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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

FACULDADE DE EDUCAÇÃO

Tiago Bezerra Nolasco

RIO DE JANEIRO
Setembro– 2016

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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NA EJA

Por:
TIAGO BEZERRA NOLASCO

Monografia apresentada à FACULDADE


DE EDUCAÇÃO da UNIVERSIDADE DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO como requisito
parcial à obtenção do GRAU DE LICENCIATURA
EM FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA A
EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAS DO
ENSINO FUNDAMENTAL PARA CRIANÇAS,
JOVENS E ADULTOS .

RIO DE JANEIRO
Setembro-2016

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TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NA EJA

Por:
TIAGO BEZERRA NOLASCO

Leonardo Nolasco
Professor Orientador

RIO DE JANEIRO
Setembro – 2016

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Aos meus queridos familiares, amigos e professores que sempre acreditaram e torceram por
mim. Muito obrigado

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Agradecimentos:

Primeiro agradeço a Deus por ter me dado forças, paciência, sabedoria e vontade de persistir e
não desistir em nenhum momento. Obrigado Senhor por ter ficado ao meu lado todo
momento, o Senhor é essencial na minha caminhada e o responsável por cada etapa
conquistada.

À minha família e amigos que estiveram do meu lado todos os momentos, me


apoiando, me incentivando a continuar, me dando belas palavras de apoio, torcendo por mim,
aguentando minhas ansiedades e nervosismos e conseguindo me acalmar sempre. Obrigado
família.

Ao meu orientador Prof. Dr Leonardo Nolasco, que me incentivou bastante para


que pudesse concluir este trabalho, embora toda a situação que a nossa faculdade estivesse
vivendo em meio a greves, pude contar com seu apoio e orientação, serei eternamente grato
por cada palavra de incentivo e motivação em continuar essa caminhada.

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RESUMO

Este trabalho se propõe a fazer um levantamento bibliográfico em relação à


desigualdade ao acesso à internet, traçar o perfil dos sujeitos que estão excluídos dessa
tecnologia e de como a educação em EJA poderia ajudar na inclusão digital dos alunos. Para
um melhor entendimento sobre o tema proposto, será realizado um estudo sobre os conceitos
de EJA, compreender quais são e como estão sendo disponibilizados estes recursos, além de
verificar como essas tecnologias são utilizados para que se dê a inserção do estudante
trabalhador da Educação de Jovens e Adultos (EJA) no mundo tecnológico.

Palavras Chaves: Recursos Tecnológicos; Educação; EJA.

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Sumário
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................8

A exclusão digital....................................................................................................................10

Tecnologias e EJA...................................................................................................................11

O papel das instituições educacionais......................................................................................15

Considerações finais:...............................................................................................................17

Referências Bibliográficas.......................................................................................................18

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INTRODUÇÃO
Este trabalho tem como objetivo investigar quais as relações entre Educação de
Jovens e Adultos (EJA) e os recursos tecnológicos educacionais disponíveis. A pesquisa tem
como objetivos específicos averiguar como as escolas mobilizam esses recursos bem como
detectar as necessidades e dificuldades dos educadores com relação à utilização das novas
tecnologias. O interesse pelo tema surgiu através da inquietação de observar que cada vez
mais os recursos tecnológicos estão presentes no cotidiano escolar, percebemos que muitas
pessoas já possuem contato desde o inicio de suas vidas ate a fase adulta, porém não
percebemos esta utilização presente em sala de aula. Especificamente, na Educação de Jovens
e Adultos existe algum tipo de resistência ou receio com a tecnologia? Buscando entender
essa problemática será realizada uma pesquisa bibliográfica sobre os conceitos de EJA e ainda
compreender quais são e como estão sendo disponibilizados estes recursos ,além de verificar
como esses recursos são utilizados para que se dê a inserção do estudante trabalhador da
Educação de Jovens e Adultos (EJA) no mundo tecnológico, será feita também uma pesquisa
e entrevista com alunos do curso de Pedagogia da UERJ, para evidenciarmos de que forma o
assunto tecnologia é abordado durante a graduação.
O interesse por EJA, surgiu, por saber que em sua maioria são alunos, que de
alguma forma querem resgatar o que foi perdido ou o que nem lhes foi dado, e com isso
reingressam na escola. Percebemos que durante a graduação, somos preparados para a
educação infantil, e a EJA é vista rapidamente, mas não é uma formação adequada para se
tornar um profissional que tenha habilidades para lidar com esses alunos. Precisamos saber,
que não se pode usar uma linguagem infantil, pois embora estejam em series iniciais, não são
crianças, e as vezes essa falta de preparo dentro da Universidade irá refletir na forma que esse
futuro professor irá ministrar sua aula, portanto a formação de professores nessa área é
importante.
As tecnologias estão cada vez mais presentes no cotidiano escolar, por isso
precisamos saber como usa-las ao nosso favor em sala de aula, os recursos tecnológicos
devem servir como ferramentas para o professor. Para essa discussão consideramos recursos
tecnológicos: o uso de computadores, acesso à internet.
Pensar a relação entre as tecnologias educacionais e a Educação de Jovens e
Adultos, é preciso nos atentarmos que os jovens e adultos já foram excluídos de certa maneira
da escola, e as vezes essa mesma exclusão é feita nos recursos tecnológicos, muitos sentem

