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autentica.contemporanea www.grupoautentica.com.br NOV.

2023

Para ouvir
o que a
literatura
tem a
dizer hoje
A Autêntica Contemporânea, um selo do Grupo
Autêntica, completa dois anos e já conta com
mais de 20 livros em catálogo, além de trazer
três autores para a 21a Flip. Num cenário em que
tanto se publica, é uma alegria chegar até aqui
com autores e autoras de várias partes do mundo,
com uma mostra importante do que se produz no
Brasil, o que inclui obras de autores iniciantes,
mas que já apontam um caminho fundamental
da nossa literatura.
A “literatura contemporânea”, para nós, não está
apenas delimitada pelo marco do tempo. Aqui, o
contemporâneo é o que acontece agora, o que fala
sobre os interesses de quem vive hoje, as questões
que nos tocam nas artes, mas também na vida, no
Brasil, na sociedade, nos modos de nos relacionar-
mos e de estarmos no mundo.
Cada um dos nossos livros é escolhido com
calma e cuidado, pensando justamente a impor-
tância do que dizem hoje, sua novidade literária,
mas também sua capacidade de ler um mundo que
se transforma o tempo todo. Esta publicação é um
convite para você conhecer melhor o nosso catá-
logo, descobrir nossos autores, além de embarcar
nesse processo bonito e surpreendente que é olhar
o mundo de hoje a partir da literatura.

P. 02 P. 03 P. 04 e 05 P. 06 e 07 Conheça o podcast da
CRISTINA RIVERA DEBORAH LIGAÇÕES AUTORES NA
PROGRAMAÇÃO
Autêntica Contemporânea

GARZA E O PERIGOSAS:
INVENCÍVEL PODER LEVY E SUA UM POUCO DE PRINCIPAL DA FLIP:
DA LINGUAGEM AUTOBIOGRAFIA TUDO O QUE ELIANE MARQUES,
FELIPE CHARBEL E
VOCÊ ENCONTRA
VIVA: APRENDER NOS LIVROS MÓNICA OJEDA
P. 02
SARA MESA E O A SER MULHER, DA AUTÊNTICA P. 08
CONTEMPORÂNEA
AMOR POSSÍVEL TODOS OS DIAS AGENDA
NO TEMPO DO LANÇAMENTOS DE
IMPOSSÍVEL 2024 DA AUTÊNTICA
CONTEMPORÂNEA
2 NOV. 2023

CRISTINA RIVERA GARZA E O


INVENCÍVEL PODER DA LINGUAGEM
“A falta de linguagem é avassaladora. A falta

John D. and Catherine T. MacArthur Foundation


de linguagem nos algema, nos sufoca, nos es- O invencível
verão de Liliana
trangula, nos atinge, nos esfola, nos isola, nos
Cristina Rivera Garza
condena.” Este trecho está logo no primeiro
Tradução de Silvia
capítulo de O invencível verão de Liliana, livro Massimini Felix
arrebatador em que Cristina Rivera Garza re-
monta a um passado sombrio e doloroso para
tentar compreender o assassinato de sua irmã.
Esse anseio de compreender está na base de Capa de Alles Blau • Ilustração
de capa de Maria Conejo • 304
uma construção múltipla, forte e indispensá- páginas • R$ 67,50
vel. Ler Cristina Rivera Garza é se aprofundar ISBN: 978-65-5928-171-8

na história da América inteira, no que ela tem


de violência e de magia, de atrocidade e von- Impressionante investigação sobre a
tade de reparação. morte da irmã, uma espécie de auto-
ficção investigativa que é um acerto
de contas e uma descoberta da própria
“Viver em luto é isto: nunca estar sozinho. identidade.
Invisível, mas evidente de muitas maneiras,
a presença dos mortos nos acompanha nos Finalista do National Book Award
de Não Ficção 2023
minúsculos interstícios dos dias. Por sobre
o ombro, ao lado da voz, no eco de cada Para quem gosta de Prêmio Rodolfo Walsh 2022
passo. [...] imaginar o que os sentidos que Valeria Luiselli, Tatiana Salem Levy, Joan Prêmio Mazatlán de Literatura 2022
Didion, Ieda Magri.
não são os meus poderiam apreciar através Prêmio Xavier Villaurrutia
dos meus sentidos é, considerando todas as Vem aí de Escritores para Escritores 2021
coisas, uma definição pontual do amor. Autobiografia do algodão, de Cristina Rivera Prêmio Nuevo León Alfonso Reyes 2021
O luto é o fim da solidão.” Garza com tradução de Silvia Massimini Felix. Prêmio Ibero-americano de
Letras José Donoso 2021

