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NOTAÇÃO DE DIRAC
Ket-vetor
2. A adição é comutativa.
3. A adição é associativa.
4. Existe um único vetor |0⟩, chamado de elemento neutro, que quando somado a
um ket retorna o ket.
5. Existe um único ket −|𝐴⟩, chamado de simétrico, que quando somado ao ket |𝐴⟩
se obtém o elemento neutro.
O ket-vetor pode ser representado também por uma matriz-coluna, de forma análoga
aos vetores reais. Ou seja, escritos como:
𝛼1 (𝑧)
𝛼 (𝑧)
|𝐴⟩ = ( 2 )
…
𝛼𝑛 (𝑧)
Onde 𝛼𝑖 (𝑧) é a componente 𝑖 do ket |𝐴⟩, que está contido no espaço ℂ𝑛 , e função do
número complexo 𝑧.
Bra-vetor
2. A adição é comutativa.
3. A adição é associativa.
4. Existe um único vetor ⟨0|, chamado de elemento neutro, que quando somado a
um bra retorna o bra.
5. Existe um único bra −⟨𝐴|, chamado de simétrico, que quando somado ao bra
⟨𝐴| se obtém o elemento neutro.
Os bras e kets se relacionam pelo conjugado complexo. Ou seja, para um dado ket
|𝐴⟩ existe um bra ⟨𝐴| tal que:
⟨𝐴|† = ((⟨𝐴|)∗ )𝑇
Produto Interno
⟨𝐴|𝐵⟩ = (⟨𝐴|)(|𝐵⟩)
O resultado desta operação é um número complexo. Para provar isso, basta fazer o
produto da forma matricial.
𝛽1
𝛽
⟨𝐴|𝐵⟩ = (𝛼1∗ 𝛼2∗ … 𝛼𝑛∗ ) ( 2 ) = 𝛼1∗ 𝛽1 + 𝛼2∗ 𝛽2 + ⋯ + 𝛼𝑛∗ 𝛽𝑛
…
𝛽𝑛
Nessa representação também podemos ver a importância da ordem dos produtos (ou
seja, ⟨𝐴|𝐵⟩ ≠ |𝐵⟩⟨𝐴|) e o número de dimensões deve ser igual.
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⟨𝐵|𝐴⟩ = ⟨𝐴|𝐵⟩†
Além disso, podemos definir um vetor normalizado (ou unitário), que é dado quando
sua norma é unitária. Isto é,
⟨𝐴|𝐴⟩ = 1
Dois vetores são ditos ortogonais quando seu produto interno é nulo:
⟨𝐴|𝐵⟩ = 0
Dada uma base ortonormal de ket, denotada pelos vetores |𝑒𝑖 ⟩, podemos escrever o
vetor |𝐴⟩ como:
𝑛
|𝐴⟩ = ∑ 𝛼𝑖 |𝑒𝑖 ⟩
𝑖=1
Onde 𝛿𝑗𝑖 é a delta de Kronecker. Como |𝑒𝑖 ⟩ é uma base ortonormal, significa que,
quando 𝑖 ≠ 𝑗, o produto ⟨𝑒𝑗 |𝑒𝑖 ⟩ é nulo e, quando 𝑖 = 𝑗, o produto ⟨𝑒𝑖 |𝑒𝑖 ⟩ é unitário.
Portanto, teremos:
⟨𝑒𝑗 |𝐴⟩ = 𝛼𝑗
Significado físico
Imagine que você tenha um dado de seis faces numeradas. Cada valor que podemos
obter é um estado do dado. Ou seja, o dado pode estar no estado |1⟩,|2⟩, |3⟩, |4⟩, |5⟩ ou
|6⟩. Uma moeda tem os estados |𝑐𝑎𝑟𝑎⟩ e |𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎⟩. Com isso, cada vetor de estado terá
uma dimensão diferente, dependendo do que estamos falando.