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vergonha por não saberem dominar um computador, tablet, entre outros, e essa questão de
serem colocados a parte da maioria vira novamente uma realidade nas suas vidas.
Uso dos Recursos Tecnológicos na Educação de Jovens e Adultos O ensino-
aprendizagem com a utilização das novas tecnologias deve proporcionar a inserção e o
amadurecimento tecnológico do aluno da educação de jovens e adultos ao mundo do trabalho.
Formar cidadãos e profissionais capazes de compreender e vivenciar um mundo tecnológico,
no qual ele esteja inserido, é fundamental para o sucesso profissional deste aluno. Uma vez
que os recursos tecnológicos, em muitas escolas, não são utilizados de forma adequada, os
alunos ficam desamparados e alheios ao mundo tecnológico desde a sua formação dentro do
universo escolar. Mas, essa inclusão tecnológica trabalhada de forma coerente desde a escola
favorecerá a posterior inclusão desse jovem e adulto ao mundo do trabalho e tecnológico.
Investigar as apropriações das tecnologias na formação de professores, durante a graduação
esses futuros professores utilizam os recursos tecnológicos para que possam futuramente
ministrar suas aulas usando estes recursos, ou a tecnologia é abordada somente na teoria e na
prática nada se aplica.

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Capitulo 1

A exclusão digital
Precisamos entender primeiro como se dá o surgimento da exclusão digital, quais são
as causas e consequências, e qual o público mais atingido com essa exclusão.
Segundo Sorj e Guedes (2005, p.01) “a exclusão digital se refere às consequências
sociais, econômicas e culturais da distribuição desigual no acesso a computadores e Internet”

A exclusão digital não se refere a um fenômeno simples, não se limita ao


universo daqueles que têm versus aqueles que não têm acesso a computador e Internet, dos incluídos e
dos excluídos, polaridade real mas que por vezes mascara os múltiplos aspectos da exclusão digital. A
razão é simples: a oposição acesso/não-acesso é uma generalização, razoável somente em relação a
certos serviços públicos (como, por exemplo, eletricidade, água, esgoto) e bens tradicionais de
consumo intermediário (a relevância do tipo/qualidade de TV, geladeira, telefone ou carro é
secundaria, embora para a população pobre o custo da ligação limite sobremaneira o uso de telefone
ou custo de gasolina, o uso do carro). (Sorj;Guedes,2005,p3).
No processo de educação o excluído digital terá maior dificuldade de
adaptação no futuro estudantil e até profissional. É o que esta acontecendo com os excluídos
digitalmente, pois a política praticada é de dar acesso ao computador e a Internet. E só isso não basta,
pois para que haja a inclusão é preciso de uma distribuição adequada de recursos. Promover a
habilidade das pessoas de usarem a máquina, dando oportunidade a todos. (COSTA, Jucineide.
Exclusão Digital, suas causas e seus efeitos. Disponível
em :http://multidiversidade.blogsport.com.br/2010/02/exclusao-digital-suas-causas-e-
seus.html.Acesso em 02/08/2016

Nas leituras dos textos, percebemos que a causa da exclusão digital vai além do fato de
não ter acesso a computadores em casa, e as consequências dessa exclusão podem prejudicar
seu progresso estudantil e até profissional.

