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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO

TECNOLOGIAS ASSISTIDAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

ESTÉLIO SILVA BARBOSA

GEISMYRE PERREIRA DO NASCIMENTO

2015
1

PRESIDENTE DA REPÚBLICA Dilma Vana Rousseff


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Renato Janine Ribeiro
GOVERNADOR DO ESTADO José Wellington Barroso de Araújo Dias
REITOR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ José Arimatéia Lopes
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO MEC Carlos Eduardo Bielshowsky
PRESIDENTE DA CAPES Jorge Almeida Guimarães
COORDENADORIA GERAL DA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL Celso Costa
DIRETOR DO CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA A DISTÂNCIA DA UFPI Gildásio Guedes Fernandes

CONSELHO EDITORIAL Prof. Dr. Ricardo Alaggio Ribeiro (Presidente)


Des. Tomaz Gomes Campelo
Prof. Dr. José Renato de Araújo Sousa
Profª. Drª. Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
Profª. Francisca Maria Soares Mendes
Profª. Iracildes Maria de Moura Fé Lima
Prof. Dr. João Renór Ferreira de Carvalho

COORDENAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO Rogério Cunha Teixeira


PROJETO GRÁFICO Samuel Falcão Silva
DIAGRAMAÇÃO Diego Albert
REVISÃO Carmem Lúcia Portela Santos
REVISOR GRÁFICO Aurenice Pinheiro Tavares

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Barbosa, Estélio Silva.


B238t Tecnologias assistidas na educação inclusiva. / Estélio Silva Barbosa,
Geismyre Perreira do Nascimento. – Teresina: EDUFPI/UAPI, 2015.
44 p.: Il.

Inclui Bibliografia (Livro em PDF)


ISBN: 978-65-00-25250-7
DOI: 10.29327/563012

1. Educação à distância. 2. Língua brasileira de sinais. 3. LIBRAS. 4.


EaD. I. Título.
CDD 371.3

Bibliotecário Responsável: Rogério Cunha Teixeira (CRB-3/1077)

A responsabilidade pelo conteúdo e imagens desta obra é dos autores. O conteúdo desta obra foi licenciado
temporária e gratuitamente para utilização no âmbito do Sistema Universidade Aberta do Brasil, através da UFPI. O
leitor se compromete a utilizar o conteúdo desta obra para aprendizado pessoal, sendo que a reprodução e
distribuição ficarão limitadas ao âmbito interno dos cursos. A citação desta obra em trabalhos acadêmicos e/ou
profissionais poderá ser feita com indicação da fonte. A cópia desta obra sem autorização expressa ou com intuito
de lucro constitui crime contra a propriedade intelectual, com sansões previstas no Código Penal.
1

APRESENTAÇÃO

O presente século influenciado pela globalização e as infiltrações das


novas tecnologias tem contribuído para avanços em vários setores inclusive na
educação.
As legislações vigentes influenciadas pela constituição, decretos leis,
convenções e outros documentos antigos contribuem para um olhar cada vez
dinâmico e prático no processo de inclusão. Parece uma utopia de nossa parte
afirma isso, mas olhando para tempos remotos, encontraremos um processo
inclusivo fragilizado ou quase inexistente, carregado de extermínio,
preconceitos, marginalização da pessoa como necessidades especiais. Por isso
falamos que que vivenciamos mudanças dinâmicas e significativas no processo
de inclusão e acessibilidade.
Com tantas mudanças de formas rápidas na sociedade em geral
influenciadas pelas tecnológicas, a educação não podia deixar de ser alcançada
por essa irradiação cibernética. A educação de alunos com necessidades
especiais, não poderiam ser deixadas de fora. Logramos agradecimentos a
pesquisadores, doutores, mestres e especialistas, professores e técnicos que
mesmo com deficiências apresentadas em nossa sociedade, principalmente na
educação são incansáveis na busca por novas técnicas, novos modelos, novos
instrumentos e formas que ainda de forma pacata tem contribuído
significativamente para o processo que chamamos em nossa área de inclusão.
O livro tecnologias assistidas na educação inclusiva do curso de
especialização em informática na educação do Centro de Pós-Graduação
Educação Aberta e à Distância – CEAD da Universidade Aberta do Piauí – UFPI
procura fomentar conhecimentos introdutórios ao universo das tecnologias
assistivas voltadas para pessoas como necessidades especiais.
Um passeio se inicia desde as principais influências filosóficas e legais
da inclusão de pessoa com necessidades especiais, passando por terrenos
pedagógicos, culminando em apresentações de alguns sítios que de forma
simples apresentam, exemplificam na pratica o processo continuo tecnologias
assistidas na educação inclusiva.
Esperamos que a presente obra venha servi como uma de muitas pedras
de alicerce na construção do conhecimento. Que os conhecimentos adquiridos
1

por vocês venham ser sólidos e construtivo na vida de cada um, tornando-os
melhores que ontem e menos que amanhã.

Um grande abraço dos autores


1

NOSSOS OBJETIVOS

Apresenta e analisar leis e diretrizes que fomentam as tecnologia


assistivas como facilitador da autonomia da pessoa com necessidades
educacionais especiais.
Apresenta alguns recursos Software aplicativos de uso especifico
disponibilizados para a acessibilidade através das novas tecnologias e
assistivas na área da educação e inclusão.
Incentivar estudos sobre as Tecnologias Assistivas e a relação com a
mediação pedagógica.
1

SUMÁRIO

1 DIRETRIZES SOBRE A ACESSIBILIDADE E EDUCAÇÃO


INCLUSIVA........................................................................................ 7
2 ESTUDO SOBRE AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS....................... 10
2.1 A relação tecnologias assistivas com a mediação
pedagógica........................................................................................ 11
2.2 A multimídia como mediação pedagógica................................... 12
3 AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS COMO FACILITADOR DA
AUTONOMIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA.............................. 13
4 USO DE SOFTWARE APLICATIVOS DE USO ESPECIFICO NA
ÁREA DA EDUCAÇÃO E INCLUSÃO.............................................. 17
4.1 Ambientes Virtuais de Educação (AVE) para o auxílio da
aprendizagem de pessoas com deficiências................................. 19
4.2 Alguns Ambientes Virtuais de Educação (AVE) para o auxílio da
aprendizagem de pessoas com deficiências................................. 20
4.3 O Ambiente FALIBRAS.................................................................... 23
4.4 O ambiente InfoLIBRAS................................................................... 25
4.5 O ambiente LIBRASweb................................................................... 26
4.6 Advanced (SIGNhear Communication Center Advanced)............ 28
4.7 Bconnex (Animated American Sign Language Dicitionary –
Bconnex)………………………………………………………………… 29
4.8 Objetos de Aprendizagem (AO’s) nas tecnologias assistidas
para o auxílio da aprendizagem de pessoas com deficiências... 30
4.9 Outros softwares voltados para a acessibilidade de alunos com
necessidades educativas especiais................................................ 34
REFERÊNCIAS.................................................................................. 38
7

1 DIRETRIZES SOBRE A ACESSIBILIDADE E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A sociedade hoje vivencia mudanças sociais, mesmo que as mesmas


se efetuem mas nas teorias do que na pratica. Nesse aspectos vivenciamos o
contexto da inclusão educacional de pessoas com necessidades especiais.
Nesse sentido, a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 208, estabelece a
integração escolar enquanto preceito constitucional, preconizando o
atendimento aos indivíduos que apresentam deficiência, preferencialmente na
rede regular de ensino.
A educação inclusiva é uma modalidade de ensino que perpassa todos
os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional
especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento
A inclusão escolar tem início na educação infantil, onde se desenvolvem
as bases necessárias para a construção do conhecimento e seu
desenvolvimento global. Nessa etapa, o lúdico, o acesso às formas diferenciadas
de comunicação, a riqueza de estímulos nos aspectos físicos, emocionais,
cognitivos, psicomotores e sociais e a convivência com as diferenças favorecem
as relações interpessoais, o respeito e a valorização da criança. Do nascimento
aos três anos, o atendimento educacional especializado se expressa por meio
de serviços de intervenção precoce que objetivam otimizar o processo de
desenvolvimento e aprendizagem em interface com os serviços de saúde e
assistência social.
O Decreto nº 5.296/04 regulamentou as Leis nº 10.048/00 e nº 10.098/00,
estabelecendo normas e critérios para a promoção da acessibilidade às pessoas
com deficiência ou com mobilidade reduzida. Nesse contexto, o Programa Brasil
Acessível, do Ministério das Cidades, é desenvolvido com o objetivo de promover
a acessibilidade urbana e apoiar ações que garantam o acesso universal aos
espaços públicos. Sintonizada com essa lei de acessibilidade, a Política Nacional
de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva enfatiza o
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e a garantia de acessibilidade
urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na
comunicação e informação nos espaços educacionais.
De acordo com a Lei nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996 no Art. 59.
Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
8

especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos adaptados para e


atender necessidades de pessoas com deficiências
A Resolução nº 95, de 21/11/2000 (Diário Oficial do Estado de São
Paulo, de 22 de novembro de 2000) estabelece no Artigo 7º - A implementação
de Serviços de Apoio Pedagógico. Entendemos que que esses serviços
compreendem também as tecnologias que a cada segundo, minuto invadem
nossas vidas.
Os avanços tecnológicos estão cada vez mais tomando de conta do
espaço. A Educação por sua vez precisa cada vez lança mão dessa tecnologia
e avança no processo ensino e aprendizagem de todos e para todos. Não
podemos deixar usar as tecnologias como métodos pedagógicos para
otimização de pessoas com alguma deficiência
Todas as pessoas com ou sem deficiência devem ter acesso à informação sobre
técnicas e tecnologias assistivas apropriadas.
O Conselho Nacional de Educação por meio da resolução CNE/CEB
nº 2, de 11 de setembro de 2001. Institui Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica. O art. 8o afirma que as escolas da rede regular
de ensino devem prover na organização de suas classes comuns, serviços de
apoio pedagógico especializado. Entendemos que a tecnologia pode ser um
apoio pedagógico.
O Art. 12. Ainda colabora afirmando que:

