aparência externa (parte superior) e construção
interna da cabeça (parte inferior)

geralmente é usado. A baixa velocidade do eixo flexível é
favorável do ponto de vista de manutenção.
5.1.2Tipo motor elétrico na cabeça—Os vibradores com motor elétrico
aumentaram em popularidade nos últimos anos (ver Fig. 5.1.2). Como o
motor está na cabeça do vibrador, não há motor e acionamento flexível
separados para manusear. Um cabo elétrico substancial, que também
funciona como uma alça, leva até a cabeça. Os vibradores elétricos com
motor na cabeça geralmente têm pelo menos 2 pol. (50 mm) de
diâmetro.
Este tipo de vibrador está disponível em dois designs. Um utiliza um
motor universal e o outro um motor trifásico de 180 Hz (alto ciclo). Neste
último, a energia é normalmente fornecida por um gerador portátil
movido a motor a gasolina; no entanto, pode ser utilizada energia
comercial passada através de um conversor de frequência. O projeto
utiliza um motor do tipo indução que apresenta pouca queda de
velocidade quando imerso no concreto. Ele pode girar um peso
excêntrico mais pesado e desenvolve uma força centrífuga maior do que
os atuais modelos universais de motor na cabeça do
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-9

Tabela 5.5.1—Amostra de registro de serviço para vibrador de eixo pode ser regulado variando a taxa de fluxo do fluido
flexível hidráulico através do vibrador. A eficiência do vibrador
depende da pressão e da vazão do fluido hidráulico. É,
Modelo ______________________________ Nº de série _________ Data de
compra _________________________ portanto, importante que o sistema hidráulico seja
Data de check-out do conjunto de equipamentos _____________________ verificado frequentemente.
Uso estimado, horas por dia ________________________________
5.1.5Selecionando um vibrador interno para o trabalho—O
Item Frequência de manutenção preventiva principal requisito para um vibrador interno é a eficácia na
consolidação do concreto. Deve ter um raio de ação adequado e ser
Limpo e Lubrificar Substituir
inspecionar capaz de aplainar e desaerar o concreto rapidamente. Na medida do
possível, o vibrador também deve ser confiável na operação, fácil de
Motor elétrico
manusear e manipular, resistente ao desgaste e ser tal que não
Filtro —— —— —— danifique os itens incorporados. Alguns destes requisitos são
Pincéis —— —— —— mutuamente opostos, pelo que são necessários compromissos. No
Trocar —— —— ——
Armadura entanto, alguns dos problemas podem ser minimizados ou
e campo —— —— —— eliminados através de um design cuidadoso do vibrador. Por
Rolamentos —— —— ——
exemplo, sabe-se que frequências muito altas e força centrífuga
Eixo flexível elevada tendem a aumentar os requisitos de manutenção e reduzir
a vida útil dos vibradores.
Haste —— —— ——
As evidências indicam fortemente que a eficácia de um vibrador
Cabeça vibradora
interno depende principalmente do diâmetro, frequência e amplitude da
Selos —— —— —— cabeça. A amplitude é em grande parte uma função do momento
Rolamentos —— —— —— excêntrico e da massa da cabeça, conforme explicado no Apêndice.
Mudança de óleo —— —— ——

mesmo diâmetro. Motores vibradores operando em corrente de 150 ou

200 Hz são usados em alguns países.
5.1.3Vibradores pneumáticos—Os vibradores pneumáticos (ver
Fig. 5.1.3) são operados por ar comprimido, estando o motor
pneumático geralmente dentro da cabeça do vibrador. O tipo
palheta tem sido o mais comum, com o motor e os elementos
excêntricos apoiados em rolamentos. Também estão disponíveis
modelos sem rolamentos, que geralmente requerem menos
manutenção. Alguns modelos pneumáticos de eixo flexível, com
motor pneumático fora do cabeçote, também estão disponíveis.
Os vibradores pneumáticos são atraentes onde o ar comprimido
é a fonte de energia mais prontamente disponível. A frequência é
altamente dependente da pressão do ar, portanto a pressão do ar
deve ser sempre mantida no nível adequado, geralmente o
recomendado pelo fabricante. Em alguns casos, é desejável variar a
pressão do ar para obter uma frequência diferente.
5.1.4Vibradores hidráulicos—Vibradores hidráulicos, que utilizam um motor
de engrenagem hidráulico, são populares em máquinas de pavimentação.
Aqui o vibrador é conectado ao sistema hidráulico da pavimentadora por meio
de mangueiras de alta pressão. A frequência da vibração

Fig. 5.1.3—Vibradores pneumáticos para construção comum (parte superior) e para concreto maciço (parte inferior)
309R-10
A frequência pode ser facilmente determinada (verSeção
15.3.1), mas não existe um método simples para determinar a
amplitude de um vibrador operando em concreto. É portanto
necessário utilizar a amplitude determinada enquanto o
vibrador está operando no ar, que é um pouco maior que a
amplitude no concreto. Esta amplitude pode ser medida ou
computada, conforme descrito emSeção 15.3.2.
Embora não seja estritamente correta para vibradores internos, a
força centrífuga pode ser usada como uma medida geral
aproximada da saída de um vibrador.Figura A.2no Apêndice explica
como é calculado.
O raio de ação e, portanto, o espaçamento de inserção, depende
não apenas das características do vibrador, mas também da
trabalhabilidade da mistura e do grau de congestionamento.
Tabela 5.1.5fornece a gama normal de características,
desempenho e aplicações de vibradores internos. (Alguns
vibradores para fins especiais ficam fora dessas faixas.) São
fornecidas frequências recomendadas, juntamente com
valores sugeridos de momento excêntrico, amplitude média
e força centrífuga.
Também são fornecidas faixas aproximadas para o raio de ação e
a taxa de colocação do concreto. Estes são valores empíricos
baseados principalmente em experiências anteriores.
Resultados igualmente bons geralmente podem ser obtidos
selecionando um vibrador do próximo grupo maior, desde que
sejam feitos ajustes adequados no espaçamento e no tempo das
inserções. Ao selecionar o vibrador e os procedimentos de vibração,
deve-se levar em consideração o tamanho do vibrador em relação
ao tamanho da forma. As fissuras nas superfícies de concreto
moldadas são devidas à retração por secagem que ocorre na alta
concentração de pasta de cimento trazida à superfície por um
vibrador muito grande para a aplicação.
Os valores da Tabela 5.1.5 não devem ser considerados como
garantia de desempenho em todas as condições. A melhor
medida do desempenho do vibrador é a sua eficácia na
consolidação do concreto.
5.1.6Formatos especiais de cabeças vibratórias—As recomendações
emTabela 5.1.5assuma vibradores redondos. Outros formatos de cabeça
vibratória (quadrado ou outros formatos poligonais, canelados,
Fig. 5.1.6—Vários tamanhos e formatos diferentes de cabeçotes
vibratórios disponíveis. Da esquerda para a direita: cabeça curta, cabeça
redonda, cabeça quadrada, cabeça hexagonal e cabeça com ponta de
borracha
RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
aletadas, etc.), têm uma área superficial diferente e uma
distribuição de força diferente entre o vibrador e o concreto
(verFigura 5.1.6).
O efeito da forma no desempenho do vibrador não foi
completamente avaliado. Para efeitos deste guia, recomenda-se
que o diâmetro equivalente de um vibrador com formato
especial seja considerado como o de um vibrador redondo com
o mesmo perímetro.
5.1.7Dados a serem fornecidos pelo fabricante—O
catálogo do fabricante do vibrador deve incluir as
dimensões físicas (comprimento e diâmetro) e massa total
da cabeça do vibrador, momento excêntrico, frequência no
ar e frequência aproximada no concreto, e força centrífuga
nessas duas frequências.
O catálogo também deve incluir alguns outros dados necessários para a
correta conexão e operação dos vibradores. Devem ser fornecidos os
requisitos de tensão e corrente e os tamanhos dos fios (dependendo do
comprimento do percurso) para vibradores elétricos. Para vibradores
pneumáticos, a pressão do ar comprimido e a capacidade de vazão devem ser
informadas, bem como o tamanho da tubulação ou mangueira (também
dependendo do comprimento do percurso). A velocidade deve ser dada para
unidades movidas a motor a gasolina.
As informações sobre vibradores hidráulicos devem incluir as pressões
operacionais recomendadas e um gráfico mostrando a frequência, em
várias vazões.
5.2—Vibradores de forma
5.2.1Descrição geral—Vibradores de forma são dispositivos externos
bratores fixados na parte externa da forma ou molde. Eles
vibram a forma, que por sua vez transmite a vibração ao
concreto. Os vibradores Form são auto-resfriados e podem
ser do tipo rotativo ou alternativo.
Seções de concreto com espessura de até 24 pol. (600 mm) e até 30
pol. (750 mm) de profundidade têm sido efetivamente vibradas por
vibradores de forma na indústria de concreto pré-moldado. Para paredes
e colocações mais profundas, pode ser necessário complementar um
vibrador de forma com vibração interna para seções com espessura
superior a 300 mm (12 pol.).
5.2.2Tipos de vibradores de forma
5.2.2.1Rotativo—Vibradores rotativos produzem produtos essenciais-
movimento harmônico simples. Os impulsos têm componentes
perpendiculares e no plano da forma. Este tipo pode ser acionado
pneumaticamente, hidraulicamente ou eletricamente (consulte
Figura 5.2.2.1).
Nos modelos acionados pneumaticamente e hidraulicamente, a
força centrífuga é desenvolvida por um cilindro giratório ou massa
excêntrica giratória (semelhante aos vibradores internos). Esses
vibradores geralmente funcionam em frequências de 6.000 a 12.000
vibrações por minuto (100 a 200 Hz). A frequência pode ser variada
ajustando a pressão do ar nos modelos pneumáticos ou a pressão
do fluido nos modelos hidráulicos.
Os modelos acionados eletricamente possuem uma massa excêntrica
fixada em cada extremidade do eixo do motor. Geralmente, essas massas
são ajustáveis. Na maioria dos casos, são usados motores de indução e
a frequência é de 3.600 vibrações por minuto (60 Hz CA, ou 3.000
vibrações por minuto para 50 Hz CA). Vibradores de frequência mais alta
operando a 7.200 ou 10.800 vibrações por minuto (120 ou 180 Hz)
também estão disponíveis (6.000, 9.000 ou 12.000 vibrações).
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
ções por minuto [100, 150 ou 200 Hz] na Europa). Esses vibradores
de frequência mais alta requerem um conversor de frequência.
Existem também vibradores elétricos com frequências de 6.000 a
9.000 vibrações por minuto (100 a 150 Hz) que são alimentados por
motores universais monofásicos.
O catálogo do fabricante deve incluir dimensões físicas, massa e
momento excêntrico. Para modelos acionados pneumaticamente, a
frequência no ar e a frequência aproximada sob carga devem ser
fornecidas. Para modelos elétricos, deve ser indicada a frequência
na carga elétrica nominal. A força centrífuga nos valores de
frequência fornecidos deve ser fornecida. Além disso, o catálogo
deverá fornecer os dados necessários para a correta ligação dos
vibradores (como emSeção 5.1.7).
5.2.2.2Reciprocando—Em vibradores alternativos, um pis-
tonelada é acelerada em uma direção, parada (por impacto
contra uma placa de aço) e depois acelerada na direção oposta.
Figura 5.2.2.1—Vibradores rotativos; acionado pneumaticamente (parte
superior) e acionado eletricamente (parte inferior)
309R-11
(ver Fig. 5.2.2.2). Este tipo é acionado pneumaticamente e as
frequências geralmente estão na faixa de 1.000 a 5.000
vibrações por minuto (20 a 80 Hz).
Esses vibradores produzem impulsos que atuam perpendicularmente
à forma. Os princípios do movimento harmônico simples não se aplicam.
5.2.2.3Outros tipos—Outros tipos de vibradores de forma, menos
comumente usados, incluem:
a. Eletromagnético, que geralmente desenvolve uma combinação
forma de onda senoidal em dente de serra.
b. Martelos manuais pneumáticos ou elétricos, que são
às vezes usado para auxiliar na consolidação de pequenas unidades de
concreto.
5.2.3Selecionando vibradores externos para formas verticais— A
vibração de baixa frequência e alta amplitude é normalmente
preferida para misturas mais rígidas. Vibração de alta frequência e
baixa amplitude geralmente resulta em melhor consolidação e
melhores superfícies (menos buracos) para mais consistências
plásticas. Neste guia, a linha divisória entre alta e baixa frequência
para vibração externa é arbitrariamente considerada como 6.000
vibrações por minuto (100 Hz) e entre alta e baixa amplitude 0,005
pol. (0,13 mm).
A eficácia dos vibradores de forma é em grande parte uma
função da aceleração transmitida ao concreto pela forma.
Acelerações na faixa de 1 a 2 g são geralmente recomendadas
para misturas plásticas e de 3 a 5 g para misturas rígidas. Além
disso, a amplitude não deve ser inferior a 0,001 pol. (0,025 mm)
para misturas plásticas ou 0,002 pol. (0,050 mm) para misturas
rígidas.
Fig. 5.2.2.2—Vibrador de forma alternativa
309R-12 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
A aceleração de uma forma é função da força centrífuga dos
vibradores em relação à massa da forma e do concreto ativados.
As seguintes fórmulas empíricas recomendadas por Forssblad
(1971) foram consideradas úteis na estimativa da força
centrífuga dos vibradores de forma necessária para fornecer
uma consolidação adequada:
1. Para misturas plásticas em fôrmas de vigas e paredes: Força
centrífuga = 0,5 [(massa da fôrma) + 0,2 (massa do concreto)].
2. Para misturas rígidas em tubos e outras formas rígidas: Força
centrífuga = 1,5 [(peso da forma) + 0,2 (peso do concreto)].
As fórmulas devem ser verificadas em relação à experiência de
campo. O usuário potencial deve enviar desenhos da estrutura a ser
vibrada ao fabricante do vibrador e deve solicitar recomendações
quanto ao tamanho, quantidade e localização das unidades
vibratórias. A distância adequada entre vibradores de forma está
normalmente na faixa de 1,5 a 2,5 m (5 a 8 pés) e vibração interna
suplementar pode ser necessária para seções com espessura
superior a 300 mm (12 pol.).
A frequência e a amplitude devem ser verificadas em vários
pontos do formulário com um vibrógrafo ou outro dispositivo
adequado (verSeções 7.5e15.3.3). A partir desses valores, a
aceleração real pode ser calculada usando a fórmula emFigura
A.1 emApêndice A.
Quando a vibração externa emprega vibradores operados
eletricamente em membranas finas, deve-se ter cuidado para
evitar a queima desses vibradores.
5.3—Mesas vibratórias
Uma mesa vibratória normalmente consiste em uma mesa de aço ou
concreto armado com vibradores externos montados rigidamente na
estrutura de suporte (ver Fig. 5.3). A mesa e a estrutura são isoladas da
base por molas de aço, almofadas de isolamento de neoprene ou outros
meios.
Fig. 5.3—Mesa vibratória
A própria mesa pode fazer parte do molde. No entanto,
um molde separado geralmente fica em cima da mesa. A
vibração é transmitida da mesa para o molde e daí para o
concreto. Há divergências de opinião quanto à conveniência
de fixar o molde à mesa.
Vibrações de baixa frequência (abaixo de 6.000 vibrações por minuto [100
Hz]) e alta amplitude (acima de 0,005 pol. [0,13 mm]) são normalmente
preferidas, pelo menos para misturas mais rígidas.
A eficácia da vibração da mesa é em grande parte uma função
da aceleração transmitida ao concreto pela mesa. Acelerações
na faixa de 3 a 10 g (30 a 100 m/s2) são geralmente
recomendados, sendo necessários valores mais elevados para
as misturas mais rígidas. Além disso, a amplitude não deve ser
inferior a 0,001 pol. (0,025 mm) para misturas plásticas ou 0,002
pol. (0,050 mm) para misturas rígidas.
A aceleração da mesa é função da força vibracional
relacionada à massa da forma e do concreto ativado. As
seguintes fórmulas empíricas foram úteis para estimar a
força centrífuga necessária dos vibradores (Forssblad 1971):
1. Mesa vibratória rígida ou vigas vibratórias, com fôrma
colocada solta sobre a mesa: Força centrífuga = (2 a 4) [(massa
da mesa) + 0,2 (massa da fôrma) + 0,2 (massa do concreto)].
2. Mesa vibratória rígida, com forma fixada à mesa: Força
centrífuga = (2 a 4) [(massa da mesa) + (massa da forma)
+ 0,2 (massa de concreto)].
3. Mesa vibratória flexível, contínua sobre vários suportes:
Força centrífuga = (0,5 a 1) [(massa da mesa + 0,2 (massa do
concreto)].
A escolha dos vibradores e espaçamentos deve ser baseada nas
fórmulas anteriores e na experiência anterior. A frequência e a
amplitude devem ser verificadas em vários pontos da mesa, com um
vibrógrafo ou outro dispositivo adequado. A aceleração real pode
então ser calculada. Os vibradores devem ser movimentados até
que os pontos mortos sejam eliminados e a vibração mais uniforme
seja alcançada.
Quando seções de concreto de diferentes tamanhos forem
vibradas, a mesa deverá ter uma amplitude variável. A frequência
variável é uma vantagem adicional.
Se a mesa vibratória possuir um elemento vibratório
contendo apenas um excêntrico, pode-se obter um movimento
vibratório circular que confere um movimento rotacional
indesejável ao concreto. Isto pode ser evitado montando dois
vibradores lado a lado de tal maneira que seus eixos girem em
direções opostas. Isto neutraliza a componente horizontal da
vibração, de modo que a mesa fica sujeita a um movimento
harmônico simples apenas na direção vertical. Amplitudes
muito altas podem ser obtidas desta maneira.
Para conseguir uma boa consolidação de misturas muito rígidas, é
frequentemente necessário aplicar pressão na superfície superior
durante a vibração.
5.4—Vibradores de superfície
Vibradores de superfície são aplicados na superfície superior e
consolidam o concreto de cima para baixo, mantendo uma cabeça de
concreto à sua frente. Seu efeito nivelador auxilia na operação de
acabamento. Eles são usados principalmente na construção de lajes.
Existem três tipos principais de vibradores de superfície:
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-13

Fig. 5.4(a)—Mesa vibratória para pequenos trabalhos. Tipo de feixe único

a.Betonilha vibratória—É constituída por uma viga simples ou dupla

que atravessa a largura da laje [ver Fig. 5.4(a) e (b)]. As mesas vibratórias
são mais adequadas para superfícies horizontais ou quase horizontais.
Deve-se ter cuidado ao usar mesas vibratórias em superfícies inclinadas.
Um ou mais excêntricos, dependendo do comprimento da mesa, são
fixados na parte superior. Os excêntricos são acionados por motor de
combustão interna, ou por energia elétrica ou pneumática. A viga é
apoiada nas formas ou trilhos adequados; controla a elevação da mesa
para que ela atue não apenas como compactadora, mas também
proporcione o acabamento final. As mesas vibratórias são geralmente
desenhadas à mão em trabalhos pequenos e rebocadas mecanicamente
em trabalhos maiores.

