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Parashát Hashavúa: Bereshit

Sefer Bereshit (Gn): 1:1- 6:8.


Haftará: Isaias 42:5-21.
Os Escritos Messiânicos: João 1:1 - 51.

Fontes: Livro portões da torah de bruno summa.

Este material foi extraído dos comentários do Rav. Yossef Baruj – Rosh Yeshiva Zeyt Yossef
Editado e ampliado por moreh Yehudah Paulo Prestes
Este material foi extraído dos comentários do Rav.Dr. K. Blad© Segunda edição 2013-14
(5774) – Editado e ampliado por Rav. Yossef Baruj – Rosh Yeshiva Zeyt Yossef – apoio:
Sinagoga Beit Miklat USA
A mística do Álef e do Bet
De acordo com a tradição mística da Cabala, a letra álef
representa a essência divina, o
próprio Deus, mas também o Homem, como manifestação
terrena do Criador.
A letra Bet representa a própria Criação, sendo a letra da
Sabedoria. Ainda que seja a segunda letra hebraica, é
considerada a primeira a se manifestar no Universo, pois a
primeira letra, o álef, é a Divindade preexistente ao mundo.
O valor numérico de álef é 1, sendo sua forma geométrica o
ponto(.)
O valor numérico de bet é 2, sendo sua forma geométrica a
linha (__) ou então a linha
dupla (=)

Nossa sagrada torah começa com a letra “bêt” (segunda letra do alfabeto
hebraica, composto por 22 letras): “bereshit bará elohim”. No midrash
rabá (cap.1 par. 14) nossos sábios indagam porque o mundo foi criado
com a letra bêt, trazem como resposta, que o bêt também é o início da
palavra berachá benção.

Ascensão e berachá são dois conceitos que caminham juntos.

Quando o indivíduo tem sucesso acostuma-se dizer que ele teve berachá.
A torah começa com a letra bêt para nos ensinar que sua finalidade é
auxiliar o homem para que ele tenha progresso em todos os campos,
principalmente no espiritual.

Nossos sábios dizem que os talmidê chachamim (discípulos dos sábios)


não tem descanso neste mundo e nem no mundo vindouro, pois está
escrito” velechu mechayil el chayil” (salmo 84:8) ‫ל־חיִ ל יֵ ָר ֶ ֶ֖אה ֶאל־‬
ָ֑ ָ ‫ֵי ְֵ֭לכּו ֵמ ַ֣חיִ ל ֶא‬
ַ֣ ִ ‫( ֱא‬Ps. 84:8 BHS)
‫ֹלהים ְב ִציּֽ ֹון׃‬

Eles avançam de aldeia em aldeia até se apresentarem em Sião diante


de Deus. (Ps. 84:8 SBP)

Os grandes sábios da torah são sempre dominados de talmidê


chachamim (discípulos dos sábios). Mesmo um sábio que estudou a torah
todos os anos de sua vida e atingiu o apogeu do conhecimento, continua
sendo chamado de discípulo, pois o verdadeiro sábio é aquele que
durante toda sua vida se considera discípulo.

O significado preciso da palavra breshit pode ser um tanto enigmático. Pela


tradução simples e literal, a qual estamos acostumados na língua portuguesa, seu
significado seria “no início” ou no “principio”. Porém se esse fosse o caso, a torah
não começaria com bereshit e sim com bareshit, já que “no princípio” deixa
implícito um princípio único e específico, pois na palavra NO se esconde o artigo
O, o qual define a esse “principio”. A diferença entre as preposições hebraicas BA
E BE é que a primeira define o substantivo enquanto a segunda não, ou seja,
bereshit, por não possuir artigo, deve ser compreendido como “em um princípio”,
um dentre outros.

Em cima desse entendimento, nossos sábios ensinam que o “princípio” relatado


pelo sefer bereshit é o oitavo “princípio”, pois antes dele, sete outras coisas
tiveram seus “princípios”; são elas a torah, a qual foi criada para estabelecer o
modus operandos de toda criação e o estabelecimento da vontade de hashem
nessa realidade.
O trono da glória, o local de onde provém toda emanação de hashem.
A teshuvah (arrependimento), sem a qual o mundo não se sustentaria.
O gehinam (inferno), que representa a justiça divina.
O gan eden (paraíso), que é o mérito do tzadik (justos).
O nome do mashiach, a quem tudo será dado e por último o templo sagrado, a habitação do
criador meio ao seu povo.
Talmud da babilônia, tratado pesachim 54 a.

Outra prova que “no princípio” conforme gênesis 1:1 não é o princípio, se encontra na
própria palavra bereshit: se caso a torah estivesse falando sobre o primeiro e único princípio
de todas as coisas, a palavra de abertura da torah deveria ser bareshonah, termo que possui
um significado mais preciso sobre um “inicio absoluto” do que bereshit.
Um cuidado que devemos sempre ter ao buscarmos um entendimento profundo das
primeiras palavras da torah é que ela não fala sobre o princípio de algo como normalmente
imaginamos; se caso a torah nos falasse apenas sobre o princípio dos céus e da terra, o
termo bereshit bara em um princípio criou- não faria muito sentido, pois deveria ser bareshit
b’ro-no princípio da criação de.......com isso podemos entender que o relato da criação de
todas as coisas não nos foram revelados para sabermos que um dia houve um início, mas
sim como tudo foi criado, os motivos que foram criadas e para que foram criadas.
O entendimento que se esconde por trás dessas três coisas (como, porque e pra que) revelam
os verdadeiros segredos por trás de cada ato cri acional de hashem.

Nós podemos entender a palavra reshit como “a primeira coisa” e o prefixo be como “com
“alshich, bereshit 1:1

A palavra hebraica reshit-início/ princípio- é derivada da palavra rosh que em uma tradução
Livre significa “cabeça”; porém este é um termo também utilizado para quaisquer tipos de
Primícias, pois assim como a vida começa pela cabeça, sendo a primeira a sair quando um
bebe nasce, o termo rosh e todas palavras derivadas desse termo fazem associações com
“inicio”, “princípio”, começo, primeiro e etc. O rabi alshich em seu comentário acima, usa
desse entendimento sobre a palavra reshit, que está dentro de bereshit, para explicar que
hashem criou toda sua criação com be a primeira coisa reshit.
Segundo nossos sábios, dentre todas as oito criações anteriores que temos
conhecimento, a primeira foi a torah conforme listado pelo talmud. Isso nos
ensina que a palavra bereshit, na verdade, não fala simplesmente do “princípio”,
mas ela nos revela que: com a primeira coisa criou elohim os céus e a terra. Se a
primeira coisa é a torah, então podemos ler gênesis 1:1 da seguinte forma: com a
torah criou elohim os céus e a terra.

Assim como um bom engenheiro antes de qualquer projeto, ele cria uma planta e adquire as
ferramentas necessária para execução de sua obra: dessa mesma forma, hashem também
criou a “planta” de tudo aquilo que ele estava prestes a criar para que pudesse usá-la como
“ferramenta” para dar forma á sua criação conforme sua vontade. Tanto a “planta” quanto
a “ferramenta”, segundo o próprio tanach, são a torah.
Torah, a planta da criação
Adonay me criou (torah) como reshit de seu curso, como a primícias de seus
trabalhos na antiguidade provérbios 8:22

O rei Salomão comprova o fato. Ele afirma que a torah foi adquirida (criada) por
hashem no começo de seus caminhos, que alude à criação das criações. Um
midrash ensina o seguinte:

PRINCÍPIO (gn1:1) –isso é o que as escrituras se referem quando diz: Adonay, com sabedoria
(torah), fundou a terra (pv.3:19). Isso é, quando o santo, bendito seja, resolveu criar a terra,
consultou a torah para se basear em sua criação.
Como a torah foi escrita? Foi escrita com letras de fogo negro em uma superfície de fogo
branco. Midrash tanchumah, bereshit 1.
Com uma análise de um versículo do livro de deuteronômio, teremos uma
confirmação de tudo o que foi abordado até então:

‫ארן וְ ָא ָ ֶ֖תה ֵמ ִר ְב ַ֣בת‬


ָ֔ ָ ‫הֹופ ֙יע ֵמ ַ֣הר ָפ‬
ִ ֙ ‫הוה ִמ ִסינַ֥י ָב ֙א וְ זָ ַ֤רח ִמ ֵש ִע ֙יר ָ֔ ָלמֹו‬
ָָ֞ ְ‫אמר י‬
ַ֗ ‫ׁשדת] ָ ּֽלמֹו׃ וי‬
ֶ֖ ָ ‫[א‬
ַ֥ ֵ )‫(א ְׁש ָדת‬
ֵ ‫ימינ֕ ֹו‬
ִ ‫ָ֑ק ֶדׁש ִ ּֽמ‬
(Deut. 33:2 BHS)

Disse pois: O SENHOR veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte
Parã, e veio com dez milhares de santos; à sua direita havia para eles o fogo da lei
(Deut. 33:2 ACF)

No meio da palavra reshit encontramos a palavra esh, que significa “fogo”.

Conforme visto no versículo acima em hebraico, a palavra esh está associado à


palavra dat, a qual pode ser traduzida como lei nesse caso.
Isso revela que o fogo que estava na mão de hashem, que é a torah que foi escrito em fogo,
foi a base para a criação, pois ela é a lei. Esse verso mostra que a torah foi revelada ao
homem através da mão direita do criador “vestida” na forma de leis.
Para que a torah como planta da criação fique claro, não devemos entende-la
como

Um livro de mandamentos e histórias como a temos em mãos, mas devemos

Entender a torah como a revelação do mundo espiritual que está escondido nas
entre

Linhas das histórias e dos mandamentos que nela se encontram. Tudo que há na

Torah e que pode ser compreendido pelas faculdade humanas, não passam de
uma vestimenta que esconde os verdadeiros segredos desse mundo, das esferas
espirituais, dos anjos e de todas as coisas místicas.

As histórias da torah e seus mandamentos são, na verdade, resultados da emanação


espiritual que parte do mundo chamado atzilut, o mais alto de todos, o lugar onde habita a
shekhinah. Quando a torah relata os seis dias da criação, ela o relata na forma como ela o
entende, ou seja, a realidade da torah é o mundo espiritual, quando ela relata a criação, ela
a relata de um ponto de vista partindo de atzilut (como alguém que olha de cima para
baixo). Toda vez que os sábios dizem que a torah é a planta da criação, isso significa que o
mundo é uma cópia das esferas de onde partiu a torah, do mundo espiritual. Tudo que aqui
há é uma mera cópia do que há la. A realidade espiritual a emanação de atzilut que é
revelada pela torah, foi o que deu forma nessa realidade de acordo com que existe acima.
Por isso nossos sábios dizem que a terra é um espelho dos céus e é por isso

Também que a torah deve ser entendida de cima para baixo e não de baixo para

Cima.

Torah, a ferramenta da criação


Eu (torah) fui a ferramenta que hashem usou para criar o mundo.

Bereshit rabbah1;1
É um pouco difícil e estranho conceituar a torah, os cinco livros de Moisés, como a
ferramenta
De criação usada por hashem. Devemos entender e ter de forma clara em nossas mentes que
a torah não foi escrita por Moisés por inspiração divina como ocorreram com os demais
livros da bíblia, mas ela foi revelada a Moisés por hashem; ela foi ditada a Moisés, palavra
por palavra, versículo por versículo, face a face por hakadosh, Baruch hu. A torah física que
temos hoje em mãos possui letras e palavras que são a verdadeira essência de hashem nessa
realidade, porém, elas foram re-rranjadas na forma de relatos, histórias, mandamentos e
determinações. Isso é, a torah que temos hoje em dia em nossas mãos usa de relatos e
contos históricos para trazer um sentido humano em suas palavras. Com esse conceito em
mente, fica mais compreensível a torah como ferramenta; suas letras e palavras que compõe
todos seus relatos, foram usados de uma forma re-arranjadas por hashem e através do
poder que emana das palavras re-arranjadas, ele criou absolutamente todas as coisas ao
dizer com sua boca estas letras e palavras. Todo o ministério espiritual está escondido nas
letras da torah, as quais estão arranjadas na forma de relatos para que seja compreensível
até certo ponto pelo entendimento limitado humano.

Rav Yehuda disse que rav disse: Bezalel sabia re-arranjar as letras pelas quais os céus e a
terra foram cridos. De onde sabemos isso? Está escrito em honra a bazelel: “e eu o enchi com
o espirito da hashem, em sabedoria e em entendimento” (números 31:3)
‫אכה׃‬
ּֽ ָ ‫ל־מ ָל‬
ְ ‫ּוב ָכ‬
ְ ‫ּוב ֶ֖דעת‬
ְ ‫בּונַ֥ה‬
ָ ‫ּוב ְת‬
ִ ‫ֹלהים ְב ָח ְכ ָ ָ֛מה‬
ָ֑ ִ ‫וָ ֲאמ ֵ ַ֥לא א ֶ֖תֹו ַ֣רּוח ֱא‬ (Exod. 31:3.

Está escrito em relação à criação dos céus e da terra. Adonay, com sabedoria
estabeleceu os céus e com entendimento estabeleceu a terra. (Provérbios 3:19)
‫בּונּֽה׃‬
ָ ‫ּכֹונֵ֥ן ָָׁׁ֜ש ַ֗מיִם ִב ְת‬
ַ֥ ֵ ‫ד־א ֶרץ‬
ָ֑ ָ ‫ּֽהוה ְב ָח ְכ ָ ַ֥מה ָיּֽס‬
ַ֗ ָ ְ‫י‬ (Prov. 3:19 BHS).

Nós vemos que a sabedoria e o entendimento usados para a criação dos céus e da
terra
Estavam sobre bazalel, o qual conhecia as letras re-arranjadas da torah.
Talmud da babilônia, tratado brakhot 55ª. Isso fica claro no próprio relato da criação,
como hashem criou todas as coisas? Através da fala, falando o que? Falando torah de
forma re-arranjada e desconhecida por muitos homens. Essa foi a forma como a torah
foi usada coo ferramenta. O rei Salomão, sabendo sobre isso diz: e eu (torah) fui
educada (Amon-) ao seu lado (de hashem). Provérbios 8:30. A palavra Amon usada pelo
rei Salomão pode também ser lida como Uman, pois são dois termos que compartilham
da mesma raiz Uman, por sua vez, pode ser entendida coo artesão ou algo relacionado
ao artesanato ou a ferramenta que o gera.
Dessa maneira é possível ler o presente verso da seguinte forma:
Eu a torah, fui a ferramenta de artesanato ao lado de hashem.
Esse estudo é também visto pela gematria sobre a palavra
Bereshit: bereshit 913
Este valor é o mesmo valor do seguinte termo:
batorah yatzar-com a torah ele formou 913
Tudo que hashem criou, gerou e formou, foi antes idealizado por ele e escondido nas
letras e nas palavras que formam a torah nas esferas espirituais.

O propósito em bereshit
Existem muitos motivos que levaram a hashem a criar todas as coisas.
A vasta maioria das pessoas acredita que tudo foi criado para servir a hashem;
afirmação a qual é verdadeira, mas não define os reais motivos. Tanto a torah, quanto
nossos sábios, ensinam que hashem criou tudo o que criou para que ele pudesse amar
e se relacionar com a criação; o real intento de hashem operando por trás de toda sua
obra é um relacionamento tão profundo com o homem ao ponto de torna-lo como
parceiro em sua criação. Essa parceria acontece no momento em que o homem assume
sobre si a obrigação cri acional de hashem, isso é, assim como hashem criou ao
homem, o homem deve continuar a criar através da obediência incondicional a ele para
que se aprimore e atinja o nível que hashem tinha em mente quando criou, ou seja,
hashem criou ao homem para que o homem se torne seu parceiro ao andar em
santidade, quando isso ocorre, esse homem atingira a verdadeira forma criada que é
definhada por hashem, tornando-o amado pelo criador e atingindo a verdadeira razão de
ter sido criado.
Em poucas palavras, tudo foi criado por hashem através da torah, para que o homem, junto
à ela, possa se tornar parceiro do criador ao completar sua obra enquanto em vida e assim,
atingir o estado de santidade para um relacionamento íntimo com ele. O homem que
entende esse mistério e busca a esse nível é chamado de Israel, aquele que se aperfeiçoa nos
caminhos da torah e no serviço do SANTO, BENDITO SEJA, é aquele se torna digno de ser
chamado por ele de meu povo. Todo esse segredo está na palavra bereshit, conforme mostra
a gematria: bereshit 913
A torah, apesar de ser apresentada como cinco livros, originalmente são sete, pois o livro de
números é um compendido de três livros.

Então a torah não é apenas definida como chamesh cinco- mas também como sheva sete-
palavras que possui o seguinte valor: sheva- sete 372

Já Israel, que é o povo de hashem nessa terra e o único que recebeu a torah, seus sete livros,
ao sheva, possui o valor de: Israel 541

Quando o homem se ajunta a torah, quando Israel se ajunta aos sete livros sagrados nela
contido, o real propósito de toda criação é revelado: Israel 541+sheva 372= bereshit 913

Com isso vemos que a primeira palavra da torah já mostra todos os propósitos do criador.
Ele busca um relacionamento com seu povo, ele busca ao homem que segue à sua vontade,
ele busca ao servo que se torna seu parceiro e tudo isso é apenas possível quando esse
homem, esse povo, esse servo, se liga ao sheva, a torah!