Os sistemas de ensino, nos termos da Lei nº 10.098/2000 e da Lei


10.172/2001, devem assegurar a acessibilidade aos alunos que
apresentem necessidades educacionais especiais, mediante a
eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, na edificação –
incluindo instalações, equipamentos e mobiliário – e nos transportes
escolares, bem como de barreiras nas comunicações, provendo as
escolas dos recursos humanos e materiais necessários (BRASIL,
2001, p. 1).

Podemos observar que para o processo de inclusão e necessário um


conjunto de ações a serem adotadas. Compreende-se que esses equipamentos
constituem tecnologias que podem contribuir nesse processo inclusivo.
Disponibilizando assim recursos necessários à aprendizagem, à locomoção e à
comunicação.
9

O Decreto nº 5.296/04, fomenta a promoção da acessibilidade das


pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
O Decreto nº 5.296/04, em seu artigo 8°, considera (BRASIL, 2004, p. 1):

Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e


autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos
urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos
sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa com
deficiência ou com mobilidade reduzida;
Barreiras: qualquer entrave ou obstáculo que limite ou impeça o
acesso, a liberdade de movimento, a circulação com segurança e a
possibilidade de as pessoas se comunicarem ou terem acesso à
informação;
Barreiras nas comunicações e informações: qualquer entrave ou
obstáculo que dificulte ou impossibilite a expressão ou o recebimento
deb mensagens por intermédio dos dispositivos, meios ou sistemas de
comunicação, sejam ou não de massa, bem como aqueles que
dificultem ou impossibilitem o acesso.

Essas barreiras presentes que de certa forma ainda dificultam a


acessibilidade, dificultam a comunicações e informações, precisam ser
rompidas. Afim que se efetive o que na teoria se chama de inclusão mas que na
pratica tem se distanciado.
Ressaltando ainda os aspectos legais, encontraremos na Lei de
Diretrizes e Bases (LDB) (BRASIL, 1996), mudanças que a educação deve
passar com o objetivo de assegura os direitos de pessoas que possuem algum
tipo de necessidade especial. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que
dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional, decreta no artigo 1º e
Parágrafo único:

Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se


desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
Parágrafo único. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos
desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos
portadores de necessidades especiais (SOUSA; PRIETO, 2002, p.
130).

A Lei de Diretrizes e Bases garante o ensino para qualquer pessoa que


deseje participar das atividades em uma escola junto a outras pessoas normais.
Desta forma, pode-se observar que a necessidade de atualização, por parte dos
professores que desenvolve atividades com esses alunos e importante.
10

2 ESTUDO SOBRE AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS

As tecnologias assistivas, permite vivencia ambientes computacionais


cujo o próprio computador constitui uma ferramenta muito importante no
processo de aprendizagem. As tecnologias no cenário educativo traz uma nova
dinâmica no ensino o que por sua vez propicia a qualidade nas atividades
dentro da escola isso colabora como já falamos positivamente tanto na
aprendizagem do aluno, como na forma de ensino do professor. “Todos saem
ganhando” o professor inova sua ferramenta de trabalho o aluno senti-se
estimulado ao ensino. Pensemos então nessa tecnologia na educação de
pessoas especiais. O quanto esse professor vai melhora suas atividades. E os
alunos “especiais” que serão impactados com algo diferente, coma a tecnologia.
Atualmente as tecnologias estão cada vez presente na sociedade, em
diversas áreas, as pessoas utilizam para diversos fins, vários recursos
tecnológicos, como a televisão, o telefone, o computador e outros. Dentre esses,
recebe destaque o computador, que apresenta recursos relevantes para os
processos de ensino e aprendizagem. Por que não usa na a sala de aula? No
ambiente educacional?
Moro e Estabel (2004, p. 197) afirmam por meio de suas pesquisas que o
acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) permite aos alunos
com necessidades especiais a inclusão digital e social possibilitando o
compartilhamento e a cooperação entre os sujeitos ativos do processo de
aprender”, seja esses sujeitos com ou sem necessidades especiais.
Hoje existem diversos sites educacionais e conteúdos voltados para
pessoas com necessidades especiais. No entanto existe pouco conhecimento
por parte dos gestores, pedagogos e professores. Sem falar que falta
professores para trabalha com alunos com limitações e/ou necessidades
especiais. Em pleno “século tecnológico” (grifo nosso) encontramos professores
com desconhecimento total quanto ao uso dos computadores outras tecnologias.
Fazemos a observação de avanço que a educação ainda precisa ter nesse
sentido tecnológico. Encontramos professores com total ou parcial
desconhecimento de estratégias e da aplicabilidade das novas tecnologias
voltados para alunos com necessidades especiais. Nesse aspecto emergi a
11

necessidade de pesquisas, estudos sobre as tecnologias assistivas e


aplicabilidade de aplicativos e recursos informáticos, dentro da escola.
Temos uma problemática ainda gritante na educação que de certa forma
colabora para a deficiência nessas tecnologias, a principal delas e a falta de
recursos adequados e profissionais qualificados, bem como a ausência de
métodos eficientes para a aprendizagem do aluno e o uso dessas tecnologias.
Essa realidade tanto existe na educação pública como na rede educacional
privada.
Contudo pensar em tecnologias assitivas e pensar em usar novas
ferramentas que venham a contribuir para a dinâmica da sala de aula
possibilitando assim a oportunidade de crescimento no processo de ensino e
aprendizagem.

2.1 A relação tecnologias assistivas com a mediação pedagógica

As tecnologias assistivas está, cada vez mais, agregando diferentes


mediações na área pedagógica da pessoas com necessidades especiais,
principalmente ao acesso infinito de informações. Para essas pessoas cujo a
deficiência limitam-lhes em alguma coisa a utilização desse recurso surge como
uma alternativa de comunicação e aprendizagem, proporcionando
desenvolvimento afetivo, emocional e a sua integração social.
A inserção de tecnologias assitivas nas escolas tem favorecido tanto a
alunos com necessidades especiais ou não, uma eficiência na aprendizagem
com o uso da internet e de diversos softwares específicos. Hoje surge uma
nova linha de desenvolvimento de sites educacionais voltados para pessoas com
necessidades especiais.
A Internet por sua vez é uma associação de computadores, interligadas,
com a finalidade de proporcionar comunicação com diversos computadores de
várias localidades.
Nos anos 60 o objetivo principal da internet se limitava apenas a troca de
informações sigilosas e secretas, principalmente na área da pesquisa e ao uso
militar. Atualmente, milhares de pessoas a utilizam para várias finalidades,
principalmente para o acesso a informações e para comunicação pessoal.
12

A Internet possibilita um número infinito de informações e comunicação,


seja em que parte do mundo for. Laquey e Ryer (1994, p. 1) conceituam e
demonstram o que essa tecnologia proporciona:

A Internet é um conjunto de centenas de redes de computadores que


servem a milhões de pessoas em todo o mundo. [...] Seus usuários
são imensamente diversificados educadores, bibliotecários,
empresários e aficionados por computadores para enumerar alguns
tipos. E isso se deve a inúmeras razões, que vão desde a simples
comunicação interpessoal ao acesso a informações e recursos de
valor inestimável. Para ter uma idéia do que a Internet é capaz de
oferecer, imagine um sistema rodoviário que diminui em horas a
distância entre duas cidades. Ou uma biblioteca que poderia ser
consultada a qualquer hora do dia ou da noite, com milhões de livros
e recursos disponíveis. Ou quem sabe, uma festa ininterrupta, como
pessoas para recebê-lo a qualquer momento.

Podemos observar hoje que a internet através dos recursos tecnológicos


torna-se cada dia um recurso mais atrativo para as pessoas que dela fazem
uso. Recurso esse que deve adentra a sala de aula, a pratica docente e
influenciar os alunos.