A vibração produzida pela oscilação da viga é transmitida ao

concreto próximo ao elemento vibratório. É necessária uma grande
amplitude, especialmente para consistências mais rígidas, para
atingir uma profundidade considerável de consolidação. Fig. 5.4(b)—Mesa vibratória para pequenos trabalhos. Tipo de feixe
Frequências de 3.000 a 6.000 vibrações por minuto (50 a 100 Hz) duplo
foram consideradas satisfatórias. As mesas vibratórias geralmente
funcionam melhor com acelerações de cerca de 5 g. A pesquisa de 5.5—Manutenção do vibrador
Kirkham (1963) mostrou que a consolidação é proporcional à massa O equipamento de vibração utiliza uma massa excêntrica ou
vezes a amplitude vezes a frequência dividida pela velocidade de desequilibrada; portanto, cargas superiores ao normal são impostas
avanço da máquina. a peças como rolamentos.
Independentemente do tipo de vibrador, deve-se ter cuidado com
Massa⋅Amplitude⋅Frequência sua manutenção. Os fabricantes costumam emitir manuais com
Consolidação∝ ------------------------------------------------- -------------------------------
Velocidade
instruções de manutenção de suas máquinas. No entanto, os
vibradores de reserva devem estar sempre disponíveis.
b.Compactadores vibratórios de placa ou grade—Isso consiste em uma pequena
placa ou grade vibratória, geralmente com alguns pés quadrados (cerca de 0,2 m2) Para vibradores elétricos, devem ser tomadas precauções para
em área, que é movimentada sobre a superfície da laje. Esses vibradores funcionam evitar choques elétricos acidentais.
melhor em concreto relativamente rígido. Medições periódicas da entrada de energia no sistema vibratório

c.Mesa de rolo vibratório—Esta unidade inicia e também (motor, eixo flexível [se usado] e cabeçote vibratório) devem ser

se consolida. Um modelo consiste em três rolos em que o realizadas sem carga para determinar as perdas em carga livre. Isto

frontal atua como excêntrico e é o rolo vibratório, girando pode ser útil para indicar falhas pendentes.

de 100 a 400 rotações por minuto (1,7 a 6,7 Hz) (reguladas A manutenção preventiva é um sistema de inspeções planejadas,
de acordo com a consistência da mistura) em sentido ajustes, reparos e revisões. A manutenção preventiva dos equipamentos
oposto ao direção do movimento. Ele derruba, nivela e vibratórios é necessária para que estes operem com plena eficácia e
fornece vibração suave. Este equipamento é adequado para evitem paradas de produção. Certos itens necessitam de atenção diária,
misturas plásticas. enquanto outros requerem cuidados menos frequentes, conforme

Flutuadores manuais vibratórios ou espátulas também estão disponíveis. recomendação do fabricante do vibrador.

Pequenos dispositivos vibratórios, acionados elétrica ou pneumaticamente, Normalmente, o contratante é responsável pela manutenção do
acoplados a ferramentas de acabamento padrão facilitam o acabamento. vibrador. Às vezes, porém (especialmente no caso de certos
309R-14 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

vibradores de concreto maciço), o empreiteiro realiza apenas a
manutenção diária, ficando os demais serviços por conta do fabricante.
5.5.1Programa de manutenção preventiva—Deve ser estabelecido um
arquivo com dados sobre requisitos de uso e manutenção para cada
vibrador. Os requisitos de manutenção são obtidos principalmente no
manual de serviço do fabricante e na lista de peças de reposição. O
arquivo pode conter alguns ou todos os seguintes itens:
a. Marca, número de série e data de compra.
b. Requisitos de tensão e amperagem da linha para vibradores
elétricos, volume de ar consumido pelas unidades de ar, tamanhos
mínimos de cabos ou tubos e outras informações pertinentes.
c. Peças sobressalentes que podem se desgastar rapidamente. Se estes
forem difíceis de adquirir, devem ser mantidos em estoque.
d. Registro detalhando os requisitos de serviço, desde a fonte de
energia até a ponta do vibrador. São listados itens de desgaste, itens a
serem lubrificados e inspecionados em cada etapa, além dos lubrificantes
recomendados e frequência de lubrificação.
Tabela 5.5.1é um registro de serviço que pode ser usado para um
vibrador de eixo flexível. A partir da data em que o vibrador é
retirado do conjunto de equipamentos, um calendário real pode ser
configurado para os itens listados. Para obter melhores resultados,
este programa deve ser administrado por uma divisão de
manutenção separada, e não pela linha operacional.
CAPÍTULO 6—FORMULÁRIOS
Fôrma, agentes desmoldantes, projeto de mistura e
solidificação são alguns fatores-chave para estabelecer a aparência de
uma obra concreta. A aparência da superfície do concreto é um reflexo
da superfície da forma, desde que a consolidação seja realizada
adequadamente. Como os reparos em uma superfície defeituosa são
caros e raramente totalmente satisfatórios, eles devem ser evitados
através do estabelecimento e manutenção de procedimentos de
conformação e consolidação de qualidade.
siderações são abordadas pelo ACI 347R, enquanto o ACI 303R
fornece informações sobre o uso de agentes desmoldantes.
O acabamento do concreto formado deve ser observado quando a
fôrma é desmontada para que as medidas corretivas apropriadas
possam ser implementadas com agilidade. Informações adicionais sobre
defeitos superficiais podem ser encontradas no ACI 309.2R.
6.4—Estanqueidade da forma
As juntas de forma devem ser estanques para todas as construções de
concreto e devem ser coladas com fita adesiva para evitar vazamentos
onde a aparência é importante. Se ocorrerem furos, juntas abertas ou
rachaduras no revestimento da forma, a pressão hidrostática fará com
que a argamassa flua quando a vibração a converter momentaneamente
em uma consistência fluida. Essa perda de argamassa causará bolsas de
rocha ou faixas de areia nestes locais (verFigura 6.4). Além disso, às vezes
o ar pode ser sugado para dentro da forma em pontos de vazamento,
causando vazios adicionais na superfície do concreto. Estas imperfeições
prejudicam seriamente a aparência da superfície e, em alguns casos,
podem enfraquecer a estrutura. Além disso, é praticamente impossível
fazer reparos imperceptíveis.
As formas também podem perder argamassa no fundo durante a vibração
se a placa inferior não se ajustar bem à base. As formas podem causar esse
vazamento flutuando para cima durante a vibração, especialmente se um ou
ambos os lados estiverem danificados. Os formulários devem ser amarrados
com segurança e bem calafetados para evitar esse vazamento.

6.1—Geral
A resistência da forma, o design e outros requisitos são
abordados no ACI 347R e ACI SP-4,Fôrma para concreto(Hurd 1989).
Estas publicações tratam principalmente de formas para concreto
vibrado internamente. Muito pouca orientação é dada sobre o
projeto de formas para vibrações externas.

6.2—Superfícies inclinadas
É difícil consolidar concreto com topo inclinado
superfície. Quando a inclinação é de aproximadamente 1:4 (vertical para
horizontal) ou mais íngreme, a consolidação é melhor garantida fornecendo
uma forma de retenção temporária ou uma betonilha de concreto deslizante
para evitar que o concreto caia ou flua durante a vibração. Uma vantagem da
forma de retenção temporária ou da mesa deslizante é a eliminação da
necessidade de cortar a superfície superior (Tuthill 1967). A forma de fixação
pode ser removida antes que o concreto atinja sua pega final, para que as
manchas superficiais possam ser removidas manualmente. Quando a forma
inclinada não puder ser removida antes da pega do concreto, a forma deverá
ser removida o mais rápido possível para permitir o preenchimento das
manchas.