A torah que foi idealização de tudo o que foi criado, também serve de base para sustentar ao
mundo. Para que possamos entender a sensibilidade que há por trás de todos os propósitos,
devemos olhar para uma característica de hashem pouco compreendida e pouca aceita, a
sua vulnerabilidade. Pode parecer estranho e chocante tal afirmação, pois como pode o ser
supremo, criador de todas as coisas, sobre o qual nada há, ser classificado como alguém
vulnerável? Vamos usar um pouco de bom senso aqui e assim entenderemos o quão
profundo é essa ideia.
Quando um homem conhece uma mulher, se relaciona com ela e decide ama-la, esse
homem passa de um ser dependente de suas próprias decisões e atitudes a um ser
totalmente pendente de decisões e atitudes de outrem, que no caso seria essa mulher que
ele decidiu amar. Toda sua estabilidade emocional se torna relativa a sua segurança como
ser humano dependente de sua mulher, pois sua alegria, felicidade e realização pessoal,
agora se encontram nas mãos dela, algo que o torna uma home vulnerável. Hashem, quando
decidiu criar a todas as coisas para que todas as coisas fossem dadas de presente ao
homem, o ápice de sua criação e o motivo dela, ele o fez como sinal dos motivos que o levou
a criar ao ser humano, o amor. Quando hashem cria o homem, ele o cria pois deseja ama-lo,
deseja se relacionar com ele. Esse princípio é tão forte profundo que se bem compreendido
nos revelará que o SANTO, BENDITO SEJA, por livre e espontânea vontade, no momento em
que decidiu criar o homem para ama-lo, deixa sua majestade e grandeza de lado para que,
por um instante, se torne vulnerável, atitude a qual, como podemos ver o mundo a fora, é
capaz de ser algo frustrante a hashem graças à nossa natureza caída e egocêntrica.

A vulnerabilidade de hashem é o que torna sua grandeza um pouco mais acessível à


compreensão humana de d’us. É essa atitude que nos liga ao criador, que nos faz entender
que todos nossos sentimentos existem, pois são compartilhados com ele e, principalmente, é
o que deveria nos motivar a busca-lo, pois quando sabemos que alguém nos ama,
deveríamos saber que somos diretamente responsáveis por esse amor, ou seja, quando
hashem decidiu nos criar para nos amar, ele coloca sobre nossos ombros a responsabilidade
de cuidarmos dessa vulnerabilidade que ele assumiu por amos a nós.
Isso é algo muito lindo, algo que temos a obrigação de entender, sentir e cuidar, pois quando
nos preocupamos com o amor que hashem tem por nós e, assim como ocorre conosco a não
reciprocidade de amor pode machucar, entregaríamos nossas vidas sem pensarmos duas
vezes em suas mãos e a sua absoluta vontade. Entender os mistérios por trás dos motivos da
criação necessita de uma total compreensão do lado sentimental de hashem, sem o qual, o
homem, por mas que siga, nunca se tornará um verdadeiro filho, e passará toda uma vida
sendo apenas um servo.
Poe hashem ser o MAKOM- local onde todas as coisas foram criadas, o faz um d’us
onisciente e através desta onisciência, no momento em que decidiu criar a todas as coisas,
ele soube, mesmo sabendo que a vasta maioria dos homens seria maus, que haveriam
aqueles que aceitariam sua vontade como um cuidado por seu amor e por amos ao seu
nome, e esses homens seriam chamados por ele de ISRAEL. Com isso podemos entender que
a verdadeira razão da criação que se esconde por trás da palavra bereshit é a busca por
hashem pelo amor ao homem, ao qual lhe é entregue através de uma vida de torah. E é a
torah e esse Israel que o levou a criar ao que criou, como o acróstico da palavra bereshit nos
revela: no início viu elohim que Israel aceitaria a sua torah.
Portanto bereshit= 913
Israel bachar ba’amim

Escolheu Israel dentre as nações =913

Quando hashem olhou para o futuro de sua criação e, meio tantas iniquidades e
iníquos futuros, ele viu que haveriam aqueles que aceitariam sua torah e
cuidariam de seu amor, e isso foi suficiente para que ele criasse todas as coisas.
Aceitar a esta torah não é simplesmente seguir aos seu mandamentos, mas é ter
o caráter e a visão de mundo transformados pelos seus mandamentos, é viver e
enxergar a vida na forma como hashem enxerga, é compreender o que é bom e
mal na forma que hashem os determina, é compreender o que é verdadeiro e falso
na forma como hashem os determina e é compreender o que é certo e errado na
forma que hashem os determina, e isso só é possível ao homem que estuda a
torah e a vive, tendo seu caráter, pessoa e compreensão de mundo formados
pelos mandamentos.

Bereshit- principio =913


Yatzar – formou =613

A gematria nos revela que bereshit ensina que o verdadeiro intento de hashem ao criar ao
homem é para que ele possa se tornar seu parceiro ao ser formado pelos 613, isso é, pelos
mandamentos da torah.
BET- A PRIMEIRA LETRA E SEU FORMATO

Através do estudado acima, fica mais claro as formas dadas as palavras hebraicas, como
caso da palavra bereshit. Porque hashem estabeleceu seus traços na forma como
estabeleceu? Existe algum mistério por trás da primeira letra da torah ligado a sua forma
escrita?

Muitos de nossos sábios questionam e debatem sobre o porquê a torah não começou com a
letra ALEF já que é a primeira letra do alfabeto hebraico. Alguns chegaram à conclusão que
se a torah começasse com a letra ALEF letra a qual representa ao criador por possuir o valor
de um, o homem não seria capaz de compreende-la. Outros dizem que a torah começa com
a letra BET para quantificar o tempo que a torah precede ao universo, como ensina o grande
rabino BAHYA:
Você deve saber que o período que a torah precedeu a criação do
universo até a declaração haja luz (gênesis 1:3) foi escondida na
palavra BE-RESHIT. A letra BET nessa palavra alude aos dois mil anos
que a torah precedeu ao universo. RABBEINU BAHYA, BERESIT 1:3

Outros também fazem alusão que BET tem o valor numérico de dois representando que
existe duas torah uma escrita e outra oral, que podemos ver também a oral como um
moreh para nos ensinar, que não somos capazes de interpretar ou seja entender sem ajuda
de um moreh, Paulo ele fala que aos judeus foram dadas as revelações da palavra ai que
fica a importância de estudar com um moreh judeu que siga a torah e seus mandamentos.
‫וב ְב ִרית הּמּולֹות׃‬
ִ ‫ה־בצע לֹו‬
ֶ ‫יהּודי ּומ‬
ִ ‫( ִאם ֵּכן ֵאפֹוא מה־יִ ָתרֹון ִל‬Rom. 3:1 HNT)

Qual é entäo a vantagem de ser judeu? Qual é o valor da circuncisäo? (Rom. 3:1 SBP)

‫ֹלהים‬
ִ ‫י־ה ְפ ְקדּו ִא ָתם ִד ְב ֵרי ֱא‬
ָ ‫יִתרֹון ָהראׁש ִּכ‬
ְ ְ‫ל־ע ֶבר ו‬
ֵ ‫( רב ְמאד ִמ ָּכ‬Rom. 3:2 HNT)

Muita, sob todos os aspectos. Principalmente porque aos judeus foram confiados os oráculos
de Deus. (Rom. 3:2 ARA)

Conforme visto anteriormente, a torah serviu de base para a criação de todas as


coisas, foi a planta que hashem criou para usar em sua obra. Segundo o rabbi
BAHYA, a torah foi criada a dois mil anos antes da formação da luz descrita em
gênesis 1:3 e portanto, a torah também possui uma ligação mística com a letra
BET. É por esse motivo que hashem usa o termo ANOKHI duas vezes na

passagem de Isaias 43:11 ‫מֹוׁשיע׃‬


ּֽ ִ ‫הוָ֑ה וְ ֵ ַ֥אין ִמב ְל ָע ֶ֖די‬
ָ ְ‫( ָאנ ִ ַ֥כי ָאנ ִ ֶ֖כי י‬Isa. 43:11 BHS)

Eu, e só eu, é que sou o Senhor. Fora de mim, não há ninguém que salve! (Isa. 43:11 SBP)
Porem nesse caso, a letra BET não representa uma torah pelos seus
mandamentos, mas uma torah que representa a vontade de hashem e a forma
como ele opera. Ao olharmos para estrutura dessa letra veremos que ela possui
apenas uma abertura em seu lado esquerdo. Se usarmos os pontos cardeais,
veremos que a única saída que existe nesta letra é uma direção ao lado oeste, as
saídas para cima norte, baixo sul e direita leste são fechadas.

Reshít que significa “primeiro (em lugar, tempo, ordem)”, “primícias”,


“início”, “principal”, etc. De acordo com o dicionário, esta palavra vem
da mesma raiz que “Rosh” que significa “cabeça”, “parte superior”,
“começo”, “chefe”, “principal”, “governante”, etc.
Segundo nossos sábios em todos os lugares que a palavra Reshit
aparece nas escrituras, ela está no estado construído em relação ao
substantivo que a segue.

Este fenômeno gramatical, chamado de semichut em hebraico, é muito


comum nas Escrituras e constrói uma relação entre dois substantivos,
um dos quais está subordinado ao outro, que o determina. Por exemplo,
simchat Torá. A palavra simchá é uma palavra feminina que significa
“alegria”. Quando aparece na forma constructo se intercambia a letra
Hey final por uma Tav, para que tenha o significado de “alegria de”.
Simchat Torá significa literalmente “a alegria da instrução”.

Em uma das regras de interpretação do terceiro nível, em hebraico


"Drash", "pesquisa", uma expressão ou uma palavra que aparece em
diferentes textos das Escrituras é comparada e relacionada.

A palavra Reshít aparece quase 20 vezes no Chumásh, e mais de 50 vezes


ao longo do Tanach.

É usada em conexão com o início de um reinado, cf. Génesis 10:10; com


um filho primogênito, cf. Génesis 49:3; Deuteronômio 21:17; com os
primeiros frutos da terra, as primícias, cf. Êxodo 23:19; 34:26 etc.
Em Provérbios 8:22, a sabedoria, que é a Torá, é chamada “o princípio
(Reshít) de seu caminho”. Em Jeremias 2:3, o povo de Israel é chamado
“a primícias (Reshít) de seus frutos”.

Nas Escrituras há uma relação muito íntima entre Reshít e o Messias.

O Messias é o Reshít de todas as coisas, como está escrito em


Colossenses 1:15-18:

O qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;

Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra,
visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados,
sejam potestades. Tudo foi criado por ele e para ele.

E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.

E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre


os mortos, para que em tudo tenha a preeminência.

O Messias é também as primícias, o Reshít, da ressurreição, como está


escrito em I Coríntios 15:20, 23: “Mas agora o Messias ressuscitou dos
mortos, as primícias dos que dormem ... Mas cada um na sua ordem:

O Messias, as primícias; então aqueles que são do Messias em sua vinda”

O Messias é o projeto que está detrás de todas as coisas criadas. O


Messias está no interior do Pai eterno desde a eternidade, como está
escrito em João 1:18: “Ninguém jamais viu a D’us; o Filho unigênito, que
está no seio do Pai, Ele o deu a conhecer.”

Aqui não está escrito que o Filho estava no seio do Pai, mas no tempo
presente, ele está no seio do Pai.
Como o Pai está fora do tempo, seu Filho, que é o projeto Messias, está
fora do tempo, dentro do Pai, na eternidade, no presente contínuo por
toda a eternidade, como também está escrito em João 17:5, 24b:

“E agora, tu me glorifica, Pai, junto contigo, com a glória que eu tinha


contigo antes que o mundo existisse
... a glória que tu me deste; porque você me ama desde antes da
fundação do mundo.” Hashem decidiu governar o universo por meio do
Messias. Portanto, a palavra Reshít está relacionada nas Escrituras ao
início de um reinado. Além disso, o projeto Messias é a razão pela qual
todas as coisas foram
criadas e para quem tudo foi feito. Hashem criou todas as coisas por
meio do plano do Messias, e para o Messias, que mais tarde seria
manifestado por meio de um homem, como está escrito em I João 1:1-2:
“O que existiu desde o início, o que ouvimos, o que vimos com os
nossos olhos, o que contemplamos e o que
as nossas mãos sentiram, sobre a Palavra da vida, porque a vida se
manifestou, e a vimos e testemunhamos
e anunciar a vida eterna para você, que estava com o Pai e se
manifestou.”

Em João 1:14a está escrito: “E a Palavra se fez carne, e habitou


entre nós”
O prefixo hebraico “Be” na primeira palavra da Torá, BeReshit,
significa "em", "para", "por causa de" e assim por diante.

Isso nos ensina que D'us criou os céus e a terra "em Reshít" ou
"por causa de Reshít".

Como vimos antes, Reshít é a Torá, Israel e o Messias. Na


verdade, esses três são Um.

A Torá é o plano eterno pelo qual o mundo foi criado.

Israel é o filho primogênito de Hashem, cf. Êxodo 4:22; Oseas


11:1. O
Messias é a Torá manifestada como homem, cf. João 1:14

e o que reúne em si a todo Israel, cf. Mateus 2:15, João 12:32. Assim que, todas as
coisas foram criadas por meio da Torá e por causa de Israel. E tudo foi criado por
meio do Messias e por causa do Messias, como também está escrito em João 1:1-
3:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com o Elohim – D’us, e
o Verbo era elohim – deus. Ela estava no começo com Elohim -
D'us. Todas as coisas foram feitas por meio dela, e sem ela nada
do que foi feito
se fez.”

Esta Palavra, esta Torá, este projeto do Messias, foi


posteriormente materializado aos poucos através da criação de
todas as coisas. Mas embora o Messias não tivesse se manifestado
como homem, todas as coisas foram preparadas por causa Dele e
porque Ele viria e seria posto como governante sobre todas as
coisas criadas. Por esta razão, podemos traduzir o texto desta
forma:

“Por causa do Principal criou D’us os céus e a Terra.”


A primeira letra da Torá é Bet, que significa "casa". Portanto,
podemos entender o primeiro versículo também desta forma:
"Uma casa de Reshít criou a D’us os céus e a Terra."

Isso nos ensina que os céus e a terra são a casa de Reshít, que é o
Messias.

No princípio D’us criou (Elohim) ...” -

A palavra hebraica Elohim é a forma plural de Eloha que significa


“Poderoso”. Vem de El, que significa "poderoso", "poder", "força".

Essas três palavras, El, Eloha e Elohim, são usadas nas Escrituras
como sinônimos para se referir ao Criador quando aparecem em
sua forma Absoluta.

Todos os três foram traduzidos como "Deus" [12] na maioria das versões em
Português.
A palavra hebraica "El" aparece cerca de 200 vezes nas Escrituras, quase sempre
em referência ao Criador.
Às vezes tem o significado de "poder", quando é apresentado em sua forma
substantiva, cf. Génesis 31:29
Provérbios 3:27; Miqueias 2:1.

A palavra Eloha aparece 56 vezes nas Escrituras, principalmente no livro de Jó. Só aparece
duas vezes no Chumash, cf. Deuteronômio 32:15, 17.

A forma plural de Eloha é Elohim, e aparece cerca de 2.600 vezes nas Escrituras. Esta palavra
não é um nome pessoal, mas um título e atributo que expressa autoridade e julgamento.

É usado em referência ao Criador na grande maioria dos casos, na forma Absoluta, mas
também em referência aos anjos, quando está
em sua forma Substantiva, cf. Salmo 8:5 e sobre os deuses pagãos, cf. Génesis 31:30. Moshé
obteve o título de Elohim, cf. Êxodo 4:16; 7:1, e os juízes de Israel são também chamados
Elohim, cf. Êxodo 21:6:22:8-9

O fato de a palavra Elohim estar no plural não significa necessariamente que se trate de várias
pessoas ou de um conjunto de personalidades.

Vemos isso no caso de Moshe, que era apenas uma pessoa, mas obteve a posição de ser
Elohim diante do rei do Egito.

O termo Elohim tem a ver com autoridade em abundância e um conjunto de poderes para ser
capaz de afirmar sua vontade.

Elohim reúne em si todas as forças infinitas e eternas. Em outras palavras, Elohim poderia ser
traduzido como "governante supremo" e "juiz supremo".

Portanto, o atributo Elohim está intimamente conectado com a justiça.

Embora o texto de Bereshit diga que Elohim, no plural, criou os céus e a terra, o verbo não está
na forma plural “criaram”, mas no singular, “criou”.

Isso nos ensina que Elohim não deve ser entendido como vários deuses ou um grupo de pessoas
ou uma unidade de personalidades, mas como UM só.