2.2 A multimídia como mediação pedagógica

Existe vários conceitos para essa palavra multimídia Chaves (1991)


considera que o termo multimídia se refere à apresentação ou recuperação de
informações com o auxílio do computador, de maneira multissensorial, integrada,
intuitiva e interativa. Santos (1995) considera que as informações em multimídias
são apresentadas e recuperadas de forma não-linear, obedecendo a um modelo
de redes, contendo nós interconectados por ligações. A multimídia, não só
contém informações estáticas (textos e gráficos), mas também informações
dinâmicas (imagens e sons digitalizados), sequências de animação e vídeo
interativo e são tratados de forma multisensorial pelo usuário.
A utilização da multimídia como ferramenta de apoio ao processo
educacional demonstra ser bastante promissora. Os sistemas multimídia podem
ser considerados ferramentas cognitivas efetivas, pois o aluno participa da
construção de seu próprio conhecimento. Lévy (1993, p. 40) colabora ao afirmar:
13

A multimídia interativa adequa-se particularmente aos usos educativos.


É bem conhecido o papel fundamental do envolvimento pessoal do
aluno no processo de aprendizagem. Quanto mais ativamente uma
pessoa participar da aquisição de um conhecimento, mais ela irá
integrar e reter aquilo que aprender. Ora, a multimídia interativa, graças
sua dimensão reticular ou não linear, favorece uma atitude exploratória,
ou mesmo lúdica, face ao material a ser assimilado. É, portanto, um
instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa.

Não podemos falar em metodologias pedagógicas sem incluir as


tecnologias as mídias e multimídias.na educação. Recursos de multimídia
possibilitam. Há uma necessidade de produção de material didático digital que
atenda às necessidades mais diferenciadas dos educandos. O desenvolvimento
de projetos utilizando recursos da multimídia é de suma importância para os
surdos, para propiciar alternativas para o seu processo de ensino.
As tecnologias buscam estabelecer integração entre escola e estudante
.Segundo Moran (1994, p. 38-49), as tecnologias de comunicação não mudam
necessariamente a relação pedagógica. As tecnologias tanto servem para
reforçar uma visão conservadora, individualista como uma visão progressista. As
tecnologias de comunicação não substituem o professor, mas modificam
algumas das suas funções.
É necessário a preparação dos educadores para o uso das novas
tecnologias da informação e da Internet deve ocorrer articulada com o contexto
de atuação, onde as ações realizadas no processo de formação serão
desencadeadas a partir de situações vivenciadas ou problemas previamente
detectados em colaboração e cooperação com os formadores envolvidos. Nesse
aspecto a autonomia docente exige um esforço concreto e coletivo, tendo em
vista a construção de um modelo que seja favorável e compatível aos avanços
tecnológicos.

3 AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS COMO FACILITADOR DA AUTONOMIA


DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

A acessibilidade através das novas tecnologias nas escolas deve


constitui um elemento que pode contribuir para uma maior vinculação no
processo de inclusão social de alunos com necessidades educacionais
especiais. Frente a essa situação, é vital detectar o contexto dentro do qual
14

essas tecnologias são inseridas, tanto o educacional, quanto o contexto social.


No caso da Educação Especial, as escolas enfrentam o desafio não apenas de
incorporar as novas tecnologias nos conteúdos do ensino, mas também de
reconhecer as concepções sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver
e avaliar práticas pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma
disposição reflexiva sobre os conhecimentos relacionados à inclusão das
pessoas com necessidades especiais.
É importante ressaltar que não basta apenas inserir as novas tecnologias
nas escolas, buscamos, aqui, justamente introduzir essa análise de contexto. Por
meio dela, podemos constatar que, com paradigmas baseados na padronização
arbitrária de expectativas e resultados e na memorização de informações, a
tendência é a exclusão social do aluno, pelo reforço a sua dependência e
passividade.
Com relação ao comportamento das escolas diante do uso das novas
tecnologias computacionais e suas metodologias, Perrenoud (2000, p. 138)
considera que:

Uma cultura tecnológica de base também é necessária para pensar


as relações entre a evolução dos instrumentos (informática e
hipermídia), as competências intelectuais e a relação com o saber que
a escola pretende formar. Pelo menos sob esse ângulo, as novas
tecnologias não poderiam ser indiferentes a nenhum professor, por
modificarem as maneiras de viver, de se divertir, de se informar, de
trabalhar e de pensar. Tal evolução afeta, portanto, as situações que
os alunos enfrentam e enfrentarão, nos quais eles pretensamente
mobilizam e mobilizando o que pretendem na escola.

As novas tecnologias também proporcionam modelos de aprendizagem


emergentes para a construção do conhecimento; como exemplo, o
construtivismo e o cooperativismo. Hoje a escola necessita de profissionais
intercambiáveis que combinem imaginação e ação; que estejam aptos para
buscar novas informações jogadas através das mídias, enquanto isso o
professor deve trabalhar em sala de aula junto com os alunos a interpretar dados,
relacionar e contextualizá-los, assumindo assim o papel de facilitador.
De acordo com o que observamos podemos afirmar que as tecnologias
de comunicação estão provocando profundas mudanças em todas as dimensões
da nossa vida, trazendo profundas revoluções o acesso a própria Internet, é cada
vez mais democrático, e os equipamentos necessários, cada vez mais
15

acessíveis. Mas, na essência, não são as tecnologias que mudam a sociedade,


mas a sua utilização na sociedade como ambiente de aprendizagem (ALMEIDA,
2003, p. 332). Assim conceitua esse espaço, esse ambiente : "ambientes digitais
de aprendizagem são sistemas computacionais disponíveis na internet,
destinados ao suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de informação
e comunicação". Esse recurso tecnológico pode ser aplicado tanto no ensino
presencial quanto a distância, modificando, principalmente, os papéis do
professor e do aluno, bem como o foco do aprender no lugar do ensinar.
A tecnologia contribui para a transmissão da informação, mas o papel do
professor continua e continuará sendo fundamental para auxiliar o aluno a
construir o conhecimento. Perante os grandes avanços tecnológicos, o educador
se vê diante do desafio de romper os limites de sua formação e construir relações
entre as novas tecnologias, o ensino e a aprendizagem. A tecnologia facilita a
transmissão da informação, mas o papel do professor continua e continuará
sendo fundamental para auxiliar o aluno a construir o conhecimento. Os que não
entenderem essa nova realidade correm o risco de ser substituídos por uma
máquina. O professor que trabalhar mais como um facilitador será insubstituível
e inesquecível, como até hoje é, para qualquer um de nós, a figura da primeira
professora.
Essas tecnologias favorecem uma série de possibilidades para tornar o
aprendizado mais atraente, mas devem estar inteiramente associados aos
objetivos didáticos que o educador pretende alcançar. Com a Internet podemos
modificar mais facilmente a forma de ensinar e aprender. São muitos os
caminhos, que dependerão da situação concreta em que o professor se
encontrar: número de alunos, tecnologias disponíveis, duração das aulas,
quantidade total de aulas que o professor dá por semana, apoio institucional.
A Tecnologia Educacional deve esta vinculada ao desenvolvimento das
teorias da aprendizagem, dependendo do tipo de estudante que o professor
deseja ensinar. Ele deve considerar os meios que se tenha em disponibilidade.
Para o uso de tecnologias assistivas e necessário fazer um mapeamento
dos interesses e habilidades que esse aluno possui, então traçar objetivos com
o uso dessa tecnologia, principalmente na inclusão de pessoas com
necessidades especiais.
16

As novas tecnologias criam novas chances de reformular as relações


entre alunos e professores e de rever a relação da escola com o meio social, ao
diversificar os espaços de construção do conhecimento, ao revolucionar
processos e metodologias de aprendizagem, permitindo à escola um novo
diálogo com os indivíduos e com o mundo.
Na concepção de Moran (2000), as tecnologias possibilitam uma nova
postura na escola ao propiciar aos alunos e professores a troca de informações
com outros alunos da mesma cidade, do país ou do exterior, no seu próprio ritmo.
A Internet, não oferece apenas recursos de pesquisa ao interessado em estudar
educação, mas se constitui numa poderosa ferramenta de trabalho para se atuar
em ambientes educacionais. O professor pode criar uma página pessoal na
Internet, como espaço virtual de encontro e divulgação, um lugar de referência
para cada matéria e para cada aluno.
Hoje, com a Internet e a evolução tecnológica, podemos aprender de
muitas formas, em lugares diferentes, de formas diferentes, com programas de
educação a distância, que já vinham sendo executados com a utilização de
outros meios de comunicação, como livros, jornais, rádio, televisão. A sociedade
como um todo tem um espaço privilegiado de aprendizagem onde se encontram
novas perspectivas com os recursos multimídias, com a combinação na rede de
diversas formas comunicacionais.
As tecnologias digitais são potencializadoras para a instauração de
interações sociais cada vez mais amplas e permitem, por meio das ferramentas
de comunicação mediada por computador, uma multiplicidade de dinâmicas
linguístico-discursivas que possibilitam o uso da linguagem. A Informática está
cada vez mais integrada ao ensino e aprendizagem.
Os recursos tecnológicos, utilizados adequadamente no cenário
educativo, ampliam as alternativas que educador e educando têm para dar conta
da complexidade do aprender, tornando-o um processo ao mesmo tempo lúdico
e cada vez mais interativo.
O professor que trabalha com alunos com necessidades especiais
precisa ter uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe a
participação dos alunos, independente de qual for sua limitação ou deficiência,
esse educador pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para
melhorar a interação com seus alunos, e com isso chega a resultados
17

significativos , que fato venha incluir o sujeito com necessidades especiais e


não excluir o mesmo. Acreditamos que quando existe essa integração
tecnológica inclusiva no contexto do ensino e da aprendizagem, tanto os
professores quanto alunos vivenciam processos de comunicação.