Segundo Pierre Lévy citado por Gabriela E. Possolli toda nova tecnologia cria seus
excluídos. Com essa afirmação não está atacando a tecnologia, mas quer lembrar que, por
exemplo, antes dos telefones não existiam pessoas sem telefones, no mesmo modo que de se
inventar a escrita não existiam os analfabetos (POSSOLI,Gabrila.Exclusão

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Digital.s/d.Disponível em:<http:www.infoescola.com/sociologia/exclusão-digital>.Acesso em
02/08/2016).

Capitulo 2

Tecnologias e EJA

Figura 1- Percentual de Pessoas que utilizam a internet, no período de referencia dos


últimos três meses na população de 10 anos ou mais- 2005.

Fonte: http://www.ibge.gov.br/graficos_dinamicos/internet_e_celular_pnad_2005/index.htm
Em pesquisa feita ao site do IBGE verificou-se que pessoas com maior faixa etária e
menor escolaridade possuem um menor ou nenhum acesso à internet.
Disponívelem:<http://www.ibge.gov.br/graficos_dinamicos/internet_e_celular_pnad_2005/in
dex.htm>.Acesso/ em 02/08/2016.

Com esse gráfico percebi que o perfil do aluno de EJA é semelhante ao perfil traçado
na estatística realizada pelo IBGE onde o grau de ensino é baixo e a idade é elevada.
Precisamos nos atentar a esses jovens e adultos que já foram excluídos da forma regular de
ensino e se deparam mais uma vez com outra exclusão, a digital.
Neste sentido, Sheilla Brasileiro entende que, ao pensarmos as TICs
(Tecnologia e Informação em Comunicação) em contextos de EJA, não podemos partir da
ideia de que esta é uma modalidade educacional voltada para jovens fracassados.

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Inspirada por Paulo Freire, ela sublinhará a ideia de que os processos de ensino
aprendizagem devem se dar em ambientes interativos, onde os saberesfazeres de estudantes e
professores possam conversar e criar sentidos para todos os atores envolvidos.
Assim, o primeiro passo para pensar a relação entre TICs e EJA seria entender que
sentidos essas tecnologias possuem para os estudantes e, a partir disso, todo o trabalho se
desenvolveria no sentido de oportunizar a construção crítica de uma abordagem sobre o tema,
contribuindo para usos mais autônomos das tecnologias pelos jovens e adultos praticantes da
EJA.
Ainda dialogando com Freire, Sheilla Brasileiro entende que sua pedagogia
libertadora – também conhecida como pedagogia da libertação – influenciou a emergência
da Pedagogia da Comunicação – uma corrente que sugere partir dos conhecimentos e das
relações já praticadas pelos estudantes no que concerne aos modos de comunicar em seu
tempo para, a partir disso, produzir caminhos didáticos que viabilizem um consumo mais
crítico dos meios de comunicação e usos mais conscientes e autônomos. Tais discussões,
salienta a autora, estão na pauta há muito mais tempo do que supomos. Ela cita, por exemplo,
a Conferência de Elsinor, de 1949, realizada na Dinamarca ( período anterior a intervenção da
televisão) onde se decidiu a importância dos meios audiovisuais e de comunicação de massa
dirigidos ao desenvolvimento da compreensão internacional e dos valores de solidariedade,
assim como as melhorias materiais e necessidades comuns.
Em Montreal (1960), discutiu-se a utilização do cinema, do radio e da televisão como
meios pedagógicos.
Em Tóquio (1972), encontra-se a afirmação de grande importância dos meios áudio
visuais na EJA.
Ainda na Conferência de Paris (1985), continuou aparecendo o rádio, a televisão e em
geral os meios de comunicação de massas, como esperança para atender a alfabetização e
colocar em desenvolvimento programas de EJA a baixo custo.
Ainda que o debate sobre as TICs seja antigo, não podemos dizer que as reflexões
sobre seus usos e apropriações na Educação de Jovens e Adultos acompanhe tal movimento.
Objetivando contribuir para o debate sobre os usos das novas tecnologias em contextos
de EJA, Brasileiro realizou uma pesquisa empírica com 241 alunos, de idades que variavam
entre 20 e 24 anos, e que estavam matriculados no turno da noite em duas escolas da rede
municipal de ensino de Belo Horizonte.