Esta é também a principal confissão que todo judeu praticante faz duas vezes por dia:

Shema Israel, Adonay Eloheinu, Adonay Echad, “Ouve Israel, Hashem é nosso Elohim, Hashem
é Um.”, cf. Deuteronomio 6:4

“No início, D'us criou os céus ...” - A palavra hebraica que foi traduzida como “céus” é Shamáim
[13]. É uma palavra que está na forma dual. Existem três formas de substantivos na língua
hebraica: singular, dual e plural. O dual é uma referência a dois, um par. Nesse caso, a palavra
shamáim fala de um par de céus.

Em primeiro lugar, refere-se ao céu invisível e ao céu visível, como está escrito em
Deuteronomio 10:14: “Veja, a Hashem, seu D'us, pertencem os céus e os céus do céus, a terra
e tudo nela.” (LBLA)

De acordo com o entendimento mais profundo, a palavra shamáim também indica que
existem mais de dois céus.

O texto de Deuteronômio fala de dois céus em dual e então dois céus dos dois céus também
em dual.

Isso nos ensina que existem vários tipos de céus.

Os céus acima podem ser divididos em várias seções, assim


como os céus abaixo. Sobre II Coríntios 12:2-4, o Rab. Shaúl disso que esteve no paraíso, no
terceiro céu, como está escrito:

“Conheço um homem no Messias, que há catorze anos (não sei se no corpo, não sei se fora
do corpo, D’us sabe) foi arrebatado ao terceiro céu. E eu conheço tal homem (seja no corpo
ou fora do corpo eu não sei, D’us sabe) que foi
arrebatado ao paraíso, e ouviu palavras inefáveis que o homem não pode expressar.” (LBLA)

O Talmud fala de Sete céus segundo os diferentes términos hebreus que


aparecem nas Escrituras sete são:
*1.Vilón -cf. Isaías 40:22
*2. Rakía - cf. Génesis 1:17
*3. Shechakim - cf. Êxodo 30:36; Jó 14:19; Salmo 78:23-24
*4. Zevúl- cf. I Reis 8:13; Isaías 63:15
*5. Maón - cf. Deuteronômio 26:15
*6. Machón - cf. I Reis 8:39
*7. Aravót-cf. Salmo 68:4

No princípio, D’us criou os céus e a terra. "

A palavra hebraica que foi traduzida como “Terra” é “Erets”.

Esta palavra tem vários significados:


*A Terra, o orbe, o globo terrestre (em contraste com os céus), cf. Génesis 1:1
*Solo, terreno, chão, terra (em contraste com o mar), cf. Génesis 1:10
*País, nação, território, região (um lugar limitado do seco), cf. Génesis 2:11
*A terra prometida, a terra de Israel, cf. Génesis 12:1; Rut 1:1; Mateus 5:5; Atos 11:28-29.

E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se
movia sobre a face das águas. (Gen. 1:2 ACF)

1:2 “E a terra estava sem forma e vazia, e as trevas cobriam a superfície do abismo, e o
Espírito de D’us pairava sobre a superfície das águas. " –

A palavra hebraica que foi traduzida como "sem forma" é Tóhu que significa:
*Caos, massa informe, desordem, confusão...
*Vazio, vácuo, nulidade...
*Ermo, deserto...

Segundo Ráshi, Tóhu deve ser entendido como espanto e consternação com o vazio que se
encontrou na Terra.

Se o homem tivesse visto, ficaria atordoado.

A palavra hebraica que foi traduzida como "vazio" é Bohu.

A tradução aramaica, Targum Yonatan, diz que a terra estava deserta de seres humanos e
vazia de animais.

O Talmud [19] diz que Tohu é a linha verde que circunda o globo de onde surge a escuridão,
cf. Salmo 18:11. Bohu eram grandes rochas nas profundidades que trazem água, cf. Isaías
34:11.

De acordo com a Kabalá Judaica, o relato de Gênesis é o resultado de um


julgamento divino sobre um mundo anterior que foi destruído.

As duas palavras Tóhu vavóhu aparecem juntas em hebraico apenas em dois outros textos,
em Isaías 34:11
e Jeremias 4:23-26.

Nesse caso, pode-se pensar que houve uma criação anterior que foi destruída pela água.

Também é citado II Pedro3:3-7 onde está escrito: “Em primeiro lugar, saiba disso:
que nos últimos dias virão escarnecedores, com seu sarcasmo, seguindo
suas próprias paixões, e dizendo: Onde está a promessa de sua vinda? Porque
desde que os pais dormiram, tudo continua como desde o início da criação. Pois
quando dizem isso, não percebem que os céus existiram
por muito tempo, e também a terra, emergiu das águas e se estabeleceu entre as
águas pela palavra de D’us, pela qual o mundo daquela época foi destruído, sendo
inundado com água; mas os céus e a terra atuais estão reservados por sua
palavra para o fogo, guardado para o dia do julgamento e da destruição dos
ímpios.” (LBLA)

Este texto diz que o mundo anterior foi destruído pela água e que os céus e a terra atuais estão
reservados para o fogo.

Isso é interpretado de tal forma que houve a destruição de uma criação anterior por meio da
água.

No entanto, é provável que o Shaliach Kefa esteja falando da destruição que ocorreu no dilúvio.

1:3 “Então disse D’us: Seja Luz. Y se tornó Luz.” (LBLA) –

O que D’us disse, também o faz, cf. Números 23:19; Salmo 33:9. A primeira coisa que D'us fez
foi a Luz.

A terra estava totalmente coberta por uma massa líquida caótica, possivelmente algo como
um buraco negro. De agora em diante, vemos a organização do universo.

A primeira coisa que foi feita foi a Luz.

Observe que o sol ainda não havia sido feito.

Isso nos ensina que não é a mesma luz que mais tarde foi produzida pelo sol e as
estrelas, mas outra luz.

Em II Coríntios 4:6 está escrito: “Pois D’us, que disse que a luz deveria brilhar das trevas, é
aquele que brilhou em nossos corações, para a iluminação do conhecimento da glória de D’us
na face do Messias.” (LBLA revisada)

Neste texto, o Rab. Shaúl nos ensina que a Luz surgiu da mesma escuridão.

Isso também pode ser entendido de forma simbólica, de acordo com o segundo nível de
interpretação, o da insinuação ou alusão, no hebraico Rémez.

Se Hashem pôde tirar a luz da escuridão mais compacta que já existiu, não há escuridão em
nossas vidas que seja compacta demais para que nosso Pai celestial não seja capaz de usá-la
para algo positivo.

Para Ele tudo é possível, até mesmo criando luz da mesma escuridão.
E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. (Gen. 1:4

1:4 “E D’us viu que a luz é boa; e D'us separou a luz das trevas. " (NASB) –

Essa luz, o texto nos permite, é esta Luz primordial ser a luz do Messias.

Foi a primeira coisa que Hashem revelou na criação, porém esta luz foi “separada” das trevas,
estava escondida do mundo para ser revelada mais tarde, como está escrito em João 1:4-10:
“Nele estava a vida, e a vida era a Luz dos homens.

E a Luz brilha nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Veio um
homem enviado por D’us, cujo nome era Yochanan. Ele veio como testemunha,
para
testificar da Luz, para que todos possam crer por ele. Ele não era a Luz, mas veio
para dar testemunho da
Luz. Ali estava a verdadeira Luz que, que veio ao mundo e ilumina todos os
homens. Estava mundo, e o
mundo foi feito por meio dele, e o mundo não o conheceu.” (LBLA revisada)

Os antigos rabinos consideravam que o Messias era a razão pela qual os céus e a terra foram
criados.

A luz que foi revelada antes da formação do sol e das estrelas foi vista como a luz do Messias
que estava procurando um vaso adequado para finalmente se manifestar.

Um Midrash antigo disse: “Esta é a luz do Mashiach ... para ensinar a você que Hashem viu a
geração do Mashiach e Seu serviço antes da criação do universo e Ele o escondeu ... sob Seu
trono de glória.

Hasatan perguntou a ele: "Mestre do universo: para quem é essa luz sob o seu trono de
glória?" E Hashem respondeu: "Ela está reservada para aquele que será o encarregado de
esmagar você”.

Outro Midrash antigo [28] disse:

“E o Espírito de D’us descansou ... (Gn 1: 2), isso alude ao espírito do Mashíach, que se movia
sobre as águas.” Dois Midrashim da idade média diz: “Qual é a luz que desce sobre a
congregação de Hashem? É a luz do Messias” e “Esta é a luz do Messias, como está escrito:
Em sua luz veremos a luz”. Em outro Midrash se pode ler:

" Desde o início da criação do mundo, o Rei Messias nasceu, porque ele entrou na mente (de
D'us) antes mesmo que o mundo fosse criado."
E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
(Gen. 1:5

“E foi a tarde e a manhã: Dia UM. " –

A Torá não descreve as coisas de uma forma estritamente linear, mas procede de uma forma
circular ou espiral.

Por isso, essas palavras não devem ser entendidas como um acompanhamento do que
aconteceu antes, mas como um resumo do que aconteceu ao longo daquele dia.

De acordo com a Torá, o dia começa com o anoitecer.

Primeiro houve escuridão e depois veio a luz.

Isso é um dia. Aqui não se diz que foi o primeiro dia, porque os outros dias ainda
não haviam chegado, e por isso não era possível falar de uma sequência de dias,
mas apenas de UM dia ou Dia UM, pois diz "Dia UM", em hebraico Yom Echád

A palavra Echád é a mesma usada para Adonay que é Um, cf. Deuteronômio 6: 4.

Echád é uma palavra masculina comumente usada em hebraico para dizer um, referindo-se a
um objeto masculino.

O dia Echád foi um dia único, pois somente naquele dia D’us foi único.

Daí o Midrash e o Ráshi terem a ideia de que os anjos não foram criados até o segundo dia.

Segundo Nachmanides, as palavras Vayehí Érev, não significam "e era noite", mas "e havia
desordem”, pois a raiz de Érev também pode significar "mistura", "caos", "desordem".

É por isso que a noite é chamada de Érev, porque quando o sol se põe, a visão fica turva. A
palavra da Torá para "amanhã" é Boker
[32], que é o oposto. Quando o sol nasce, o mundo se torna Bikóret, "ordenado", claro para
discernir. Assim, explica-se que os primeiros dias são contados a partir do trabalho de
ordenar as coisas que antes estavam
desordenadas. Quando um elemento é transformado da desordem em ordem, falamos de
tarde e manhã, "do caos à harmonia".

A palavra Echád é a mesma usada para Adonay que é Um, cf. Deuteronômio 6: 4.
Echád é uma palavra masculina comumente usada em hebraico para dizer um, referindo-se a
um objeto masculino.
O dia Echád foi um dia único, pois somente naquele dia D’us foi único. Daí o Midrash e o
Ráshi terem a ideia de que os anjos não foram criados até o segundo dia.

Segundo Nachmanides, as palavras Vayehí Érev, não significam "e era noite", mas "e havia
desordem", pois a raiz de Érev [31] também pode significar "mistura", "caos", "desordem".

É por isso que a noite é chamada de Érev, porque quando o sol se põe, a visão fica turva. A
palavra da Torá para "amanhã" é Boker que é o oposto.

Quando o sol nasce, o mundo se torna Bikóret, "ordenado", claro para discernir.

Assim, explica-se que os primeiros dias são contados a partir do trabalho de ordenar as coisas
que antes estavam desordenadas.

Quando um elemento é transformado da desordem em ordem, falamos de tarde e


manhã, "do caos à harmonia".

A palavra Dia, em hebraico Yom [33] tem quatro significados principais:


# Dia, o tempo quando há luz (aproximadamente12 horas), cf. Génesis 1:5a.
# Dia, jornada (24 horas), cf. Génesis 1:5b.
# Um tempo mais largo limitado, uma época, cf. Génesis 2:4
# Mil anos, cf. Salmo 90:4.

1:6 “E disse D’us: Haja Expanda-se no meio das águas, e separe as águas das águas. " (NASB)

Segundo Ráshi, os céus que foram criados no primeiro dia estavam em estado líquido.

O Talmud [34] diz que os céus estavam se expandindo tremendo o tempo todo até que D’us
deu sua ordem para parar, cf. Jó 26:11. De acordo com Nachmanides, o universo foi criado
como um pequeno grão que mais tarde foi expandido. Esse
grão foi a única criação física, todas as outras criações eram espirituais.

Segundo ele, a Néfesh (alma), dos animais e a Neshama (alma superior) do homem
eram criações espirituais.

Nesse grão estava toda a matéria prima para o resto das coisas.

Quando aquele grão, que era tão pequeno que não havia substância nele, foi
expandido, ele se tornou matéria e então o tempo começou. A ciência, o modernismo mostrou
que a energia é a única substância que realmente não tem substância e pode ser transformada
em matéria.
A famosa equação de Albert Einstein E = mc² nos diz que a energia pode ser
transformada em matéria.

1:7 “E D'us fez a expansão e separou as águas que estavam sob a expansão das águas que
estavam acima da expansão. E foi assim. " (NASB) –

Esse texto parece indicar que havia água acima da atmosfera, ao redor da terra.

Neste caso, foi essa água que caiu sobre a terra durante o dilúvio na época de Noé.

Essa "capa" de água protegeria a Terra dos raios radioativos do espaço que prejudicam a vida
biológica.

Essa camada produziria duas coisas importantes, uma pressão atmosférica mais alta e um
clima tropical em toda a Terra, devido ao efeito estufa.

O desaparecimento desta camada protetora pode ser uma das razões mais
importantes pelas quais a idade do homem foi reduzida em aproximadamente 90%
após o Dilúvio - Mabul.

1:8 “E D’us chamou a expansão de céu.

E era tarde e era manhã: o segundo dia. " (NASB) –

A palavra “céus”, em hebraico Shamáim, está na forma dual, “um par de céus”. Isso é uma
alusão aos sete céus existentes.

1:9 “E D'us disse: Que as águas que estão sob os céus se reúnam em um só lugar, e que apareça
a secura.

E foi assim. " (NASB) - No começo o seco era um único continente (Pangéia). Mais tarde a terra
foi dividida, cf. Génesis 10:25.

Como vimos em Jó 38: 6, Hashem fundou uma “Éven hashtiá - pedra angular” na
terra. Esta principal "pedra" da terra é o Monte Tsion, que é chamado de "umbigo
da terra.

1:11-12 E D'us disse: Deixe a terra produzir vegetação: ervas que dão sementes e árvores
frutíferas que dão frutos no solo de acordo com sua espécie, com suas sementes nela. E
assim foi. E a terra produziu vegetação:
ervas que dão semente de acordo com sua espécie, e árvores que dão frutos com sua
semente, de acordo com sua espécie.
E D’us viu que era bom. " (NASB) - Pela palavra de D’us, a terra começou a produzir
vegetação.

Aqui ele não fala de nenhum ato de criação.

De acordo com o Midrash [36], no Dia UM, D’us criou a matéria-prima com a qual
Ele construiria tudo no mundo. Como já dissemos, todas as coisas existiam como
matéria sem forma.

Durante os dias que se seguiram, D’us deu forma e moldou a matéria para que as
coisas fossem como as conhecemos.

De acordo com um Midrash [37], o Jardim do Éden germinou ao mesmo tempo que o resto da
vegetação.

Além disso, está escrito que o próprio Hashem plantou este jardim, cf. Gênesis 2: 8.

O Midrash também ensina que as árvores e a grama do Gan Eden, ao contrário do resto do
mundo, são eternas e que cada árvore é um símbolo de um objetivo espiritual superior.

O paraíso é o palácio de Hashem na terra.

Em algum momento histórico, este jardim foi retirado da terra e agora está em Shechakim -
no terceiro céu, cf. II Coríntios 12: 4. No futuro ela será restaurada na terra e os justos poderão
entrar nela, como está escrito em Apocalipse 2: 7: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito
diz às congregações. Ao vencedor darei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de
D’us.” (LBLA)

1:14-15 “E D‟us disse: Haja luzes na expansão dos céus para separar o dia da noite e ser para
sinais e para estações e para dias e anos; e sejam eles como luzes na expansão dos céus para
iluminar a Terra.

E foi assim." (NASB) - Os três tipos de luzes, o sol, a lua e as estrelas (incluindo
os planetas), foram colocados nos céus para cumprir sete propósitos divinos
principais:
*Separar o dia da noite.

*Ser sinais.

*Marcar as datas divinas.


*Mostrar dias
*Mostrar anos.
*Ser luminares na expansão dos céus.
*Iluminar sobre a Terra

1:16 “E D’us fez as duas grandes luzes, a luz maior para o domínio do dia e a luz menor para
o domínio da noite; Ele também fez as estrelas. " (NASB) –

Existem três palavras hebraicas usadas no relato da Torá da criação de todas as coisas:
# - ‫ברא‬Bará - Criou, deu existência a algo que não existia, cf. Génesis 1:1, 21; 27-28
# - ‫עשה‬Assáh - Fez, levou a cabo, aperfeiçoou em seu estado ótimo, cf. Génesis 1:16.
# - ‫יצר‬Yatsár - Formou, modelou, cf. Génesis 2:7.
No quarto dia D'us fez o sol, a lua e as estrelas, Ele não os criou.