4 USO DE SOFTWARE APLICATIVOS DE USO ESPECIFICO NA ÁREA DA


EDUCAÇÃO E INCLUSÃO

Com o avanço da globalização e o surgimento e infiltração das tecnologias


e da própria internet surgi então um conjunto de os software com aplicativos
de uso especifico e diversificado. Nesse aspecto as tecnologias digitais
conquista, a cada dia, mais usuários. A informática está cada vez mais integrada
aos processos de ensino e aprendizagem. Iremos aborda as novas tecnologias
e os ambientes virtuais de aprendizagem.
Diante das Novas Tecnologias Assistivas a educação por meio de
aplicativos se constitui numa das mais importantes questões da atualidade,
segundo (KENSKI, 2003, p. 37).

As possibilidades e limitações que se instauram com o uso das


tecnologias digitais, esses estudos esclarecem e reafirmam a
existência de um novo meio, em que as possibilidades de interações
assíncronas e síncronas vão diferenciar significativamente o ensino
oferecido a distância do ensino presencial mediado pelas novas
tecnologias” (KENSKI, 2003, p. 37).

O uso de softwares e aplicativos tem propriciado uma aprendizagem


seja para alunos como necessidades especiais ou não. Trata-se de uma
tecnologia que denominamos de colaborativa pois favorece a construção
cooperativa e colaborativa entre professores e alunos, próximos física ou
virtualmente.
As práticas de comunicação em rede estão na origem do desenvolvimento
de novas abordagens nos processos de experimentação e inovação na
educação para a sociedade do conhecimento, que se estendem do acesso à
informação aos modos de comunicar, da representação distribuída à construção
colaborativa do conhecimento.
18

Os softwares e aplicativos passam a ser instrumento para a


aprendizagem e a construção colaborativa do conhecimento, desenvolvendo
assim novas formas para o modo como os alunos aprendem e também novos
contextos para a realização das aprendizagens.
Esses softwares e aplicativos constitui, instrumentos de autonomia
por meio de atividades online.,através de comunidades de aprendizagem
online, cujo os objetivos constituem a construção de uma aprendizagem
também online.
Os softwares e aplicativos constituem ferramentas de colaboração
dentro das tecnologias assistivas. Souza (2000), assim define essas
ferramentas: “as ferramentas de colaboração, como lista de discussão, fórum e
newsgroups e bate-papo (chat) são caracterizadas por uma troca específica de
informações, pontos de vista e formas de proceder”. Os educadores precisam
perceber os novos campos para a educação e que eles sejam preparados para
saber das possibilidades existentes no mundo tecnológico, integrando-se a esse
conjunto de transformações.
Com o uso de aplicativos e softwares as tecnologias assistivas rompem
barreira espaço/tempo conectando culturas e línguas, viabilizando a
comunicação numa escala global.
Assim, as tecnologias assistivas criam uma nova sociedade, novos
ambientes de trabalho, novos ambientes de aprendizagem, um novo tipo de
aluno que precisa de um novo tipo de professor. As práticas de aprendizagem
baseada na Internet, permitem promover a aprendizagem como um processo
colaborativo e flexível.
As tecnologias assistivas, estão cada vez mais interativas, pois permitem
a interação dos seus usuários (que não são mais só receptores) pois permitem
escolhas e caminhos diferentes, e até a produção e manipulação conjunta de
conteúdos específicos. Nessa manipulação, é possível traduzir, codificando,
decodificando, recodificando os conteúdos conforme a realidade do usuário, as
suas histórias de vida e a cultura em que vivem. É evidente que as TIC’s
permitem uma comunicação mais dinâmica entre os participantes colaboradores
da ação educativa.
Os aplicativos e softwares se apresentam como mediadores
tecnológicos que podem auxiliar nos processos escolares, representando mais
19

e melhores oportunidades educacionais. A Internet, independente do modelo de


ensino, é uma fonte de pesquisa e, querendo o professor ou não, o aluno irá
consultá-la.

4.1 Ambientes Virtuais de Educação (AVE) para o auxílio da aprendizagem


de pessoas com deficiências

Os Ambientes Virtuais de Educação (AVE) constituem ambiente


mediadores tecnológicos que podem auxiliar nos processos escolares,
representando mais e melhores oportunidades educacionais. A Internet tem
cada vez mais atingido o sistema educacional e as escolas. Para a Educação,
ela pode ser considerada uma abrangente e complexa ferramenta de
aprendizado. Por intermédio desses ambientes é possível, localizar fontes de
informação que habilitam ao estudo de pessoas com necessidades
educacionais especiais em diferentes deficiências.
O objetivo desenvolvimento destes ambientes computacionais para
pessoas com necessidades especiais consiste em procurar atender às
necessidades dos usuários, ajudando-os nas suas dificuldades, num contexto da
aprendizagem colaborativa, objetivo principal de Ambientes Virtual de Educação
(AVE). Um AVE pode ser entendido como um trabalho de grupo colaborativo
propriamente estruturado, envolvendo uma tarefa planejada que inclui
autonomia, processo de participação do grupo e avaliação do mesmo, ou seja,
desenvolver dispositivos para auxiliar no aprimoramento da escrita de pessoas
surdas, através de aplicações de aprendizagem disponíveis.
Percebe-se que os Ambientes Virtuais de Educação (AVE) permitem
superar modelos tradicionais de aula, mudando o foco do ensinar para o
aprender, adotando formas inovadoras de relacionamento e interação entre os
indivíduos. Assim, é necessário considerar os recursos disponíveis para
pessoas com necessidades especiais, centralizando sua necessidades
especiais ou deficiências. Por exemplo: existem Ambientes Virtuais de
Educação (AVE) voltados para pessoas com deficiência visual com auxílio do
braile etc. existem Ambientes Virtuais de Educação (AVE) voltado para
deficientes auditivos, que por sua vez faz uso da Língua Brasileira de Sinais –
LIBRAS. E assim outros Ambientes Virtuais de Educação (AVE) vão surgindo
20

com objetivo de melhora a acessibilidade da pessoa com deficiência.


Objetivando uma inclusão participativa.

4.2 Alguns Ambientes Virtuais de Educação (AVE) para o auxílio da


aprendizagem de pessoas com deficiências

Apresentaremos alguns Ambientes Virtuais de Educação (AVE) como


recursos computacionais de Tecnologia Assistiva, de hardware (equipamentos)
e de software (programas), que podem promover a funcionalidade de alunos com
deficiência na realização de atividades escolares. A categorização adotada para
apresentação dos recursos de TA é inspirada na classificação adotada pela
ISSO 9999:2002, quando esta se refere aos recursos voltados à comunicação,
informação e sinalização e à manipulação de produtos e mercadorias.
Como exemplo de tecnologias assitivas podemos apresentar: O
FALIBRAS, InfoLIBRAS, LIBRASweb, Advanced, Bconnex, WebQuest. Essas
tecnologias assitivas denominamos de ambientes de aprendizagem.
Ambientes virtuais de aprendizagem, para Almeida (2003), referem-se a
cenários do ciberespaço e envolvem interfaces que favorecem à interação de
aprendizes. Inclui ferramentas pensadas para utilização autônoma, oferecendo
recursos para aprendizagem coletiva e individual. Aqui analisamos, na
perspectiva da formação do educador o uso das novas tecnologias, a proposta
da utilização de um ambiente de aprendizagem virtual de aprendizagem
denominados de WebQuest
A WebQuest surgiu em 1995, criado pelo professor norte-americano
Bernie Dodge, no ano da grande divulgação da Internet. Ele criou a WebQuest,
inspirado na metodologia de projetos, o que ele mesmo denominou de
WebQuest: uma metodologia de pesquisa orientada à web, voltada para o
processo educacional, estimulando a pesquisa e o pensamento crítico, é um
instrumento considerado um meio eficaz de organizar recursos da internet, que
auxilia os estudantes na construção do conhecimento. A ideia foi desenvolvida
em 1995 e tinha por objetivo ser uma metodologia de forma a estimular a
pesquisa, o pensamento crítico e o desenvolvimento de professores na produção
de materiais e a construção de conhecimento por parte dos alunos. Vários
21

autores creem que a WebQuest constitui um passo em frente na utilização da


Web em contexto educativo.
Cruz (2006) define as WebQuests como ferramentas de ensino e
aprendizagem que podem ser usadas em qualquer sala de aula desde que esta
disponha de computadores ligados à rede. Para Guimarães (2005), a WebQuest
alia as novas tecnologias a esta ideia da aprendizagem através da pesquisa,
facilitando a integração da tecnologia numa perspectiva construtivista de
aprendizagem.
Mercado (2004, p. 23) acrescenta ainda que a WebQuest pode ajudar o
professor a alcançar objetivos educacionais importantes, os alunos devem
assumir papéis diferentes, como o de especialistas, visando gerar trocas entre
eles. Tanto o material inicial como os resultados devem ser publicados na web,
on-line. A WebQuest pretende ser, e tem mostrado sê-lo efetivamente, uma
metodologia de engajar alunos e professores num uso da internet voltado para
o processo educacional. Ela parte da definição de um tema e objetivos por parte
do professor, uma pesquisa inicial e disponibilização de links selecionados
acerca do assunto, para consulta orientada dos alunos, estimulando a pesquisa,
o desenvolvimento de professores, à produção de materiais e o pensamento
crítico e protagonismo juvenis.
Segundo Araújo (2005, p. 32-33):