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Como metodologia de pesquisa, ela aplicou um questionário visando conhecer melhor
o seu público e, a partir das respostas, formou um grupo em cada escola e os acompanhou
durante um semestre letivo.
Através do grupo focal – técnica de investigação qualitativa muito utilizada nas
Ciências Sociais – a pesquisadora esteve interessada em saber o “por que” e o “como” das
relações entre os estudantes e as novas tecnologias.
Os critérios para seleção dos alunos, foram ter acesso as tecnologias, saber utilizar
computador, e-mail, entre outros do cotidiano, “jogadores” de fliperama, e aqueles que
afirmam nunca terem tido acesso as “novas” tecnologias. A seleção para pesquisa com essa
extrema diversidade, onde alguns tinham acesso e outros não, possibilitou o aprofundamento
na discussão sobre jovens.
A reunião de um grupo heterogêneo possibilitou compreender as especificidades das
juventudes no que tange às vivências em cenários tão tecnologizados e, ao mesmo tempo,
desiguais.
Além de encontros realizados na própria escola, foram realizados encontros onde
pudessem encontrar ambientes onde existisse tecnologia, como laboratórios, shopping,
fliperama. Esses espaços foram escolhidos com o objetivo de confirmar as leituras que se
desenvolviam e confrontá-las com a de outros jovens no espaço.
Cita alguns autores para evidenciar a fala dos entrevistados, onde existe a
incorporação das novas tecnologias, e constata o que parece ser comum a todos nesta
pesquisa, é o fato de o computador aparecer como instrumento vital da comunicação.
Nas falas dos estudantes observados, diz a autora, o computador aparece como
importante meio de comunicação.
Leonardo – Eu acho que se os colégios oferecessem para os alunos curso de
computação, internet, para poder treinar os alunos tudo que a gente sonha, seria bem estimulante e
significante. Ele iria se sentir mais valorizado se conseguisse fazer uma coisa e imprimir. A gente
precisa cobrar deste governo nosso, seria indiscutível no colégio.
Geovânia – Nas escolas tinha que ter computador, não tem jeito, porque
senão vai ser sempre isso ai. Todo mundo usa e a gente fica para trás.
Paulo – Outro dia uma colega foi caçar emprego de faxineira numa firma e
eles perguntaram se tinha curso de computação. Ela falou não, porque? E ele não contratou porque
falou que a cozinha era cheio de negócio que ela tinha que saber computação. Onde nós estamos?
Para varrer o chão e fazer comida ter que saber informática?

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A exclusão educacional e social vem sendo reforçada pela exclusão digital, pois uma
grande parte da população está excluída dos equipamentos, das linguagens e das ferramentas
do computador.
Porém, a desigualdade de acesso aos bens tecnológicos termina por ampliar ainda mais
os processos de exclusão dos jovens e adultos das classes menos abastadas. Assim, as
exclusões educacional e social reforçam e são reforçadas pela exclusão digital, retirando deste
público oportunidades de conhecer e dominar linguagens tão caras à sociedade atual.
Outros depoimentos são citados, onde mostram a dificuldade desses jovens em terem
computador com acesso a internet.
As falas produzidas no contexto da pesquisa alertam não somente a respeito do acesso
ao equipamento, mas também das dificuldades de, ao acessar o computador este estar
conectado à Internet.
Leonardo – Eu acho que homens, mulheres, todo mundo tem condição de
aprender com o computador, o que falta é o acesso. O pobre só vai ter oportunidade de ver o
computador se tiver uma oportunidade na aula, na escola, ou às vezes, ele até faz o esforço de pagar
um curso de computação, mas chega em casa não tem computador, esquece tudo.
Paulo – Isso eu sinto, não só porque não temos na escola, mas porque não
temos computador em lugar nenhum.
Pra 98% desses jovens, o computador na escola poderia contribuir para uma educação
com maior qualidade. Muitos acreditam que com o computador na escola teriam maior acesso
a informação e ao conhecimento.
De acordo com 98% dos jovens entrevistados a utilização do computador nas escolas
contribuiria para uma educação de melhor qualidade, ampliando as formas de acesso à
informação e ao conhecimento.
Além disso, o contato com o computador durante a formação escolar seria uma
importante preparação para o mundo do trabalho.
Sem os computadores, dizem os estudantes, a sensação que possuem é que estão
“ficando pra trás”.
Uma das falas dos jovens, é que o mundo está evoluindo e é preciso que a escola
pública evolua junto, não fique parada no tempo, como está hoje
Uma das falas defende que o mundo está evoluindo e que a escola está parada no
tempo. Até que ponto essa visão nos ajuda a pensar a educação e, no caso específico da nossa
pesquisa, a Educação de Jovens e Adultos?