Todo o material necessário já existia desde o primeiro dia. A partir desse momento, vemos
claramente que a Terra estava girando em torno de seu eixo.

No Salmo 104:19 está escrito: “Ele fez a Lua para medir as estações.”

1:21 “E D’us criou os grandes monstros marinhos e cada ser vivente que se move, dos quais as
águas se enchem de acordo com sua espécie, e cada ave de acordo com sua espécie. E D’us
viu que era bom. " (NASB) –

Em Jó 40:19 está escrito que Behemoth, uma espécie de Hipopótamo, ou como muitos
interpretam, um dinossauro, foi o "primeiro dos caminhos de D’us".

Isso concorda bem com este texto da Torá que diz que D’us "criou", Bará, os "grandes
monstros marinhos".

Foi a primeira coisa que ele criou após a criação da matéria-prima que mais tarde seria
transformada em céu e terra.

Nessa época foi criada a Néfesh, a alma dos seres biológicos.

A palavra hebraica Bará, criar, aparece apenas três vezes no relato de criação da Torá:

*A criação dos céus e da Terra, a matéria, 1:1


*A criação dos grandes monstros marinhos, e o resto dos animais que vivem nas águas e nos
céus, a
alma biológica, 1:21
*A criação do homem, a alma superior, 1:27.
1:25 “E D’us fez os animais da terra de acordo com sua espécie, e o gado de acordo com sua
espécie, e tudo que rasteja na terra de acordo com sua espécie. E D‟us viu que era bom. "
(NASB) - Durante o sexto dia, D'us “fez” os animais terrestres, não diz que os “criou”.

A alma dos animais já existia desde o quinto dia e, portanto, Deus não precisou
“criar” algo novo, para fazer mais animais terrestres.

1:26-27 “E D'us disse: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e
exercer domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre o gado, sobre toda a terra
e sobre todo réptil que rasteja na terra.

Então D'us criou o homem à sua própria imagem, com a imagem de D'us ele o criou; homem
e mulher ele os criou. " (NASB) –

O Midrash [40] interpreta este texto da seguinte forma: ““Moshe escreveu a Torá como
Hashem ditou para ele. Quando Hashem lhe pediu para registrar o Pasuk
(1:26) - "Vamos fazer o Ser Humano" - Moshe fez uma objeção: - Mestre do Universo, ele
perguntou: Por que você dá aos hereges uma oportunidade de pecar e deduzir desta forma
plural que mais de um D’us criou o homem?

Escreva como eu te digo, respondeu Hashem.

Se alguém quer pecar, que pegue. Eu o expressei no plural para dar uma lição ao ser humano.

Uma pessoa importante geralmente pensa que é supérfluo ser aconselhado por seus
subordinados.

Deixe-o estudar este versículo e assim, ele perceberá que até mesmo o Criador, que
criou o mundo superior e inferior, consultou os anjos antes de criar o homem.”

Isso nos ensina que, os rabanim creem que houve uma consulta de D’us antes de criar o
homem e houve uma decisão do na corte celestial.

Está escrito no versículo 27: “D'us criou o homem”. Não diz "criaram", o que exclui os anjos
dessa criação.

Existem outros textos em que o verbo aparece no plural depois de D ’us, e esses
textos indicam que os anjos tiveram um papel ativo e colaborativo na ação, cf.
Gênesis 20: 13a; II Samuel 7:23.

O ser humano teve que refletir a maneira de ser de Hashem no mundo natural como os anjos
o refletem no mundo sobrenatural.
As duas palavras que foram traduzidas "com a nossa imagem, à nossa semelhança”,
Betsalmenu kidemutenu, têm dois prefixos diferentes, Be e Ke. Be significa "em" ou "com", e
Ke significa "como", "de acordo com" e é uma comparação.

Segundo Ráshi, a palavra Tsélem [41] que significa "sombra", "imagem", mostra que o ser
humano foi feito com um molde.

Ao dizer tsalménu, "nossa imagem", significa que Hashem fez esta imagem junto com os anjos,
especificamente para o homem.

Portanto, segundo ele, o texto significa "façamos o homem através do nosso molde
(que previamente fizemos juntos), semelhante à nossa imagem".

Ráshi interpreta a palavra hebraica no versículo 27, Betselmo, como "com sua imagem", isto
é, com o molde do próprio homem, com o molde preparado para criar o ser humano que era
para ele, era o seu molde.

Os sábios discutem se esse molde tem a ver com as qualidades espirituais ou físicas do ser
humano.

Maimonides [42] pensa, por sua vez, que ambas as palavras, tselem e demut, apresentam
apenas qualidades intelectuais e espirituais, em contraste com as palavras Tóar, "aspecto", e
Tavnit, "configuração".

Ráshi Ele prossegue dizendo que "segundo a nossa semelhança" tem a ver com a capacidade
de se
compreender e se iluminar, que são qualidades internas.

Ambos Hashem, anjos e o homem têm a habilidade de entender e se iluminar.

Outra interpretação deste texto seria que os anjos foram criados com um tipo de forma
corporal para expressar com essa forma as qualidades espirituais de Hashem.

Existem corpos celestes e corpos espirituais, cf. I Coríntios 15:40, 44. Desta forma, o homem
também refletiria, com sua forma física, as qualidades do Invisível, como está escrito no
versículo 27: “com a imagem de D’us o criou” E uma vez que essas qualidades de Hashem
também se refletem nos anjos, Ele foi capaz de dizer a eles: "nossa imagem".

1:28 “E D’us os abençoou e disse: Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e subjugai-a;
exercer domínio sobre os peixes do mar, sobre os pássaros do céu e sobre todos os seres vivos
que se movem sobre a terra”. (NASB) –
Este é o primeiro dos 613 mandamentos que aparecem na Torá.

O homem tem a obrigação de se multiplicar. Para se multiplicar adequadamente, você precisa


fazer um pacto matrimonial e ter filhos.

Quem não quer casar e ter filhos resiste ao propósito original do ser humano.

Somente em casos muito especiais e particulares, um homem ou uma mulher podem


permanecer solteiros.

A família é o principal pilar da fundação da sociedade. Hashem não abençoou o


homem quando ele estava sozinho, mas quando ele estava acompanhado de sua
esposa. Isso nos ensina que o casamento entre um homem e uma mulher recebeu
uma bênção do céu.

1:29 “E D’us disse: Eis que eu te dei toda planta que dá semente que está na superfície de
toda a terra e
toda árvore que dá fruto que dá semente; isso vai servir de comida para você. " (NASB) –

Os homens não podiam comer carne até depois do dilúvio, cf. Génesis 9:3.

1:30 “E para todos os animais da terra, para todos os pássaros do céu e para tudo que se
move na terra, e
que tem vida, eu dei todas as plantas verdes para alimento. E foi assim. " (NASB) –

Todos os animais comeram vegetais. Nenhum animal matou outro para comer. O mundo foi
criado muito diferente do que vemos agora, após a queda no pecado, cf. Romanos 8:19-22.
1:31 “E D’us viu tudo o que ele tinha feito, e eis que era muito bom. E era tarde e era manhã:
o dia sexto. “(NASB) - A morte do homem não é boa, é inimiga. Portanto, neste momento não
havia morte. A morte não só entrou no homem, mas também no resto do mundo, por causa
do pecado do homem, como está escrito em Romanos 5:12:

O texto de Gênesis 1:31 nos mostra que o relato do capítulo 2, onde diz que não era bom para
o homem ficar só, cf. 2:18, não foi escrito cronologicamente.

O Capítulo 2 é uma explicação mais detalhada do que aconteceu durante os últimos dias da
criação, narrado no Capítulo 1.

Como já dissemos, a Torá não narra as coisas de forma linear, um evento após o outro, mas
de forma circular. Avançando e depois voltando para dar mais detalhes do que o que ele havia
dito antes.
Se não entendermos este princípio, não entenderemos muitos dos textos. É assim que o
cérebro humano funciona e a Torá foi escrita para ser compatível com os homens. La última
letra de este versículo é Yúd. A contar cada set letra desde esa Yúd, na palavra
Israel. ….

Isso nos diz que Israel estava na mente de D’us quando o sexto dia terminou e
durante todo o sétimo dia.

2:1-2 “Assim os céus e a terra e todas as suas hostes foram acabados. E no sétimo dia Deus
completou a obra que havia feito, e no sétimo dia ele cessou toda a obra que havia feito. "
(NASB)

De acordo com a primeira parte do versículo dois, parece que D‟us estava trabalhando durante
o sétimo dia, completando sua obra. Porém, na segunda parte do mesmo versículo e no
versículo três, está escrito que ele cessou todo o seu trabalho.

Então, o que ele fez no sétimo dia para completar a obra da criação? Ele cessou seu trabalho.
Assim, com a mesma cessação, o trabalho foi concluído.

2:3 “E D'us abençoou o sétimo dia e o santificou, porque nele ele cessou toda a obra que Ele
havia criado para fazer. " –

O sétimo dia foi um dia abençoado por D’us. Há uma bênção especial pronunciada e
escondida dentro desse dia. Nenhum outro dia da semana tem uma bênção específica. Antes,
seres vivos, animais e homens, foram abençoados, mas agora Hashem abençoou um dia, um
período de 24 horas.

Mas ele não apenas abençoou o sétimo dia, mas também o santificou.

A palavra hebraica que foi traduzida como “santificar” é Lekadésh [45] que significa “separar”.
Essa palavra tem duas conotações principais, separada para alguma coisa e separada para
alguma coisa.

Nesse caso, o sétimo dia foi separado dos outros dias para ser diferente. Mas não só isso, mas
também foi reservado para Hashem para ser sua posse exclusiva.

Algo que foi santificado só pode ser usado para o propósito para o qual foi santificado. Se for
usado para outra coisa ou por outro motivo, é profanado.

Portanto, o Shabat foi santificado a partir dos outros dias da semana para ser diferente e foi
santificado para ser propriedade exclusiva do Criador.
Esse dia é seu, ele o separou para ele, para ser o seu próprio dia, por isso ele o chama de
"meu dia santo" em Isaías 58: 13-14, onde está escrito:
“Se por causa do sábado você aparta o pé para não fazer o que lhe agrada no meu dia santo,
e você chama o sábado um deleite, o dia santo de Adonay, honroso, e você o honra, não
seguindo seus caminhos, nem buscando seu prazer, nem falando de seus próprios assuntos,
então você se deleitará em Adonay, e eu o farei cavalgar nas alturas da terra, e eu o
alimentarei com a herança de seu pai Jacó; porque a boca de Adonay falou.”(LBLA)

Shabat é o dia de Adonay. Ele tem um propósito muito específico para aquele dia. Depois de
terminar toda
a obra da criação em seis dias, ele preparou um dia exclusivo através do qual poderia ter
uma relação
especial com o homem e trabalhar de maneira concreta dentro do homem, santificá-lo,
como está escrito em Êxodo 31:13: “Fale, então, aos filhos de Israel, dizendo: "Você
certamente guardará meu Shabatot, pois este é um sinal
entre mim e você através de suas gerações, para que você possa saber que eu sou Hashem
que te
santifica."” (LBLA)

O homem foi criado à imagem e semelhança de D’us, por isso é filho de D‟us. Portanto, o
homem foi feito para ser um reflexo e imitador de seu Pai celestial.

(De acordo com o pensamento hebraico, não há maior diferença entre gerar e criar.

Por exemplo, está escrito no Salmo 90: 2 que as montanhas foram geradas.) E visto que o Pai
cessou seu trabalho no sétimo dia, o homem faz o mesmo. Como está escrito em Êxodo 20:
8-11: “Lembre-se do Shabat para mantê-lo sagrado. Seis dias você trabalhará e fará todo o
seu trabalho, mas o sétimo dia é o Shabat para Hashem, seu D’us; Não farás nenhuma obra
nele, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
gado, nem o estrangeiro que está contigo. Pois em seis
dias Hashem fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no sétimo dia;
portanto, Hashem abençoou o Shabat e o santificou.” (LBLA)

O princípio do Shabat não foi estabelecido no Sinai, com a entrega da Torá a Israel, mas na
própria criação, não em relação a Israel, mas em relação ao homem. O Shabat foi instituído
logo após a criação do homem. A primeira coisa que o homem experimentou após ser criado
foi o Shabat do Eterno. Isso nos ensina que o
Shabat foi feito para o homem, como está escrito em Marcos 2:27: “E ele lhes disse: O
Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat.” (LBLA)

O Shabat não foi feito para os judeus, mas para o homem, para todos os filhos de
Adam. Não há texto nas Escrituras que mostre que o Shabat foi mudado para outro
dia ou que foi abolido ou que foi cumprido espiritualmente. Todas as tentativas de
introduzir tais doutrinas estão fadadas ao fracasso em uma investigação mais
completa da mensagem dos Escritos de Hashem inspirados pelo Espírito, incluindo
os Escritos Messiânicos, conhecidos como o "Novo Testamento".

É interessante notar que a Torá não diz "Era noite e era manhã no sétimo dia.

" O Midrash [47] interpreta como dizendo que a luz primordial, que foi feita no primeiro dia,
brilhou durante a noite do Shabat, de forma que não havia escuridão para Adam e Eva.

2:4 "Estas são as gerações dos céus e da terra quando foram criadas, o dia em que D'us fez a
terra e os céus." (NASB revisado) –

A palavra hebraica que foi traduzida como “gerações” é Toldót [50], que deriva da
raiz Yalad que significa “gerar”, “nascer”. A palavra Toldót pode ser entendida de
duas formas, no sentido
humano ou no sentido histórico. Quando se trata do sentido humano, tem a ver com
descendência. Quando se refere à história, significa os eventos históricos que
ocorreram. Nesse caso, ele está se referindo às coisas que foram produzidas
durante a criação do céu e da terra. Aqui vemos novamente a relação entre a
criação e a geração ou nascimento de algo.
"Hashem D'us" - Esta é a primeira vez que o Nome pessoal de D'us, YHVH, aparece.
Esse nome aparece
mais de 6.500 vezes no Tanach. Este é o nome pessoal de Hashem que é
apresentado nas Escrituras. Todos os outros nomes são genéricos, são títulos, mas
este é o nome próprio de Adonay.

É assim que se chama. Este Nome é o que mais revela o essencial dele.

Não sabemos bem qual é a sua pronúncia exata e por isso preferimos não pronunciá-la ou
escrevê-la totalmente por respeito. Em vez de escrever esse nome, usamos o substituto
"Hashem", que significa "o Nome", que é uma prática muito antiga e se encontra nos Escritos
Messiânicos, cf. III João 7. Visto que a raiz de YHVH tem a ver com vida e existência em si
mesma, também usamos a tradução “o Eterno” como uma referência a esse Nome. 2:7 “Então
Hashem D'us formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o
homem era uma alma vivente. " –

A palavra hebraica que foi traduzida como “e formada” é vayyétser, que tem uma
letra extra Yud neste caso. Ao falar sobre a formação dos animais no versículo 19,
a mesma palavra foi escrita com apenas um yud, mas ao falar sobre a formação do
homem, existem dois yuds. Como isso pode ser entendido? É óbvio que o texto
hebraico quer mostrar que havia uma diferença entre a formação do corpo humano
e a dos animais.

O corpo humano tem algo mais, algo que os corpos dos animais não possuem. Ráshi diz, com
base no Midrash [52] que houve duas formações, ou seja, duas inclinações do corpo humano,
uma para este mundo e outra para a ressurreição dos mortos. Os animais não foram criados
para a ressurreição.

O corpo humano é como uma semente, que possui uma pequena parte onde o potencial de
vida de ressurreição é depositado. Quando uma semente é plantada no solo e morre, essa vida
de ressurreição é ativada. Da mesma forma, Hashem preparou o corpo humano para ser capaz
de ressuscitar, cf. I Coríntios 15: 42-44.

O homem é o único ser que foi habilitado a viver em dois mundos simultaneamente, o inferior,
o mundo material, e o superior, o espiritual. Para isso, ele precisava de um ato único de
criação, diferente dos anjos e diferente dos animais.

O homem é uma combinação do pó da terra e do sopro da vida de Hashem.

2: 8 “E D'us plantou um jardim ao leste, no Éden; e lá ele colocou o homem que ele havia
formado. " (NASB) –

Isso nos ensina que havia três áreas principais na terra: o jardim, o Éden e o resto do mundo.
Esses três correspondem às três áreas do templo, o santo dos santos, o lugar santo e o pátio.
O homem foi colocado para viver em privacidade no lugar santíssimo, para servir a Hashem
como sacerdote.