Consideramos que a WebQuest é mais uma ferramenta que soma


as estratégias e metodologias de ensino, sendo sua característica
principal promover a aprendizagem significativa, onde a construção
do conhecimento é viabilizada pela utilização dos recursos da
Internet. Não são os recursos que geram a aprendizagem, Esta é a
exploração das diversas informações que os recursos tornam
acessíveis.

O educador deve observar que este recurso é mais uma ferramenta e que
ele precisa compreender bem a pedagogia de projetos para que possa então
utilizar-se de uma WebQuest para sua própria formação como também para
ministrar suas aulas. Fala-se hoje no professor pesquisador, no indagador, no
professor que busca e sabe que, para ensinar, exige pesquisa.
A WebQuest em si não exige softwares específicos além dos utilizados
comumente para navegar na rede, produzir páginas, textos e imagens. Isso faz
com que seja muito fácil usar a capacidade instalada, sem restrição de
22

plataforma ou soluções, centrando a produção de WebQuest’s na metodologia


pedagógica e na formação dos docentes.
A WebQuest apresenta-se como uma página da Internet. Trabalha-se em
forma de projetos de pesquisa, utilizando a ideia de aprendizagem colaborativa,
Segundo Barato (2005), pode-se construir o próprio site sozinho, dominando
apenas três competências: digitar, usar um processador de texto e copiar
imagens da Internet.
Neste processo de construção da WebQuest, o professor tem papel
fundamental, sua proposta de trabalho não é feita aleatoriamente, mas com toda
uma metodologia e didática que envolve o aluno do início ao fim do projeto, já
que a WebQuest deve ser produto do professor e não de especialistas ou
técnicos, de usuário se transforma em criador de uma ou mais páginas
da Internet, com as questões e roteiros para solucioná-las.
Na realidade da formação inicial e da formação continuada de
educadores, a WebQuest tem oportunizado uma retomada do espírito científico,
fornece a aprendizagem ativa em que o objetivo é a aquisição e integração do
conhecimento, exige dos participantes a disposição para a pesquisa, a leitura e
a produção textual (nas mais diferentes formas). Através das atividades nas
WebQuests o aluno lidará com uma quantidade significativa de novas
informações, interpretando-as por síntese e análise e finalmente, transformando-
as em conhecimentos, favorecendo também um trabalho em equipe. Marinho
(2003, p. 100-101), citando Kenski, nos relembra que “a ação docente no
ambiente virtual não requer apenas uma mudança metodológica, mas uma
percepção do que é ensinar e aprender”. Outro dado muito positivo é a
possibilidade de trabalharmos de forma interdisciplinar, principalmente
introduzindo diversas estratégias por parte do professor no processo de
aprendizagem. Martins (2003, p. 34) colabora afirmando:

Qualquer ambiente deve permitir diferentes estratégias de


aprendizagem, não só para se adequar ao maior número possível de
pessoas, que terão certamente estratégias diferentes, mas também
porque as estratégias utilizadas individualmente variam de acordo com
o conteúdo, estrutura dos conteúdos, motivação e criatividade, entre
outros. Além disso, deve proporcionar uma aprendizagem colaborativa,
interação e autonomia.
23

Esse ambientes utilizam de tecnologias assitivas e ambientes


computacionais voltados a pessoas com deficiência auditiva.(pessoas com
surdez/ ou usuário de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS). São ambientes que
tratam de auxílio para a aprendizagem dos surdos com o auxílio da Língua de
Sinais.

4.3 O Ambiente FALIBRAS

O Ambiente FALIBRAS consiste na implementação de um sistema que,


ao captar a fala no microfone, exibe, no monitor de um computador, a
interpretação do que foi dito, em LIBRAS, na sua forma gestual, animada, isto
ocorrendo, de preferência, em tempo real. Um site de grande importância para a
comunidade que trabalha com a educação de surdos é o FALIBRAS: Rede com
apoio à interação, construção e troca de informações. Um ambiente virtual de
ensino e aprendizagem na Web voltado para o domínio da Linguagem Brasileira
de Sinais – LIBRAS, destinado a dois tipos de público: a comunidade de
deficientes auditivos e pessoas que interagem de algum modo com essa
comunidade.
Isto tem se traduzido, em interações cooperativas e colaborativas entre
os participantes, inclusive por meio de comunicação através de aparelhos
celulares, com todas as ferramentas de apoio à interação (bate-papo, fórum,
whiteboard), adaptadas aos propósitos e necessidades do público de surdos e
características da LIBRAS. O ambiente conta com 5 módulos e todos com
caráter informativo, participativo, interativo e colaborativo. A figura 01 apresenta
os módulos principais do ambiente.

Figura 01: Módulos Principais do Ambiente.

Fonte: http://www.gemini.ricesu.com.br
24

 O ambiente dá suporte de comunicação entre os usuários e fornece


ferramentas como bate-papo, whiteboard e fórum com adaptações para
os Surdos. Estas adaptações dizem respeito à possibilidade da escrita de
Libras nas conversas de bate-papo e nas mensagens do fórum.
 O repositório de LIBRAS é uma base de dados contendo um dicionário da
linguagem brasileira dos sinais, assim como sua história e exercícios
referentes ao seu aprendizado. Este repositório é a base do conteúdo
acessado através da fachada de serviços.
 A fachada de serviços representa o gerenciador dos serviços
disponibilizado pelo repositório de Libras. Este módulo provê
independência entre as camadas de apresentação e o conteúdo
armazenado pelo repositório e a comunicação entre os usuários. O
funcionamento segue o modelo arquitetural Modelo-Visão-Controlador
(MVC).
 O módulo Web implementa, através de JSP (Java Server Pages), a
visualização dos recursos de Libras e a disponibilização dos serviços
através de um navegador. O dicionário de termos da LIBRAS está no
formato flash e, portanto, executam também no navegador com um plugin
instalado. A comunicação entre o flash e a fachada de serviços acontece
via requisição http usando servlets, da mesma forma que ocorre com JSP.
Os dados trafegam no formato XML (Extended Markup Language),
garantindo total independência dos módulos de visão/apresentação. A
tecnologia Flash MX foi utilizada para implementar esta comunicação.
 O módulo celular, da mesma forma que o módulo Web, utiliza a
independência no fornecimento dos serviços para acessar os dados do
repositório de Libras a partir de celulares. Atualmente, não há ligação
entre as requisições vindas de celulares e a comunicação provida pelo
ambiente. Isto seria interessante para armazenar, em um repositório
único, informações de perfil do usuário, para que fosse possível acessar
suas informações de qualquer meio de apresentação (celular ou web).
25

4.4 O ambiente InfoLIBRAS

O principal objetivo do InfoLIBRAS é fornecer um ambiente para o ensino


da Língua de Sinais com termos da Informática. O ambiente é utilizado no auxílio
de professores e pessoas ouvintes. No entanto, com a sua disponibilidade na
Internet, com características aplicáveis a iniciantes na Língua de Sinais, pode
ser utilizado por qualquer pessoa interessada nesta área de estudo.
Um site de grande importância para a comunidade que trabalha com a
educação de surdos, com apoio a interação, construção e troca de informações
sobre a Educação de Surdos.
A arquitetura do ambiente implementado foi definida a partir da
observação dos alunos surdos iniciando o processo de inclusão em uma classe
regular de ensino. O ambiente é baseado na comunicação do aluno surdo com
o professor ouvinte, bem como dos outros alunos ouvintes e do aluno surdo, para
que desta forma pudessem ser destacadas necessidades na comunicação em
sala de aula.
Foram criados 320 sinais relacionados com palavras específicas da
informática. Os sinais foram criados a partir de uma necessidade pela ausência
desses sinais no Dicionário Enciclopédia Ilustrada Trilíngue Língua de Sinais
Brasileira e a comunicação entre TILS (Tradutor e Intérprete de Língua de
Sinais).
Este sistema estará sendo utilizado pelos futuros alunos da Univale e
estará disponível para consulta na internet.

Figura 02: Módulos Principais do Ambiente.