SARA MESA E O AMOR POSSÍVEL


NO TEMPO DO IMPOSSÍVEL
Contida, precisa, certeira. As palavras da
Foto: Sonia Fraga

Um amor
espanhola Sara Mesa vão construindo ro-
Sara Mesa
mances aparentemente controlados porque
suas personagens parecem ter sempre cons- Tradução de Silvia
Massimini Felix
ciência de tudo. Parecem. Ao acompanhar a
história, entretanto, tanta precisão vira ten-
são e, aos poucos, tudo parece desmoronar.
Esse processo, claro, tem muito de técni- Capa de Diogo Droschi
ca narrativa, e uma técnica admirável. Mas Ilustração de capa de
Gertrude Abercrombie
também nos conta muito sobre o que é es- 168 páginas • R$ 54,90
crever hoje, produzir romances num mundo ISBN: 978-65-5928-308-8

em movimento, viver histórias de amor,


Natalia tenta construir uma nova vida
acreditar e se enganar.
deixando o passado para trás. Num po-
voado, vai sendo enredada pelas per-
Deixa que digam
sonagens, pelos próprios medos e por
“Um amor é um primor de domínio nar-
esperanças talvez equivocadas.
rativo, construção de cenários e coadjuvantes
[...] recomendo para quem gosta de romances
bem construídos. Um dos livros mais inte- Para quem gosta de
ressantes que li em 2023.” – José Godoy em Elena Ferrante, Natalia Timerman, Fleabag,
comentário para o Clube do Livro da CBN. Dogville.

Vem aí
A família, de Sara Mesa com tradução de
Silvia Massimini Felix.
NOV. 2023
3
DEBORAH LEVY E
Desde que Virginia Woolf, com Um teto todo
seu, proclamou a potência da escrita das mu-
lheres, muito tem se pensado sobre o poder
de comunicação delas, seja nos temas, seja no

SUA AUTOBIOGRAFIA estilo. A escritora sul-africana Deborah Levy é


certamente uma das mais relevantes herdeiras
dessa tradição.

VIVA: APRENDER
Entremeando suas memórias com refle-
xões particulares e universais sobre o que
significa ser uma mulher nos dias de hoje,

A SER MULHER,
a autora relata, em Coisas que não quero saber,
primeiro volume de sua Autobiografia Viva,
a infância na África do Sul, o Apartheid e a
prisão do pai. Nos dois volumes que se se-

TODOS OS DIAS guem (O custo de vida e Bens imobiliários), ela


fala de seu divórcio, da morte da sua mãe e
se dedica aos desafios e conquistas de sua
vida, narrando uma profunda compreensão
da condição feminina.
Em sua trilogia autobiográfica, Levy faz,

Sheila Burnett
portanto, uma perene releitura do papel da
mulher e do retrato da feminilidade contem-
porânea (sempre em transformação) e suscita
uma fundamental reflexão sobre o custo de
derrubar as hierarquias sociais que fazem dela
uma personagem secundária em um mundo
que não é arquitetado a seu favor.
O panorama que a autora traça de livro a
livro vai além: entrelaça passado e presente,
filosofia e história literária, registrando um
inventário de seus bens reais ou imaginários
e questionando nossa compreensão de patri-
mônio e posse e nossa forma de tratar o valor
da vida intelectual e pessoal de uma mulher.