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(BRASILEIRO, Sheila. Juventude e Novas Tecnologias: Implicação para Educação de
Jovens e Adultos. 2003).
Capitulo 3

O papel das instituições educacionais

Fazendo uma pesquisa para evidenciarmos se a universidade prepara o aluno para ser
um profissional apto a tratar as questões da tecnologia, procurei o fluxograma da Faculdade
de Educação da UERJ, que obteve um conceito de cinco estrelas na avaliação dos cursos
superiores realizada pelo Guia do Estudante (GE) no ano de 2016

Figura 2. Fluxograma de Pedagogia - UERJ

Fonte: http://www.dep.uerj.br/arqs/fluxogamas_cursos/pedagogia.pdf

Esse fluxograma nos mostra que o assunto tecnologia não é abordado no decorrer do
curso. Apenas uma disciplina no primeiro período aborda a questão da tecnologia.
As disciplinas são ministradas partindo do principio que os alunos nessas escolas
possuem o contato com a tecnologia. Vimos nesse artigo que não é essa a realidade do nosso
cotidiano e infelizmente a Universidade não está atenta a essas dificuldades encontradas.

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Questionando alguns colegas do curso de pedagogia da UERJ sobre estarem aptos a
ministrar em suas aulas utilizando o computador conectado a internet como recurso
tecnológico, obtive algumas respostas.
Gabriela – Não acho que a nossa faculdade nos prepara para lidarmos com
dificuldades dos alunos em não saber mexer no computador, a faculdade não trata o ensino da
informática como sendo função do pedagogo e eu também não considero. Caso me deparasse com
essa dificuldade em sala de aula, usaria outros recursos que aprendi durante o curso.
Mônica – O computador não foi usado durante o curso, foi usado no
primeiro período e na eletiva que tive. O uso do computador facilitou bastante o desempenho nessas
disciplinas, porém as disciplinas eram voltadas para tecnologia, gostaria de ter visto o recurso
tecnológico sendo usado em uma outra disciplina, como história da educação.
Pela observação dos aspectos analisados a tecnologia é de fundamental importância na
EJA, os alunos precisam desenvolver esses recursos em sala de aula, pois muitas das vezes é
somente no ambiente escolar que se tem acesso. A Universidade precisa estar atenta a essa
realidade e preparar seus alunos para estarem aptos com essas questões que foram
mencionadas nesse artigo.

Considerações finais:

Trouxe para esse texto a discussão do tema “ tecnologia em EJA”, que é pouco
abordado por escolas, faculdades de educação mas que é de grande importância atualmente,
pois vimos a necessidade que esses alunos têm em aprender com o recursos tecnológicos.
Concordo com a Filósofo Pierre Lévy, que diz que toda nova tecnologia cria seus excluídos,

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porém não devemos nos estagnar nessa constatação e temos o dever como profissional em
diminuir essa exclusão.

Referências Bibliográficas

(BRASILEIRO, Sheila. Juventude e Novas Tecnologias: Implicação para Educação de


Jovens e Adultos. 2003).

(COSTA, Jucineide. Exclusão Digital suas causas e seus efeitos. Disponível


em :http://multidiversidade.blogsport.com.br/2010/02/exclusao-digital-suas-causas-e-
seus.html.Acesso em 02/08/2016

(POSSOLI,Gabrila.ExclusãoDigital.s/d.Disponível
em:<http:www.infoescola.com/sociologia/exclusão-digital>.Acesso em 02/08/2016

SORJ, Bernardo, GUEDES, Luís. Exclusão Digital: Problemas conceituais, evidências


empíricas e políticas públicas.2005
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