Fonte: www.niee.ufrgs.
26

Neste sistema os usuários podem visualizar na língua de sinais brasileira


a representação das principais palavras relacionadas com a informática,
podendo futuramente inserir outras palavras usadas em outras profissões.
Assim, dentro de uma sociedade em ritmo de educação continuada, as
contribuições esperadas com o desenvolvimento do InfoLIBRAS, é que, frente a
uma nova tecnologia de aprendizagem, profissionais da educação e outras
pessoas interessadas poderão se atualizar em função das necessidades vindas
de mudanças sociais e tecnológicas.

4.5 O ambiente LIBRASweb

O principal objetivo do LibrasWeb é fornecer ferramenta para a


aprendizagem da Língua de Sinais, tendo como público alvo professores e
pessoas ouvintes interessadas em aprender esta forma de comunicação. O
enfoque é dado no auxílio a aprendizagem de professores ouvintes, pois a
inclusão de alunos surdos em salas regulares é uma realidade entre nós. No
entanto, com a sua disponibilidade na Internet, com características aplicáveis a
iniciantes na Língua de Sinais, pode ser utilizado por qualquer pessoa
interessada nesta área de estudo. Um site de grande importância para a
comunidade que trabalha com a educação de surdos com apoio a interação,
construção e troca de informações sobre a educação de surdos.
O LIBRASweb, é um protótipo especificamente desenvolvido para a
aprendizagem da Língua Brasileira de Sinais, mas com a arquitetura bastante
geral que certamente pode ser estendida para outras Línguas de Sinais.
A principal característica é servir como uma ferramenta disponível para a
busca de informação, para a formação do próprio professor, apresentando as
necessidades básicas deste na comunicação com seu aluno surdo. Esta
comunicação básica está disposta no LIBRASweb através de imagens que foram
filmadas e digitalizadas, sendo que são apresentadas através de algumas
categorias semântico-gramaticais como pessoas, casa, escola, verbos, tendo
como objetivo focalizar o interesse do usuário em um conjunto de palavras que
fazem parte de um mesmo contexto.
A arquitetura do LIBRASWeb também apresenta um ambiente para o
chat, com agendamento de horários para que os possíveis usuários possam
27

trocar informações sobre suas dúvidas e mesmo comentar sobre diferentes


formas de realizar os sinais, já que são muitas as formas existentes de sinais
representando um mesmo significado, dentro de um mesmo país.
A figura 03 corresponde a tela de abertura do LIBRASweb com as opções
no menu do lado direito e uma tela de abertura com explicações sobre a
utilização do ambiente.

Figura 03: Tela de Abertura do LIBRASweb.

Fonte: Unicamp.

Escolhendo a opção aprender LIBRAS, são apresentadas as várias


categorias disponíveis, assim a figura 09 apresenta a imagem que representa
arroz dentro da categoria comidas. Ao lado da imagem existem explicações
sobre os movimentos do sinal.

Figura 04: Movimentos de Sinais.

Fonte: Unicamp.
28

O LIBRASweb contém uma opção sala de aula, onde existe uma


comunicação básica de sala de aula, um dicionário para facilitar uma busca mais
rápida pelos sinais disponíveis no ambiente. Assim, dentro de uma sociedade
em ritmo de educação continuada, as contribuições do LIBRASweb, frente a uma
nova tecnologia de aprendizagem, é a de que profissionais da educação poderão
se atualizar em função das necessidades vindas de mudanças sociais e
tecnológicas.

4.6 Advanced (SIGNhear Communication Center – Advanced)

Este ambiente da língua americana de sinais possui inicialmente


informações sobre o site da SIGNhear. Apresenta várias opções, sendo que uma
delas é aprender ASL (Língua de Sinais Americana). Inicialmente, para aprender
ASL tem-se uma introdução como ajuda, e podem ser escolhidos o alfabeto da
língua de sinais, numerais e até mesmo um dicionário que é dividido em
categorias (como casa, cores) para melhor compreensão. Cada categoria é
constituída por um grupo de palavras com a representação do sinal através de
duas imagens, uma pessoa e um desenho, e a explicação de como é realizado
o movimento. Dentro destas categorias existem várias palavras que podem ser
consultadas de acordo com uma ordem definida. Desta maneira o usuário pode
aprender os sinais seguindo uma sequência através destas categorias.
O Advanced não apresenta animação do movimento, mas apresenta
figuras com a explicação dos movimentos realizados pelas mãos. Porém neste
dicionário, o usuário pode buscar pelo sinal desejado apenas através das
categorias, seguindo a ordem em que estes sinais estão dispostos dentro dela.
Estes ambientes são apenas alguns dos muitos ambientes disponíveis na
rede. Porém, restringem-se muito a apenas a aprendizagem e consulta da língua
de sinais. Para Marcato (2000, p. 56), deve-se tomar muito cuidado em relação
ao tipo de ambiente computacional a ser utilizado e ao tipo de metodologia para
aplicar estes ambientes, pois é uma área em que existem muitas ferramentas,
mas nem sempre servem para auxiliar as pessoas.
É essencial proporcionar aos alunos especiais ambientes onde sejam
valorizadas e estimuladas a criatividade e a iniciativa, possibilitando-lhes uma
maior interação com as pessoas e com o meio em que vivem partindo não de
29

suas limitações e dificuldades, mas dá ênfase no potencial de desenvolvimento


de cada um, confiando e apostando nas suas capacidades, aspirações,
crescimento pessoal e integração na comunidade.
No que se refere à utilização dos recursos da Internet, percebe-se,
também que esta atividade tem colaborado no aprimoramento da comunicação
dos surdos. Sem dúvida, o ambiente virtual, de forma geral, é um grande recurso
de aprendizagem, onde há necessidade do professor orientar os alunos
direcionando o uso desse recurso para as atividades de pesquisa, de busca de
informações, de construção do conhecimento e de elaboração de trabalhos.
Assim, educadores podem utilizar várias alternativas para a aprendizagem da
Língua de Sinais, bem como podem utilizar o sistema para aprimoramento da
comunicação a fim de auxiliar no desenvolvimento da pessoa surda como um
todo, respeitando o fato do surdo ser educado dentro de um ambiente de
comunicação total.
Dos ambientes apresentados, muitas características contribuem para o
desenvolvimento da dissertação, já que são locais que visam de alguma forma
o auxílio a pessoas surdas. De acordo com os ambientes apresentados, a
maioria dos recursos disponíveis nos mesmos são dicionários da Língua de
Sinais, ou apresentam grande quantidade de conteúdos de textos e favorecem
a busca por mais informações.

4.7 Bconnex (Animated American Sign Language Dicitionary – Bconnex)

Esse recurso tecnológico consiste em um dicionário animado da língua


americana de sinais apresenta uma tela de introdução com algumas informações
para a utilização. Possui opções como o alfabeto de sinais onde, para cada letra,
é apresentada uma série de palavras que podem ser selecionadas. Quando uma
palavra é escolhida, o sinal referente à palavra é apresentado através de uma
imagem repetida quatro vezes com um intervalo de cinco segundos. Pode-se
clicar e observar novamente o movimento.
Além do alfabeto de sinais e de possuir várias palavras, o dicionário
também oferece a opção de representação dos sinais para os numerais.
30

Um dos sites muito importante para a comunidade que trabalha com a


educação de surdos, é a rede SURDO: esse site utiliza de interação, construção
e troca de informações sobre Níveis de Surdez, Alfabeto, Comunicação por
Sinais e Educação de Surdos.
O principal objetivo da rede SURDO é o apoio à pesquisa e formação de
recursos humanos para a educação de surdos, visando uma melhor formação,
atuação e colaboração por parte desses profissionais. O site conta com vários
módulos e todos com caráter informativo, participativo, interativo e colaborativo.
A figura 05 apresenta a tela de abertura do site.

Figura 05: Tela de Abertura do Site.

Fonte: www.surdo.org.br.

O site SURDO contém uma opção para traduzir as informações através


do aplicativo Player Rybená, onde existe uma comunicação básica para facilitar
uma forma mais rápida a interpretação da Língua de Sinais.