2: 9 “E D'us fez todas as árvores crescerem do solo, agradáveis à vista e boas para comer; da
mesma forma, no meio do jardim, a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do
mal. " (NASB) –

No centro do jardim havia duas árvores, uma perto da outra. A árvore da vida representa a
Torá, que é chamada de "árvore da vida" em Provérbios 3:18, onde está escrito: "É a árvore
da vida para quem a segura e felizes aqueles que a abraçam." (NASB
2:11 “O nome do primeiro rio é Pishom; esse é o que circunda toda a terra de Chavilá, onde
existe ouro.” (ESV revisado) - Pishon [53] significa “transbordar”, “espalhar”, “abundar”.
Segundo Ráshi, trata-se do rio Nilo. O ambiente original para o homem era de abundância. A
escassez é o resultado da maldição.

2:12 “O ouro daquela terra é bom; existem bdélio e ônix. " (NASB) - O homem foi criado para
ter abundância econômica e valorizar o ouro. A Torá é o que dá valor ao ouro. O ouro tem
valor porque a Torá está dizendo que é bom. O ouro não é ruim. A riqueza material não é ruim,
mas boa. O ruim é o amor ao dinheiro, como está escrito em I Timóteo 6:10:
"Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro, pelo qual, alguns o cobiçando, se
desviaram da fé e se torturaram com muita dor." (NASB)

2:13 “E o nome do segundo rio é Guichón; este é o que circunda a terra de Cush. " (NASB
revisado) – Segundo Ráshi, Guichón [54] significa trovão.

2:14 “E o nome do terceiro rio é Chidekel; este é o que corre a leste de Ashur (Assíria).

E o quarto rio é o Perat. " (ESV revisado) - Segundo Ráshi, Chidekel [55] significa que suas
águas são agudas, e o Perat está relacionado com frutas, peri, suas águas dão frutos.

2:15 "Então D'us pegou o homem e o colocou no Jardim do Éden, para cultivá-lo e cuidar dele."
(ESV revisado) –

O propósito inicial era que o homem se multiplicasse para ser uma grande família que se
espalharia por toda a terra, e que espalharia a beleza do jardim por todo o mundo,
protegendo-o de qualquer má influência que pudesse vir de fora, sobre o qual Adam teve que
exercer domínio, e não se submeter.

“Cultivá-lo e cuidar dele” - Essas duas tarefas são básicas em qualquer trabalho
vivo para que tenha sucesso. Trata-se de extensão e proteção. Não basta estender
uma obra viva, ela também deve ser protegida e salva. Não basta manter uma obra
viva, ela deve ser ampliada e cuidada. Tudo o que vive se move e se desenvolve e
tudo o que vive é vulnerável e precisa de cuidados.

Uma congregação que só pensa em expansão perderá muitas vidas. Uma congregação que só
pensa em manter o status quo nunca será capaz de cumprir o propósito de Hashem. Toda a
vida tem que se desenvolver e ser protegida para não morrer. Esses dois princípios também se
refletem na bênção Aharônica, cf. Números 6:24, que diz: "Hashem te abençoe e te guarde."
2: 16-17 "E D'us ordenou ao homem, dizendo: De cada árvore do jardim você certamente
comerá, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal você não comerá, porque no dia
você comerá dela, certamente você vai morrer. " (NASB revisado) –

A palavra “ordenou” aparece pela primeira vez na Torá, em hebraico Tsavá que é a raiz da
palavra “mandamento”, em hebraico Mitsvá.

Agora D'us deu um mandamento positivo para homem, comer de todas as árvores
do jardim, exceto uma, e um mandamento negativo, não comer da árvore do
conhecimento do bem e do mal. Mandamentos positivos trazem bênçãos para
aqueles que os obedecem e mandamentos negativos trazem punição para aqueles
que os desobedecem.

Por meio dos mandamentos, o homem é elevado a uma posição de alteza.

A palavra Mitsvah inclui o conceito de "comissão". Quando uma pessoa recebe uma comissão
divina, ela se sente importante e é elevada ao status de colaborador de Hashem para cumprir
seus planos de forma consciente e voluntária.

Os mandamentos são ferramentas que o Eterno deu nas mãos do homem para manter um
relacionamento íntimo com Ele e também aprofundar essa intimidade com Ele. Se o homem
quebra os mandamentos, há uma quebra nesse relacionamento e o homem experimenta um
declínio espiritual.

Um ser humano sem padrões é pior do que um animal, porque os animais atendem
aos padrões que foram estabelecidos para eles. O cumprimento dos mandamentos
eleva o homem aos reinos espirituais, mas a quebra dos mandamentos o reduz ao
pó de onde foi tirado.

A árvore do conhecimento do bem e do mal representa o reconhecimento da soberania de


D’us sobre o homem.

Cada vez que o homem obedecia à ordem negativa de não comer da árvore proibida, ele
mostrava quem era o Soberano, quem era o Senhor em sua vida, quem era o seu D’us. Esta
árvore ajudou o homem a se submeter e a se humilhar, e desta forma ele poderia manter seu
status de senhor e administrador adjunto de todas as coisas criadas.

A única maneira de ser capaz de manter uma posição de autoridade é sujeitando-se a quem a
delegou. Por isso, com o tempo, essa árvore se tornaria uma espécie de altar, um lugar de
sacrifício e adoração, onde a vontade do homem está sujeita à vontade do Criador.
Esta árvore também foi a manifestação da liberdade do homem. O homem tinha a
possibilidade de pecar. Ele era livre para escolher entre obediência e desobediência. Se o
homem não tivesse mandamentos, ele não teria a opção de ser desobediente.

Agora, sua obediência seria baseada em uma ação voluntária de submissão e isso o tornaria
um ser mais elevado do que se ele não tivesse essa opção.

Desta forma, o amor seria baseado na liberdade de escolha e, portanto, é mais poderoso. D’us
quer nosso amor desejoso, não limitado. Visto que Hashem proibiu o homem de comer
daquela árvore, em certo sentido, ele não tinha liberdade para fazê-lo. No caso de
desobediência ao mandamento, haveria uma consequência catastrófica, a morte, que implica
na desintegração dos elementos que estão vivos quando unidos.

As Escrituras falam de pelo menos três tipos de morte:


*Morte espiritual, quando o espírito humano é afastado da Fonte da vida, cf. Efésios 2:1.
*Morte física, quando o espírito sai do corpo, cf. Génesis 5:5.
*Morte eterna (a segunda morte), quando todo o ser é consumido no lago de fogo, cf.
Mateus 5:29;
25:41; Apocalipse 20:14. Como podemos interpretar as palavras: “O dia que dele comas,
certamente morrerás?

**O dia quando Adam pecou, experimentou um tipo de morte espiritual, seu interior
experimentou
uma ruptura na relação íntima com D‟us, de maneira que D‟us saiu a buscar chamando-o
dizendo:
“Onde estás?”
**Se consideramos que um dia também significa 1000 anos, vemos que Adam não passou a
um
segundo milênio de vida, morreu aos 930 anos, no mesmo dia (entenda-se dia como 1000
anos) que comeu da árvore, morreu fisicamente.
**É possível que Adam morreu exatamente no dia de seu aniversário, 930 anos depois de
sua criação, o sexto dia da semana (sexta-feira). Segundo a tradição foi enterrado por D‟us
Mesmo, na cova de

Machpelá, que estava perto da porta do Jardim do Edén. Esta é a razão porque
Avraham teve tanto
interesse em comprar essa cova, para sepultura de Saráh, de si mesmo, e de seus
descendentes.
2:18 “E D'us disse: Não é bom para o homem ficar sozinho; Eu farei uma ajuda oposta a ele. "
– O homem não foi criado para ficar sozinho. A mulher foi tirada do homem para ficar à sua
frente e complementá-lo. Este texto ensina que o propósito principal da mulher é apoiar o
homem para que ele possa cumprir os propósitos de Hashem junto com ela.

Quando a Torá fala em exercer domínio, em 1: 26-28, ela não o expressa de forma singular,
mas sempre no plural. Isso nos ensina que o homem não pode exercer domínio sozinho. Ele
precisa da ajuda de sua esposa para poder exercer um domínio correto sobre a criação.
Antes que a mulher fosse feita, o homem foi colocado no jardim para cultivá-lo e protegê-lo.
Os mandamentos de comer de árvores e não comer da árvore, não foram dados diretamente
à mulher, mas apenas ao homem. O homem também começou sua tarefa de dominar a
criação, colocando nomes proféticos em todos os animais da terra e em todos os pássaros do
céu. Isso nos ensina que existem três coisas especificamente relacionadas à função
masculina:
*A produção e cuidado laboral, expansão e defesa.

**O estudo e cumprimento da Torá.


***A responsabilidade de discernir e coordenar.

2:19 “E Hashem D'us formou da terra todos os animais do campo e todos os


pássaros dos céus, e os trouxe
ao homem para ver como ele os chamaria; e como o homem chamava cada ser
vivente, esse era o seu nome.
" (ESV revisado) No quinto e sexto dia os animais foram criados. Esses animais
foram então trazidos
ao homem para que ele dominasse cada um deles por meio do discernimento
espiritual e de sua habilidade de
falar. Por meio do discernimento espiritual, ele pôde detectar o caráter e a função
de cada espécie. Então ele
combinou as letras hebraicas, de acordo com o significado de cada letra, que
correspondiam ao caráter e
função de cada animal e as pronunciou em cada um em particular. Adam foi
criado para ser guiado pelo
Espírito de Hashem. O pecado ainda não havia entrado nele, e seu relacionamento
espiritual e revelação
eram desimpedidos de qualquer tipo. Ele sabia, através de sua visão profética,
sobre a função e propósito de
cada coisa e animal e poderia governar sobre cada um de acordo com o plano do
Criador. Ao nomear os
animais, o homem os dominou com sua palavra. O homem foi treinado para
dominar e criar seu contorno
por meio de sua palavra. Aquele que coloca um nome em algo é aquele que tem
autoridade sobre aquilo.
Hashem colocou um nome na luz, na escuridão, na expansão, na Terra e nos
mares. Ele governa todas
essas coisas. Hashem também colocou um nome no Homem no dia em que ele foi
criado, cf. 5: 2. O homem
poderia então continuar colocando nomes nos animais e, assim, colaborar com
Hashem neste trabalho.

2:21-22 “Então Hashem D'us fez com que um sono profundo caísse sobre o homem, e ele
adormeceu; e ele pegou uma de suas costelas, e fechou a carne naquele lugar. E da costela
que D'us Hashem tirou do homem, formou uma mulher e a trouxe ao homem. " (ESV revisado)

A mulher não foi tirada do pó da terra para ser esmagada, nem da cabeça do homem para
dominá-lo, mas do seu lado para igualá-lo. Segundo Ráshi, o texto hebraico não fala de
costelas, mas de lados. Desta forma, Hashem tiraria a parte feminina do homem
para construir uma mulher.

Por outro lado, o Rabino Eliezer [62] ensina que Hashem tirou uma costela, e
com essa costela ele construiu uma mulher. O Targum de Yonatán diz que foi a décima terceira
vértebra do homem.

No episódio da formação da mulher, encontramos uma bela ilustração profética a respeito da


preparação da noiva do Messias.

No plano eterno do Pai celestial, o Messias estava destinado a ser o governante de


todo o
universo. Esse governo se refletiu no homem em relação aos animais e à terra

Porém, como o homem não deveria exercer esse domínio sozinho, a mulher foi tirada dele,
para que houvesse um governo coletivo de homem e mulher. Da mesma forma, Hashem
decidiu tirar do Messias uma esposa complementar, para compartilhar com ele o governo de
toda a criação, invisível e visível.

E da mesma forma que o homem foi colocado em um sono profundo, o Messias teve que
passar pelo sono da morte. Durante o sono, a mulher foi tirada do homem.
Da mesma forma, a noiva do Messias foi tirada com base na morte do Messias. A
morte do Messias é a base sobre a qual a noiva pode ser desenhada, formada e
aperfeiçoada, a fim de ser uma ajuda complementar no governo messiânico
universal. Isso não significa que a noiva não existia antes da morte do Messias
Yeshua. A noiva já existia antes, como está escrito em João 3:29: “Quem está com
a noiva é o noivo, mas o amigo do noivo, que está ali e o ouve, alegra-se muito com
a voz do noivo. E então essa minha alegria é completa.”

Em Efésios 5:25-27 está escrito: “Maridos, amem as suas esposas, assim como o Messias
amou a congregação e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela lavagem da
água com a palavra, para apresentá-la a si mesmo, congregação em toda a sua glória, sem
mancha ou ruga ou qualquer coisa assim, mas santa e imaculada.

Esses textos ensinam que a noiva do Messias já existia antes que ele se entregasse para
morrer por ela. No entanto, a morte do Messias foi necessária para aperfeiçoá-lo de forma
que não tivesse nenhuma mancha ou ruga ou algo semelhante. A congregação do Messias
são os fiéis dentro do povo de Israel, como está escrito
em Jeremias 31:4a e Mateus 16:18b: “Novamente te restaurarei, e tu serás reconstruída,
virgem de Israel ... sobre esta rocha edificarei minha
congregação.” (LBLA revisada)

2:23 “E o homem disse: Desta vez é osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será
chamada de
mulher (Ishá), porque do homem (Ish) ela foi tirada. " –

As primeiras palavras do homem ao acordar de seu sonho eram: "Desta vez." Isso significa
que ele estava procurando entre os animais por um ser que pudesse ser seu companheiro. De
acordo com o Midrash [63], quando ele viu que todos os animais tinham parceiros, ele
reclamou com Hashem por não ter um parceiro. Então Hashem o colocou para dormir e
providenciou para Chava - Eva.
Este texto nos ensina que Adam falou em hebraico, a mesma língua que Hashem usou para
criar o mundo.

De acordo com Siftei Hajamim [64] em todas as línguas antigas do mundo, a palavra para
"mulher" não é
derivada da palavra para "homem", exceto em hebraico. Portanto, o trocadilho que Adam
está jogando é
uma evidência de que ele estava falando a língua hebraica e entendendo sua gramática. O
hebraico era falado por todos os homens até a Torre de Bavel, quase 2.000 anos depois. A
partir daí, o hebraico foi dividido em 70 idiomas diferentes. O hebraico é chamado Lashón
hakódesh, "a língua sagrada.

2:24 "Portanto, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua esposa, e eles se tornarão
uma só carne.“ (NASB)

Aqui está a base para o casamento entre homem e mulher. O casamento é um pacto entre
um homem e uma mulher que tem implicações sociais. Portanto, a relação entre um homem
e uma mulher não é um assunto privado. Em todas as culturas, há algum tipo de anúncio
público ao iniciar um pacto de casamento.

O homem não tem o direito de coabitar com uma mulher sem ter como base um contrato de
casamento com ela. Este texto nos ensina que primeiro há uma etapa de abandono da vida
social em relação à família dos pais. Então, há uma união oficial quando uma mulher se torna
"sua" esposa, e então eles podem se unir fisicamente para serem uma só carne. Esta é a ordem
estabelecida desde a criação para a formação da união entre o homem e a mulher.

A raiz da palavra hebraica que foi traduzida como "unirá" é Davak [65] e significa "aderir",
"associar","apegar".

Em Mateus 19:4-6 nos ensina nosso Grande Rabino: “E respondendo disse: Não lestes que
aquele que os criou, desde o princípio OS FEZ MACHO E FÊMEA, e acrescentou: "POR ESTE
MOTIVO O HOMEM DEIXARÁ SEU PAI E MÃE E SE JUNTARÁ À SUA MULHER, E OS DOIS SERÃO
UMA CARNE "? Consequentemente, eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o
que D‟us uniu, que nenhum homem o separe. " (NASB)

2:25 “E ambos estavam nus, o homem e sua mulher, e não tinham vergonha. " (NASB) –

O homem foi criado à imagem de D‟us. Como D'us é revelado neste mundo como luz e
cobrindo-se com luz , o homem brilhou antes de cair no pecado.

O Midrash [67] ensina ainda que o homem foi criado cercado por nuvens de glória e tinha uma
espécie de escamas que mais tarde caíram quando ele pecou.

Portanto, não devemos entender a expressão "nu" como uma nudez vergonhosa como a que
o homem hoje experimenta quando não está vestido. A vergonha pela nudez que o homem
experimentou ao cair no pecado é devido à perda da roupa original que possuía.

Agora você não poderá recuperar a glória de sua roupa original.


Nem mesmo o rei Shelomo poderia atingir o nível de beleza de um lírio do campo,
cf. Mateus 6:29. Isso mostra que o homem, que foi criado muito superior às flores,
é um ser caído, que perdeu aquela glória original que tinha antes de sua queda no
pecado, como está escrito em Romanos 3:23: “porque todos pecaram e carecem
da glória de D’us

3: 1 “E a serpente era mais astuta do que qualquer um dos animais do campo que D'us havia
feito. E ele disse à mulher: Então D'us lhe disse: "Você não comerá de nenhuma árvore do
jardim"? " (ESV revisado)

A serpente ataca a mulher por vários motivos. As mulheres são mais sensíveis aos impulsos
espirituais do que os homens.

