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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS


NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS E PESQUISAS EM DIREITOS HUMANOS
PROGRAMA INTERDISICPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
FUNDAMENTOS TEÓRICOS DOS DIREITOS HUMANOS II

Prof. Dr. João da Cruz Gonçalves Neto


Goiânia, 10 de novembro de 2023

ROTEIRO DE AULA III-b

LACROIX, |Justine et PRANCHÈRE, Jean-Yves. Les Procès des droits de l´homme.


Paris: Éditions du Seuil, 2016, chapitre 1, pp. 1-7.

Perguntas de exploração do texto:

Críticas aos direitos humanos no pensamento contemporâneo

1) No debate político do século XX, quando se acentua as demandas sociais em


termos de direitos individuais?
2) Como Nozick, o que defendem a intervenção pública mínima dão primazia aos
direitos individuais, questionando a legitimidade do Estado. Explique.
3) Segundo Amartya Sen os direitos humanos seriam a única forma de garantir o
livre exercício de todas as liberdades fundamentais. Explique.
4) Com relação à especificidade da ontologia social francesa, o que é a tensão entre
suas premissas individualistas e as necessidades da vida coletiva? O que foi o
renascimento do sujeito no final dos anos 1970?
5) Na França, que fatores ajudaram aos direitos humanos se constituírem como
obrigatória do debate político a partir da década de 1970?
6) A chamada leitura moral dos direitos humanos é abalada pelo artigo seminal de
Claude Lefort, no final da década de 1970. Como?
7) Qual a crítica de Lefort a Marx?
8) Como Lefort sustenta o argumento de que os direitos humanos constituem uma
manifestação política?
9) Qual a tese de Lefort quando aos direitos humanos?
10) Lefort: “não há fundamentos morais pré-políticos”. Explique.
11) Lefort: não é a distinção entre as exigências da moral e da política, mas entre
interpretações individualistas e coletivistas dos direitos humanos. Explique.

Novas Críticas aos Direitos Humanos

1) No que consistem as críticas anti-moderna aos direitos humanos?


2) No que consistem as críticas aos usos dos direitos humanos?
3) O que é a chamada crítica radical dos direitos humanos?

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4) O livro dos autores restringiram-se às críticas aos direitos humanos situados no
cerne da modernidade liberal – que não é prerrogativa da cultura ocidental. Por
que não?
5) Por que, de acordo com Cranston, os direitos sociais e econômicos não se
enquadrariam nos direitos humanos?
6) E qual a crítica neoliberal e neoconservadora?
7) Qual a crítica dos autores a Moyn sob a percepção dos direitos humanos no
tempo?
8) De que maneira se associa a defesa dos direitos coletivos aos direitos
individuais, com o faz Van Parijs?
9) Qual a crítica dos autores ao “civismo de mercado” dos neoliberais?
10) Qual a crítica ao papel das cortes superiores na interpretação dos direitos
humanos feita por Jeremy Waldron?

A crítica antimoderna (1): direitos humanos e a destruição da ordem justa

1) Quais são os dois ramos da crítica antimoderna aos direitos humanos?


2) Para a vertente de inspiração religiosa, qual o problema de basear os direitos
sobre a propriedade de si?
3) Qual o problema dessa crítica com o caráter abstrato do indivíduo?
4) Qual a relação entre direitos humanos, capitalismo e neoliberalismo estabelecida
por Villey e Milbank?
5) O que é a “tirania política”, afirmada por Milbank?
6) Qual a sua concepção de democracia?

A crítica antimoderna (2): direitos humanos contra a política

1) Sob quais razões a segunda corrente antimoderna recusa o “direito subjetivo”?


2) Por que o liberalismo individualista é antipolítico, segundo Schmit e Freund?
3) E os direitos humanos?
4) O que é a “impolítica” de Freund?
5) Freund afirma que um dos responsáveis pelo ódio à política atual deve-se
também aos direitos humanos. Por que?

Crítica comunitária (1): a primazia dos direitos e a ‘boa vida’

1) A crítica comunitária geralmente incide sobre a concepção abstrata de pessoa,


desenraizada. A família, para Sandel, seria o exemplo de uma instituição
fundada na identidade de fins e significados. Qual a crítica dos autores sobre
essa concepção de família?
2) O que é a república processual, de Sandel?
3) O que é a “burocratização da política”?
4) Por que a nossa cultura de direitos é absolutista?
5) Por que é problemática a transformação de qualquer controvérsia em choque de
direitos (Glenson)?
6) Por que a “política de direitos” mina o sentido cívico e transforma os cidadãos
em consumidores egoístas?

Crítica comunitária (2): democracia contra si mesma

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1) Quais as críticas de Gauchet e Manent a Lefort?
2) Qual o problema de o direito ser o grande regulador da vida social, na
contemporaneidade? O que é a democracia de direitos?
3) Para Manent, há uma recusa do busca da produção do bem comum tanto pelo
“extremismo do direito subjetivo” quanto pelo “extremismo da regra objetiva”
(o Islã). Explique.
4) Por que há uma multiplicação indefinida de direitos, segundo Collin?
5) O que Gauchet quer dizer com a afirmação de que devemos defender os direitos
humanos de si mesmos?
6) Qual a crítica de Holmes aos comunitaristas? E qual a de Ranciére?
7) Por três razões os autores afirmam não poder unir as críticas aos DHs em
elementos simples e comuns. Quais são?

Crítica radical: direitos humanosversus emancipação

1) Qual o núcleo da crítica radical aos direitos humanos?


2) Para essa crítica, por que os DHs carregam uma visão empobrecida da
emancipação social?
3) E por que não favorecem a emergência do sujeito autônomo (Badiou)?
4) Para Wendy Brown o recurso aos direitos humanos é a expressão de um
fatalismo. Explique.
5) De acordo como Zizek, os DHs são frutos de uma dominação neoliberal na
contemporaneidade. Explique.
6) Qual o argumento de Deleuze contra os DHs?
7) Por que, como na afirmação de Sandel, os indivíduos nunca tiveram tantos
direitos e tão pouco poder?

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