4.8 Objetos de Aprendizagem (AO’s) nas tecnologias assistidas para o


auxílio da aprendizagem de pessoas com deficiências

Os objetos de aprendizagem, conhecidos no inglês como LO (Learning


Objets) são recursos digitais que embutem qualquer material com fins educativos
como livros, pdfs, slides, tabelas, ótimos para o professor utilizar, estimulando
aprendizagem de forma interativa e lúdica. Esses objetos trazem as vantagens
31

de oferecer ao aluno abordagens interdisciplinares e a associação dos


conteúdos à prática. Por se constituírem, na maioria das vezes, em animações
que incluem imagem, som, movimentos, agradam aos jovens e crianças,
motivando-os e envolvendo-os para tornar a aprendizagem mais eficaz. Podem
ser utilizados para despertar o interesse e curiosidade em determinado assunto,
podendo ser associados a outros objetos e atividades a partir deles.
Ainda não existe uma definição universal para Objetos de Aprendizagem.
Existem muitas definições diferentes e muitos outros termos são utilizados. Isto
sempre resulta em confusão e dificuldade de comunicação. Os AO’s podem ser
reutilizados em ambientes virtuais de aprendizagem ou mesmo em sites para
educação, aprendizagem e treinamento, tanto presencialmente, quanto a
distância (IEEE, 2005; WILEY, 2000 apud TAROUCO, 2006). Essa perspectiva
visa, entre outros fatores, reduzir o custo na produção de materiais pedagógicos,
gerando interesse dos educadores, inclusive na sua construção.
Analisando os diversos estudos sobre AO’s, vê-se que é importante uma
melhor compreensão do objeto de estudo. No âmbito de aplicação e uso, é difícil
caracterizar e diferenciar claramente os termos encontrados na literatura, pois
muitas vezes são usados como sinônimos: objetos educacionais (TAROUCO,
2006), objetos inteligentes (GOMES, 2006).
Os objetos de aprendizagem podem ser considerados atividades
interativas, que se apresentam como animações e ou simulações. São
importantes recursos didático-pedagógicos que podem, ao lado de outros,
contribuir na aprendizagem.
A principal ideia dos Objetos de Aprendizado é quebrar o conteúdo
educacional em pequenos pedaços que possam ser reutilizados em diferentes
ambientes de aprendizagem. Segue o mesmo espírito de programação orientada
a objetos.
O grupo de trabalho que estuda a padronização de metadados para
Objetos de Aprendizagem, Learning Object Metadata Working Group (IEEE,
2005), os define como sendo “qualquer entidade digital ou não digital que possa
ser usada, reutilizada ou referenciada durante o uso de tecnologias que
suportem o ensino”. Como exemplos desses objetos têm-se conteúdos
instrucionais, software instrucional, pessoas, organizações ou eventos
referenciados durante o uso da tecnologia de suporte ao ensino.
32

Gomes (2006) propõe em seus trabalhos o conceito de Objeto Inteligente


de Aprendizagem que é uma convergência entre as tecnologias de Objetos de
Aprendizagem e de Sistemas Multiagentes. O autor acredita que um Objeto de
Aprendizagem dotado de características de agentes, tais como autonomia,
conhecimento sobre si próprio, sociabilidade e objetivos, pode ser
pedagogicamente mais útil do que é atualmente, consistindo, portanto em um
Objeto Inteligente de Aprendizagem.
A principal característica dos objetos de aprendizagem é sua
reusabilidade, que é posta em prática através de repositórios, que armazenam
os objetos logicamente, permitindo serem localizados a partir da busca por
temas, por nível de dificuldade, por autor ou por relação com outros objetos. Nos
países de língua inglesa existe um vasto número de repositórios disponíveis,
utilizados e reutilizados em contextos diversos.
Como vemos, a tecnologia é um agente de mudança e a maioria das
inovações tecnológicas pode resultar em uma revolucionária quebra de
paradigma educacional. Uma grande mudança poderá ser também a forma
como os recursos educacionais serão projetados, desenvolvidos e integrados
para serem utilizados e disponibilizados no ensino, bem como também nas
comunidades virtuais.
Distribuídos pela internet, os objetos de aprendizagem podem ser
acessados e usados simultaneamente por qualquer número de pessoas, em
oposição às mídias instrucionais tradicionais, como fitas de vídeo, que somente
podem existir materialmente em um lugar em algum momento. Essa é uma das
diferenças entre objetos de aprendizagem e outras mídias educacionais ditas
convencionais.
Na visão de Santos (2003, p. 223):

As mudanças que permitem o desenvolvimento e utilização dos objetos


de aprendizagem estão ligadas, entre outras coisas, às inovações
trazidas pela Tecnologia de Informação e Comunicação, dentre elas,
uma diferente maneira de se pensar a respeito da troca de
informações: A informação, que vinha sendo produzida e circulada ao
longo da história da humanidade por suportes atômicos (madeira,
pedra, papiro, papel, corpo), na atualidade também vem sendo
circulada pelos bits, códigos digitais universais (0 e 1). As tecnologias
da informática associadas às telecomunicações vêm provocando
mudanças radicais na sociedade por conta do processo de
digitalização. Uma nova revolução emerge: a revolução digital.
33

Para Mendes (2005), para que os blocos possam ser considerados


objetos de aprendizagem e inseridos em um determinado Ambientes Virtuais de
Educação (AVE), devem apresentar algumas características, com ênfase na
reusabilidade e acessibilidade, pois permitem o uso mais amplo possível e para
diferentes situações e indivíduos. Assim, as principais características são:
reusabilidade (reutilizável por várias vezes em diversos AVE’s); adaptabilidade
(adaptável a qualquer ambiente); granularidade conteúdo em partes, para
facilitar a reusabilidade); acessibilidade (acessível facilmente via internet);
durabilidade (possibilidade de continuar a ser usado, independente da mudança
da tecnologia). Os objetos de aprendizagem ( AO’s) deve possuir uma estrutura
baseada em linguagem de programação XML (Extended Markup Language),
habilidade de operar através de uma variedade de hardware, sistemas
operacionais e browsers com intercâmbio efetivo entre diferentes sistemas.
Um objeto de aprendizagem ainda deve ser breve e sintético, isto é, deve
alcançar o objetivo proposto mediante a utilização dos recursos (textos, imagens,
diagramas, figuras, vídeos, animações, entre outros) mínimos necessários.
Segundo Aproa (2007) é recomendável que a duração física do objeto flutue
entre dez e vinte minutos. Já a extensão do período de aprendizagem do aluno,
não apresenta um padrão definido, uma vez que depende das capacidades do
mesmo.
Com os objetos de aprendizagem, o professor deixa de ter aquela postura
baseada na transmissão de conteúdo e no controle, tornando-se o mediador de
todo o processo de aprendizagem. O conhecimento resulta da ação do sujeito
(aluno) sobre os objetos, a realidade e desta sobre o sujeito. A aprendizagem
ocorre de forma mais interativa e flexível. A colaboração pode ser propiciada
através de ambientes que possibilitam o uso e reuso de Os Objetos de
Aprendizagem (AO’s), a troca entre pares e a tomada de decisões. O aluno
passa a ter um papel ativo no processo, pois pode criar e disponibilizar AO’s para
outrem.
34

4.9 Outros software voltados para a acessibilidade de alunos com


necessidades educativas especiais

 Livros acessíveis

As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC's) favorecem a


produção de livros digitais em texto. Esses livros são cópias do conteúdo de
qualquer livro para um arquivo de computador que possa ser reconhecido por
algum editor de texto. A leitura é feita por meio de leitores de tela, que têm a
propriedade de ler o conteúdo do arquivo. Livros digitais possibilitam, através de
programas próprios, ampliar a fonte em que o livro é editado. Permitem ao leitor
soletrar as palavras ou as frases que quiser e consultar um dicionário enquanto
lê, para conferir seus significados. Alguns livros digitais são comercializados e
adquiridos pela Internet, com baixo custo de logística; ou, através de compra em
livraria convencional, em suporte digital. Outros podem ser acessados em
bibliotecas digitais, desde que liberados, ou pelo autor, ou por serem de domínio
público: nesse caso, não há problemas quanto a direitos autorais.

 Livros formatados para impressão Braille

São apropriados para leitores cegos ou surdo-cegos, que saibam


interpretar o sistema Braille ou que estejam em fase de
aprendizado/alfabetização. Seus leitores podem utilizar uma linha Braille,
acoplada ao computador, ou providenciar sua impressão.

 Livro áudio

Em geral, são livros de entretenimento, gravados (voz humana) em fita


magnética, CD, DVD ou MP3. Vários títulos de áudio livros já estão disponíveis
no mercado livreiro, gravados por atores profissionais ou pelos próprios autores,
que eventualmente imprimem um teor de dramatização aos seus conteúdos.
Amplia às pessoas cegas e com baixa visão as possibilidades de acesso ao livro.
Todas as pessoas podem se beneficiar de áudio livros.
35

Permitem ao leitor acesso ao conteúdo dos livros em diversas situações


e/ou locais; sua logística é simples; formatos com tendência a popularização e
barateamento de custos de produção, aquisição e armazenamento em
bibliotecas; versatilidade do produto; reproduzíveis em várias mídias, de
computadores a outros equipamentos de reprodução de CDs, DVDs, MP3, etc.

 Livros no formato Daisy

Consiste em oferecer o livro convencional, ou digital, em fonte cujo


tamanho seja adequado às necessidades do leitor com baixa visão.
Pode adotar o formato de livro convencional, com fonte em tamanho
ampliado; solução implementável no formato DAISY.