Também é mais fácil seduzir espiritualmente mulheres do que homens, como está escrito em
I Timóteo 2:14: “E Adam não foi o enganado, mas a mulher, sendo completamente enganada,
caiu em transgressão.” (LBLA)

Em II Coríntios 11:3 está escrito: “Mas temo que, assim como a serpente com sua astúcia
enganou Eva, suas mentes serão desviadas da simplicidade e pureza da devoção ao Messias.”

Os mandamentos foram dados ao homem e ele, por sua vez, os transmitiu à esposa. Portanto,
Adam não foi enganado porque ele sabia muito bem qual mandamento ele havia recebido de
Hashem com relação à árvore proibida.

A Nachásh - cobra fez uma pergunta astuta para entrar em uma discussão com a
mulher.

A estratégia do adversário é baseada em mentiras. Ele é o pai da mentira. Uma mentira as


vezes é uma verdade torta.

A Torá de Hashem é verdadeira, cf. Salmo 119: 142. A mentira do adversário consiste em
distorcer as palavras da Torá. Com a primeira pergunta, a serpente mudou um mandamento
e assim tentou projetar a imagem de um D’us cruel que escraviza os homens por meio da lei,
proibindo tantas coisas que eles poderiam desfrutar se estivessem livres da lei.

Esta tem sido sua estratégia desde o início e sua estratégia não mudou desde então.
3: 3 “Mais do que o fruto dá árvores que não estão no jardim, D'us disse: “Dele não comereis,
nem lhe toqueis, para não morreres. "" (ESV) –

A mulher acrescentou ao mandamento. Não era proibido tocar em uma árvore, apenas comê-
la. É muito importante não adicionar ou remover os mandamentos, como está escrito em
Deuteronômio 4: 2: “Você não deve adicionar à palavra que eu te ordeno, nem tirar dela, para
que você possa guardar os mandamentos de Hashem seu D'us que eu te ordeno.” (LBLA
revisada) 3:4 “E a serpente disse à mulher: Certamente não morrerás.” (NASB) - Aqui vemos a
origem do engano da crença na imortalidade da alma.

3:5 "Pois D'us sabe que no dia em que você comer dela, seus olhos se abrirão e você será como
D’us, conhecendo o bem e o mal." (NASB) –

A serpente afirma saber o que se passa na mente de D’us, ela é religiosa.

Agora ele está tentando estabelecer uma religião diferente. O apelo de sua nova religião é
que ela oferece
liberdade da lei e desenvolvimento pessoal por meio de conhecimento superior. É uma
religião que cria
independência. Em vez de estar sujeito aos mandamentos, o homem toma suas próprias
decisões de acordo com seus próprios critérios. Contando com seu próprio conhecimento e
sua própria mente, pense quem sabe o que fazer e o que não fazer. Assim, sua própria mente
se torna D'us e é aquela que decide, de acordo com o que entende. O que ele não entende,
ele não aceita nem pratica.

3:6 “Vendo a mulher que a árvore era boa para comer e agradável aos olhos, e que a árvore
era desejável
para adquirir sabedoria, ela tirou de seu fruto e comeu; e ela também deu a seu marido que
estava com ela, e ele comeu. " (NASB) –

A mulher foi enganada pela palavra da serpente. Ela acreditava mais nas palavras
mentirosas do que nas palavras de Hashem que foram transmitidas por seu marido.

A tentação da independência mental foi o que fez com que o pecado entrasse neste
mundo. O intelectualismo humanista é o maior obstáculo ao Reino dos Céus na
terra.
Adam se deixou seduzir pela mulher em vez de dominar a serpente com a Palavra
de D’us.

3: 7 “Então os olhos de ambos foram abertos, e eles souberam que estavam nus; e costuraram
folhas de figueira e fizeram aventais. " (NASB) –

O conhecimento dos homens não era mais baseado na revelação causada pela união espiritual
com Hashem, mas na independência intelectual. Eles perderam a glória que tinham e sabiam
que estavam nus.
A palavra hebraica para conhecer, Yadá não significa apenas discernir intelectualmente, mas
também saber por experiência. Agora eles realmente experimentaram o que significa estar nu
em todos os sentidos.

Em primeiro lugar, eles foram despojados da presença divina que os enchia de tanta glória
que até seus corpos brilhavam. Além disso, de acordo com o que Ráshi ensina, eles foram
despojados do mandamento que tinham nas mãos.

Por causa do efeito que a fruta tinha sobre eles, eles podiam agora entender a vergonha de
estarem nus e para isso foram costuradas folhas de figueira para se cobrirem. As folhas de
figueira representam a religiosidade do homem caído, que tenta substituir a glória de Hashem
por meio de seus próprios esforços. Essas roupas foram posteriormente rejeitadas por Hashem
que colocou outro tipo de roupa nelas.

Existem diferentes propostas entre os Chachamim, os sábios, a respeito de qual


árvore era aquela do conhecimento do bem e do mal: uvas, trigo, etrog (cidra) e
figos. Segundo Ráshi, era uma figueira. No entanto, entendemos que era uma árvore
única que não existe mais na terra.

A Toráh , os apóstolos e outras interpretações antigas e rabínicas ensinam que a morte entrou
na
humanidade por meio de Adam. A morte é o resultado do pecado que agora entrou no homem.
A semente da árvore do conhecimento do bem e do mal criou raízes e produziu seus frutos no
homem. Isso causou uma divisão dentro do ser humano, uma divisão na vontade, que vemos
refletida em Romanos 7:15, onde está escrito: “Porque o que eu faço, não entendo; porque eu
não pratico o que eu quero fazer, mas o que eu odeio é o que eu faço.” (LBLA)

O caráter do homem estava degenerado. Ele se transformou em um ser diferente,


com pecado por dentro, que não existia no início, e seu jeito de ser não pode
agradar a D'us, ao contrário, desperta sua ira, devido à sua rebeldia, como está
escrito em Efésios 2: 3: “Entre os quais também todos nós (os judeus) vivíamos nas
paixões da nossa carne, satisfazendo os desejos da carne e da mente, e éramos
por natureza filhos da ira, assim como os outros (os gentios). "

3:8 “E eles ouviram Hashem D'us andando no jardim na viragem do dia; e o homem e sua
esposa se esconderam da presença de D‟us Hashem entre as árvores do jardim. " (ESV
revisado) –

O pecado entrou no mundo à tarde. Por esta razão, o Messias Yeshua teve que morrer à
Tarde, para tirar o pecado do mundo.
3:10 "E ele disse: Eu ouvi você no jardim, e tive medo porque estava nu e me escondi."
(NASB) –

O medo entrou no mundo por causa do pecado. 3:11

“E ele disse: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore da qual te ordenei que não
comesses? " (NASB)

Hashem sabe de todas as coisas e não precisa ser informado do que


está acontecendo. Apesar disso, ele fez uma pergunta a Adam para lhe
dar a oportunidade de se arrepender e
confessar seu pecado com remorso.
3:12 "E o homem respondeu: A mulher que você me deu por
companheira me deu da árvore, e eu comi."
(NASB) - O caráter do homem tornou-se depravado, e por isso ele
culpou D‟us por dar-lhe uma mulher que o fez pecar. Em vez de mostrar
o rosto, ele fica atrás da esposa, tentando fugir de sua
responsabilidade e evitar ser punido pelo que fez. Uma pessoa
espiritualmente imatura não reconhece sua culpa, mas sempre culpa os
outros.

Uma pessoa madura está disposta a assumir a responsabilidade por


sua própria culpa e até
mesmo pela culpa dos outros e sofrer sua punição para libertá-los.
Adam sabia que a morte o esperava. A punição do pecado é a morte. O
medo da morte produz escravidão.
Hashem pode nos libertar completamente do medo da morte por meio
de Yeshua, como está escrito em Hebreus 2: 14-15: “Assim, visto que
os filhos participam de carne e osso, ele também participou da mesma,
para anular pela
morte o poder daquele que tinha o poder da morte, ou seja, o diabo, e
libertar aqueles que pelo medo da morte, eles foram sujeitos à
escravidão ao longo da vida.” (LBLA)

3:13 “Então D'us disse à mulher: O que é isso que você fez? E a mulher
respondeu: A cobra me enganou e eu comi. " (ESV revisado) Hashem
também dá à mulher a oportunidade de fazer teshuvá, arrependimento.
Mas ela segue o mau exemplo do marido e não assume a
responsabilidade, mas culpa a cobra.

3:14 “E D'us disse à serpente: Porque você fez isso, você será
amaldiçoado mais do que todos os animais, e
mais do que todos os animais do campo; você andará de barriga para
baixo e comerá poeira todos os dias de
sua vida. " (ESV revisado) Para a serpente não havia possibilidade de
arrependimento. É por isso que Hashem não lhe faz perguntas, mas dita
a sentença diretamente. A cobra perdeu as pernas e foi reduzida a ser
mais amaldiçoada do que todos os animais terrestres.

3:15 “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a


sua semente; ele vai te ferir na cabeça, e você vai ferir no calcanhar
dele. " (NASB) - Aqui falamos antes de mais nada sobre uma inimizade
entre a mulher e a serpente. A mulher é a mãe dos seres humanos e,
portanto, representa a vida. É assim que Adam entendeu esta
mensagem e então deu a ela um novo nome, Chava (Eva), "vida"
(anteriormente era chamada de Ishá). Embora os homens tivessem se
submetido ao espírito de rebelião e independência, ainda havia
dentro deles uma inclinação para o bem, o Yetser tov, que iria motivá-
los a não quebrar todos os
mandamentos de Hashem. Dessa forma, haveria, até certo ponto, uma
inimizade natural e inata em toda a raça humana contra os poderes
internos e externos do mal.
Em segundo lugar, falamos aqui da descendência da serpente e da
descendência da mulher. A descendência da serpente são os homens
que quebram os mandamentos de Hashem, e a descendência da mulher
representa os homens que obedecem aos mandamentos de Hashem
lutando em inimizade contra a serpente e o mal.
Desde tempos muito antigos, este texto também foi entendido como
uma profecia messiânica. O Midrash [72] ensina: “Zéra mimakóm Achér.
Mi zé? Zé Hú Mélech Hamashíach.
"Este é Aquela Semente que vem de outro lugar, e ...Quem é este? Este
é o Rei Messias."

Em Gálatas 3:16 está escrito: “Agora as promessas foram feitas a


Avraham e sua descendência. Não diz: e aos descendentes, como se
referisse a muitos, mas sim a um: e ao seu descendente, isto é, o
Messias.” (LBLA revisada) Esta interpretação não exclui as outras
interpretações a respeito da palavra descendência. No entanto, é digno
de nota que a palavra para descendência em Gênesis 3:15 está escrita
no singular masculino.
Evidentemente, aqui está uma profecia de um descendente especial,
uma semente única.

A palavra hebraica que foi traduzida como "semente", Zéra [73]


significa:
*semente, germem, grão, trigo...
*período de semeadura, sementeira...
*esperma, sêmen...
*Figurativo: descendência, filhos, descendentes, raça...
Devemos notar que a Torá fala aqui da semente de uma mulher, que é
uma coisa contra a natureza.

A semente, o esperma, vem do homem. Como é que agora falam sobre a


semente de uma mulher? Obviamente, aqui temos uma profecia de um
nascimento sobrenatural do Messias.

O texto parece indicar que se tratará do nascimento do Messias sem o


sêmen de um homem OU... um sêmen de um homem sem a participação
do homem...
Hashem continua dizendo que ele, a semente, o descendente, terá que
esmagar a cabeça da serpente, ou seja, destruir o poder daquele que
incitou a mulher a pecar.
Aqui, a destruição final do poder de Satanás é anunciada.
A palavra hebraica que foi traduzida como “ferir você” é yehufshá que,
de acordo com Ráshi, significa “esmagará você”, semelhante a
Deuteronômio 9:21 onde fala de como Moshé fez pó do bezerro de ouro
no deserto.
Em I João 3: 8 está escrito: “O que pratica o pecado é de satanás
(semente da serpente), porque satanás tem pecado desde o princípio
(Bereshit).

O Filho de D’us (semente da mulher) se manifestou com este propósito:


para destruir as obras de
satanás (esmagar a cabeça da serpente).” O Filho de D’us, que é o
Último Adam e o Segundo Adam, cf. I Coríntios 15: 45-47, veio para
destruir as obras de Satanás. Por meio de sua obediência à Torá, ele
venceu o adversário, cf. Filipenses 2: 8; Salmo 40: 7-8. Adam Rishon
perdeu por desobedecer aos mandamentos de D’us. Yeshua venceu
obedecendo à Torá de Hashem.

A única maneira de vencer Satanás é obedecendo à Torá. Quem não


obedece a D’us se
submete automaticamente ao reino da desobediência e ao príncipe da
rebelião. Pecado é desobediência aos mandamentos de D’us, cf. I João
3: 4.

“E você vai ferir no calcanhar” (ESV) - Esta profecia está anunciando o


sofrimento do Messias. No momento de sua morte, Yeshua teve que
sofrer em seu calcanhar por um prego sem cabeça que os algozes
romanos colocaram na árvore, logo atrás de um de seus pés, e que
perfurava o calcanhar toda vez que ele tinha que se levantar para poder
respirar.
O texto também pode ser interpretado em referência aos descendentes
de Yaakov, que serão a última geração antes do retorno do Messias. O
nome Yaakov está relacionado à palavra hebraica para "calcanhar",
Ekev.
No fim dos tempos, os filhos do adversário, aqueles que quebram os
mandamentos, farão guerra contra os
santos que guardam os Mandamentos de D‟us, que foram dados por meio
de Moshe, e terão o Testemunho de Yeshua, como está escrito em
Apocalipse 12:17: “Então o dragão enfureceu-se contra a mulher (Israel),
e saiu para travar guerra contra o resto de sua descendência, aqueles
que guardam os mandamentos de D’us e têm o testemunho de Yeshua .”
(LBLA revisada)

3:16 “À mulher ele disse: Multiplicarei grandemente a tua dor na


gravidez, com a dor darás à luz filhos; e
ainda assim o seu desejo será para o seu marido, e ele terá domínio
sobre você. " (NASB) –

O mundo das mulheres, a família, foi afetado pelo pecado dela.

Coisas que já existiam em pequena escala agora foram aumentadas para


se tornarem muito dolorosas.

3:17 “Então disse a Adam: Porque deste ouvidos à voz de tua mulher, e
comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: 'Não comereis dela',
amaldiçoou a terra por tua causa; com o trabalho, você comerá dele
todos os dias de sua vida. " (NASB) Tem hora que o homem não deve dar
ouvidos aos conselhos da esposa.
O marido é responsável por discernir qual é a fonte do que sua esposa
está dizendo, se vem de uma fonte pura ou impura.

Este texto nos mostra que a maneira de discernir e superar todas as


tentações é por meio da
Torá. Se o homem tivesse sido fiel à Torá, ele não teria caído em
pecado.
O mundo do homem, sua vida profissional, foi afetado pela punição por
seu pecado.

3:18 "Espinhos e abrolhos ela produzirá para você, e você comerá das
plantas do campo." (NASB) – A maldição que veio sobre a terra mudou a
genética das plantas e elas começaram a produzir espinhos e abrolhos.
A própria natureza foi afetada pelo pecado do homem, como também
está escrito em Romanos 8:20-22 “Pois a criação foi submetida à
vaidade, não por sua própria vontade, mas por causa daquele que a
sujeitou, na esperança de que a própria criação também seja libertada
da escravidão da corrupção para a liberdade da glória dos filhos de D’us.
Pois sabemos que toda a criação geme e sofre dores de parto até agora.”
(LBLA)
Em II Pedro 3:3-4 está escrito: “Em primeiro lugar, saiba disso; que nos
últimos dias virão zombadores ... dizendo ... tudo continua como era
desde o início da criação. Quando eles dizem isso, eles não percebem... ”
(LBLA)
Devemos levar a sério os avisos de Kefa, sobre os escarnecedores que
estão chegando desta última vez. Uma das coisas que eles dizem é que
tudo é igual desde a criação até hoje.

Eles não percebem as mudanças que foram produzidas pelos


julgamentos de D‟us na história do Universo.

A natureza foi amaldiçoada e sujeita à corrupção quando Adam pecou.


No entanto, a maldição sobre a natureza também foi suportada pelo
Messias, simbolizada pela coroa de espinhos que foi colocada na cabeça
no momento de sua morte, e na cruz de madeira, cf. Mateus 27:29. 3:19
“Com o suor do teu rosto comerás o pão até voltares à terra, porque dela
foste tirado; porque você é pó, e ao pó voltará. " (NASB) –

A morte entrou no mundo por causa do pecado. No entanto, antes de


pronunciar a
sentença sobre o homem e a mulher, Hashem anunciou uma parte de seu
plano de salvação por meio do descendente da mulher.

Esse plano de salvação inclui a restauração de todas as coisas. Para


que haja uma
restauração total por causa do desastre que foi causado pelo pecado dos
primeiros homens, não apenas o inimigo do homem deve ser destruído,
mas também o próprio pecado e as consequências do pecado.