6.3—Defeitos superficiais
Alguns defeitos superficiais estão relacionados a uma combinação do
processo de consolidação e detalhes da fôrma. Conformação de cofragem Figura 6.4—Manchas de areia causadas por vazamento de argamassa
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Fig. 6.5.3—Montagem de vibradores; forma de parede de madeira e forma de tubo (inserção)
Uma tira de borracha de célula fechada ou espuma de cloreto de
polivinila de 1 por 4 pol. (25 por 100 mm) fixada na parte inferior da placa
é bastante eficaz para impedir esse vazamento. É muito útil fixar
superfícies planas e retas nas quais colocar a placa.
O vazamento de argamassa nas juntas de fôrma entre os painéis de
fôrma e na parte inferior das fôrmas de parede pode ser minimizado
estendendo o revestimento de fôrma cerca de1/8pol. (3 mm), ou mais em
alguns casos, além dos membros da estrutura da forma. Esta disposição
permite que as bordas relativamente finas do revestimento se adaptem
mais fácil e firmemente às superfícies adjacentes do que as faces largas e
inflexíveis dos membros de estrutura de forma. Quando se deseja
disfarçar as juntas, devem ser utilizadas faixas de rusticação.
ACI 347R e SP-4 (Hurd 1989) sugerem uma sobreposição de 1 pol. (25 mm)
ou menos para o revestimento moldado. Caso contrário as formas se
espalham e promovem a perda de argamassa. As vigas devem se sobrepor à
peça fundida abaixo e devem ser presas firmemente à peça fundida anterior
por meio de amarrações. São recomendadas âncoras ou parafusos na
colocação anterior.
6.5—Formas para vibração externa
6.5.1Em geral—As formas devem suportar a pressão lateral da
vibração do concreto liquefeito. As formas para vibração externa
também devem ser capazes de resistir às tensões repetidas e
reversíveis induzidas pelos vibradores fixados às formas. Além
disso, devem ser capazes de transmitir a vibração de maneira
uniforme sobre uma área considerável. Formulário de-
309R-15
os requisitos de sinalização e vibração devem ser coordenados
antes de comprar os formulários.
O tipo de vibração de baixa frequência e alta amplitude tem um
impacto maior e é mais duro nas formas do que o tipo de alta
frequência e baixa amplitude. Formas extremamente robustas são
necessárias onde vibração de alta frequência e alta amplitude é
usada.
6.5.2Formando material—O aço é o material de conformação
preferido porque possui boa resistência estrutural e propriedades
de fadiga, é adequado para fixação de vibradores e, quando
devidamente reforçado, proporciona uma transmissão boa e
uniforme de vibração. As formas de madeira, plástico ou concreto
armado são geralmente menos adequadas, mas darão resultados
satisfatórios se suas limitações forem compreendidas e forem feitas
as devidas concessões.
6.5.3Design e construção—As formas devem ser projetadas
para resistir à pressão do concreto sem deflexão excessiva e
para transmitir os impulsos vibratórios ao concreto. Uma placa
de aço,3/16para3/8pol. (5 a 10 mm) ou mais grosso, reforçado
com nervuras verticais e/ou horizontais, desempenhará essas
funções. A oscilação (flexão) da placa de aço entre os reforços é
normalmente um pouco maior do que a dos próprios reforços,
mas não deve ser excessiva se os reforços estiverem pouco
espaçados. Atenção especial deve ser dada aos acessórios
quando houver previsão de vibração externa para garantir que
não ocorram deflexões excessivas na forma.
309R-16 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
Membros especiais, tais como vigas I ou canais de aço,
devem ser colocados próximos à placa, passando através dos
reforços de forma contínua. É geralmente desejável soldar os
reforços a estes membros.
Os vibradores devem ser fixados rigidamente aos
membros especiais (verFigura 6.5.3). Danos à forma e ao
vibrador ocorrerão se o vibrador se soltar.
Quando unidades elétricas rotativas são usadas, a rigidez de
montagem necessária pode ser facilmente determinada medindo o
consumo de amperagem. Se exceder a classificação indicada na placa de
identificação, o suporte não é suficientemente forte. As unidades aéreas
não podem ser avaliadas tão facilmente, mas a observação do
movimento da forma dá uma indicação da rigidez. É essencial que as
ferragens do formulário sejam fixadas com segurança. Como as cunhas
têm tendência a se soltarem sob vibração, o aparafusamento é mais
confiável. Atenção especial deve ser dada à resistência das soldas.
As formas verticais devem ser colocadas sobre almofadas de borracha ou
outro material de base resiliente para evitar transmissão e perda de vibração
para a fundação de suporte, bem como vazamento de argamassa.
É difícil obter e manter a estanqueidade da forma quando a vibração é
do tipo externo; mesmo pequenas aberturas na forma permitirão a
perda de argamassa. Borracha ou outras vedações adequadas podem
ser usadas para evitar a perda de argamassa através das formas de aço.
Fixar vibradores externos diretamente na forma geralmente é
insatisfatório porque a pele pode vibrar ou desenvolver uma ação
de diafragma. Este movimento faz com que a força vibracional seja
altamente localizada e às vezes resulta em falha precoce da forma.
No entanto, vibradores portáteis montados em suportes em formas
metálicas têm sido utilizados com sucesso em trabalhos pré-
moldados e ocasionalmente na construção em geral. Um ou mais
vibradores são movidos de suporte em suporte sobre a forma à
medida que a colocação avança. Este método deve ser utilizado com
extremo cuidado e somente com unidades de baixa amplitude e alta
frequência.
CAPÍTULO 7—PRÁTICAS DE VIBRAÇÃO
RECOMENDADAS PARA CONSTRUÇÃO GERAL Após a
seleção do equipamento de vibração adequado (consulte
capítulo 5), deve ser operado por operadores conscientes e bem
treinados. O operador do vibrador deve ter desenvolvido, através da
experiência, a capacidade de determinar o tempo necessário para o
vibrador permanecer no concreto para garantir a consolidação
adequada. Através de uma revisão sistemática do trabalho anterior
do operador, o operador e o supervisor deverão ser capazes de
determinar o espaçamento entre vibradores e o tempo de vibração
necessário para produzir concreto denso sem segregação.
A vibração interna é geralmente mais adequada para construção
comum, desde que a seção seja grande o suficiente para que o
vibrador seja usado de maneira eficaz. No entanto, vibrações
externas ou ajudas de consolidação podem ser necessárias para
complementar a vibração interna em áreas congestionadas com
reforço ou de outra forma inacessíveis (verCapítulo 17). Em muitas
seções finas, especialmente em lajes e pré-moldados, a vibração
externa deve ser o principal método de consolidação.
7.1—Procedimento para vibração interna
O concreto deverá ser depositado em camadas compatíveis com a obra a
ser executada. Em tapetes grandes e pedestais pesados, o máximo
a profundidade máxima da camada deve ser limitada a 20 pol. (500 mm). A
profundidade deve ser quase igual ao comprimento da cabeça do vibrador. Em
paredes e colunas, as profundidades das camadas geralmente não devem
exceder 20 pol. (500 mm). As camadas devem estar o mais niveladas possível
para que o vibrador não seja utilizado para movimentar o concreto
lateralmente, pois isso poderia causar segregação. Superfícies razoavelmente
niveladas podem ser obtidas depositando o concreto na forma em intervalos
curtos; o uso de trombas de elefante é frequentemente útil.
Mesmo que o concreto tenha sido cuidadosamente depositado
na forma, é provável que haja alguns pequenos montes ou pontos
altos. Um pequeno nivelamento pode ser realizado inserindo o
vibrador no centro desses pontos para achatá-los. Devem ser
evitados movimentos excessivos, especialmente através de
elementos estruturais reforçados.
Após o nivelamento da superfície, o vibrador deve ser inserido
verticalmente em espaçamento uniforme em toda a área de
colocação. A distância entre as inserções deve ser de cerca de 11/2
vezes o raio de ação e deve ser tal que a área visivelmente afetada pelo
vibrador se sobreponha à área adjacente recém-vibrada. Em lajes, um
vibrador de comprimento padrão deve ser inclinado em direção à
vertical, ou um vibrador curto e atarracado de 5 polegadas de
comprimento deve ser mantido verticalmente. Ambos devem ser
mantidos a 50 mm (2 pol.) de distância da parte inferior se a laje for um
painel inclinável e quando uma laje de painel inclinável tiver uma face
inferior arquitetônica. A vibração deve ser suficiente para fechar as
bordas inferiores das camadas de concreto colocadas.
Um método alternativo que foi usado com sucesso é o seguinte. O
vibrador deve penetrar rapidamente na parte inferior da camada e pelo
menos 150 mm (6 pol.) na camada anterior. O vibrador deve ser
manipulado em movimentos para cima e para baixo, geralmente por 5 a
15 segundos, para unir as duas camadas. O vibrador deve então ser
retirado gradualmente com uma série de movimentos para cima e para
baixo. O movimento descendente deve ser uma queda rápida para
aplicar uma força ao concreto que, por sua vez, aumenta a pressão
interna na mistura recém-colocada.
Extraia rapidamente o vibrador do concreto quando a
cabeça ficar apenas parcialmente imersa no concreto. O
concreto deve voltar para o espaço desocupado pelo
vibrador. Para misturas secas onde o furo não fecha durante
a retirada, às vezes reinserindo o vibrador dentro1/2
o raio de influência resolverá o problema; se isso não funcionar, a
mistura ou o vibrador devem ser trocados.
Lajes finas apoiadas em vigas devem ser vibradas em dois
estágios: primeiro, após a concretagem da viga ter sido colocada, e
novamente quando o concreto estiver pronto.
O vibrador exerce forças para fora do eixo. Bolsas de ar no
mesmo nível ou localizadas abaixo da cabeça tendem a ficar
presas. Portanto, as bolsas de ar devem ser trabalhadas para
cima na frente do vibrador.
Quando a colocação for composta por várias camadas, a entrega
do betão deverá ser programada de forma que cada camada seja
colocada enquanto a anterior ainda é plástica para evitar juntas
frias. Se a camada subjacente endureceu um pouco além do ponto
onde pode ser penetrada pelo vibrador, a aderência ainda pode ser
obtida vibrando completa e sistematicamente o novo concreto em
contato com o concreto previamente colocado; entretanto, uma
linha de junta inevitável aparecerá na superfície quando a forma for
removida.
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
7.2—Julgando a adequação da vibração interna Actualmente, não
existe um indicador rápido e totalmente fiável para
determinar a adequação da consolidação do concreto recém-
colocado. A adequação da vibração interna é avaliada
principalmente pela aparência superficial de cada camada. Os
principais indicadores de concreto bem consolidado são:
1. Incorporação de agregados graúdos. Exceto em concreto
arquitetônico com superfícies de agregados expostos, nivelamento geral
do lote, mistura do perímetro do lote com o concreto previamente
colocado, fina camada de argamassa na superfície superior e pasta de
cimento aparecendo na junção do concreto e da forma.
2. Cessação geral do escape de grandes bolhas de ar aprisionadas na
superfície superior. Camadas mais espessas requerem mais tempo de
vibração do que camadas finas, porque leva mais tempo para que bolhas
profundas cheguem à superfície.
Às vezes, o tom ou tom do vibrador é um guia útil. Quando um
vibrador de imersão é inserido no concreto, a frequência
geralmente diminui, depois aumenta e, finalmente, torna-se
constante quando o concreto está livre de ar aprisionado. Um
operador experiente também aprende a sensação adequada de um
vibrador quando a consolidação é concluída.
Há uma tendência de operadores de vibradores inexperientes
apenas achatarem o lote. A consolidação completa só é garantida
quando os demais itens que evidenciam vibração adequada são
buscados e alcançados.
7.3—Vibração de armadura
Quando o concreto não pode ser alcançado pelo vibrador, tais
como áreas de armadura congestionadas, pode ser útil vibrar as
partes expostas das barras de armadura. Alguns engenheiros
sugeriram uma possível degradação na ligação concreto-aço devido
à vibração transmitida através do reforço para o concreto
parcialmente endurecido nas camadas inferiores de uma colocação.
Um exame cuidadoso do concreto endurecido consolidado dessa
maneira não revelou motivos para tais temores. Quando o concreto
ainda está móvel, esta vibração na verdade aumenta a ligação do
concreto ao aço através da remoção do ar e da água aprisionados
por baixo das barras de reforço.
Um vibrador de forma, fixado ao aço de reforço com um encaixe
adequado, deve ser utilizado para este fim. Amarrar um vibrador de
imersão a uma barra de reforço pode danificar o vibrador.
7.4—Revibração
A vibração é o processo de vibração do concreto que foi
vibrou algum tempo antes. Na verdade, a maior parte do concreto é
vibrado involuntariamente quando, ao colocar camadas sucessivas
de concreto, o vibrador se estende até a camada subjacente (que foi
previamente vibrada). No entanto, o termo revibração, conforme
usado aqui, refere-se a uma vibração intencional e sistemática
algum tempo após a conclusão da colocação (Vollick 1958).
A vibração pode ser realizada sempre que o vibrador em
funcionamento afundar sob seu próprio peso no concreto e
liquefazê-lo momentaneamente. Esta revibração tem sido
geralmente considerada mais eficaz quando realizada
imediatamente antes do tempo de pega inicial do concreto para
misturas com abatimentos de 3 pol. (75 mm) ou mais.
A vibração geralmente resulta em maior resistência à
compressão dos cilindros padrão. O efeito da vibração sobre
309R-17
a resistência da ligação concreto-aço não é tão clara. A vibração parece
melhorar a resistência de aderência para aços de reforço superior
colocados em concreto de alto abatimento. A vibração pode, no entanto,
danificar gravemente a resistência de aderência do aço de reforço em
concreto bem consolidado e de baixo abatimento. A vibração é quase
universalmente prejudicial à resistência de adesão do aço de reforço
inferior. No geral, a vibração tende a reduzir as diferenças na resistência
da ligação causadas pelas diferenças no abatimento e na posição
(Altowaiji, Darwin e Donahey 1984).
A vibração é mais benéfica nos primeiros pés (0,5 a 1 m) de
um local, onde os vazios de ar e água são mais prevalentes. A
vibração dos topos das paredes normalmente resulta numa
aparência mais uniforme das superfícies verticais.
A vibração pode ser muito eficaz para minimizar rachaduras
no topo de portas, arcos, grandes caixas, etc. O procedimento
consiste em atrasar a colocação adicional de concreto por 1 a 2
horas, dependendo da temperatura, após atingir a linha de
mola dos arcos ou o teto das portas. , caixas ou juntas entre
pilar e piso, etc., para permitir que ocorra a contração de
assentamento antes da vibração dos materiais no local e da
retomada da colocação.
7.5—Vibração de forma
O tamanho e o espaçamento dos vibradores de forma devem ser tais que
a intensidade adequada de vibração é distribuída pela área desejada
da forma. O espaçamento é função do tipo e formato da forma,
profundidade e espessura do concreto, força produzida por
vibrador, trabalhabilidade da mistura e tempo de vibração.
A abordagem recomendada é começar com um
espaçamento, geralmente na faixa de 1,2 a 2,4 m (4 a 8 pés),
com base nas diretrizes emSeção 5.2.3e experiência anterior. Se
este padrão não produzir vibração adequada e uniforme, os
vibradores deverão ser realocados conforme necessário até que
resultados adequados sejam obtidos. Alcançar o espaçamento
ideal requer conhecimento da distribuição de frequência e
amplitude na forma e uma compreensão da trabalhabilidade e
compactabilidade da mistura.
A frequência pode ser facilmente determinada por um tacômetro de
palheta vibratório (verSeção 15.3.1). No entanto, as pequenas amplitudes
associadas à vibração da forma foram difíceis de medir no passado.
Amplitudes inadequadas causam má consolidação, enquanto amplitudes
locais excessivas não só desperdiçam a potência do vibrador, mas
também podem fazer com que o concreto role e caia, de modo que não
se consolide adequadamente.
Mover a mão sobre a forma localizará áreas de vibração forte
ou fraca (amplitude alta ou baixa) ou pontos mortos. O
tacômetro de palheta vibratória pode fornecer informações um
pouco mais confiáveis; a diferença na oscilação da palheta em
vários pontos dá uma indicação aproximada da diferença na
amplitude.
O vibrógrafo permite obter valores confiáveis da amplitude em
vários locais em formas vibradas externamente. A frequência e a
forma de onda também são geralmente fornecidas.
O concreto compactado por vibração da forma deve ser depositado em
camadas de 250 a 400 mm (10 a 15 pol.) de espessura. Cada camada deve ser
vibrada separadamente. Os tempos de vibração são consideravelmente mais
longos do que os da vibração interna, frequentemente chegando a 2 minutos
e até 30 minutos ou mais em algumas seções profundas.
309R-18 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Outro procedimento que tem dado bons resultados em trabalhos pré-
moldados envolve a colocação contínua de faixas de concreto de 50 a
100 mm (2 a 4 pol.) de espessura, acompanhadas de vibração contínua.
Pode produzir superfícies quase livres de buracos.
É desejável poder variar a frequência e amplitude dos vibradores.
Em vibradores externos acionados eletricamente, as amplitudes
podem ser ajustadas para diferentes valores fixos com bastante
facilidade. A frequência dos vibradores externos movidos a ar
pode ser ajustado variando a pressão do ar, enquanto a
amplitude pode ser alterada alterando a massa excêntrica.
Como a maior parte do movimento transmitido pelos vibradores de forma é
perpendicular ao plano da forma, a forma tende a atuar como uma membrana
vibratória, com efeito de lata de óleo. Isto é particularmente verdadeiro se a
vibração for do tipo de alta amplitude e a placa for muito fina ou não tiver
reforços adequados. Este movimento de entrada e saída pode fazer com que
as formas bombeiem ar para dentro do

Figura 7.6.1(a) — Favo de mel

Fig. 7.6.1(b)—O procedimento aleatório pode resultar no acúmulo de argamassa na superfície e deixar bolsas
de rocha abaixo, especialmente nos perímetros do lote
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-19

concreto, especialmente nos primeiros pés (0,5 a 1 m) de uma

parede ou elevador de coluna, criando uma lacuna entre o concreto
e a forma. Aqui não há camadas subsequentes de concreto para
ajudar a fechar a lacuna. Portanto, muitas vezes é aconselhável usar
um vibrador interno nesta região.
A vibração da forma durante a decapagem às vezes é
benéfica. O movimento minucioso de toda a superfície da fôrma
ajuda a soltá-la do concreto e permite fácil remoção sem
danificar a superfície do concreto.

7.6—Consequências da vibração inadequada

Os defeitos mais graves resultantes da subvibração são favos de
mel, vazios excessivos de ar aprisionado (buracos), faixas de areia,
rachaduras de subsidência e linhas de colocação.
7.6.1Favo de mel—Ocorre favo de mel [verFigura 7.6.1(a)] quando
a argamassa não preenche o espaço entre as partículas do
agregado graúdo. A presença de favo de mel indica que o primeiro
estágio de consolidação (verSeção 4.2) não foi concluído nesses
locais. Quando aparecer na superfície, é necessário desbastar a área
e fazer um reparo. Tais reparos devem ser reduzidos ao mínimo,
principalmente porque prejudicam a aparência e reduzem a
resistência do concreto. O favo de mel geralmente é causado pelo
uso de vibradores inadequados ou defeituosos, procedimentos de
colocação inadequados, procedimentos de vibração inadequados,
misturas de concreto inadequadas ou reforços congestionados.
Inserções não sistemáticas de vibradores internos em ângulos
aleatórios provavelmente causarão um acúmulo de argamassa na
superfície superior, enquanto a porção inferior da camada pode
ficar pouco vibrada [Figura 7.6.1(b)].
Orientações sobre técnicas de colocação adequadas para minimizar a
separação do agregado graúdo da argamassa podem ser obtidas no
Capítulo 9 do ACIManual de Inspeção de Concreto, SP-2.
As propriedades do concreto que contribuem para o favo de mel são pasta
insuficiente para preencher os vazios entre o agregado, proporção inadequada
de agregado fino para agregado total, classificação de agregado ruim ou
Fig. 7.6.1 (c) - Armadura mal projetada e congestionada que
tornará extremamente difícil uma boa consolidação
queda inadequada para as condições de colocação. Folga
insuficiente entre o aço de reforço é uma causa importante de favo
de mel [verFigura 7.6.1(c)]. Ao estabelecer o espaçamento entre
aços, tanto o projetista quanto o construtor devem ter em mente
que o concreto deve ser consolidado.
7.6.2Vazios excessivos de ar aprisionado—O concreto livre de favos de
mel ainda contém vazios de ar aprisionado porque a remoção completa
do ar aprisionado raramente é viável (ver Seção 4.2). A quantidade de ar
aprisionado que permanece no concreto após a vibração é em grande
parte uma função do equipamento vibratório e do procedimento, mas
também é afetada pelos constituintes da mistura de concreto, pelas
propriedades da mistura de concreto, pela localização na colocação e por
outros fatores (Samuelsson 1970). ). Quando não são utilizados
equipamentos ou procedimentos adequados, ou ocorrem outras
condições desfavoráveis, o conteúdo de ar retido será elevado e os
vazios superficiais (comumente chamados de bugholes) provavelmente
serão excessivos (ver Fig. 7.6.2).

Fig. 7.6.2—Excesso de vazios de ar na superfície formada

309R-20 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Para reduzir os vazios de ar nas superfícies de concreto, a para 150μm) e menos nº 100 (150μm) frações – podem causar
distância entre as inserções internas do vibrador deve ser reduzida e estrias de areia, além de outros problemas. Deixar cair concreto
o tempo de cada inserção aumentado. O uso de um vibrador mais através de aço de reforço e depositá-lo em elevadores espessos
potente pode ajudar em algumas situações. Também deverá haver sem vibração adequada também pode causar estrias, bem como
uma fileira de inserções próximas ao formulário, mas sem tocá-lo. favos de mel. Outra causa de estrias de areia é a forma
Quando o contato for quase inevitável, o vibrador deve ter ponta de
borracha; mesmo assim, qualquer contato desse tipo deve ser
evitado, se possível, porque pode danificar a forma e desfigurar a
superfície do concreto. É fundamental que os locais de inserção do
vibrador sejam tais que as zonas de influência se sobreponham.
Revestimentos de alta viscosidade ou aqueles aplicados em aplicações
excessivamente espessas tendem a reter bolhas de ar e devem ser
evitados.
Os vibradores de forma tendem a atrair a argamassa para a forma e,
quando usados em combinação com vibradores internos, provaram ser
eficazes na redução do tamanho e do número de vazios de ar na superfície.

Para condições difíceis e quando a aparência do concreto é muito

importante, o espaçamento próximo à fôrma tem sido útil na
redução de vazios de ar.
É quase impossível eliminar vazios de ar de superfícies formadas
inclinadas para dentro, e os projetistas devem reconhecer esse fato.
No entanto, esses vazios podem ser minimizados se forem evitadas
misturas pegajosas e excessivamente lixadas, se o concreto for
depositado em camadas rasas de 1 pé (0,3 m) ou menos e se o
vibrador for inserido o mais próximo possível da fôrma. Ao anexar
um vibrador externo à forma inclinada e reduzir a espessura da
camada para 150 mm (6 pol.), os vazios podem ser
consideravelmente reduzidos.
7.6.3Listras de areia—As estrias de areia são causadas por
sangramento intenso e perda de argamassa ao longo da fôrma,
resultantes das características e proporções dos materiais e do método
de deposição do concreto (ver Fig. 7.6.3). Misturas ásperas e úmidas que
são deficientes em cimento e contêm agregados de baixa classificação - Fig. 7.6.3—Estrias de areia causadas por sangramento intenso ao longo da
particularmente aqueles deficientes no número 50 a 100 (300 forma

Fig. 7.6.4—Linhas de “derramamento”