 Materiais e recursos de tecnologia assistivas

São diversos materiais que que viabilizem o acesso ao conhecimento, tais


como: recursos ópticos para ampliação de imagens (lupas eletrônicas, programa
de ampliação de tela, circuito fechado de TV); sistema de leitura de tela, com
sintetizador de voz e display Braille; computadores com teclado virtual, mouse
adaptado e outros recursos de Tecnologia Assistiva da informática; máquinas de
escrever em Braille à disposição dos alunos; gravadores de fita, computador com
software específico, scanners, impressoras em Braille; aparelhos de TV, com
dispositivos receptores de legenda oculta e audiodescrição, e tela com dimensão
proporcional ao ambiente, de modo a permitir a identificação dos sinais, sejam
das personagens, do narrador ou do intérprete de LIBRAS, nas aulas coletivas;
aparelhos de vídeos, CD e DVD.
Os estabelecimentos de ensino devem prover mapas táteis, com a
descrição de seus espaços; espaços construídos e sinalizados; salas de aula
devidamente iluminadas; salas de aula com conforto acústico para viabilizar
a comunicação, com ou sem amplificação sonora; segurança e conforto ao
aluno, inclusive nos brinquedos e mobiliário; alarmes sonoros e visuais;
sinalização luminosa intermitente (tipo flash), para avisos de: a) intervalo e de
mudança de professor, na cor amarela, e b) incêndio ou perigo, em vermelho e
36

amarelo, com flashes mais acelerados. A cor amarela é necessária para dar
melhores condições de visualização.

 Bibliotecas digitais

É cada vez mais raro nos depararmos com bibliotecas acessadas por
meio de catálogos e fichários manuais que, desde a década de 1990, têm sido
substituídos por acesso digital. As bibliotecas digitais abrem as portas,
democraticamente e sem barreiras (desde que em portais acessíveis) a outras
bibliotecas, outros povos e culturas, ampliando o conhecimento. Há muito que
conhecer e pesquisar em sites como os da Biblioteca Nacional (BN) do Rio de
Janeiro, por exemplo, que integra um projeto de união de acervos mundiais e já
disponibiliza on-line um acervo considerável de obras raras e do Brasil Colonial.
Inclusive, a BN inaugurou a Biblioteca Acessível, com diversos recursos de
apoio, por exemplo, o leitor automático de textos.

 Ampliadores de telas

Eles são (ex.: KMag, LentePro, Lupa do Windows), que aumentam o texto
e o gráfico apresentados na tela do computador. Entre seus usuários potenciais,
estão alunos com baixa visão, que podem se beneficiar da variedade de
configurações oferecidas (ex.: fator de escala, inversão de cores, posição, forma
de controle).
À medida que ampliam parte do conteúdo apresentado, também reduzem
a área efetiva que pode ser visualizada na tela do computador, removendo
informações de contexto.

 Software especializados para produção de material em Braille

Também estão nesta categoria. Entre eles, estão os programas para


digitalização de imagens e sua conversão para a grafia Braille (ex.: TGD), assim
como aqueles voltados à digitalização de partituras musicais e sua impressão
em Braille (ex.: Braille Music Editor, Goodfeel, Sharpeye).
37

 Dosvox

O DOSVOX é outro exemplo que apresenta uma variedade de programas


especialmente projetados para pessoas com deficiência visual. A operação do
sistema ocorre com o teclado e o retorno sobre opções acionadas e textos
digitados por meio de síntese de voz. Inclui entre seus aplicativos: editor de
textos, calculadora, agenda, aplicativos para Internet (ex.: navegador web
textual, bate-papo), jogos, dentre outros. Inclui um modo de treinamento de
teclado, útil para iniciantes. Trata-se de sistema gratuito, desenvolvido pelo
Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(NCE/UFRJ).

 Órteses

São dispositivos externos usados para modificar as características


estruturais e funcionais dos sistemas neuromuscular e esquelético. Recomenda-
se que seu uso seja avaliado e indicado por um fisioterapeuta ou terapeuta
ocupacional. Alguns exemplos as pulseiras de peso para reduzir a amplitude
do movimento causada pela flutuação dos tônus; os facilitadores de punho e
polegar e as ponteiras, que podem ser fixadas à cabeça ou adequadas à mão,
para auxiliar na digitação.

 Lista de links do Catálogo Nacional de Tecnologias Assistivas – TA para


deficiências

Apresentamos algumas listas de links do Catálogo Nacional de


Tecnologias Assistivas – TA voltado para diversas deficiências:

DEFICIENTES VISUAIS
PROJETO DOSVOX http://intervox.nce.ufrj.br/dosvox/
PROJETO BRAILLE FÁCIL http://intervox.nce.ufrj.br/brfacil/
PROJETO MECDAISY http://intervox.nce.ufrj.br/mecdaisy/
PROJETO JOGAVOX http://intervox.nce.ufrj.br/jogavox.
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PROJETO MUSICBRAILLE http://intervox.nce.ufrj.br/musibraille/


DDREADER http://www.daisylatino.org/agora/doc.cfm?id_d
oc=2060.
PROJETO LIANETTS http://intervox.nce.ufrj.br/lianetts.
NVDA http://www.nvaccess.org/
JAWS http://www.freedomscientific.com/Products/Blin
dness/JAWS.
VIRTUALVISION http://www.virtualvision.com.br/
DIGITAVOX http://intervox.nce.ufrj.br/~neno/digitavox.htm.
DEFICIENTES FÍSICOS
PROJETO MOTRIX http://intervox.nce.ufrj.br/motrix/
PROJETO MICROFÊNIX http://intervox.nce.ufrj.br/microfenix/
MAIS INFORMAÇÕES NO CATÁLOGO DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
TA http://assistiva.mct.gov.br/cat/busca/4/

REFERÊNCIAS

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contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Educação e Pesquisa,
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letramento dos alunos nas séries iniciais no ensino fundamental. In:
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http://aprendente.blogspot.com/2005_09_01_aprendente_archive.html. Acesso
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BRASIL. Presidência da República. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.


Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. Dispõe sobre as
diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: Senado Federal, 1996.
39

BRASIL. Presidência da República. Resolução nº 95, de 21 de novembro de


2000. Dispõe sobre o atendimento de alunos com necessidades educacionais
especiais nas escolas da rede estadual de ensino e dá providências correlatas.
Brasília: Senado Federal, 2000.

BRASIL. Presidência da República. Lei no 10.048, de 8 de novembro de 2000.


Dá prioridade de atendimento às pessoas com necessidades especiais, e dá
outras providências. Brasília: Senado Federal, 2000.

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 10.098 de 19 de dezembro de 2000


Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
reduzida, e dá outras providências. Brasília: Senado Federal, 2000.

BRASIL. Presidência da República. Leis e Decretos. Lei nº 10.436, de 24 de


abril de 2002. Dispõe sobre Língua Brasileira de Sinais-Libras. Brasília:
Senado Federal, 2002.

BRASIL. Presidência da República. Decreto nº 5.296 de 2 de dezembro de


2004. Dispõe normas gerais e critérios básicos para a promoção da
acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade
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SOBRE O AUTOR

Profº. Dr. Estélio Silva Barbosa

Possui Graduação em Bacharelado em Teologia pelo Instituto Superior de


Educação - INTA (2009). Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade de Ensino
Superior do Piauí - FAESP. Graduação em Letras/Habilitação em LIBRAS -
Língua Brasileira de Sinais pela Fundação Universidade do Tocantis (2018).
Licenciado em Filosofia pela Universidade Regional do Cariri - URCA. Possui
Especialização em Educação Especial pela Universidade Estadual do Piauí -
UESPI. Especialista em Docência do Ensino Superior pela Faculdade de
Tecnologia do Piauí - FATEPI. Especialização em Língua Brasileira de Sinais -
LIBRAS pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI.
Especialização em Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Instituto Superior
de Educação - ISEPRO. Especialização em Metodologia da Pesquisa Científica
- ISEPRO. Mestre em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB.
(2013). Doutorado em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB
(2019). Autor de cinco livros, autor de vários artigos a nível nacional e
internacional. Participou na organização de livros onde tem capítulos de sua
autoria. Membro do Comitê Científico Internacional da FIEP (de 2015 até a
presente data). Membro do Comitê Editorial Nacional da Federação Internacional
de Educação Física - FIEP (de fevereiro de 2020 até a presente data).
Parecerista ad hoc do Bulletin da FIEP (de 03 de abril de 2020, até a presente
data). Membro efetivo da Academia de Artes - ACLAS (São Francisco do
Canindé). Foi professor de Ensino Religioso, professor de Sociologia e Filosofia
na Secretaria de Educação do Estadual do Piauí (no período de 2001 à 2005).
Foi professor conteúdista no Centro de Educação Aberta e a Distância da
Universidade Federal do Piauí, nas disciplinas: LIBRAS no curso de Licenciatura
em Pedagogia, Licenciatura e Bacharelado em Ciências Biológicas. Licenciatura
em Química, Licenciatura em Letras Inglês. Licenciatura em matemática.
Conteúdista no curso de Pós-graduação em LIBRAS. Conteúdista no curso de
Pós-graduação em Metodologia para Educação Especial. Conteúdista e
Perecerista em livros de LIBRAS no Núcleo de Educação a Distância - NEAD da
Universidade Estadual do Piauí - UESPI. Atualmente é Professo Universitário há
17 anos.

E-mail: esteliosilvabarbosa@hotmail.com.
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