Deixa que digam


“Para me tornar escritora, precisei apren-
der a interromper, a falar mais alto, e depois
a simplesmente usar minha própria voz. So-
mos interrompidas o tempo todo e, quando
interrompemos, não é por grosseria, mas para
encontrar um lugar para nós mesmas. Só não
reconhece que a feminilidade é um fantasma
quem ainda está interessado em abafar a voz
das mulheres.” – Deborah Levy em entrevista
para O Globo.

Para quem gosta de


Annie Ernaux, Édouard Louis, Vivian Gor-
nick, Autoficção, Virginia Woolf, Rachel Cusk,
Feminismo.

Autora três vezes indicada ao Booker Prize e ganhadora, em 2020, do Prix Femina Étranger com Vem aí
seus livros Coisas que não quero saber e O custo de vida. August Blue, de Deborah Levy com tradu-
ção de Adriana Lisboa.

Coisas que não O custo de vida Bens imobiliários


quero saber Deborah Levy Deborah Levy
Deborah Levy Tradução de Adriana Lisboa Tradução de Adriana Lisboa
Tradução de Celina
Portocarrero e Rogério
Bettoni

Capa de Alles Blau • Ilustração Capa de Alles Blau • Ilustração Capa de Alles Blau • Ilustração
de capa de Rafaela Pascotto de capa de Rafaela Pascotto de capa de Rafaela Pascotto
104 páginas • R$ 54,90 120 páginas • R$ 54,90 192 páginas • R$ 54,90
ISBN: 978-85-8217-864-5 ISBN: 978-65-5928-229-6 ISBN: 978-65-5928-228-9
4 NOV. 2023

LIGAÇÕES
PERIGOSAS RELAÇÕES FAMILIARES

Um pouco de tudo
o que você encontra
nos livros da Autêntica
Contemporânea

Saia da frente O garoto do O irmão


do meu sol meu pai mais velho
Felipe Charbel Emmanuelle Lambert Daniel Mella
Uma investigação Encontrar na Quando tudo gira em
afetiva sobre o quarto iminência da morte torno de uma perda
dos fundos – da casa do pai o melhor da absurda, a ausência
de uma família, de vida: um livro sobre vira um polo ao redor
uma determinada luto e o que fica das do qual tudo gira.
época, do Brasil pessoas que se vão.
inteiro.

CRIMES REAIS LUTO

Um amor de filha João Maria Louças de família O invencível Um crime Esperando


Hanaide Kalaigian Matilde Eliane Marques verão de Liliana bárbaro Bojangles
Marcela Dantés Cristina Rivera Garza Ieda Magri Olivier Bourdeaut
A incrível descoberta de A morte de uma
uma mulher que, depois Uma viagem de matriarca é o que basta A coragem de O acerto de contas Pelos olhos de uma
de fazer tudo o que se descobrimento do para desenrolar todo voltar à história com uma história criança, a história
esperava dela, descobre Brasil a Portugal, um fio de relações mais dolorosa, a terrível que nunca de amor e loucura
que tudo pode não ser unindo as pontas nebulosas, acertos de vontade de entender abandonou a mais inusitada
suficiente. de uma família, de contas e reencontros o absurdo, uma narradora revela e maravilhosa
um amor, de uma com a própria história. maneira de se muito sobre ela, que alguém pode
herança inesperada. reinventar. sobre o passado, imaginar.
sobre o país.

ANCESTRALIDADE
NOV. 2023
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SOBRE O AMOR

Dias de se fazer O último Um amor Planícies Aqui. Neste lugar. Causas não
silêncio sábado de julho Sara Mesa Federico Falco Maria José Silveira naturais
Camila Maccari amanhece quieto Ana Elisa Ribeiro
Quando tudo Um romance sutil Engenhosa mistura de
Silvana Tavano
Intensa e delicada sai dos planos e e delicado sobre a lendas amazônicas e Da menor sensação
história sobre vida, Sobre a força de o inesperado se dor da separação e a uma imaginação febril ao mais imenso
infância, amor, morte, saber olhar para agiganta na nossa passagem do tempo para falar de um Brasil sentimento, contos
luto, fraternidade, dentro e arrancar vida com fúria e na planície – morada que passa longe dos que vão da ternura
fragilidade, do interior o que há força. e metáfora. livros de história. mais funda à
força e pequenas de mais inusitado crueldade impossível
insurgências. e bonito, ainda que – no fundo, todos
cercado de dor e de demasiadamente
surpresa. humanos.