Era preciso haver uma retificação, em hebraico Tikun, exatamente no


ponto em que o primeiro homem falhou, em obedecer aos mandamentos
no momento da tentação da serpente.

O Messias Yeshua fez aquele Tikun pelo pecado de Adam. Onde Adam
falhou, Yeshua não falhou.
Quais são as consequências do pecado? Mávet - Morte. Portanto, o
homem deve ser libertado da morte.

E até a própria morte tem que ser eliminada para que haja uma
restauração de tudo. Por tanto, o Redentor prometido não só tinha que
libertar ao homem da morte, mas também destruir a morte para sempre,
cf. I Coríntios 15:26; Revelação 20:14. 3:20 “E o homem chamou sua
mulher de Cháva, porque ela era a mãe de todos os viventes”. (ESV
revisado) -
Adam colocou um nome do meio em sua esposa na esperança de que
através dela nascesse o Redentor.

O nome Cháva [75] está relacionado com a palavra hebraica Chayá [76]
que significa "vida". Por meio da mulher, o ser humano poderia continuar
vivo sem se extinguir e por meio da mulher viria Aquele que daria ao
homem a possibilidade de ter a vida eterna.

3:21 "E D'us fez vestimentas de pele para Adam e sua esposa, e os
vestiu." (ESV revisado)

3:22 “Então D'us disse: Eis que o homem se tornou como um de nós,
conhecendo o bem e o mal; tome cuidado agora para não estender sua
mão e também tirar da árvore da vida, e comer e viver para sempre. "
(ESV revisado) - Ter vida eterna com pecado interno não seria uma
situação perfeita. Em vez de exterminar os homens, Hashem lhes dá a
oportunidade de entrar em seu plano de redenção total.
A expulsão do paraíso foi um ato de bondade, a fim de poder restaurar o
ser humano antes de permitir que ele coma da árvore da vida e viva para
sempre. Após a redenção final, o homem poderá comer da árvore da vida,
como está escrito em Revelação 2:7; 22:2, 14: “Quem tem ouvidos, ouça
o que o Espírito diz às congregações. Ao vencedor darei de comer da
árvore da
vida, que está no paraíso de D’us ... no meio da rua da cidade. E de cada
lado do rio estava a árvore da vida, que produz doze frutos, dando seus
frutos a cada mês; e as folhas da árvore eram para a cura das nações ...
Bem-aventurados os que guardam os mandamentos para ter direito à
árvore da vida e para entrar pelas portas da cidade.” (LBLA revisada)
Em Provérbios 3:18 a sabedoria, que é sinônimo de Torá, é chamada de
"árvore da vida".

Isso significa que em uma escala menor o povo de Israel - e as nações


através de Israel - agora já têm acesso à árvore da vida que é a sabedoria
da Torá.

No entanto, da mesma forma que - em pequena escala - o povo de Israel


foi incapaz de receber a Torá do Sinai antes de ser resgatado da
escravidão no Egito e purificado pelas águas,
assim toda a humanidade - em escala maior - eles irão não ser capaz de
alcançar o pleno potencial de vida que está na árvore da vida antes de
ser totalmente libertado da escravidão do pecado e do poder da morte
por meio da redenção final que virá por meio de Yeshua o Messias.

4:1-2 “E o homem conheceu Cháva, sua esposa, e ela concebeu e deu à


luz Káin, e ela disse:

Eu adquiri um homem com Hashem. E ela deu à luz seu irmão Hevel
novamente. E Hevel era um pastor de ovelhas e Káin era fazendeiro da
terra”. - A gramática do texto hebraico dá uma indicação clara de que
Cháva já havia dado à luz antes.
A questão é quando? Ráshi diz que foi antes da queda no pecado.
Outros dizem que foi
depois. O Midrash [77] e Ráshi ensinam que Chávah deu à luz cinco
filhos no dia de sua criação, Káin com sua irmã gêmea e Hevel com
duas irmãs gêmeas.
Káin e Hevel se casaram com suas irmãs gêmeas.

Se eles nasceram antes da queda no pecado, todos os filhos deveriam


ter participado da refeição do fruto proibido, porque tanto o
comportamento de Káin quanto a morte de Hevel mostram que eles eram
seres caídos afetados pelo pecado.

Ráshi ensina que os homens pecaram no mesmo dia em que foram


criados. Outra interpretação seria que a queda no pecado ocorreu depois
de um tempo.

4:3 “E aconteceu que, com o passar do tempo, Káin trouxe a Hashem


uma oferta do fruto da terra. " (ESVrevisado A Torá diz que era apenas
do fruto da terra, o que nos dá a entender que era qualquer tipo de fruto,
não o melhor e escolhido. O Midrash [78] diz que era linho, a pior fruta
que se podia encontrar.

4:4 “Hevel também, da sua parte, trouxe do primogênito de suas ovelhas


e sua gordura.

E Hashem olhou com favor para Hevel e sua oferta ”(ESV revisado) - De
acordo com o Midrash [79] Hevel generosamente ofereceu o melhor que
tinha, cordeiros que nunca haviam sido tosados ou trabalhados e que não
tinham defeitos.

D'us havia mostrado a Adam e Eva quais eram os animais limpos que
valiam para os sacrifícios, cf. Gênesis 7: 2, então Hevel sabia que tipo de
animais Hashem poderia receber.
De acordo com o Midrash [80], os sacrifícios de Káin e Hevel eram
dados em 14 de Nissán, o mesmo dia em que o sacrifício de Pessach
(Páscoa) seria oferecido posteriormente.
Em Hebreus 11:4 está escrito: “Pela fé Hevel ofereceu a D'us um
sacrifício melhor do que Káin, pelo qual ele alcançou o testemunho de
que era Tsadik-justo, dando testemunho de suas ofertas; e pela fé,
estando morto, ele ainda fala.” (LBLA revisada)
Hevel se sacrificou pela fé. Não diz "por fé", mas "pela fé". Não foi por
qualquer fé, mas sim pela fé, a mesma de sempre, a única que foi dada
desde o princípio, a fé dos hebreus. É provável que Hevel tivesse fé no
futuro sacrifício do Messias, de acordo com o que Hashem havia
revelado anteriormente, cf. 3:15, 21. E
por essa fé ele foi justificado, isto é, declarado inocente e livre da culpa
de seu pecado.
Hashem olhou com favor para Hevel, primeiro, e então sua oferta. Ele
viu a atitude de seu coração de amor, entrega e fé, e essa atitude foi
recompensada com a manifestação de seu gosto. O Midrash [81] conta
que o fogo caiu do céu e consumiu seu sacrifício.

4:7 “Se você fizer bem, não será aceito? E se você não fizer bem, o
pecado está à sua porta e cobiça por você, mas você deve dominá-lo. "
(NASB) –

Ráshi entende essa frase, assim como o Targum, assim diz: "Se você
melhorar suas ações, não vai ser perdoado?"

Então segue o Targum Onkelós: “para o dia do julgamento seu pecado,


você é salvo, pois no futuro você será punido a menos que se arrependa,
mas se você se arrepender, ficará em paz. " Ráshi entende a palavra
"porta" como o momento da morte, quando o homem entra no túmulo.
Pecado se refere ao Yétser hará, a carne, dentro do homem. O homem
deve dominar esse
instinto maligno. Por meio do arrependimento e da graça de Hashem,
você será capaz de dominá-lo. Aquele que não se arrepende de suas más
ações será dominado por seu pecado.

4:10 “E disse-lhe: Que fizeste? A voz do sangue do seu irmão clama por
mim do chão. " (NASB) - O texto hebraico diz “sangue de seu irmão”, no
plural. Ráshi diz que é porque ele alude a todos os filhos de Hevel que
não tiveram a oportunidade de gerar.

O Talmud [82] diz que se refere a várias feridas que Káin lhe deu por não
saber de onde viria sua alma.

4:15b "E Hashem colocou um sinal em Káin, para que quem o


encontrasse não o matasse." (ESV revisado) –

Os Chachamim, os homens sábios, oferecem várias explicações sobre


que tipo de sinal Hashem colocou em Kain: que ele se tornou um leproso
[83] que Hashem deu a ele um cão de guarda [84] que um chifre cresceu
em sua testa [85] ou que ele tinha uma letra do Nome sagrado gravada
em sua testa [86]

Ráshi entende que uma letra do Nome de D‟us estava gravada em sua
testa.

4:19 “Lémech tomou para si duas mulheres; o nome de um era Áda, e o


nome do outro, Tsilá. " (ESV revisado) -
Ráshi se refere ao Midrash [87] e diz que antes do dilúvio eles tinham o
costume de levar duas mulheres, uma para ter filhos e outra para
relações sexuais, Ada seria a mulher com quem tivesse filhos e Tsilá
aquela destinada à relação sexual.

Apesar de ter tomado substâncias anticoncepcionais, ela engravidou


duas vezes, cf. v. 22

4:25 “E Adam tornou a conhecer a sua mulher; e ela deu à luz um filho e
chamou-o de Shet, porque, (ela disse): D’us me deu outro filho no lugar
de Hevel, pois Káin o matou. " (ESV revisado) - De acordo com o Midrash
[88], Cháva estava pensando no Rei Messias quando Shet nasceu.

O nome Shet [89] significa "posição", "substituto" e fala de várias coisas


no ministério do Messias.

O Messias deveria ser um substituto para o homem que morreu. O


Messias também representa o homem e pode fazer uma troca para que
sua morte dê vida ao morto.

A fé em uma morte e ressurreição representativas do Messias está


oculta na
declaração de Cháva.

4:26 “A Shet também nasceu um filho e chamou-o Enosh. Naquela época,


ele começou a se chamar pelo nome de Hashem. " (ESV revisado) –

Segundo Ráshi, passaram a chamar nomes de pessoas e nomes de ídolos


com o nome do Santo, bendito seja ele, transformando-os em objetos de
culto, chamando-os de divindades.
Segundo o Sefer Hamadá - Livro da Ciência, da Rambám, quando fala
sobre Avodá Zará - idolatria, no capítulo 3, trata de como começou a
idolatria no Mundo.

Rambám fala que os homens começaram a oferecer sacrifícios e


libações aos Mazalót - constelações, que atraíram a atenção dos anjos
do primeiro céu, Vilón, fazendo com que descessem mais tarde, na
geração Yaréd (que quer dizer „descida‟)

5:2 “Zachár-Varão e Nekevá-fêmea os criou; e os abençoou, e os chamou


Adam, no dia em que foram criados.” (LBLA revisada) –

O nome Adam [90] tem relação com as palavras adam [91] “vermelho”,
Adamá [92] “terra
vermelha” e Dam [93] “sangue”. Então, quando o Messias é chamado
Filho do Homem, em hebraico “bem Adam”, significa que está tomado
da terra e tem carne e sangue por ser um descendente físico do
primeiro homem Adam. O Filho do Homem é um ser terrenal, que tem
sua origem nos céus, cf. I Coríntios15:47.5:3 “Quando Adam viveu cento
e trinta anos, ele gerou um filho à sua semelhança, conforme sua
imagem,
e o chamou de Shet. " (ESV revisado) –

As mesmas duas palavras aparecem aqui como em 1:26 onde se fala


da criação do homem com a imagem e à semelhança de D‟us,
Betsalmenu Kidemutenu, mas na ordem inversa,
Bidemutó Ketsalmó “ em (ou com) a sua semelhança, segundo a sua
imagem ”.
O significado dos nomes dos primeiros dez nomes na genealogia de
Adam a Noach constitui uma profecia messiânica:
*1. - Adam – O terrenal..
*2. - Shet – Posto..
*3. - Enósh – Degenerado..
*4. - Keinán – Posessão..
*5. - Mahalalel – o louvado de D‟us..
*6. - Yáred – Desceu..
*7. - Chanóch – Consagrado..
*8. - Metushélach – Sua morte envía..
*9. - Lámech – Miserável..
*10. - Nóach – Alívio.
“O terrenal posto (como) uma propriedade degenerada. O louvado de
D’us desceu, ele é um consagrado.

Sua morte traz alívio ao desgraçado.” ...Essa seria uma possível


mensagem.

5:22 "E Chanóch andou com D’us trezentos anos depois que gerou a
Matusalém e gerou filhos e filhas."
(ESV revisado) - Andar com D’us significa guardar seus mandamentos.
A forma substantiva da palavra hebraica halach, "andar", é halachá, que
significa "caminhar". Halachá é um termo técnico dentro do Judaísmo
que se refere às ordenanças que as autoridades judaicas estabelecem a
fim de serem capazes de colocar em prática os mandamentos da Torá
em todas as situações da vida judaica.

5:24 "E Chanóch andou com D’us, e desapareceu porque D‟us o levou."
(ESV revisado) - Este arrebatamento constitui uma sombra profética
sobre o arrebatamento que os Tsadikim-justos da última geração quando
o Messias vier, cf. Mateus 24:31, Lucas 17: 34-36; I Tessalonicenses 4:17.
Quando o Messias Yeshua retornar à terra, aqueles que são seus serão
arrebatados no ar para encontrá-lo e acompanhá-lo em seu retorno à
terra.

A palavra hebraica que foi traduzida por "tomou", Lakach [94] refere-se
ao segundo passo no
casamento hebraico quando o noivo "pega" sua esposa e a leva para a
casa de seu pai, cf. Esdras 9:12; Neemias 13:25; II Crônicas 11:21.

5:29 "E ele o chamou de Noach, dizendo: Este nos dará descanso de
nossos labores e da obra de nossas mãos, por causa da terra que Hashem
amaldiçoou." (ESV revisado) –

De acordo com Ráshi, os homens não usavam ferramentas agrícolas até


que Noé viesse e as fizesse.

6:2 "Os filhos de D’us viram que as filhas dos homens eram bonitas, e
tomaram para si mulheres dentre todas as que escolheram." (NASB) –

De acordo com Ráshi e o livro de Yashar [95] aqui se refere aos filhos de
nobres e juízes.

O Targum traduz "filhos dos poderosos (ou nobres)."

No Midrash [96] e no livro de Enoque [97], fala-se de anjos que desceram


do céu na época de Yáred que se uniram às filhas dos homens e assim
nasceram os gigantes.
6:6 "E Hashem estava arrependido de ter feito o homem na terra, e ele
sentiu tristeza em seu coração." (ESV revisado) - Hashem muda sua
atitude e segue em direção aos homens de acordo com suas decisões e
ações, cf. Ezequiel 18.6:8 "Mas Noach achou graça aos olhos de
Hashem." (ESV revisado) - Hashem sempre ofereceu graça aos homens
que se arrependem do mal e o buscam. A palavra hebraica que foi
traduzida como Graça é Chen [98] que significa:
*Graça, atrativo, beleza, formosura.
*Agrado, simpatía..
*Inclinação, estima, afeto..
*Favor, compaixão, benevolência, gratidão..
A raíz desta palavra é Chanán [99] que significa:
*Inclinação para mostrar benevolência a um inferior, ter misericórdia,
compadecer-se, apiedar-se, sentir lástima. *fazer um favor, favorecer,
beneficiar.