𝑃𝑖 = |⟨𝑒𝑖 |𝐴⟩|2
Ou ainda,
Se o vetor |𝐴⟩ for normalizado, teremos que a soma das probabilidades será unitária
(ou 100%):
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𝑛 𝑛
Operadores Lineares
Em mecânica quântica, todo observável físico (algo que pode ser medido, como
energia, momentum, posição, etc.) pode ser descrito por um operador linear. Podemos
pensar em um operador linear como uma máquina que transforma um vetor de estado
em outro vetor.
̂ , tal que:
Um operador é denotado por 𝑀
̂ |𝐴⟩ = |𝐵⟩
𝑀
Ou ainda,
̂ = ⟨𝐵|
⟨𝐴|𝑀
1. Associativa
̂ [|𝐴⟩ + |𝐵⟩] = 𝑀
𝑀 ̂ |𝐴⟩ + 𝑀
̂ |𝐵⟩
̂ = ⟨𝐴|𝑀
[⟨𝐴| + ⟨𝐵|]𝑀 ̂ + ⟨𝐵|𝑀
̂
̂ |𝑧𝐴⟩ = 𝑧𝑀
𝑀 ̂ |𝐴⟩
̂ = 𝑧⟨𝐵|𝑀
⟨𝑧𝐵|𝑀 ̂
̂ |𝐴⟩ = 𝑀
𝑀 ̂ ∑ 𝛼𝑗 |𝑒𝑗 ⟩
𝑗
̂ |𝐴⟩ = ∑ 𝛼𝑗 𝑀
𝑀 ̂ |𝑒𝑗 ⟩ = ∑ 𝛽𝑗 |𝑒𝑗 ⟩
𝑗 𝑗
̂ |𝑒𝑗 ⟩
𝛽𝑘 = ∑ 𝛼𝑗 ⟨𝑒𝑘 |𝑀
𝑗
̂ |𝑒𝑗 ⟩, teremos:
Se abreviarmos 𝑚𝑘𝑗 = ⟨𝑒𝑘 |𝑀
𝛽𝑘 = ∑ 𝑚𝑘𝑗 𝛼𝑗
𝑗
̂ = ⟨𝐵| vem:
Analogamente, para ⟨𝐴|𝑀
Autovetores e Autovalores
Para os operadores, existem certos vetores de estado, tal que o vetor de entrada é
igual ao vetor de saída. Isto é:
̂ |𝜆⟩ = 𝜆|𝜆⟩
𝑀
̂ = (0 −1)
𝑀
1 0
̂ |𝜆⟩ = 𝜆|𝜆⟩ → (𝑀
𝑀 ̂ − 𝜆𝕀)|𝜆⟩ = 0
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0 −1 𝜆 0 |𝜆⟩
[( )−( )] =0
1 0 0 𝜆
−𝜆 −1 |𝜆⟩
( ) =0
1 −𝜆
−𝜆 −1
Para qualquer |𝜆⟩ ≠ 0, temos que det ( ) = 0. Assim, temos:
1 −𝜆
𝜆1 = 𝑖
𝜆2 + 1 = 0 → {
𝜆2 = −𝑖
𝛼1
Seja |𝜆⟩ = (𝛼 ), para 𝜆1 = 𝑖, vem:
2
−𝑖 −1 𝛼1 0 −𝑖𝛼1 − 𝛼2 = 0
( ) (𝛼 ) = ( ) → {
1 −𝑖 2 0 𝛼1 − 𝑖𝛼2 = 0
|𝜆1 ⟩ = 𝑘 ( 𝑖 )
1
𝑖 −1 𝛼1 0 𝑖𝛼 − 𝛼2 = 0
( ) (𝛼 ) = ( ) → { 1
1 𝑖 2 0 𝛼1 + 𝑖𝛼2 = 0
Novamente, as duas equações são LD (multiplique a segunda por 𝑖). Assim, temos
que 𝛼1 = −𝑖𝛼2 . Ou seja,
|𝜆2 ⟩ = 𝑘 (1)
𝑖
Operadores Hermitianos
̂ , tal que 𝑀
Seja um operador linear 𝑀 ̂ |𝐴⟩ = |𝐵⟩, teremos o conjugado:
̂ † = ⟨𝐵|
⟨𝐴|𝑀
∗ 𝑇
̂ † = ((𝑀
Onde 𝑀 ̂ ) ) é o conjugado Hermitiano do operador 𝑀
̂.