SAÚDE MENTAL FICÇÃO BRASILEIRA AUTOFICÇÃO

Coisas que não O custo de vida Bens imobiliários Um voo mágico Voladoras Mandíbula
quero saber Deborah Levy Deborah Levy Giovanna Giordano Mónica Ojeda Mónica Ojeda
Deborah Levy
Quando uma mulher Filosofia e história, Poucos livros sobre Contos espantosos, Romance latino-
Como a resposta chega aos 50 anos e passado e presente, a guerra são tão cruéis e mágicos americano, com
à pergunta “Por olha para a própria unidos numa delicados como este: sobre o quanto ser doses deliciosas
que escrever?” vida, o resultado é reflexão íntima, tão tem algo de fábula, mulher pode ser de fantástico, para
respondida do nada menos que uma emocionante quanto pela esperança, extraordinário. resgatar a força
ponto de vista de revolução. corajosa, sobre o lar pela aventura, pelo da imaginação
uma mulher sul- e os fantasmas que o enredo inusitado. imperdível que há no
africana pode ser assombram. Para se esbaldar de continente.
tão absurdamente literatura.
universal.

VIDA DA MULHER OUTROS MUNDOS


6 NOV. 2023

AUTORES NA PROGRAM A
ELIANE MARQUES E A VIDA DE
FAMÍLIA DEPOIS DA MORTE
Num cenário incomum na literatura brasilei-
Alexsander Silva dos Santos

Louças de família
ra, na fronteira entre Brasil e Uruguai, uma
Eliane Marques
história familiar se desenvolve a partir de
um armário de louças, herança de relações
delicadas e misteriosas. Ali se confundem
tiranos e subalternizados, negros e brancos,
na história da morte de tia Eluma, empregada
doméstica na cidade com nome de Ana.
Quem responde por essa morte? Quem Capa de Diogo Droschi
Ilustração de capa de Larissa de
pagará o velório dessa mulher que se cria no Souza • 280 páginas • R$ 64,90
batuque e morre na igreja universal do reino ISBN: 978-65-5928-258-6

de deus? O que a narradora herda da tia e o que


abandona? Tendo a vida (e a morte) de tia Elu-
ma como ponto de partida, a narradora puxa para nossa formação enquanto povo quan-
o fio que se estende à sua primeira ancestral to desconhecido por nós. Dialogar com essa
conhecida da linha materna, passando por tradição, tornar-se partícipe do legado dessas
outras parentes suas que, para chegarem até histórias que a narradora Cuandu compartilha
aqui, limparam os pés nas pedras dos arroios conosco pressupõe um desafio proporcional
lavando a roupa suja dos brancos. à imensa recompensa de sua aquisição.” –
Adriano Migliavacca para o Correio do Povo.
Deixa que digam
“O que a escrita de Eliane Marques nos Para quem gosta de
oferece é a possibilidade de frequentação de Buchi Emecheta, Carlos Eduardo Pereira,
um imaginário tão profundo e importante Edimilson de Almeida Pereira, Eliana Alves Cruz.

FELIPE CHARBEL E A
FOFOCA SENTIMENTAL
No subúrbio do Rio de Janeiro, uma família
Arquivo do autor