 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Tabela 12.1—Métodos de consolidação para produtos pré-moldados de concreto
Classificação da mistura
Produtos (Seção 12.1) Formando material
Tubo de concreto de a a d Aço
Estacas de concreto e
cd Aço
postes
Bloco de concreto b Aço
Laje e viga
b, c Aço
Seções
Concreto reforçado,
Painéis de parede de a para c
aço ou madeira
vibradores que são fixados em formas com vazamento que têm ação de
bombeamento com consequente perda de finos ou entrada de ar nas
juntas.
7.6.4Linhas de posicionamento—As linhas de posicionamento são
linhas escuras (consulte Figura 7.6.4) na superfície formada no limite
entre lotes adjacentes de concreto. Geralmente, indicam que o vibrador
não foi baixado o suficiente para penetrar na camada abaixo daquela que
está sendo vibrada.
7.6.5Juntas frias—Atrasos na concretagem podem resultar em
juntas frias. Para evitar juntas frias, a colocação deve ser retomada
substancialmente antes do endurecimento da superfície. Para
atrasos excepcionalmente longos durante a concretagem, o
concreto deve ser mantido vivo, vibrando-o periodicamente. O
concreto deve ser vibrado em intervalos de aproximadamente 15
minutos ou menos, dependendo das condições de trabalho.
Contudo, o concreto não deve ser vibrado demais a ponto de causar
segregação. Além disso, caso o concreto se aproxime do tempo de
pega inicial, a vibração deve ser interrompida e o concreto deve
endurecer. O resultado será uma junta fria e deverão ser aplicadas
medidas adequadas de preparação da superfície.
7.6.6Rachaduras de subsidência—A fissuração de subsidência resulta
do desenvolvimento de tensão quando o concreto assenta
mecanicamente no momento de presa inicial ou próximo dele. Para
eliminar este tipo de fissuração, o concreto deve ser revibrado o mais
tardar no momento em que o vibrador afundará no concreto sob sua
própria massa.
7.6.7—A subvibração é muito mais comum do que a
supervibração. Concretos de peso normal, bem proporcionados e
com consistência adequada, não são facilmente suscetíveis à
vibração excessiva. Consequentemente, se houver alguma dúvida
quanto à adequação da consolidação, esta deverá ser resolvida
através de vibração adicional.
7.6.8—Pode ocorrer sobrevibração se, devido à operação
descuidada ou ao uso de equipamento muito grande, a vibração for
muitas vezes maior que a recomendada. Esta sobrevibração pode
resultar em:
a.Segregação—A mecânica da segregação entra em ação quando
as forças da gravidade e da vibração têm tempo suficiente para
interagir. Com um tempo de vibração excessivo, as forças coesivas
dentro do concreto são superadas pela gravidade e a vibração faz
com que os agregados mais pesados da mistura se assentem e os
agregados mais leves trabalhem para cima, carregados pela matriz
pastosa. O exame durante ou após este tipo de colocação mostrará
uma camada de leita, uma camada de argamassa contendo
309R-21
Transporte e colocação
método Método de consolidação
Bombeamento, transportadores ou Compactação; vibração interna ou externa;
balde (camadas finas) centrifugação; vácuo; pressão
Centrifugação; interno ou externo, alta frequência
Bombeado ou transportado por
frequência, vibração de baixa amplitude; rolo
caminhões betoneiras
embalado
Vibração de baixa frequência e alta amplitude
Tremonha de máquina
mais pressão
Vibração externa com ou sem compactação
Funil de viagem, misturador
de rolos; vibração interna com superfície
caminhões, transportadores de correia
mesa vibratória
Baldes e cinto
transportadores Tampers; vibração interna e externa
(alimentação contínua da fita)
uma proporção menor de agregado graúdo e um acúmulo de
agregado graúdo na parte inferior da camada de colocação. Esta
condição é mais provável com misturas húmidas com grandes
diferenças nas densidades dos agregados e da argamassa e quando
as misturas têm uma proporção demasiado elevada de argamassa
para agregado graúdo. O agregado leve é um problema por si só,
não relacionado à proporção da argamassa. O controle adequado
da consistência minimizará o problema.
b.Listras de areia—Eles são mais provavelmente com misturas ásperas
e pobres e com concreto movido horizontalmente com o vibrador.
c.Perda de ar arrastado em concreto com ar arrastado—Isso pode
reduzir a resistência do concreto aos ciclos de congelamento e
descongelamento. O problema geralmente ocorre em misturas com teor
excessivo de água. Se o concreto continha originalmente a quantidade
de ar incorporado recomendada pelo Comitê ACI 211 (verCapítulo 18.1) e
o abatimento estiver na faixa adequada, é altamente improvável uma
perda grave de ar incorporado. No entanto, muitas inserções do vibrador
muito próximas umas das outras no concreto podem causar uma
coalescência do sistema de ar arrastado, o que pode causar uma redução
na durabilidade do congelamento-degelo.
d.Deflexões excessivas ou danos na forma—Estes são
provavelmente com vibração externa.
e.Falha no formulário—Pressões internas excessivas que podem
causar falha de forma podem ocorrer ao permitir que o vibrador fique
imerso por muito tempo no concreto no mesmo local. A pressão causada
pela profundidade excessiva (mais profunda do que a taxa de elevação
por hora projetada) do concreto fresco, aumentada pelas forças
dinâmicas da vibração prolongada, pode causar a falha instantânea da
forma.
CAPÍTULO 8—BETÃO ESTRUTURAL
8.1—Pré-requisitos de projeto e detalhamento
Ao projetar membros estruturais e detalhar fôrmas e
armaduras, deve-se considerar o depósito do concreto recém-
misturado o mais próximo possível de sua posição final, de
modo que a segregação, o favo de mel e outras imperfeições
superficiais e internas sejam minimizadas. Além disso, o
método de consolidação deve ser cuidadosamente considerado
ao detalhar armaduras e cofragens. Por exemplo, para vibração
interna, devem ser previstas aberturas no reforço para permitir
a inserção de vibradores. Normalmente, 4 por 6 pol. (100 por
150 mm) aberturas de 24 pol. São necessários centros (600
mm).
309R-22 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
Esses itens exigem que atenção especial seja direcionada ao tamanho dos
membros, ao tamanho do aço da armadura, à localização, ao espaçamento e a
outros fatores que influenciam a colocação e a consolidação do concreto. Isto
é particularmente verdadeiro em estruturas projetadas para cargas sísmicas,
onde o reforço muitas vezes fica extremamente congestionado e a
consolidação eficaz do concreto usando misturas e procedimentos
convencionais torna-se impossível.
O projetista deve comunicar-se com o construtor durante o projeto
estrutural inicial. As áreas problemáticas devem ser reconhecidas a
tempo de tomar medidas corretivas apropriadas, como emendas
escalonadas, agrupamento de aço de reforço, modificação do
espaçamento dos estribos e aumento do tamanho da seção. Quando
existirem condições que contribuam para uma consolidação abaixo do
padrão, uma ou mais das seguintes ações devem ser tomadas:
redesenhar o membro, redesenhar o aço de reforço, modificar a mistura,
utilizar testes de maquete para desenvolver um procedimento e alertar o
construtor sobre condições críticas.
A colocação de concreto em áreas congestionadas é discutida com
mais detalhes emCapítulo 17.
8.2—Requisitos de mistura
As misturas de concreto estrutural devem ser proporcionadas
fornecer a capacidade de colocação, durabilidade, resistência e
outras propriedades exigidas com a devida consideração às
condições de colocação. O concreto deve trabalhar facilmente nos
cantos da fôrma e ao redor da armadura pelos métodos de
consolidação empregados, sem segregação ou acúmulo excessivo
de água livre na superfície. Algumas orientações sobre proporção
podem ser encontradas emCapítulo 2, e o ACI 301 cobre esse
assunto em detalhes. Em áreas de reforço congestionado, os
procedimentos emCapítulo 17deve ser considerado. Além disso,
deve-se considerar o uso de conexões mecânicas para o reforço, a
fim de minimizar o congestionamento.
Um 3 pol. O abatimento (75 mm) é normalmente amplo para concreto estrutural
adequadamente vibrado em formas. O que pode ser considerado como uma
necessidade de concreto com maior abatimento em muitos setores é melhor
satisfeito por vibrações mais profundas. Na verdade, o concreto para membros
estruturais pesados pode muitas vezes ser colocado satisfatoriamente com um
abatimento máximo de 2 pol. (50 mm) quando efetivamente vibrado.
Nas áreas onde a vibração completa não pode ser
alcançada devido a armaduras congestionadas ou outras
obstruções, pode ser desejável aumentar o abatimento
usando aditivos para produzir um concreto fluido que possa
ser consolidado de forma mais eficaz (ACI 309.3R). Contudo,
é importante notar que o uso de concreto fluido não exclui a
necessidade de vibração.
8.3—Vibração interna
Para a maior parte do concreto estrutural, a vibração é realizada de
forma mais eficaz por meio de vibradores de imersão padrão que
atendem às diretrizes doTabela 5.1.5. É importante que o vibrador
selecionado seja adequado à mistura e às condições de colocação.
O procedimento recomendado para vibração interna está
descrito emSeção 7.1. Em paredes e vigas geralmente devem ser
utilizados dois vibradores, um para nivelar a mistura imediatamente
após a colocação e outro para posterior consolidação. Em trabalhos
maiores e mais críticos, uma terceira unidade, que pode ser menos
potente que as outras duas, pode ser útil. Deveria ser
usado em uma fileira de inserções espaçadas dentro de alguns
centímetros (vários centímetros) do formulário, e também na camada
superior da colocação, para ajudar as bolhas de ar a subir e escapar.
As lajes colocadas monoliticamente com vigotas ou vigas devem
ser construídas da seguinte forma: todas as vigotas e vigas devem
ser colocadas e vibradas antes da própria laje. Um intervalo de
tempo de cerca de uma hora permitirá que ocorra o assentamento e
consequente sangramento nestes elementos antes da colocação do
concreto na seção da laje. O concreto da laje deve ser colocado e
vibrado antes que o concreto da viga tome sua pega inicial. Os
vibradores devem penetrar através da laje na viga de concreto
previamente colocada para consolidar e unir os elementos
estruturais.
8.4—Vibração de forma
A vibração de forma é adequada para muitas seções finas e é um
complemento útil à vibração interna em locais onde o aço está
excepcionalmente congestionado, onde o concreto não pode ser
colocado diretamente, mas deve fluir para a posição, ou onde um
vibrador interno não pode ser inserido. No entanto, a vibração da fôrma
pode resultar em pressões de fôrma substancialmente superiores ao
normal, e deve ser dada especial atenção ao projeto da fôrma.
Os procedimentos para vibração da forma são descritos emSeção 7.5.
Em qualquer utilização de vibração de forma, é importante evitar
vibração excessiva em qualquer local. Os vibradores devem ser movidos,
conforme necessário, para mantê-los operando logo abaixo da superfície
superior do concreto, e não em áreas não preenchidas das formas.
8.5—Túnel
Vibradores de forma são usados para consolidação de concreto em
revestimentos de túneis. Freqüentemente, a vibração da forma é
complementada por vibradores de imersão que são usados atrás da forma ou
através de janelas de acesso na forma. O concreto para revestimento de túneis
é mais comumente colocado por bombeamento, com linhas de bombeamento
posicionadas nas paredes laterais e no topo. É importante ter uma mistura
viável, porém coesa, que responda bem à vibração. O abatimento deve ser de
cerca de 130 mm (5 pol.) na extremidade de descarga da linha de bomba.
Quando o nível de concreto atrás da fôrma atinge o topo, é
produzido um declive progressivo de concreto fresco. Esta
inclinação de avanço geralmente variará de 21/2para 1 até 5 para 1,
horizontal para vertical. Os vibradores de forma devem ser
operados a poucos pés (cerca de um metro) do declive que avança e
devem ser frequentemente movidos para frente horizontalmente.
Atenção especial deve ser dada à vibração da fôrma na coroa, para
que o concreto que foi bombeado para os pontos mais altos da
fôrma não seja arrastado pela vibração. À medida que a colocação
prossegue, a retirada da linha de bombeamento e a posição e
tempo de vibração devem garantir o preenchimento máximo do
formulário.
CAPÍTULO 9 - MASSA DE CONCRETO
O concreto em massa é definido como qualquer volume de concreto com
dimensões grandes o suficiente para exigir que sejam tomadas medidas para
lidar com a geração de calor a partir da hidratação do cimento e a
consequente mudança de volume para minimizar a fissuração. Para reduzir o
aumento de calor e obter economia, são utilizados baixos teores de cimento e
grandes agregados e baixos abatimentos são
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-23

mantido. Estas medidas geralmente requerem atenção especial proporcionalidade da cultura. Informações adicionais sobre concreto maciço são

na consolidação. encontradas em ACI 207.1R.

9.1—Requisitos de mistura 9.2—Equipamentos de vibração

A dosagem adequada e o uso ideal de aditivos químicos, cinzas Massa de concreto contendo agregado maior que 11/2pol. (38 mm) e
volantes e escórias no concreto em massa facilitam a consolidação baixos teores de cimento apresentam um problema de vibração único
adequada. Consulte ACI 211.1 para obter informações sobre misturas quando são utilizadas consistências de baixo abatimento. Esse

Figura 9.4(a) — Construção escalonada usada para construção de concreto maciço (foto cortesia do
US Bureau of Reclamation)

Figura 9.4(b)—Aplainamento de uma pilha de massa de concreto recém-depositada na forma