O Midrash [100] disse: “Noach foi salvo, não porque merecia, mas porque
achou graça.
[1] Tratado Nedarim 39b, Tratado Pesachim 54a. [2] Strong H7225 rê'shîyth, ray-sheeth',
From the same as H7218; the first, in place, time, order or rank (specifically a
firstfruit): - beginning, chief (-est), first (-fruits, part, time), principal thing. [3] Strong
H7218 rô'sh, roshe, From an unused root apparently meaning to shake; the head (as most
easily shaken), whether literally or figuratively (in many applications, of place, time, rank,
etc.): - band, beginning, captain, chapiter, chief (-est place, man, things), company, end, X
every [man], excellent, first, forefront, ([be-]) head, height, (on) high (-est part, [priest]), X
lead, X poor, principal, ruler, sum, top.
[4] Rabí Shelomó ben Yitschak (Francia 1064-1105 e.c). Uno de los exegetas medievales
más importantes. Seu comentario sobre chumash (el Pentateuco) es estudiado en cada
Yeshivá (colegio religioso de formación rabínica) en todo el mundo. Su obra reúne las
explicaciones rabínicas desde o Talmud, o Midrash, as tradiciones extra-talmúdicas, las
traducciones antiguas al arameo, llamadas Targumim y demás. Sus explicaciones del texto
hebreo tienen como propósito dar al lector un entendimiento de su sentido literal, en hebreo
“peshat”, que es el primer nivel de interpretación de las Escrituras. [5] “La Torá con
Rashí”, con la traducción, elucidación y comentario de Aryeh Coffman, Editorial
Jerusalem de México © 2001. [6] Conocido en el mundo cristiano como el Antiguo
Testamento. Tanaj es una palabra acróstica, compuesta por las tres primeras letras de los
nombres de las tres partes del canon hebreo, Torá (instrucción), Neviím (Profetas) y
Ketuvim (Escritos). [7] Shaliach es la palabra hebrea para emisario, en griego: apóstolos.
[8] Strong H1254 bârâ', baw-raw', A primitive root; (absolutely) to create; (qualified) to cut
down (a wood), select, feed (as formative processes): - choose, create (creator), cut down,
dispatch, do, make (fat). [9] Strong H430 'ĕlôhîym, el-o-heem', Plural of H433; gods in the
ordinary sense; but specifically used (in the plural thus, especially with the article) of
the supreme God; occasionally applied by way of deference to magistrates; and sometimes
as a superlative: - angels, X exceeding, God (gods) (-dess, -ly), X (very) great, judges, X
mighty. [10] Strong H433 'ĕlôahh 'ĕlôahh, el-o'-ah, el-o'-ah, (The second form is rare);
probably prolonged (emphatically) from H410; a deity or the deity: - God, god. See H430.
[11] Strong H410 'êl, ale, Shortened from H352; strength; as adjective mighty; especially
the Almighty (but used also of any deity): - God (god), X goodly, X great, idol, might (-y
one),
power, strong. Compare names in “-el.”
[12] La palabra “Deus” es una forma de Theos, y por esta razón procuramos evitarla todo
lo que sea posible em la escrita. En lugar de ello hemos importado al castellano las palabras
hebreas D‟us y Eloah. Por lo tanto, en estos comentarios utilizaremos la palabra D‟os
como sinónima de Deus. Aunque el texto hebreo tenga Eloah o El, en la mayoría de los
casos no
vamos a utilizar esos términos en el texto castellano, sino sólo D‟os para no complicarnos
demasiado. Así que en estos comentarios D‟os puede ser la traducción de las tres palabras
hebreas “El”, “Eloah” o “Dios”. [13] Strong H8064 shâmeh shâmayim, shaw-meh', shaw-
mah'-yim, The second form being dual of an unused singular; from an unused root
meaning
to be lofty; the sky (as aloft; the dual perhaps alluding to the visible arch in which the
clouds move, as well as to the higher ether where the celestial bodies revolve): - air, X
astrologer,
heaven (-s). [14] Tratado Chagigá 12b-13a. [15] Strong H776 'erets, eh'-rets, From an
unused root probably meaning to be firm; the earth (at large, or partitively a
land): - X common, country, earth, field, ground, land, X nations, way, + wilderness, world.
[16] Strong H8414 tôhû, to'-hoo, From an unused root meaning to lie waste; a desolation
(of surface), that is, desert; figuratively a worthless thing; adverbially in vain: - confusion,
empty place, without form, nothing, (thing of) nought, vain, vanity, waste, wilderness.
[17] Diccionario hebreo-español, de Ediciones Riopiedra, escrito por Judit Targarona
Borrás, Prof. Tit. de la Universidad Complutense de Madrid.
[18] Strong H922 bôhû, bo'-hoo, From an unused root (meaning to be empty); a vacuity,
that is, (superficially) an undistinguishable ruin: - emptiness, void.
[19] Tratado Chagigá 12a. [20] Propagada por el dr. Derek Prince y otros. [21] Yilkut
Shmoini 6, 8, 95.
[22] Prikei DeRabí Eliazar 14. [23] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 3:8. [24] Tratado
Chagigá 12a.
[25] El Dr Gerald Schroeder es físico nuclear y miembro de la Comisión de Energía
Atómica de los Estados Unidos. Es el autor de los libros: "Genesis and the Big Bang" y
"The
Science of God". Para más información sobre este tema, ver:
[26] Strong H7307 rûach, roo'-akh, From H7306; wind; by resemblance breath, that is, a
sensible (or even violent) exhalation; figuratively life, anger, unsubstantiality; by extension
a
region of the sky; by resemblance spirit, but only of a rational being (including its
expression and functions): - air, anger, blast, breath, X cool, courage, mind, X quarter, X
side, spirit ([-
ual]), tempest, X vain, ([whirl-]) wind (-y).
Strong H7306 rûach, roo'-akh, A primitive root; properly to blow, that is, breathe; only
(literally) to smell or (by implication perceive (figuratively to anticipate, enjoy): - accept,
smell, X
touch, make of quick understanding.
[27] Yalkut sobre Yeshayahu 60. [28] Rabí Simeón ben Lakish, en Bereshit Rabá 2:4
[29] Pesikhta Rabati e Yalkut Shimoni, siglos 9 y 12 respectivamente, la segunda cita siendo
una explicación del Tehilim 36:10 (36:9 vesión cristiana).
[30] Pesikta Rabá 152b. [31] Strong H6153 ‛ereb, eh'-reb, From H6150; dusk: - + day, even
(-ing, tide), night.
Strong H6150 ‛ârab, aw-rab', A primitive root (rather identical with H6148 through the
idea of covering with a texture); to grow dusky at sundown: - be darkened, (toward)
evening.
Strong H6148 ‛ârab, aw-rab', A primitive root; to braid, that is, intermix; technically to
traffic (as if by barter); also to give or be security (as a kind of exchange): - engage, (inter-)
meddle
(with), mingle (self), mortgage, occupy, give pledges, be (-come, put in) surety, undertake.
[32] Strong H1242 bôqer, bo'-ker, From H1239; properly dawn (as the break of day);
generally morning: - (+) day, early, morning, morrow.
Strong H1239 bâqar, baw-kar', A primitive root; properly to plough, or (generally) break
forth, that is, (figuratively) to inspect, admire, care for, consider: - (make) inquire (-ry),
(make)
search, seek out. [33] Strong H3117 yôm, yome, From an unused root meaning to be hot; a
day (as the warm hours), whether literally (from sunrise to sunset, or from one sunset
to the next), or figuratively (a space of time defined by an associated term), (often used
adverbially): - age, + always, + chronicles, continually (-ance), daily, ([birth-], each, to) day,
(now
a, two) days (agone), + elder, X end, + evening, + (for) ever (-lasting, -more), X full, life, as
(so) long as (. . . live), (even) now, + old, + outlived, + perpetually, presently, + remaineth, X
required, season, X since, space, then, (process of) time, + as at other times, + in trouble,
weather, (as) when, (a, the, within a) while (that), X whole (+ age), (full) year (-ly), +
younger.
[34] Tratado Chaguigá 12a. [35] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 4:8. [36] Midrásh Rabá -
Bereshit Rabá 1:19. [37] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 11:10.
[38] Tiferet Tsión; Midrash HaGadol 2:8. [40] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 8:7.
[41] Strong H6754, tselem, tseh'-lem, From an unused root meaning to shade; a phantom,
that is, (figuratively) illusion, resemblance; hence a representative figure, especially an idol:
-
image, vain shew. [42] Em sua obra “Guía dos perplexos”. Maimónides, rabí Moshé ben
Maimón, 1135 –1204 E.C., fue uno de los rabinos más influyentes en el judaísmo
medieval, que vivió y trabajó principalmente en España y el norte de Africa.
[43] Strong H120 'âdâm, aw-dawm', From H119; ruddy, that is, a human being (an
individual or the species, mankind, etc.): - X another, + hypocrite, + common sort, X low,
man
(mean, of low degree), person. [44] Strong H1288 bârak, baw-rak', A primitive root; to
kneel; by implication to bless God (as an act of adoration), and (vice-versa) man (as a
benefit); also (by euphemism) to curse (God or the king, as treason): - X abundantly, X
altogether, X at all, blaspheme, bless, congratulate, curse, X greatly, X indeed, kneel (down),
praise, salute, X still, thank. [45] Strong H6942 qâdash, kaw-dash', A primitive root; to be
(causatively make, pronounce or observe as) clean (ceremonially or morally): -
appoint, bid, consecrate, dedicate, defile, hallow, (be, keep) holy (-er, place), keep, prepare,
proclaim, purify, sanctify (-ied one, self), X wholly.
[46] Strong H7673 shâbath, shaw-bath', A primitive root; to repose, that is, desist from
exertion; used in many implied relations (causatively, figuratively or specifically): - (cause
to,
let, make to) cease, celebrate, cause (make) to fail, keep (sabbath), suffer to be lacking,
leave, put away (down), (make to) rest, rid, still, take away.
[47] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 11:2. [48] Tratado Rosh HaShaná 11a. [49] Midrás
Rabá - Bereshit Rabá 11:9.
[50] Strong H8435 tôledâh tôledâh, to-led-aw', to-led-aw', From H3205; (plural only)
descent, that is, family; (figuratively) history: - birth, generations.
[51] Strong H5205 yâlad, yaw-lad', A primitive root; to bear young; causatively to beget;
medically to act as midwife; specifically to show lineage: - bear, beget, birth ([-day]), born,
(make to) bring forth (children, young), bring up, calve, child, come, be delivered (of a
child), time of delivery, gender, hatch, labour, (do the office of a) midwife, declare
pedigrees, be
the son of, (woman in, woman that) travail (-eth, -ing woman).
[52] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 14:5. [53] Strong H6376 pîyshôn, pee-shone', From
H6335; dispersive; Pishon, a river of Eden: - Pison.
Strong H6335 pûsh, poosh, A primitive root; to spread; figuratively act proudly: - grow up,
be grown fat, spread selves, be scattered.
[54] Strong H1521 gîychôn gichôn, ghee-khone', ghee-khone', From H1518; stream;
Gichon, a river of Paradise; also a valley (or pool) near Jerusalem: - Gihon.
Strong H1518 gîyach gôach, ghee'-akh, go'-akh, A primitive root; to gush forth (as water),
generally to issue: - break forth, labor to bring forth, come forth, draw up, take out.
[55] Strong H2313 chiddeqel, khid-deh'-kel, Probably of foreign origin; the Chiddekel (or
Tigris) river: - Hiddekel
[56] Strong H6578 perâth, per-awth', From an unused root meaning to break forth;
rushing; Perath (that is, Euphrates), a river of the East: - Euphrates.
[57] Strong H6680 tsâvâh, tsaw-vaw', A primitive root; (intensively) to constitute, enjoin: -
appoint, (for-) bid. (give a) charge, (give a, give in, send with) command (-er, ment), send a
messenger, put, (set) in order. [58] Strong H4687 mitsvâh, mits-vaw', From H6680; a
command, whether human or divine (collectively the Law): - (which was) commanded (-
ment), law, ordinance, precept. [59] Strong H5828 ‛êzer, ay'-zer, From H5826; aid: - help.
[60] Strong H5826 ‛âzar, aw-zar', A primitive root; to surround, that is,
protect or aid: - help, succour. [61] Strong H5048 neged, neh'-ghed, From H5046; a front,
that is, part opposite; specifically a counterpart, or mate; usually (adverbially,
especially with preposition) over against or before: - about, (over) against, X aloof, X far
(off), X from, over, presence, X other side, sight, X to view.
[62] Pirkei r. Eliezer 12. [63] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 17:5.
[64] Una obra del rabí Shavtai Bass, 1641-1718, que es una compilación de varios
comentaristas de Rashí, incluyendo los comentarios propios. El rabí Bass fue un famoso
editor y
cantor en la sinagoga de Praga. [65] Strong H1692 dâbaq, daw-bak', A primitive root;
properly to impinge, that is, cling or adhere; figuratively to catch by pursuit: - abide,
fast, cleave (fast together), follow close (hard, after), be joined (together), keep (fast),
overtake, pursue hard, stick, take.
[66] Isaías 60:19-20; Salmo 27:1; 1 Juan 1:5; Salmo 104:1-2; 1 Timoteo 6:16. [67] Yalkut
Shimoni C 1:27; Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 20:12.
[68] Strong H3045 yâda‛, yaw-dah', A primitive root; to know (properly to ascertain by
seeing); used in a great variety of senses, figuratively, literally, euphemistically and
inferentially
(including observation, care, recognition; and causatively instruction, designation,
punishment, etc.): - acknowledge, acquaintance (-ted with), advise, answer, appoint,
assuredly, be
aware, [un-] awares, can [-not], certainly, for a certainty, comprehend, consider, X could
they, cunning, declare, be diligent, (can, cause to) discern, discover, endued with, familiar
friend,
famous, feel, can have, be [ig-] norant, instruct, kinsfolk, kinsman, (cause to, let, make)
know, (come to give, have, take) knowledge, have [knowledge], (be, make, make to be, make
self)
known, + be learned, + lie by man, mark, perceive, privy to, X prognosticator, regard, have
respect, skilful, shew, can (man of) skill, be sure, of a surety, teach, (can) tell, understand,
have
[understanding], X will be, wist, wit, wot.
[69] Sefer Bereshit - Génesis 3:19 [70] Romanos 5:14-15; I Corintios 15:21
[71] Sabiduría 2:24; 1 Enoc 69:11; Apocalypsis Mosis 14:2; Seudo Filón 13:8; Génesis
Rabá 8:11; 16:6; Sifrá 27a
[72] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá. [73] Strong H2233 zera‛, zeh'-rah, From H2232; seed;
figuratively fruit, plant, sowing time, posterity: - X carnally, child, fruitful, seed (-
time), sowing-time. Strong H2232 zâra‛, zaw-rah', A primitive root; to sow; figuratively to
disseminate, plant, fructify: - bear, conceive seed, set with, sow (-er), yield.
[74] Según entendemos por el testimonio de una sábana de lino que obviamente se usó para
cubrir el cuerpo de Yeshúa en el momento de su sepultura. Esa sábana ahora está en Turín,
Italia, y fue investigada por los expertos de la NASA. Ellos confirmaron que había habido
una hemorragia fuerte en uno de los talones, dependiendo de las cantidades de sustancias
de
hierro (que viene de la sangre) que hay en la sábana en las marcas del cuerpo del que había
sido torturado. Para más información, ver http://www.shroud.com.
[75] Strong H2332 chavvâh, khav-vaw', Causative from H2331; lifegiver; Chavvah (or
Eve), the first woman: - Eve.
Strong H2331 châvâh, khaw-vah', A primitive root; (compare H2324, H2421); properly to
live; by implication (intensively) to declare or show: - show.
[76] Strong H2421 châyâh, khaw-yaw', A prim root (compare H2331, H2424); to live,
whether literally or figuratively; causatively to revive: - keep (leave, make) alive, X certainly,
give (promise) life, (let, suffer to) live, nourish up, preserve (alive), quicken, recover, repair,
restore (to life), revive, (X God) save (alive, life, lives), X surely, be whole.
[77] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 22:3, 16. [78] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 22:8. [79]
Pirkei de rabí Eliezer. [80] Pirkei de rabí Eliezer 21; Midrash HaGadol
4:3. [81] Midrash Lekach Tov. [82] Tratado Sanhedrín 37b. [83] Tiferet Tsión; Midrásh
Rabá - Bereshit Rabá 22:27. [84] R. Bechai 4:11. [85] R. Bechai 4:11.
[86] Pirkei de rabí Eliezer 25. [87] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 23:2. [88] Midrásh Rabá -
Bereshit Rabá 23.
[89] Strong H7896 shêth, shayth, From H7896; put, that is, substituted; Sheth, third son of
Adam: - Seth, Sheth.
Strong H7896 shîyth, sheeth, A primitive root; to place (in a very wide application): - apply,
appoint, array, bring, consider, lay (up), let alone, X look, make, mark, put (on), + regard,
set,
shew, be stayed, X take. [90] Strong H121 aw-dawm', The same as H120; Adam, the name
of the first man, also of a place in Palestine: - Adam.
[91] Strong H120 aw-dawm', From H119; ruddy, that is, a human being (an individual or
the species, mankind, etc.): - X another, + hypocrite, + common sort, X low, man (mean, of
low degree), person. [92] Strong H127 'ădâmâh, ad-aw-maw', From H119; soil (from its
general redness): - country, earth, ground, husband [-man] (-ry), land.
[93] Strong H119 'âdam, aw-dam', To show blood (in the face), that is, flush or turn rosy: -
be (dyed, made) red (ruddy).
[94] Strong H3947 lâqach, law-kakh', A primitive root; to take (in the widest variety of
applications): - accept, bring, buy, carry away, drawn, fetch, get, infold, X many, mingle,
place,
receive (-ing), reserve, seize, send for, take (away, -ing, up), use, win.
[95] Yashar 4:18. [96] Pirkei de rabí Eliezer 22; Ver también o livro de Chanoch.

[98] Strong H2580 chên, khane, From H2603; graciousness, that is, subjectively (kindness,
favor) or objectively (beauty): - favour, grace (-ious), pleasant, precious, [well-] favoured.
[99] Strong H2603 chânan, khaw-nan', A primitive root (compare H2583); properly to bend
or stoop in kindness to an inferior; to favor, bestow; causatively to implore (that is, move to
favor by petition): - beseech, X fair, (be, find, shew) favour (-able), be (deal, give, grant
(gracious (-ly), intreat, (be) merciful, have (shew) mercy (on, upon), have pity upon, pray,
make
supplication, X very. Strong H2583 chânâh, khaw-naw', A primitive root (compare H2603);
properly to incline; by implication to decline (of the slanting rays of evening);
specifically to pitch a tent; generally to encamp (for abode or siege): - abide (in tents), camp,
dwell, encamp, grow to an end, lie, pitch (tent), rest in tent.
[100] Midrásh Rabá - Bereshit Rabá 28:8.

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