Saia da frente
de classe média abriga um tio no quartinho do meu sol
de empregada. O tio, apesar de totalmente Felipe Charbel
agregado à família, é um tanto misterioso e
o narrador, quando criança, nunca entendeu
direito aquela criatura fumante, silenciosa,
levemente mal-humorada, mas capaz de pers-
picácia e, até, ternura. Ao destrinchar, anos
mais tarde, a vida do tio, já morto, a partir de Capa de Diogo Droschi
um punhado de cartas e das memórias – dele e 136 páginas • R$ 54,90
ISBN: 978-65-5928-262-3
da família, numa busca por essa personalidade
misteriosa –, ele faz um retrato do Brasil como
a gente ainda precisa.
elaborada teia formada por memória familiar,
Este é um livro absurdamente brasileiro,
por essa coisa gelatinosa chamada autoficção
com quarto de empregada, memórias turvas,
e, sobretudo, um ensaio sobre o apagamento
família numerosa, subúrbio, calor de 40 graus,
dos idosos.” – Schneider Carpeggiani para
desejos adiados, preconceito e fumaça de ci- o Suplemento Pernambuco.
garro. Irresistível, ele é sobre o Brasil e um
pouco sobre todos nós. Para quem gosta de
Édouard Louis, Emmanuel Carrère, Natalia
Deixa que digam Ginzburg, Susan Sontag, José Henrique Borto-
“Saia da frente do meu sol é uma belíssima e luci, Deborah Levy.
NOV. 2023
7

M AÇÃO PRINCIPAL DA FLIP


MÓNICA OJEDA: MEDO E DELÍRIO
NA AMÉRICA LATINA

Gianella Silva
Mandíbula
Mónica Ojeda
Tradução de Silvia
Massimini Felix

Capa de Alles Blau • Ilustração


de capa de Susa Monteiro • 304
páginas • R$69,80 ISBN: 978-65-
5928-149-7

Um rapto, a relação difícil entre ado-


lescentes e sua professora, uma tensão
familiar. Essa é a fórmula para um dos li-
vros mais perturbadores e incrivelmente
imaginativos que você vai ler.

Voladoras
Mónica Ojeda
Tradução de Silvia
Massimini Felix

Capa de Alles Blau


Ilustração de capa de Susa
Monteiro • 136 páginas • R$ 54,90
ISBN: 978-65-5928-327-9

Contos impressionantes em que beleza


e terror se misturam, num resgate da
cosmogonia andina, fazendo do territó-
rio também personagem e nos apresen-
tando uma literatura latino-americana
deliciosamente rara.

É com sangue, lágrimas, susto e perversidade Deixa que digam “Escrevo cegado pelas lágrimas no túmulo
que Mónica Ojeda faz sua literatura. Se, nas “Entremeada por referências à cultura de Gabriela. Eu sou o homem-puma.
primeiras páginas, a gente sente o cheiro do pop e à literatura de terror, a escrita hábil e O homem-lobo. Essas frases são do tamanho
realismo fantástico latino-americano, aqui não vertiginosa de Ojeda nos deixa tão atados ao de minha respiração. Um conjuro que faz
há muito espaço para borboletas apaixonadas romance quanto Fernanda à sua cadeira. Como reviver um morto exige uma escrita cardíaca:
e amores difíceis: Ojeda traz o fantástico para a arma que Miss Clara mantém sobre a mesa, palavras que saiam do corpo para entrar
um registro subjetivo e arrasador, como se tudo nele parece a ponto de explodir — os em outro e transformá-lo. A magia é uma
apenas na chave do estranho, do inaudito fosse vulcões que vigiam a cabana do sequestro, encarnação: um canto que une o mundo
possível dar conta de um país dividido, por a violência dos corpos adolescentes, a vida de cima e o mundo de baixo para renascer
vezes precário, tantas outras violento, em que interior das personagens. [...] No que parece Gabriela. Essas palavras são a semente.”
é preciso inventar realidades a todo momento. um desafio à célebre advertência de Tchekhov,
O resultado é uma literatura perturbadora e Ojeda põe uma arma de fogo no primeiro ato e do conto “O mundo de baixo e
o mundo de cima”, de As voladoras.
polifônica, terrível e hipnótica. A construção não a dispara no seguinte. Manter teso o fio da
de um mundo em que o feminino pode ser narrativa com uma lógica distinta requer uma
monstruoso e inimaginável, em que perigo e destreza literária pouco comum. Felizmente, é Para quem gosta de
desejo reinam como uma fascinante deusa de esse o caso de Mónica Ojeda.” – Lívia Prado Gabriel García Márquez, Juan Rulfo,
suas cabeças. Acredite: é fascinante. sobre Mandíbula para a Folha. Aurora Venturini, Histórias de mulheres.
8 NOV. 2023