309R-24 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
condição requer que equipamentos potentes que atendam aos
requisitos deGrupo 5emTabela 5.1.5estar disponível para uma
consolidação adequada. Vibradores acionados pneumaticamente
são geralmente usados nos Estados Unidos. O suprimento de ar
deve ser amplo e a força no vibrador deve ser suficiente para uma
consolidação adequada. Em áreas fortemente reforçadas, podem
ser necessários vibradores com diâmetros pequenos para penetrar
entre as barras e conseguir uma consolidação adequada.
9.3—Formulários
Para economia de formas e melhor controle de temperatura,
o concreto em massa é colocado em elevações bastante rasas -
geralmente de 1,5 a 3,0 m (5 a 10 pés) de espessura. Além dos requisitos
normais de formulário (verCapítulo 6), as formas para concreto maciço
geralmente dependem de âncoras embutidas no concreto para sua
resistência e segurança de posição. A profundidade de assentamento
dessas âncoras deve fornecer ancoragem suficiente para suportar o
impacto do despejo rápido de caçambas de linha alta ou de pórtico, bem
como as pressões normais do concreto durante a vibração.
9.4—Práticas de vibração
Os elevadores devem ser construídos com múltiplas camadas de 12 a 20
pol. (300 a 500 mm) de espessura, dependendo do tamanho do agregado. Tais
elevações podem ser consolidadas de forma confiável com alguma penetração
do vibrador nas camadas inferiores. Secções fortemente reforçadas podem
necessitar de camadas mais finas e de atenção adequada para garantir o
revestimento da armadura pelo betão.
Cada camada é construída em tiras de 1,8 a 3,6 m (6 a 12 pés) de
largura. A borda dianteira de cada camada superior deve ser
mantida afastada de 1,2 a 1,5 m (4 a 5 pés) daquela abaixo, para que
não se mova ao vibrar a faixa adjacente de lotes da camada inferior
colocada ao longo da borda. Este procedimento produz um efeito de
escada nas camadas [verFigura 9.4(a)]. A colocação
Figura 9.4(c)—Vibração sistemática da camada de concreto
é assim completado em toda a espessura e área com exposição
superficial mínima. Esta prática minimiza o aquecimento do
concreto pré-resfriado e problemas de juntas frias entre camadas
em climas quentes. Também facilita a colocação em tempo chuvoso.
Detalhes para fabricação e colocação de concreto em massa podem
ser encontrados em outro lugar (Manual do Bureau de Recuperação
de Concreto dos EUA,1981; ACI 207.1R).
Para uma consolidação eficaz da massa de concreto, a equipe
vibratória deve seguir um procedimento sistemático. A tripulação
deve trabalhar em estreita colaboração e mover-se como uma
unidade, em vez de cada operador trabalhar separadamente com
inserções aleatórias e amplamente espaçadas. Os vibradores devem
ser inseridos quase verticalmente no topo das estacas depositadas
em espaçamentos razoavelmente uniformes e depois reinseridos
conforme necessário para nivelar a estaca até a profundidade
adequada e espalhá-la na área que deveria ocupar [ver Figura 9.4(b)
]. Em seguida, as colocações subsequentes devem ser
sistematicamente vibradas com o vibrador penetrando em toda a
profundidade da camada e na camada anterior, mas mantendo-se
afastado das bordas dianteiras [verFigura 9.4(c)]. As bordas em
contato com a tira anterior e o lote anterior devem ser bem unidas.
Cada operador de vibrador deve ter sua área específica de atenção.
A vibração em cada ponto deve continuar até que o ar preso pare de
escapar. Dependendo da mistura e do abatimento, este tempo normalmente
varia de 10 a 15 segundos. As inserções devem ser espaçadas e sincronizadas
para conseguir uma consolidação completa, não apenas perto da superfície,
mas em toda a profundidade da camada e abaixo dela.
A superfície superior completa do bloco deve ser deixada razoavelmente
plana e livre de pegadas e furos vibratórios, para facilitar a limpeza
subsequente da junta. A vibração final deve ser feita por um operador de
vibrador em raquetes de neve de compensado, usando um pequeno vibrador,
se necessário. Quando a consolidação estiver concluída
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
ed, o topo do agregado graúdo deve estar aproximadamente
no nível da superfície do concreto.
A quantidade de concreto que pode ser manuseada por um
vibrador dependerá da capacidade do vibrador, da experiência
e diligência do operador e da resposta à vibração da mistura de
concreto específica utilizada. Sob condições ideais, uma
tripulação eficiente pode lidar com até 50 jardas3(40 metros3)
por hora por vibrador. Em torno de itens embutidos e em
cofragens complicadas, a quantidade movimentada pode ser
inferior a metade deste valor.
Na Europa, Japão e Canadá, foi feito uso bem-sucedido de vibradores
coletivos usando escavadeiras, guindastes e guinchos hidráulicos. Uma
escavadeira espalha e nivela o concreto pronto para consolidação. Isto é
seguido por uma consolidação sistemática em todo o concreto recém
espalhado por três ou mais vibradores montados em uma estrutura. O
uso bem-sucedido deste procedimento requer um formulário aberto
com um mínimo de vínculos de formulário. Quando uma escavadeira é
usada para manipular a estrutura, é necessário cuidado ao girar para
que as esteiras da escavadeira não penetrem no concreto.
9.5—Concreto compactado com rolo
O concreto em massa pode ser compactado com rolos vibratórios. Rolar-
O concreto compactado (CCR) é um concreto com consistência de abatimento
zero que é transportado, colocado e compactado em camadas horizontais
usando o mesmo equipamento usado para construção de rodovias e
construção de terra e enrocamento. Como a fase de consolidação da
construção do CCR é realizada por equipamentos do tipo utilizado em
terraplanagem, o termo soloscompactaçãofoi usado no lugar do termo
concretoconsolidação. Informações detalhadas sobre RCC podem ser
encontradas em ACI 207.5R.
O concreto compactado com rolo colocado nos Estados Unidos é
geralmente colocado e espalhado em 8 a 12 pol. (200 a 300 mm), embora
camadas de até 3 pés (1 m) de espessura tenham sido usadas em
algumas aplicações. Para camadas com espessura superior a 300 mm (12
pol.), o concreto deve ser depositado e espalhado em várias camadas
finas antes da compactação. Em áreas abertas, as camadas são
compactadas por rolos vibratórios de tambor liso com massa linear
estática de 1.200 a 3.000 lb/ft. (1800 a 4500 kg/m) de largura do tambor.
Em algumas aplicações, a laminação de acabamento foi realizada com
rolos pneumáticos com massa estática de até 26 toneladas (24.000 kg).
Em áreas apertadas e áreas adjacentes a paredes e outras obstruções,
rolos menores e compactadores mecânicos podem ser usados para
compactar o RCC. Ao utilizar este equipamento, deve-se ter o cuidado de
colocar o CCR em camadas mais finas para garantir a compactação. A
colocação e a laminação geralmente são feitas em camadas horizontais.
No entanto, o RCC foi colocado e compactado em encostas moderadas
onde um cabo de guincho foi usado para auxiliar o deslocamento do rolo
na encosta.
Geralmente, para misturas mais ricas e plásticas, a primeira passagem
do rolo é no modo estático (sem vibração), seguida de passagens
repetidas no modo vibratório. Uma laminação de acabamento retardada
aproximadamente 1 hora após a compactação inicial foi eficaz na
redução de fissuras superficiais. Os operadores devem garantir uma
sobreposição mínima de 150 mm (6 pol.) entre pistas de rolamento
adjacentes e no final de cada percurso. Deve ser dada especial atenção à
compactação da junta ao longo das pistas de colocação, especialmente
se o betão da pista anterior
309R-25
atingiu o tempo de configuração inicial. Isto foi conseguido rolando as
bordas das pistas em uma inclinação de 2 para 1 ou cortando uma borda
vertical em concreto bem compactado com uma niveladora.
A seleção de rolos vibratórios ainda não é totalmente compreendida e a seleção
do equipamento deve ser estabelecida através de procedimentos de teste de campo.
Os rolos vibratórios geralmente se enquadram em duas categorias:
1.Rolos de alta frequência e baixa amplitude—1.800 a 3.200
vibrações por minuto (30 a 50 Hz), 0,015 a 0,03 pol. (0,38 a 0,75 mm)
— são usadas para compactação de asfalto
2.Rolos de baixa frequência e maior amplitude—1.200 a 1.800
vibrações por minuto (20 a 30 Hz), 0,03 a 0,06 pol. (0,75 a 1,5
mm) — são usadas na compactação de terra e enrocamento
Parâmetros de construção, como espessura de elevação e
características da mistura de concreto, tamanho nominal máximo
do agregado e teor de água, podem influenciar a seleção dos rolos.
Cuidado especial deve ser tomado na dosagem da mistura de RCC e nas
técnicas de colocação para evitar segregação ou contaminação sobre o
elevador previamente colocado para garantir uma junta de levantamento bem
aderida e de baixa permeabilidade. Quando o concreto RCC recém-misturado
é colocado em uma superfície de elevação endurecida, a superfície deve estar
limpa e uma fina camada de argamassa ou vários centímetros (± 100 mm) de
uma mistura de base mais plástica deve ser colocada na superfície antes de
cobrir com o regular Mistura de CCR. Geralmente, 4 a 6 passadas com um rolo
vibratório de tamanho adequado são suficientes para produzir um concreto
denso e bem compactado. No entanto, o aumento da espessura de
sustentação e as misturas de RCC com consistência mais rígida podem exigir
mais passes. Testes de campo devem ser realizados para determinar o número
de passagens do rolo necessárias para atingir a compactação total.
CAPÍTULO 10 — PESO NORMAL
LAJES DE PISO DE BETÃO
10.1—Requisitos de mistura
O concreto para construção de lajes deve ser proporcionado para
proporcionar a colocação, acabamento, resistência à abrasão,
resistência e durabilidade necessárias. ACI 302.1R cobre
procedimentos recomendados para construção de pisos e lajes.
Misturas mais rígidas são comumente usadas para superfícies
duráveis e resistentes à abrasão. Estes requerem consolidação por
vibração ou outros meios eficazes. As recomendações neste guia são
principalmente para esta classe de construção.
10.2—Equipamento
A vibração superficial é recomendada para consolidação de lajes
até 150 mm (6 pol.) de espessura, desde que não sejam reforçados ou
contenham apenas malha leve. As betonilhas vibratórias, apoiadas nas
formas, placas de betonilha ou trilhos, são os meios mais comuns. Eles
devem ser de baixa frequência (3.000 a 6.000 vibrações por minuto [50 a
100 Hz]) e de alta amplitude para minimizar o desgaste da máquina e
fornecer profundidade adequada de consolidação sem criar uma camada
questionável de finos na superfície. O uso do tipo de alta frequência e
baixa amplitude é aceitável quando aplicado exclusivamente para
acomodar a operação de acabamento. Lajes não reforçadas de 150 a 200
mm (6 a 8 pol.) de espessura podem ser consolidadas por vibração
interna ou superficial.
Vibração interna, utilizando equipamento descrito emMesa
5.1.5, é recomendado para todas as lajes com mais de 200 mm (8 pol.)
309R-26 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
Fig. 10.6—A desidratação a vácuo da laje de concreto é mostrada logo atrás da operação de acabamento do piso
espesso. Também é recomendado para lajes de menor espessura que
contenham armaduras ou outros embutimentos, como eletrodutos. A
vibração interna também deve ser fornecida adjacente aos dispositivos e
formas de transferência de carga.
10.3—Lajes estruturais
Lajes estruturais que contêm reforço e conduíte
e deve ser vibrado internamente. Betonilhas vibratórias também são utilizadas
com frequência para facilitar o acabamento; um tipo de alta frequência e baixa
amplitude pode ser usado neste caso.
Freqüentemente, a laje conterá colunas salientes, conduítes ou barras
de reforço que impedem o assentamento de formas ou placas de
betonilha necessárias para uma betonilha vibratória. Esses pisos devem
ser aplicados manualmente e são necessários desníveis superiores a 2
pol. (50 mm). Nestes rebaixamentos, a consolidação adequada será
obtida através da vibração interna e das operações manuais de betonilha
e acabamento.
10.4—Lajes no nível
Os procedimentos descritos emCapítulo 11deve ser seguido
em trabalhos grandes quando for prático. No entanto, muitas lajes de piso são
pequenas, de formato estranho ou em seções não uniformes, de modo que
procedimentos altamente mecanizados não podem ser utilizados. Tal
construção é coberta pelos procedimentos dados neste capítulo.
10.4.1Vibração interna—A cabeça do vibrador deve estar
completamente imersa durante a vibração. Para lajes grossas será
possível inserir o vibrador verticalmente, enquanto para lajes mais
finas deverá ser inserido em ângulo, ou mesmo horizontalmente.
zonalmente. O contato do vibrador com o subleito deve
ser mínimo, pois pode contaminar o concreto com
materiais estranhos.
A utilização de betonilhas vibratórias, quando podem ser utilizadas
formas de borda ou trilhos de betonilha, facilitará as operações de
desempeno após a consolidação da laje por vibração interna. Utilizando
uma mesa vibratória, pode-se utilizar concreto de menor abatimento.
10.4.2Vibração de superfície—Quedamentos na faixa de 25 a 50
mm (1 a 2 pol.) são geralmente recomendados para concreto
consolidado por contrapisas vibratórias. Para desmoronamentos
superiores a 75 mm (3 pol.), betonilhas vibratórias devem ser
utilizadas com cuidado, pois esse concreto terá acúmulo de
argamassa na superfície acabada após a vibração.
As betonilhas vibratórias desgrudam e endireitam o concreto,
além de proporcionarem consolidação. Para realizar uma
consolidação significativa, a borda principal da sapata deve estar em
ângulo com a superfície e a sobretaxa adequada (altura de concreto
não compactado necessária para produzir uma superfície acabada
na elevação adequada) deve ser colocada na frente da régua
principal.
Quando for impraticável a colocação de placas de betonilha ou
formas para betonilhas vibratórias ou outros vibradores de
superfície, o abatimento deverá ser aumentado para entre 75 e 100
mm (3 e 4 pol.) e a consolidação primária obtida através das
operações de endireitamento e acabamento. Será necessária pá ou
vibração interna para consolidar o concreto adequadamente
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
em torno de aço de reforço, dispositivos de transferência de carga, rasgos de chaveta
e bordas de formas.
10.5—Pisos industriais para serviços pesados
A superfície de desgaste de pisos industriais para serviços pesados
deve ser de concreto de alta qualidade. Para obter informações sobre as
diversas classificações e requisitos de piso, consulte a Tabela 1.1 na ACI
301.1R. Muitos pisos industriais são colocados em duas fiadas, com
concreto convencional na fiada inferior e concreto de maior qualidade na
fiada superior. A camada superior deve ser preferencialmente colocada
antes da camada inferior atingir a configuração final. A utilização de
sistemas de piso de dois cursos proporciona economia e uso mais
eficiente de materiais.
A superfície superior deve ser cortada ligeiramente acima do grau de
acabamento. A camada de desgaste deve então ser compactada por
rolamento, compactação ou outra vibração superficial. O uso de um
flutuador de disco motorizado com martelos proporcionará consolidação
adicional da região próxima à superfície. Nestes concretos, o disco
flutuante deve ser utilizado logo após a operação de betonilha, caso não
seja possível levar à superfície argamassa suficiente para preencher
adequadamente os vazios superficiais.
Aditivos químicos podem ser usados para aumentar a
trabalhabilidade das misturas e facilitar a consolidação.
10.6—Desaguamento a vácuo
O processo de vácuo é um método para melhorar a qualidade
do concreto próximo à superfície, removendo parte da água de
mistura após a colocação do concreto; no entanto, alguma
reconsolidação está envolvida (verFigura 10.6). As esteiras são
aplicadas na superfície após a conclusão da consolidação
normal e são conectadas a bombas de vácuo. A sucção aplicada
pelas bombas e a pressão atmosférica (força consolidadora),
atuando simultaneamente nas esteiras, retiram a água e o ar
aprisionado da região próxima à superfície e fecham os espaços
antes ocupados pela água.
CAPÍTULO 11—PAVIMENTOS
Trabalhos de pavimentação de rodovias e aeródromos incluem
aplicações como pavimentos continuamente reforçados e tabuleiros de
pontes e podem usar concreto em taxas superiores a 500 jardas3(400m3)
por hora. Equipamento automatizado capaz de lidar com 1 a 2 pol. O
concreto com abatimento (25 a 50 mm) é geralmente usado para
assentamento e acabamento. No outro extremo, os empreendimentos
residenciais podem exigir menos de 100 jardas3(80 metros3) de concreto
por dia. Trabalho manual considerável é frequentemente utilizado,
necessitando de quedas na faixa de 2 a 4 pol. (50 a 100 mm).
Este guia destina-se à construção de rodovias e aeródromos. Os
procedimentos descritos geralmente se aplicam a pavimentos de
forma fixa ou escorregadio. Pavimentos de concreto com queda
zero são colocados pelo processo de compactação com rolo
conforme descrito emSeção 9.5.
11.1—Requisitos de mistura
A mistura de concreto deverá ter aplicabilidade e acabamento
adequados para atingir a consolidação e acabamento
desejados. O abatimento deve ser de 2 pol. (50 mm) ou menos
para manter a segregação e a perda de ar aprisionado ao
mínimo e para manter a qualidade do concreto.
309R-27
O concreto recebido no ponto de colocação deverá ser uniforme.
Variações na mistura podem resultar em segregação ou consolidação
inadequada, fazendo com que o pavimento tenha más qualidades de
condução e baixa durabilidade. Para concreto reforçado com fibras,
vibradores internos devem ser utilizados com menor espaçamento e por
maior período de tempo para obter resultados satisfatórios (ver ACI
544.1R).
11.2—Equipamento
11.2.1Seleção de equipamentos—Todos os pavimentos devem
ser consolidados por vibração em toda a largura. O tipo de vibração
interna ou superficial – é determinado pela espessura da laje, taxa
de produção, consistência e outras características da mistura de
concreto.
Vibradores internos, geralmente vibradores de haste montados em
grupo, atendendo às diretrizes emTabela 5.1.5deve ser usado quando a
espessura do pavimento for de 200 mm (8 pol.) ou mais. Quando o
equipamento se move rapidamente sobre lajes para atingir altas taxas
de produção, pode ser necessária vibração interna em pavimentos tão
finos quanto 100 mm (4 pol.). A popularidade dos vibradores hidráulicos
aumentou rapidamente nos últimos anos, principalmente porque a
frequência é ajustável e os requisitos de manutenção são baixos.
Vibradores de superfície podem ser usados para pavimentos com menos
de 200 mm (8 pol.) de espessura e têm sido usados com sucesso para
pavimentos de até 250 mm (10 pol.) de espessura, utilizando maior esforço
vibracional. Porém, a taxa de produção será inferior à obtida com vibradores
internos. Além disso, a vibração da superfície em combinação com o
arrancamento, o espalhamento e a flutuação podem trazer excesso de
material fino para a superfície. Isso pode acontecer como resultado de
proporções inadequadas de mistura ou trabalho excessivo da superfície, ou
ambos.
A velocidade do trem de pavimentação controla o tempo de
vibração, e o equipamento e as proporções da mistura devem ser
selecionados de acordo.
11.2.2Requerimentos gerais—Os vibradores de superfície e internos
devem ser controlados por um interruptor automático liga-desliga que
opera os vibradores simultaneamente e somente quando a máquina está
em movimento para frente.
A capacidade de variar a frequência é desejável para permitir o
ajuste às condições de trabalho e aos materiais utilizados.
Unidades vibratórias de reserva devem estar disponíveis para substituição
ou, se necessário, para vibração adicional.
11.2.3Vibradores internos—Além dos vibradores internos usuais
descritos emcapítulo 5, Spuds em forma de L também estão
disponíveis para construção de pavimentos. Estas últimas são
especialmente adaptadas para consolidar lajes mais finas e para
operar acima da malha em pavimentos armados.
Os vibradores são geralmente montados em grupo em uma estrutura
horizontal (vejaFigura 11.2.3) que deverá estar localizado imediatamente
à frente da primeira betonilha ou placa extrusora. A estrutura deve ser
ajustável para frente e para trás para compensar diferenças na
consistência do concreto de trabalho para trabalho.
A estrutura deve ser capaz de espaçar de 10 a 14 vibradores em
uma largura de pavimentação de 24 pés (7,3 m). Deve também ser
capaz de movimento vertical para que as estacas possam ser
completamente retiradas do concreto ou abaixadas até a posição
exata no concreto necessária para uma vibração ideal.
309R-28 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Fig. 11.2.3—Vibradores de haste montados em grupo para consolidação de

concreto de pavimento

Fig. 11.2.4(a)—Vibrador de superfície tipo panela para construção de

pavimentos

Fig. 11.2.4(b) — Mesas mais antigas com caminhões permitindo ação semelhante a um
came para elevar a mesa para limpar a superfície do concreto ao se mover para a
segunda passagem
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Os vibradores devem ser capazes de ajuste angular que
possa ser mantido durante a vibração.
A frequência do vibrador deve ser ajustável entre 8.000 e
12.000 vibrações por minuto (130 e 200 Hz). A frequência de
vibrador para vibrador deve ser uniforme.
Vibradores de imersão manuais do tipo usado na consolidação de
concreto estrutural podem ser úteis ao longo de formas ou em
áreas irregulares.
11.2.4Vibradores de superfície—Três tipos de vibradores de superfície
são usados na construção de pavimentos de concreto: mesa vibratória,
prato vibratório e mesa de rolo vibratório (verSeção 5.3).
A mesa vibratória é uma unidade de dupla finalidade que consolida o
concreto e desgruda da superfície. As extremidades da mesa geralmente
não são equipadas com caminhões (conjuntos de rodas) [Figura 11.2.4(a)
]. Equipamentos mais antigos podem ter caminhões [Figura 11.2.4(b)]
com uma acção semelhante a um came, para que a betonilha possa ser
levantada da superfície de betão ao movê-la para trás para uma segunda
passagem. Mesas pequenas podem ser levantadas manualmente.
Normalmente é necessária uma unidade para cada faixa de largura. As
mesas vibratórias devem ser capazes de variar a frequência de 3.000 a
8.000 vibrações por minuto (50 a 130 Hz).
A bandeja vibratória é o único vibrador de superfície utilizado
estritamente para consolidação. A panela deve ser montada em
uma estrutura horizontal capaz de levantá-la do concreto ou mantê-
la na superfície conforme desejado. O vibrador pan deve ser
ajustável em frequência de 3.000 a 6.000 vibrações por minuto (50 e
100 Hz).
O tipo final de vibrador de superfície é a mesa de rolo
vibratório, que desbasta e consolida. A frequência deve ser
ajustável; a faixa para o modelo de corrente mais utilizado é de
100 a 400 vibrações por minuto (2 a 7 Hz). Este equipamento
requer um abatimento do concreto de mais de 50 mm (2 pol.) e
seu uso deve ser limitado a áreas irregulares e posicionamento
de mãos.
11.3—Procedimentos de vibração
11.3.1Vibrações internas usando vibração montada em grupo
tores—A força centrífuga e o espaçamento entre vibradores devem
ser baseados no agregado a ser usado, nas características da
mistura, na taxa de entrega do concreto, no método de colocação
do reforço e na velocidade da pavimentadora. Vibradores com força
centrífuga perto do limite inferior da faixa mostrada naGrupo 3 na
Tabela 5.1.5deve ser usado para misturas com agregados graúdos
finos e altos teores de agregados finos. Normalmente, o
espaçamento de teste deve ser de 500 a 750 mm (20 a 30 pol.).
Quanto menor a força centrífuga e mais rasa a laje, mais próximo
será o espaçamento. A localização dos vibradores externos é crítica,
especialmente em pavimentação de concreto.
Quando ocorre não uniformidade ou riscos de argamassa nos
caminhos do vibrador durante a operação em velocidades normais de
pavimentação, os vibradores devem ser abaixados no concreto, sua
angularidade alterada, a frequência aumentada ou diminuída, a
amplitude alterada (geralmente pela alteração da massa excêntrica) ou
vibradores adicionais adicionado até que as estrias sejam eliminadas. A
consolidação adequada é geralmente alcançada quando a superfície do
concreto tem textura e brilho uniformes, com partículas de agregado
grosso pouco visíveis na superfície ou imediatamente abaixo dela.
309R-29
Para pavimentos com menos de 250 mm (10 pol.) de espessura, os
vibradores devem ser operados paralelamente ou ligeiramente inclinados em
relação à sub-base. Para pavimentos não reforçados mais espessos, os
vibradores devem estar próximos da vertical, com a ponta do vibrador
preferencialmente a cerca de 2 pol. (50 mm) da sub-base e a parte superior do
vibrador alguns centímetros abaixo da superfície do pavimento.
Um 4 a 6 pol. Uma sobretaxa de concreto (100 a 150 mm) deve ser
transportada sobre os vibradores durante a operação de assentamento.
Cargas de sobretaxa maiores provavelmente causarão oscilações atrás da
mesa ou da placa de extrusão e impedirão a liberação total do ar aprisionado.
Para pavimentos reforçados com espessuras inferiores a 10
pol. (250 mm), os vibradores devem estar paralelos à sub-base
acima e o mais próximo possível do reforço, mas pelo menos
dois diâmetros do vibrador abaixo da superfície. Quando a
armadura estiver próxima da superfície, o concreto deverá ser
colocado em múltiplas passagens para permitir a consolidação.
Se for descoberta uma consolidação inadequada na parte
inferior da laje sob o aço, aproxime os vibradores, aumente o
esforço vibratório ou diminua a velocidade da pavimentadora.
Como é prática comum acoplar a unidade vibratória ao
equipamento que transporta a primeira mesa transversal, o
ajuste adequado dos vibradores dependerá da velocidade de
avanço deste equipamento.
Lajes armadas nas quais a armadura é colocada por vibração após a
colocação do concreto em profundidade total requerem consolidação
inicial antes da colocação do aço. Em pavimentos continuamente
reforçados onde o aço é colocado em cadeiras antes da colocação do
concreto, deve-se tomar cuidado para garantir que o concreto abaixo do
aço de reforço esteja recebendo consolidação adequada. Para
armaduras colocadas com um depressor de malha, normalmente será
necessária menos vibração do que para malhas colocadas em cadeiras
ou para concreto colocado em duas fiadas. Para lajes armadas colocadas
em duas fiadas, os vibradores devem ser utilizados em ambas as fiadas.
Olsen, Winn e Ledbetter et al. (1984) fornecem informações
adicionais sobre consolidação de pavimentos de concreto.
11.3.2Vibração de superfície
11.3.2.1A unidade do prato vibratório deve ser posicionada entre
atrás do equipamento de nivelamento de superfície. A frequência de
vibração deve ser definida de acordo com a velocidade de avanço do
equipamento no qual está montado. Não se deve permitir que uma
sobretaxa se acumule na frente da panela, pois isso amortece as
vibrações. Um vibrador de haste interno pode auxiliar na consolidação
do concreto ao longo de cada forma.
11.3.2.2Geralmente é aconselhável fazer duas passagens do
betonilha ou rolo. O primeiro desbasta e consolida o concreto e
o segundo dá o acabamento superficial. A frequência máxima
deve ser usada na primeira passagem e uma frequência
reduzida na segunda. Neste caso, a aparência superficial não é
um critério satisfatório da adequação da consolidação. É
necessária uma compreensão da eficácia da consolidação
abaixo da superfície.
11.3.3Vibração manual—Vibradores de imersão manuais devem ser usados
adjacentes a todos os coletores (anteparas) e conjuntos de juntas, a menos
que um instalador de pino vibratório ou vibração interna em toda a largura
seja usada. Eles também devem ser usados em outras áreas onde vibradores
montados em grupo não são praticáveis. A cabeça vibratória deve ser
completamente imersa o mais próximo possível
309R-30 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
posição prática possível para evitar segregação e riscos de
argamassa. O concreto deve ser vibrado até a profundidade
necessária por vibração sistemática das áreas sobrepostas. O
espaçamento de inserção geralmente deve ser de 500 a 750 mm (20
a 30 pol.) ou cerca de 11/2vezes o raio de ação efetivo. É melhor
espaçar as inserções muito próximas do que muito distantes.
O vibrador deve operar em um local até que o concreto esteja
completamente consolidado, depois deve ser retirado lentamente para
garantir o fechamento do furo resultante da inserção do vibrador. O
período de tempo para efetuar uma consolidação completa variará com
a trabalhabilidade do concreto e a força centrífuga do vibrador. O tempo
de vibração pode ser tão curto quanto 5 segundos ou tão longo quanto
20 segundos por ponto de aplicação.
11.4—Precauções especiais
Ao colocar concreto com entrada de ar, o conteúdo de ar do
concreto consolidado no local deve ser verificado. Certos métodos
de consolidação e acabamento de pavimentos afetarão as
características do sistema de vazios de ar. Quando a entrada de ar é
necessária para a resistência ao gelo, os parâmetros de vazios de ar
no concreto endurecido devem ser verificados. Se o teor de ar cair
abaixo do nível especificado, deverão ser feitas alterações nos
procedimentos de vibração ou na quantidade ou tipo de aditivo
incorporador de ar usado. A profundidade e localização do aço de
reforço devem ser verificadas atrás dos vibradores para assegurar
que o reforço não foi deslocado.
Quando são utilizadas formas fixas, a borda do pavimento deve ser
examinada após a remoção da forma para determinar a eficácia dos
vibradores. Se for observado favo de mel, uma ou mais das seguintes
alterações devem ser feitas para evitar sua recorrência: (1) posicionar os
vibradores mais próximos das formas, (2) aumentar a frequência ou
amplitude dos vibradores, ou (3) reduzir a velocidade de avanço dos
vibradores. o equipamento de pavimentação.
Na pavimentação de concreto, o equipamento deve avançar o
mais continuamente possível, especialmente em climas quentes.
Atrasos, partida e parada da pavimentadora podem causar rasgos
na superfície e nas bordas do concreto já consolidado. O rasgo pode
se estender até uma profundidade de 150 a 200 mm (6 a 8
polegadas) e resultar em perda de consolidação. A condição é
causada pelo desenvolvimento de atrito excessivo entre a forma
superior ou lateral da pavimentadora e o concreto. Os fatores que
podem contribuir para o rompimento incluem espessura da laje,
uso de concreto com abatimento muito baixo, temperatura do
concreto, vento e umidade, proporções da mistura, formato das
partículas dos agregados, taxa de perda de abatimento e ajuste e
operação da pavimentadora de concreto. . Uma vez ocorrido o
rompimento, o único meio de restaurar a integridade do concreto é
utilizar vibradores de imersão e vibrar a área afetada. Se o rasgo
estiver próximo ou na borda, pode ser necessária a instalação de
formas laterais para reter o concreto durante a vibração.
Os núcleos devem ser retirados periodicamente para verificar a adequação
da consolidação. Aqueles utilizados para verificar a espessura do pavimento
podem ser adequados para esta finalidade. A superfície superior dos núcleos
deve ser examinada para determinar a espessura da camada de argamassa
acima do agregado graúdo. Espessuras de argamassa sobre agregado graúdo
superiores a1/8pol. (3 mm) indicam vibração excessiva ou acabamento
excessivo, o que pode resultar em resistência à abrasão reduzida. Isto também
indica um excesso de argamassa
mistura. O inspetor deve registar locais de avarias,
atrasos ou outros eventos incomuns e deve solicitar
núcleos destas áreas.
A densidade do concreto fresco imediatamente após a vibração
pode ser determinada pelo uso de medidores nucleares. Esses
medidores medem a densidade relativa, que é a massa plástica por
unidade de volume medida da maneira normal (ASTM C 138). Isto
pode fornecer um meio útil para indicar quando o grau desejado de
consolidação foi alcançado. Resultados úteis podem ser obtidos em
trabalhos grandes onde o custo pode ser justificado, onde há
pessoal de teste disponível, o instrumento está devidamente
calibrado e a mistura de concreto é razoavelmente uniforme.
Vazios excessivos de ar aprisionado nos núcleos indicam uma
necessidade de vibração adicional ou uma mudança na localização ou
espaçamento dos vibradores. A intrusão do material da base no concreto
pode resultar de vibradores internos ajustados muito baixos ou em um
ângulo incorreto.
Mudanças nas condições de trabalho, como clima, taxa de
progresso, mudanças no equipamento e quedas, podem exigir uma
mudança nas características ou na posição dos vibradores. O
inspetor deve observar a não uniformidade atrás dos vibradores.
Sabe-se que a não uniformidade causada pelo uso impróprio de
vibradores coletivos produz linhas de fraqueza que podem evoluir
para rachaduras longitudinais.
CAPÍTULO 12—PRODUTOS PRÉ-MOLDADOS O método de
consolidação para produtos pré-moldados deve ser
selecionados com base no uso final do produto, mistura de
concreto, material de formação e técnica de produção para que
toda a operação possa ser planejada e coordenada de forma
eficiente. A Tabela 12.1 resume dados pertinentes para alguns
produtos de concreto pré-moldado.
12.1—Requisitos de mistura
A trabalhabilidade da mistura é uma consideração importante
na seleção do método de consolidação para trabalhos pré-moldados. Em trabalhos
pré-moldados, geralmente são utilizadas as seguintes consistências:
a. Misturas duras. Estas são misturas duras e com queda zero que
apresentam pouca coesão quando apertadas na mão. Devido ao seu
baixo teor de água, a cura úmida é geralmente utilizada para atingir
a hidratação adequada do cimento.
b. Misturas plásticas rígidas. Essas misturas têm alguma coesão e
são ligeiramente plásticas, geralmente com abatimento inferior a 25
mm (1 pol.).
c. Misturas de graduação uniforme ou com lacunas com
queda de 1 a 4 pol. (25 a 100 mm). Essas misturas são
coesas e plásticas.
d. Misturas com mais de 4 pol. (100 mm) que fluem
prontamente e têm um alto potencial de segregação se
vibração mecânica for aplicada.
Em trabalhos pré-moldados, pode ser necessário ajustar as proporções da
mistura, dentro de limites razoáveis, para proporcionar compatibilidade com o
equipamento de pré-moldado disponível.
12.2—Formando material
O método de consolidação deve ser compatível com a forma
ou material do molde. Aço, madeira e concreto armado são
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Fig. 12.4—Vibração de forma usada na construção de vigas pré-moldadas
geralmente preferido. Os formulários podem ser revestidos com fibra de vidro ou
outros plásticos para produzir superfícies especiais. Borracha também foi usada.
Deve-se tomar cuidado para evitar danos à forma durante a
consolidação. Por exemplo, vibradores internos devem ter ponta de
borracha e o contato entre o vibrador e a forma deve ser evitado.
12.3—Técnica de produção
Para produtos que foram padronizados, bem desenvolvidos
métodos estão geralmente disponíveis. Máquinas estão disponíveis
para fabricar os seguintes produtos padronizados:
a. Tubo de concreto;
b. Bloco de concreto e lintéis;
c. Unidades de laje;
d. Pequenas lajes de pavimentação (bloco de pátio, etc.);
e. Unidades de construção, como painéis de parede resistentes.
Produtos customizados apresentam problemas mais difíceis.
Experiência em dosagem de mistura, projeto de molde e outros fatores
levam ao melhor método de fundição e consolidação. O número de
unidades a serem lançadas também deve ser considerado.
A informação emcapítulo 5deve ser útil. Experiência
anterior e experimentação são frequentemente utilizadas
para chegar à solução final.
12.4—Outros fatores que afetam a escolha do
método de consolidação
Vibração externa da forma (verFigura 12.4) ou mesas vibratórias
são geralmente preferidas à vibração interna na indústria de pré-
moldados. Eles proporcionam um controle mais uniforme e
permitem a adoção de técnicas mais econômicas na produção diária
de unidades similares. Quando a seção envolver grandes massas de
concreto distantes de vibradores externos, deverá ser fornecida
vibração interna suplementar.
A compactação é um método eficaz de consolidação de concreto
rígido colocado em camadas finas.
309R-31
A vibração de pressão é adequada para misturas rígidas. Aqui, um
determinado volume de concreto é colocado em um molde e uma força é
aplicada no topo simultaneamente com a vibração.
O método de cura pode afetar a escolha e operação do
equipamento de consolidação. Vibradores externos que não são
removíveis e ficam expostos ao vapor e à umidade provavelmente
terão altos custos de manutenção, especialmente se forem
alimentados eletricamente.
12.5—Métodos de colocação
O método de deposição do concreto nas formas é importante
à consolidação. Para expelir a quantidade máxima de ar aprisionado
e manter ao mínimo os vazios nas superfícies formadas, a vibração
deve ser contínua durante a colocação do concreto.
Deve-se evitar o despejo de concreto em pilhas intermitentes.
Betoneiras portáteis ou caminhões betoneiras devem descarregar em
uma fita em movimento contínuo diretamente na forma, em vez de
descarregar em uma caçamba e despejar intermitentemente o concreto
em montes.
Ao usar mesas vibratórias ou rebatíveis, uma camada uniforme de
concreto deve ser colocada no molde antes de a mesa ser colocada em
operação. Quando são fabricadas lajes rasas, a fôrma deve ser
completamente preenchida antes do início da vibração. Se a
profundidade exceder 300 mm (12 pol.), é melhor usar duas ou mais
camadas. A consistência do concreto e a aparência superficial desejada
também afetarão o método empregado; quanto menor a relação água-
cimento, mais raso será o elevador que deverá ser utilizado.
CAPÍTULO 13—BETÃO LEVE O concreto feito com
agregado leve é utilizado para
reduzir cargas permanentes, resultando em membros estruturais e
tamanhos de fundação menores. O concreto leve também é utilizado
para proporcionar melhor resistência ao fogo e servir como isolamento
contra transmissão de som e calor.
309R-32 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
13.1—Requisitos de mistura
A maioria dos agregados graúdos leves comercialmente
disponíveis tem um tamanho nominal máximo de1/2ou3/4pol. (13
ou 19 mm). O agregado fino pode ser de peso normal ou leve,
ou uma combinação de ambos, desde que o concreto atenda
aos requisitos de densidade e resistência.
Um abatimento de 50 a 75 mm (2 a 3 pol.) é adequado para construção
normal. Com abatimentos mais elevados, os pedaços maiores de agregado
leve podem flutuar para a superfície superior durante a vibração. Misturas
mais duras são frequentemente utilizadas em trabalhos pré-moldados.
A entrada de ar é altamente desejável em concreto leve.
Confere coesão à argamassa para que as partículas mais
grossas tenham menos tendência a flutuar durante a vibração.
13.2—Comportamento do concreto leve durante a
vibração
Durante a vibração, as bolhas de ar aprisionadas são trazidas para
a superfície através da flutuabilidade e dissipada como no concreto de
peso normal. No entanto, a densidade mais baixa da mistura resulta
numa flutuabilidade um pouco menor para as bolhas de ar. É importante
permitir tempo de vibração suficiente para remover as bolhas de ar, ao
mesmo tempo em que se observa que, com tempos de vibração longos,
grande parte do ar arrastado pode ser perdida e algumas das partículas
leves do agregado podem flutuar.
A segregação dos componentes da mistura de concreto durante a
vibração é causada por diferenças em suas gravidades específicas.
No concreto de peso normal, o agregado graúdo é mais pesado que
a argamassa e, portanto, tende a afundar durante a vibração. No
concreto leve, o inverso é verdadeiro, embora a tendência do
agregado graúdo flutuar seja menor quando a argamassa contém