GRUPO Ronaldo Fraga:


memórias de um
Cartas de Paris,
notícias do Brasil
AUTÊNTICA NA estilista coração de
galinha
Eduardo Muylaert

PROGRAMAÇÃO Ronaldo Fraga


Sabrina Abreu
PARALELA
DA FLIP Capa de Diogo Droschi Capa de Diogo Droschi
448 páginas • R$ 119,80 304 páginas • R$ 78,90
ISBN: 978-65-5928-317-0 ISBN: 978-65-5928-343-9

Foto: Helena de Castro


Foto: Nino Andrés

AGENDA CASA JANELA LIVRARIA + MAPA LAB CASA DA MÚSICA (E DA LITERATURA)


Camila Maccari, Hanaide Kalaigian, Felipe Charbel e Eduardo Muylaert
Ieda Magri e Silvana Tavano Mediação: Paulo Werneck
PROGRAMAÇÃO OFICIAL
Mediação: Mateus Baldi Dia 24/11, sexta-feira, às 18h
Felipe Charbel, Leda Cartum e Dia 24/11, sexta-feira, às 16h MESA: “Fragmentos familiares”
Socorro Acioli | Mediação: Rita Palmeira MESA: “Percursos literários: os caminhos que
Dia 23/11, quinta-feira, às 12h levam a...” Cidinha da Silva conversa com
MESA: “Já não agia por minha conta” Juliana Borges
Ronaldo Fraga e Sabrina Abreu Dia 25/11, sábado, às 18h
Mónica Ojeda e Alana Portero Mediação: Bianca Ramoneda MESA: “Perspectiva amefricana”
Mediação: Stephanie Borges Dia 24/11, sexta-feira, às 19h
MESA: “Memórias de um estilista CASA PHILOS
Dia 23/11, quinta-feira, às 15h
MESA: “Um quarto meio escuro”
coração de galinha” Tom Farias. Lançamento de Toda fúria
(Gutenberg), mediado por Jorge Pereira.
ENCRUZA LITERÁRIA Dia 23/11, quinta-feira, às 11:30h
Eliane Marques, Laura Wittner
e Lubi Prates | Mediação: Patrícia Lino Jamil Chade e Juliana Monteiro
FLIPEI
Dia 24/11, sexta-feira, às 19h Dia 25/11, sábado, às 17h
MESA: “As suas nervuras” MESA: “Quem somos o Brasil no mundo?” Maíra Moreira, Renan Quinalha, Rita
Von Hunty, Natalia Borges e Luisa Amaral
Dia 24/11, sexta-feira, às 19h
MESA: “Os fins do gênero”

A família, de Sara Mesa Flórida, de Olivier Bourdeaut


LANÇAMENTOS Tradução de Silvia Massimini Felix
O colibri, de Sandro Veronesi
DE 2024 DA Agosto azul, de Deborah Levy
Tradução de Adriana Lisboa
Tradução de Karina Jannini

O que existe, de Sara Torres


AUTÊNTICA A segunda vinda de Hilda Bustamante,
Os sorrentinos, de Virginia Higa
de Salomé Esper
CONTÊMPORÂNEA Tradução de Sérgio Karam Poeira. De estrelas, de Léonora Miano
Tradução de Dorothée de Bruchard
Autobiografia do algodão, Cristina Rivera Garza
Tradução de Silvia Massimini Felix Ressuscitar mamutes, de Silvana Tavano
Depois de Safo, de Selby Wynn Schwartz
Tradução de Nara Vidal

Concepção Edição e textos Revisão A Autêntica Contemporânea é um selo do Grupo Autêntica.


CRÉDITOS

Núdia Fusco Ana Lima Cecilio Marina Guedes


Lorrany Silva
Coordenação editorial Projeto gráfico e diagramação A curadoria e edição estão sob a batuta de Ana Elisa
Rafaela Lamas Diogo Droschi Ribeiro, Rafaela Lamas e Rejane Dias.

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