agregado fino leve. As misturas secas não segregarão tão
rapidamente sob ação vibratória como as úmidas.
13.3—Equipamentos e procedimentos de consolidação O
equipamento recomendado para a consolidação de concreto de
peso normal também é adequado para concreto leve.
Tal como acontece com o betão de peso normal, o betão leve
deve ser colocado o mais próximo possível da sua posição final para
evitar a segregação. Vibradores não devem ser usados para
movimentar o concreto lateralmente. As pás são frequentemente
úteis para depositar ou mover o concreto.
A maioria das práticas utilizadas para vibrar concreto de peso normal pode
ser seguida com concreto leve. No entanto, devido à reduzida flutuabilidade
das bolhas de ar aprisionadas no betão leve, as profundidades das camadas
devem ser reduzidas para aproximadamente 80 por cento daquelas indicadas
emSeção 7.1. Os vibradores devem ser inseridos em intervalos próximos e
devem penetrar na camada previamente colocada. Deve ser dado tempo
suficiente, geralmente cerca de 10 segundos, em cada inserção para obter
uma consolidação adequada. Misturas mais duras podem exigir alguns
segundos adicionais.
Em paredes onde os vazios de ar superficiais são questionáveis, sugere-se o
seguinte procedimento. Cada camada deve ser vibrada da maneira normal e,
em seguida, vibrada imediatamente antes da colocação do levantamento
seguinte. Se for permitido um período de cerca de 30 minutos (ou o maior
tempo possível) entre as operações de vibração, este procedimento pode ser
bastante eficaz. Como alternativa à segunda vibração, que pode exigir
vibradores adicionais, a aplicação manual de pás ou batidas contra a superfície
da forma é moderadamente eficaz.
13.4—Pisos
As operações de consolidação e acabamento deverão receber
atenção especial quando concreto leve é usado na construção de
pisos. Embora a maioria das recomendações do Capítulo 10 sejam
aplicáveis, algumas precauções adicionais são úteis.
A entrada de ar e o abatimento mínimo são ambos muito
desejáveis. Isso ajudará a evitar que partículas leves de
agregados grossos cheguem à superfície superior.
A melhor consolidação é obtida arrastando o vibrador através do
concreto em uma posição quase horizontal, aproximadamente no
mesmo espaçamento usado para inserções verticais. Arrastar a uma
velocidade constante proporcionará uma vibração mais uniforme do que
movimentos bruscos. Em vez de vibradores internos, podem ser
utilizadas betonilhas vibratórias para pisos finos onde não existam
obstruções que impeçam a sua utilização.
Onde ocorreu segregação, um compactador de grade ou rolo de malha
operado manualmente pode ser usado para comprimir os agregados grossos
leves flutuantes ligeiramente abaixo da superfície superior.
CAPÍTULO 14—BETÃO DE ALTA DENSIDADE O concreto feito
com agregados de alta densidade é usado principalmente para
proteção contra radiação e contrapesos. Para a proteção radiológica
é absolutamente imprescindível que o concreto seja denso,
praticamente isento de vazios e fissuras e homogêneo.
14.1—Requisitos de mistura
Os agregados para concreto de alta densidade compreendem produtos de ferro
produtos (gravidade específica 7,5 a 8,0), escórias pesadas (gravidade
específica acima de 5,0) e minérios hidratados ou minerais (gravidade
específica 3,5 a 4,8). Esses materiais podem ser usados individualmente
ou em combinação para obter densidades de concreto de cerca de 160 a
mais de 380 lb/ft.3(2600 a mais de 6100 kg/m3). (Consulte ASTM C637 ou
C638.)
As proporções normais da mistura variam entre 1:6 e 1:10
por massa de cimento para agregado fino e grosso combinado.
A relação água-cimento geralmente está entre 0,45 e 0,65.
A sedimentação geralmente pode ser minimizada por dosagem
adequada e incorporação de aditivos químicos adequados.
14.2—Técnicas de colocação
O concreto pesado é fabricado por métodos convencionais de
mistura e colocação, por imersão de agregado (poça) ou por
construção de agregado pré-colocado (ACI 304.3R). A fôrma deve
receber atenção cuidadosa, porque o concreto pesado exerce
pressões consideravelmente maiores nas fôrmas do que o concreto
normal. A pressão da forma pode ser reduzida colocando concreto
em elevadores que sobem lentamente. Deve-se tomar cuidado para
evitar cargas excessivas no equipamento de manuseio de concreto
devido à maior densidade do concreto pesado. É prática comum
reduzir pela metade as cargas de caminhões e caçambas de
concreto.
14.2.1Técnicas de colocação convencionais—Métodos convencionais
de colocação podem ser usados para concreto contendo agregados de
alta densidade, desde que a mistura seja trabalhável e as formas estejam
relativamente livres de itens incrustados. Contudo, tal betão apresenta
problemas especiais devido à tendência das partículas agregadas de alta
densidade se segregarem. A segregação é maior onde os agregados não
são uniformes
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
na classificação ou densidade, a mistura contém umidade excessiva
ou o abatimento é excessivo. O abatimento do concreto geralmente
deve estar entre 1,5 e 3 pol. (40 e 75 mm) para misturas de
agregados minerais de alta densidade. A colocação e consolidação
devem ser controladas de perto para garantir densidade uniforme e
ausência de segregação.
A vibração interna é frequentemente complementada com vibração
externa, mas deve-se tomar cuidado extra quando os agregados pesados
são friáveis e facilmente decompostos. As frequências de vibração
usadas para concreto de peso normal são geralmente satisfatórias para
concreto de peso pesado. No entanto, descobriu-se que frequências um
pouco mais altas, cerca de 11.000 vibrações por minuto (180 Hz),
juntamente com períodos de vibração mais curtos, reduzem a tendência
à segregação, especialmente quando punções de aço ou outros
agregados de densidade muito alta são usados. O potencial de
sobrevibração aumenta com o uso de agregados de alta densidade, o
que pode resultar no assentamento de partículas pesadas. O raio de
ação de um vibrador em concreto pesado é menor que no concreto
convencional, portanto é necessário um espaçamento menor entre
inserções.
14.2.2Técnicas especiais de colocação—Quando a segregação
não puder ser evitada ou quando itens embutidos ou restrições
proibirem a colocação convencional, os métodos agregados pré-
colocados ou pós-colocados podem ser empregados.
No método agregado pré-colocado (ACI 207.1R, ACI
304.1R e 304.3R), embutimentos como reforços pesados, tubos e
conduítes podem ser vibrados durante a colocação do agregado para
minimizar bolsões não preenchidos. Quando a vibração de itens
embutidos não puder ser tolerada, o agregado pode ser colocado
manualmente ou colocado em posição com haste. A vibração durante o
bombeamento da argamassa deve ser evitada, exceto quando for
desejado um acabamento superficial superior. Hurd (1989) indica que as
formas podem vibrar levemente perto da superfície da argamassa.
Agregado pós-colocado é uma técnica raramente usada na qual até
300 mm (300 mm) de argamassa de alta densidade é colocada na forma
e agregado pesado é embutido nela. O agregado graúdo é colocado no
lugar por meio de varrimento. Vibrações internas devem ser evitadas,
especialmente quando a argamassa contém agregados finos de alta
densidade.
CAPÍTULO 15—CONTROLE DE QUALIDADE E
INSPEÇÃO
15.1—Geral
Uma boa consolidação é o resultado de:
1. Boas especificações e fiscalização;
2. Bom dimensionamento relativamente à geometria e ao aço de reforço;
3. Boas proporções de mistura;
4. Utilização de equipamentos adequados e práticas de manutenção para mantê-
los em bom estado de funcionamento;
5. Procedimentos de campo adequados. Os trabalhadores devem
compreender porque estão a consolidar o concreto e as consequências se isso
for feito de forma inadequada;
6. Procedimentos de controlo de qualidade implementados pelo contratante;
7. Garantia de qualidade e testes para verificar se os procedimentos adequados
de controle de qualidade são seguidos.
309R-33
15.2—Adequação de equipamentos e procedimentos A
trabalhabilidade do concreto não é constante, mesmo com o melhor
controle. Variações na classificação do agregado e na consistência devido
à perda de abatimento entre o misturador e a forma devem ser
compensada por ligeiras alterações no processo de consolidação.
Deve haver flexibilidade suficiente - no tempo de vibração, no
espaçamento do vibrador e, às vezes, nas propriedades do vibrador
- para se ajustar a essas condições alteradas.
As quedas devem ser tão baixas quanto possível para as condições de trabalho.
Vibradores de tamanho adequado e em boas condições de funcionamento são
essenciais. O uso da profundidade de camada recomendada, espaçamentos entre
vibradores, tempo e profundidade de penetração também são importantes para a
qualidade do produto final.
Vibradores sobressalentes devem estar disponíveis no local de
colocação para manter a produção em caso de avaria ou quando os
vibradores forem retirados de serviço para manutenção e reparação
de rotina.
O equipamento de consolidação mecânica não pode funcionar
adequadamente a menos que haja energia adequada disponível. Com
vibradores elétricos, pode-se esperar que a tensão varie
consideravelmente e deve ser verificada regularmente. Com vibradores
pneumáticos, a pressão do ar no vibrador deve ser verificada
regularmente, instalando um medidor com mostrador comum na linha
ou inserindo um medidor de agulha na mangueira de ar.
Como os vibradores internos são usados em locais úmidos
(condutivos), todas as unidades elétricas devem ser aterradas à fonte de
energia. Os geradores de energia também devem ser aterrados para
manter a continuidade do sistema de aterramento. As unidades que
operam com menos de 50 volts ou que são protegidas por um sistema
de isolamento duplo aprovado são exceções. Nos Estados Unidos, os
vibradores elétricos estão sujeitos ao Artigo 250-45 do Código Elétrico
Nacional (1990).
15.3—Verificando o desempenho do equipamento
Todas as unidades vibratórias devem ser verificadas antes de iniciar o
trabalho, e periodicamente durante a construção, para verificar se estão
funcionando corretamente.
15.3.1Frequência de vibradores internos—O tacômetro de
palheta vibratório (verFigura 15.3.1) é um dispositivo simples para
verificar a frequência de um vibrador interno. A frequência deve ser
determinada ocasionalmente enquanto o vibrador estiver operando
no ar, mas é a frequência durante a operação no concreto que é
mais importante e requer verificação regular. Este último pode ser
determinado segurando o dispositivo contra a extremidade traseira
do vibrador enquanto ele está quase submerso; para um vibrador
pneumático, segurar o dispositivo contra a mangueira é igualmente
satisfatório. Esta medição deve ser feita imediatamente antes da
retirada do vibrador e é sempre a velocidade mais rápida enquanto
estiver operando em concreto. O tacômetro de palheta ressonante é
um instrumento mais caro que fornece valores de frequência mais
precisos.
15.3.2Amplitude dos vibradores internos—A amplitude de um
vibrador interno varia linearmente ao longo da cabeça com o
valor máximo ocorrendo na ponta. A amplitude média da
maioria dos vibradores internos enquanto operam no ar pode
ser calculada aproximadamente pela fórmula dada emFigura
A.2noApêndice.
309R-34 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
Com cuidado, este dispositivo é capaz de atingir uma precisão de cerca de
0,005 pol. (0,13 mm).
A amplitude real também deve ser determinada por medição.
Isso servirá para verificar os dados do fabricante e indicará se o
vibrador está funcionando corretamente. Também fornecerá
outros dados úteis, por exemplo, a amplitude máxima e a
distribuição de amplitude ao longo da cabeça. Uma escala de
efeito visual (cunha óptica) pode ser usada
Fig. 15.3.1—Tacômetro de palheta vibratória
para este propósito. Várias empresas de vibradores prepararam
escalas em adesivos que podem ser facilmente fixados na cabeça do
vibrador. VerFigura 15.3.2.
Para a maioria dos vibradores elétricos de eixo flexível e pneumáticos, uma
medição deve ser feita perto da ponta e outra perto da extremidade traseira
da cabeça, e a média desses resultados deve ser calculada.
Para os vibradores motor-in-head e pêndulo, onde o excêntrico
está próximo da ponta, a amplitude geralmente será relativamente
grande na ponta. Ela diminuirá rapidamente até que um nó (ponto
de amplitude zero) seja alcançado próximo ao back-end, e a
amplitude aumentará para um valor relativamente pequeno no
back-end extremo. O nó pode ser verificado e localizado movendo a
mão sobre a superfície do vibrador. Se o nó estiver a menos de um
quinto do comprimento da cabeça afastado da extremidade
posterior, a amplitude média pode ser considerada como metade da
amplitude medida da ponta. Se o ponto do nó estiver a uma
distância maior do back-end, uma segunda medição (provavelmente
perto do back-end) deverá ser feita. A amplitude média pode então
ser determinada como a média das duas medições.
15.3.3Frequência e amplitude para vibração externa-
A frequência e amplitude das formas vibratórias e mesas vibratórias
devem ser determinadas em pontos suficientes para estabelecer a
sua distribuição sobre a superfície.
A frequência pode ser determinada por uma palheta vibratória ou
tacômetro de palheta ressonante.
INSTRUÇÕES DE USO
Anexe a escala à cabeça do vibrador no ponto onde a amplitude é desejada, com a
linha central de “V” paralela ao eixo do vibrador.
Com a cabeça vibrando, um triângulo preto se forma no ápice do “V”. A
leitura da escala na ponta do triângulo é a amplitude do pico
(deslocamento total pico a pico). Um copo de leitura manual (2 a 3x)
melhora a precisão da leitura.
Com cuidado, este dispositivo é capaz de atingir uma precisão de cerca de 0,005 pol. (0,13 mm).
Fig. 15.3.2—Escala de efeito visual para medição de amplitude do
vibrador operando no ar
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO
Fig. 15.3.3—Usando vibrógrafo para determinar amplitude e
frequência da forma vibratória
A amplitude pode ser determinada usando um vibrógrafo. O
modelo mostrado na Figura 15.3.3 mede a amplitude com uma
precisão de cerca de 0,0005 pol. (0,013 mm). Ele também registra a
forma de onda, que é frequentemente de interesse, e fornece a
frequência. É bastante portátil.
CAPÍTULO 16 - CONSOLIDAÇÃO DO TESTE
AMOSTRAS
16.1—Testes de força
Nas normas ASTM atuais (C 31, C 192 e C 1018) para fabricação de
corpos de prova de controle para testes de resistência:
a. A haste é necessária para concreto com abatimentos
superiores a 3 pol. (75 mm). A vibração é proibida devido ao perigo
de remover o excesso de ar aprisionado e causar segregação.
b. Tanto a haste quanto a vibração são permitidas para afundamentos
na faixa de 1 a 3 pol. (25 a 75 mm).
c. Para quedas inferiores a 25 mm (1 pol.), é necessária vibração.
d. Para concreto com teor de água muito baixo, é necessária vibração
externa da mesa ou prancha combinada com carga sobreposta ou
compactação.
e. Para concreto contendo reforço de fibra, é necessária vibração
externa de acordo com ASTM C 1018. Entende-se que o concreto de fibra
com abatimento extremamente baixo não pode ser bem consolidado.
Para vibradores internos, a ASTM exige uma frequência mínima
de 7.000 vibrações por minuto (120 Hz) e diâmetro da cabeça entre
20 e 40 mm (0,75 e 1,5 pol.). A Tabela 5.1.5 recomenda um mínimo
de 9.000 vibrações por minuto (150 Hz) para vibradores internos em
membros finos. Para mesas vibratórias, é necessária uma
frequência mínima de 3.600 vibrações por minuto (60 Hz), sendo
sugeridas frequências mais altas.
A intensidade e o tempo de vibração para amostras de laboratório não
são rigorosamente regulamentados. Os padrões apenas sugerem que a
consolidação foi alcançada assim que a superfície da amostra estiver lisa.
O ar incorporado pode ser removido involuntariamente de amostras
pequenas. A resistência do concreto aumenta cerca de 5% para cada
porcentagem de ar removido.
Normalmente, a consolidação dos corpos de prova não é
necessária para corresponder à da construção. Se desejar combinar
309R-35
concreto de campo em laboratório, procedimentos de consolidação
adequados devem ser seguidos. Alguns preferem as resistências do
núcleo ou a resistência dos cubos cortados do concreto obtido da
estrutura como meio de estimar a resistência do concreto na
estrutura.
16.2—Testes de densidade
Os testes de densidade do concreto recém-misturado (ASTM C 138) são
amplamente utilizados para determinar a massa do concreto por unidade
volume, que é usado para calcular o teor de cimento e ar ou
como método de controle da densidade do concreto leve
endurecido. A densidade do concreto fresco está intimamente
relacionada ao conteúdo total de ar e, portanto, ao grau de
consolidação.
ASTM C 138 requer consolidação de acordo com a Seção 16.1.
Para medidas inferiores a 0,4 pés.3(0,01m3), o rodding é necessário.
Para abatimentos superiores a 3 pol. (75 mm), o procedimento de
varrimento deve produzir essencialmente uma consolidação
completa, mas para abatimentos mais baixos o grau de
consolidação pode ser menor do que numa estrutura onde o betão
é compactado por vibração.
16.3—Testes de conteúdo aéreo
A ASTM C 231 prevê consolidação por haste para abatimentos
maiores que 3 pol. (75 mm) e por haste ou vibração.
quando as quedas são de 3 pol. (75 mm) ou menos. A ASTM C 173 prevê
a consolidação apenas por meio de haste manual.
Pareceria mais razoável seguir os procedimentos de consolidação
recomendados noSeção 16.1. Os vibradores internos devem ser
satisfatórios quando o abatimento for maior que cerca de1/2
pol. (13 mm). Embora não existam dados de testes específicos
disponíveis, parece que o método de pressão, ASTM C 231, não
funcionará adequadamente em misturas muito agressivas ou de
baixo abatimento. Com tais misturas, a aplicação de pressão na
superfície do concreto pode não resultar na compressão esperada
do ar no sistema de vazios. O método volumétrico, ASTM C 173, não
está sujeito a esta limitação e deve produzir resultados precisos
mesmo em concreto extremamente seco.
ASTM C 1170 fornece um método para determinar a densidade de
misturas de concreto rígido a extremamente seco usando uma mesa
vibratória com ou sem uma sobretaxa de 50 lb (22,7 kg) para consolidar a
amostra. O método CRD C 160 utiliza uma sobretaxa de 27,5 lb (12,5 kg).
Esses métodos podem ser adaptados para usar um medidor de pressão
de ar padrão para determinar o teor de ar do concreto.
16.4—Consolidação de concreto muito rígido em corpos
de prova de laboratório
Cilindros consolidados sob sobretaxa usando ASTM C 1176 também
têm sido usados para determinar a densidade de misturas rígidas a
extremamente secas. Este método utiliza uma sobretaxa de 9,1 kg (20 lb).
Outros métodos não padronizados têm sido usados para consolidar
cilindros por meio de equipamentos de compactação ou martelos
vibratórios de compactação.
É importante que a densidade do concreto de laboratório
esteja próxima da densidade do concreto da estrutura
representada. Isto pode exigir uma modificação do esforço de
consolidação. Durante as fases iniciais de um projecto, pode ser
309R-36 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI

Fig. 17.1.1—Congestionamento devido a detalhes de reforço

desejável comparar as densidades do cilindro com as densidades do núcleo

para determinar a quantidade correta de consolidação a ser usada.

CAPÍTULO 17 - CONSOLIDAÇÃO EM
ÁREAS CONGESTADAS*
Áreas congestionadas são áreas onde o movimento lateral de
o concreto recém-colocado é indevidamente restringido ou
dificultado. Para obter um concreto estruturalmente sólido e
esteticamente agradável, deve-se dar atenção especial à seleção de
técnicas que permitam a consolidação adequada em áreas
congestionadas. Alguns problemas comuns e medidas corretivas
são descritos aqui.

Fig. 17.1.2—Congestionamento devido à passagem de uma tubulação por um

17.1—Problemas comuns de posicionamento
piso de concreto
17.1.1Congestionamento de reforço-Aço reforçado
o congestionamento ocorre de diversas maneiras; por exemplo, o
projeto estrutural e sísmico requer múltiplas amarrações na parte
superior e inferior dos pilares. Onde os requisitos de projeto substituem
as considerações de consolidação, o espaçamento horizontal é
frequentemente reduzido de modo que o agregado maior na mistura
fica impedido de se mover horizontalmente para a face do molde. O
congestionamento de aço de reforço também ocorre em áreas onde há
reforço adicional em torno de aberturas formadas, particularmente em
seções de paredes finas ou colunas que se cruzam com outros elementos
(ver Fig. 17.1.1).
17.1.2Conduíte elétrico, mangas de tubo e outros itens embutidos
—Os projetistas elétricos geralmente especificam um múltiplo de 1 a
6 pol. (25 a 150 mm) de diâmetro em áreas localizadas para
alimentação de energia e eletrocalhas. Mangas de tubos e
embutimentos estruturais complexos também podem criar
barreiras que afetam a colocação e consolidação do concreto (ver
Fig. 17.1.2). Fig. 17.1.3—Grande bloqueio dentro de uma parede com tubos
através do bloqueio formado para permitir acesso para colocação de
17.1.3Caixas—Caixas formadas dentro de paredes e lajes
concreto e vibração
pode criar zonas congestionadas porque o fluxo de concreto é
restrito sob os caixões e entre aberturas formadas adjacentes.
Esta situação pode ser atenuada adicionando juntas de 17.2—Técnicas de consolidação
construção ou adicionando aberturas de acesso dentro das A consolidação em áreas congestionadas pode ser melhorada através de
caixas (ver Fig. 17.1.3). atenção especial às práticas de construção em três áreas específicas:
1. Técnicas de colocação e consolidação;
2. Uso de aditivos;
* Consulte “Guia para Consolidação de Concreto em Áreas Congestionadas”, ACI 309.3R. 3. Utilização de misturas modificadas.
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-37

17.2.1Técnicas de colocação e consolidação—O primeiro princípio CAPÍTULO 18—FONTES DE INFORMAÇÃO

de uma boa consolidação em áreas congestionadas é colocar o
concreto o mais próximo possível de sua localização final antes da 18.1—Referências especificadas e/ou recomendadas Os
consolidação. Em aplicações com guindastes e caçambas, deve-se documentos das diversas organizações produtoras de padrões
considerar o uso de moegas e troncos. Ao usar bombas de concreto, As classificações mencionadas neste documento estão listadas com suas

uma mangueira de borracha reforçada com arame presa ao tubo da designações de série.

lança é um excelente método para aproximar o concreto de seu Instituto Americano de Concreto
local final. Em casos extremos, recomenda-se o uso de mangueira 116R Terminologia de cimento e concreto, concreto maciço SP-19
plana. A mangueira estará em conformidade com as diferentes 207.1R para barragens e outras estruturas maciças de concreto
folgas através do reforço. A mangueira pode ser cortada para 207,5R compactado com rolo
facilitar a remoção à medida que a colocação sobe na forma. 211.1 Prática padrão para seleção de proporções para
Em secções de parede congestionadas, a colocação de portas num lado da concreto normal, pesado e de massa Prática
forma da parede assegura uma boa consolidação. As portas estão localizadas 211.2 padrão para seleção de proporções para
em grades padronizadas para atender às áreas congestionadas e precisam ter concreto estrutural leve
cerca de 0,6 m (2 pés) quadrados. À medida que o concreto atinge o primeiro 211.3 Prática padrão para seleção de proporções para concreto
conjunto de portas, as portas são fechadas e os vibradores são elevados para a sem abatimento
próxima fileira de portas. Acesso visual adicional pode ser fornecido usando 213.1R Aditivos Químicos para Concreto
uma placa de plástico transparente como face de moldagem em áreas 226.1R Escória granulada de alto-forno moída como
congestionadas. Isto permite que a equipe de colocação tome medidas constituinte cimentício em concreto
adicionais para solucionar problemas, se necessário, em áreas de 226,3R Uso de cinzas volantes em concreto
congestionamento. 301 Especificações para concreto estrutural para edifícios Guia
Para obter a consolidação adequada do concreto em áreas 302.1R para construção de pisos e lajes de concreto Guia para
congestionadas por vibração interna, trechos verticais livres de
303R prática de concreto arquitetônico moldado no local
obstruções de 4 por 6 pol. (100 por 150 mm) de seção transversal mínima
são necessárias para permitir a inserção do vibrador. O espaçamento
304R Guia para Medir, Misturar, Transportar e
horizontal destas passagens verticais não deve exceder 24 pol. (610 mm)
Colocar Concreto
ou 11/2vezes o raio de ação indicado emTabela 5.1.5. Além disso, essas
Concreto Pesado 304.3R: Medição, Mistura, Trans-
aberturas não devem ter mais de 300 mm (12 pol.) ou3/4
portabilidade e colocação
vezes o raio de ação do formulário. Se tais passagens não puderem ser
309R Prática padrão para consolidação do comportamento do
fornecidas sem comprometer a integridade estrutural, o engenheiro
309.1R concreto fresco durante a identificação de vibrações e
deverá especificar detalhes e procedimentos de construção para alcançar
309.2R controle de defeitos superficiais relacionados à
a consolidação adequada.
consolidação em concreto moldado
17.2.2Uso de aditivos químicos—A consolidação adequada
309.3R Guia para Consolidação de Concreto em Áreas
em áreas congestionadas geralmente pode ser melhorada
Congestionadas
aumentando a fluidez da mistura pelo uso criterioso de aditivos
318 Requisitos do Código de Construção para Concreto Armado
para concreto. Proporcionam concreto de alto abatimento sem
alterar a proporção água-material cimentício. Informações
347 Práticas Recomendadas para Fôrmas de Concreto Relatório de

adicionais sobre o uso de aditivos para obter concreto fluido 544.1R Estado da Arte sobre Concreto Reforçado com Fibra Manual

podem ser encontradas no relatório do Comitê ACI 212.3R. SP-2 ACI de Inspeção de Concreto

Deve ser entendido que o uso de aditivos químicos não ASTM

substitui a exigência de uma boa consolidação por vibração, C 31 Método padrão de fabricação e cura de corpos de
conforme descrito emCapítulo 7. prova de concreto em campo
17.2.3Uso de misturas modificadas—Em situações onde não C 138 Método de teste padrão para peso unitário, rendimento e
se pode garantir que a mistura dosada será capaz de fluir para teor de ar (gravimétrico) de concreto
a face da fôrma devido ao congestionamento, recomenda-se o C 143 Método de teste padrão para queda de concreto de
uso de misturas modificadas. A mistura modificada contendo cimento Portland
agregado de tamanho máximo nominal reduzido pode ser C 173 Método de teste padrão para teor de ar em concreto
usada para obter concreto altamente plástico ou fluido que cai recém-misturado por método volumétrico
emGrupos 1e2deTabela 5.1.5para seleção de vibrador. A C 192 Método padrão de fabricação e cura de corpos de
mistura modificada geralmente deve ser proporcionada para prova de concreto em laboratório
ter uma resistência igual ou superior à mistura original. C 231 Método de teste padrão para teor de ar em concreto
17.2.4Conclusão—As técnicas discutidas anteriormente fornecem recém-misturado pelo método de pressão
ao projetista, empreiteiro e fornecedor métodos para melhorar a C 637 Especificação padrão para agregados para concreto com
consolidação enquanto mantêm a qualidade. A necessidade de proteção contra radiação
concreto fluido de qualidade é especialmente necessária em C 638 Nomenclatura Descritiva de Constituintes de
situações onde existe congestionamento extremo e é inevitável. Agregados para Concreto Protetor Radiológico
309R-38 RELATÓRIO DO COMITÊ ACI
C 1018 Método de teste padrão para tenacidade à flexão e resistência
à primeira trinca de concreto reforçado com fibra (usando
viga com carregamento de terceiro ponto)
C 1170 Métodos de teste padrão para determinar a consistência e
a densidade do concreto compactado com rolo usando
uma mesa vibratória
C 1176 Prática padrão para fabricação de rolos compactados
Concreto em moldes cilíndricos usando mesa vibratória
Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA
CRD C 160 Prática Padrão para Fabricação de Roller-Com-
Concreto compactado em moldes cilíndricos usando
mesa vibratória
Manual do Bureau de Recuperação de Concreto dos EUA
Essas publicações podem ser obtidas nas seguintes
organizações:
Caixa Postal 9094 do Instituto
Americano de Concreto
Farmington Hills, MI 48333-9094
ASTM
100 Barr Harbor Drive West
Conshohocken, PA 19428
18.2—Referências citadas
1. Altowaiji, Wisam AK; Darwin, David; e Donahey, Rex C., “Estudo preliminar
do efeito da vibração na resistência da ligação concreto-aço”, SLRelatórioNº
84-2, Centro de Pesquisa da Universidade de Kansas, Lawrence, novembro de
1984, 29 pp.
2. Ersoy, Sedad, “Investigações sobre o efeito de consolidação dos vibradores de
imersão (Untersuchungen uber die Verdichtungswirkung von Tauchruttlern),”
Technische Hochschule, Aachen, 1962.
3. Eyman, Krystian, “Pulsos em Tecnologia de Concreto”, ACI JOURNO,
ProcessosV. 77, nº 2, março-abril. 1980, pp.
4. Forssblad, Lars, “Investigações de vibração interna do concreto”,
Acta Polytechnica Scandinavica,Série Engenharia Civil e Construção Civil
Nº 29, 1969, Estocolmo.
5. Forssblad, Lars, “Compactação de concreto na fabricação de produtos de
concreto e unidades de construção pré-fabricadas”, Associação Sueca, Malmo, 1971.
6. Hurd, MK,Fôrma para concreto, SP-4, 4ª Edição, American Concrete
Institute, Farmington Hills, Michigan, 1989, 464 pp.
7. Kirkham, RHH, “A Compactação de Concreto por Vibração de Superfície,”
Relatórios,Conferência sobre Técnicas de Vibração-Compactação, Budapeste,
1963, pp.
8. Kolek, J., “Pesquisa sobre a vibração do concreto fresco”,Relatórios, Conferência
sobre Técnicas de Compactação por Vibração, Budapeste, 1963, pp.
9. Associação Nacional de Proteção contra Incêndios, “Código Elétrico Nacional,” (70 P-
84), Quincy, 1984, 751 pp.
10. Neville, AM,Propriedades do concreto, 3ª edição, Pitman Publishing, Inc.,
Marshfield, Capítulo 4, 1981.
11. Olsen, MPJ; Winn, DP; e Ledbetter, WB, “Consolidação de Pavimento de
Concreto,”Relatório de pesquisaNº 341-1, Texas Transportation Institute, Texas
A&M University, College Station, agosto de 1984.
12. Popovics, Sandor,Fundamentos do concreto de cimento Portland: uma
abordagem quantitativa, V. 1, Concreto Fresco, John Wiley & Sons, Nova York, 1982,
477 pp.
13. Leitura, Thomas J., “O que você deve saber sobre vibração”,
Construção de concreto, V. 12, nº 6, junho de 1967, pp.
14. Rebut, P., “Guia Prático para Vibração do Concreto (Guide Pratique de la
Vibration des Betons),” Eyrolles, Paris, 1962, 418 pp.
15. Samuelsson, Paul, “Vazios em superfícies de concreto”, ACI JOURNO,
ProcessosV. 67, nº 11, novembro de 1970, pp.
16. Stamenkovic, Hrista, “Prevenção e Reparo de Vazios em Reforço
Congestionado”, ACI JOURNO,ProcessosV. 81, No. 1, janeiro-fevereiro. 1984,
pp.
17. Tuthill, LH, “Como o Projeto de Água da Califórnia se esforça para obter
concreto uniformemente excelente,”Engenharia Civil - ASCE, V. 37, nº 7, julho
de 1967, pp.
18. Bureau de Recuperação dos EUA,Manual Concreto, 8ª Edição, Denver,
1981, 627 pp.
19. Vollick, CA, “Efeitos da Revitalização do Concreto”, ACI JOURNO,
ProcessosV. 54, nº 9, março de 1958, pp.
20. Vollick, CA, “Uniformidade e Funcionabilidade,”Importância dos testes e
propriedades do concreto e dos materiais para fabricação de concreto, STP-169A,
ASTM, Filadélfia, abril de 1966, pp.
21. Walz, Kurt,Concreto Vibrado (Ruttelbeton), 3ª edição, Wilhelm Ernst und
Sohn, Berlim, 1960.
22. Wilde, Robert L.,Seja seu próprio especialista em vibração, Koehring, Divisão de
Dardos, Denver, 1970.
APÊNDICE - FUNDAMENTOS DE VIBRAÇÃO
A.1 — Princípios do movimento harmônico simples
O movimento de um vibrador rotativo interno de concreto é
movimento essencialmente harmônico, caracterizado por uma forma de
onda senoidal, como mostrado naFigura A.1. (Na verdade, os harmônicos
são frequentemente sobrepostos, mas descobriu-se que a suposição de
movimento harmônico simples é razoavelmente consistente com os
dados experimentais.) Esta figura mostra o caminho de qualquer ponto
na cabeça de um vibrador em operação e a relação entre frequência,
amplitude e aceleração.
A.2—Ação de um vibrador rotativo
Girar o excêntrico dentro da cabeça vibratória ou da carcaça causa
faz a cabeça girar em órbita; isto é, qualquer ponto do invólucro
segue uma trajetória circular cujo raio é a amplitude do
vibrador.Figura A.2mostra a ação de um vibrador rotativo e
fornece parâmetros significativos, por exemplo, massa,
momento excêntrico, frequência, força centrífuga e amplitude
média calculada.
A força centrífuga calculada desta forma não é estritamente
correta, pois é para o caso hipotético onde a carcaça do vibrador
tem amplitude zero enquanto o rotor (excêntrico) gira em seus
mancais. Apesar destas limitações, no entanto, os valores assim
obtidos são úteis como um indicador aproximado da eficácia relativa
de diferentes vibradores.
A.3—Movimento vibratório no concreto
Quando imerso em concreto, a cabeça orbital (agora sob
carga) tem uma amplitude um pouco menor do que quando operando no ar. O
concreto é submetido a impulsos vibratórios que produzem movimentos
ondulatórios que emanam perpendicularmente à cabeça. Estas ondas de
pressão são as principais responsáveis pela consolidação.
As ondas decaem rapidamente com a distância da fonte devido à
área de expansão da frente da onda e à absorção de energia
(amortecimento) pelo concreto. Este decaimento (redução da
amplitude) provoca uma redução da aceleração (intensidade da
vibração). Onde a aceleração no concreto é inferior a cerca de 1 g
para misturas plásticas, ou cerca de 3 gs para misturas rígidas, a
vibração não é mais eficaz. Uma amplitude considerável no vibrador
é necessária para atingir um raio de ação satisfatório.
A resposta do concreto fresco à vibração é em grande parte uma
função de suas propriedades reológicas (fluxo). Muito mais pesquisas
são necessárias sobre este assunto.
 CONSOLIDAÇÃO DE BETÃO 309R-39

Caminho real do ponto B Deslocamento vertical do ponto B com o tempo

B = ponto aleatório na haste do vibrador 22

t = tempo para uma revolução completa ou ciclo de vibração, seg = 1/t Aceleração,gs, = -4---π------n------a---, ondegé 386 pol.
n =frequência, ciclos de vibração ou vibrações por segundo (Hz) g
a = amplitude (desvio do ponto de repouso),*pol. (mm) = 4π2n
A 2a= aceleração, pol. por segundo2(mm/seg2) * Deve-se notar que a amplitude usada aqui (e em outras partes deste relatório) é a
amplitude de pico, que é metade da amplitude ou deslocamento pico a pico usado por alguns
na descrição de vibrações.

Fig. A.1 - Princípios de movimento harmônico simples aplicados ao vibrador rotativo

C = peso da carcaça e outras partes imóveis, lb (kg) =

c peso do excêntrico, lb (kg)
W+w = peso total do vibrador
e = excentricidade, ou seja, distância do centro de gravidade do excêntrico ao seu centro de rotação, pol. (mm) =
nós momento excêntrico, pol.-lb (mm-kg)
n = frequência, ciclos por segundo (Hz)

c
=----4π2n2e=força centrífuga, lb (kN)
F
g

a' =c------e---------= amplitude média calculada, pol. (mm)

C+c

Fig. A.2 – Ação de um vibrador rotativo