̂ =𝑀
𝑀 ̂†
̂ dada por:
Seja a autoequação de 𝑀
̂ |𝜆⟩ = 𝜆|𝜆⟩
𝑀
̂ † = ⟨𝜆|𝜆∗
⟨𝜆|𝑀
̂† = 𝑀
Sendo Hermitiano, 𝑀 ̂ , então:
̂ = ⟨𝜆|𝜆∗
⟨𝜆|𝑀
̂ |𝜆⟩ = 𝜆⟨𝜆|𝜆⟩
⟨𝜆|𝑀
{
⟨𝜆|𝑀̂ |𝜆⟩ = 𝜆∗ ⟨𝜆|𝜆⟩
Para ser verdade, temos que 𝜆 = 𝜆∗. Ou seja, um número complexo é igual ao seu
conjugado. Em consequência disso, 𝜆 deve ser real. Portanto, todo operador Hermitiano
possui apenas autovalores reais.
𝐿̂|𝜆1 ⟩ = 𝜆1 |𝜆1 ⟩
{
𝐿̂|𝜆2 ⟩ = 𝜆2 |𝜆2 ⟩
𝐿̂|𝜆1 ⟩ = 𝜆|𝜆1 ⟩
{
𝐿̂|𝜆2 ⟩ = 𝜆|𝜆2 ⟩
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𝐿̂|𝐴⟩ = 𝜆|𝐴⟩
Procedimento de Gram-Schmidt
Sejam dois estados |𝜆1 ⟩ e |𝜆2 ⟩ não ortogonais, podemos sempre escolher outros
estados que sejam ortogonais. Por exemplo, fixando |𝜆1 ⟩, o vetor |𝜆2⊥ ⟩ = |𝜆2 ⟩ −
⟨𝜆1 |𝜆2 ⟩|𝜆1 ⟩ é ortogonal a |𝜆1 ⟩. Fazendo ⟨𝜆1 |𝜆2⊥ ⟩, teremos:
⟨𝜆1 |𝜆2⊥ ⟩ = 0
Produto Externo
Da mesma forma que definimos o produto interno entre dois vetores, podemos
também definir o produto externo entre |𝐴⟩ e |𝐵⟩, tal que:
(|𝐴⟩)(⟨𝐵|) = |𝐴⟩⟨𝐵|
Além disso, podemos relacionar o produto externo com o produto interno de tal
maneira que:
(|𝐴⟩⟨𝐵|)|𝐶⟩ ≡ |𝐴⟩⟨𝐵|𝐶⟩
Ou ainda,
⟨𝐶|(|𝐴⟩⟨𝐵|) ≡ ⟨𝐶|𝐴⟩⟨𝐵|
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Note que este vetor é paralelo a |𝐴⟩. Ou seja, ele projetou o vetor |𝐵⟩ na direção |𝐴⟩.
𝐼̂ = ∑|𝑒𝑗 ⟩⟨𝑒𝑗 |
𝑗
Demonstração:
Matriz Densidade
Suponha que existam dois estados possíveis, |𝐴⟩ e |𝐵⟩, para um observável 𝐿̂. Se a
probabilidade de se medir este observável for igual (50% ou 1/2) nos dois estados,
então o valor esperado será:
1 1
⟨𝐿̂⟩ = 𝑇𝑟(|𝐴⟩⟨𝐴|𝐿̂) + 𝑇𝑟(|𝐵⟩⟨𝐵|𝐿̂)
2 2
1 1
𝜌̂ = |𝐴⟩⟨𝐴| + |𝐵⟩⟨𝐵|
2 2
𝜌̂ = ∑ 𝑃𝑗 |𝐴𝑗 ⟩⟨𝐴𝑗 |
𝑗
Se existir apenas um estado possível (𝑁 = 1), dizemos que o estado é puro. Caso
contrário, a matriz densidade representa um estado misto.
⟨𝐿̂⟩ = 𝑇𝑟(𝜌̂𝐿̂)
𝜌𝑎,𝑎′ = ⟨𝑎|𝜌̂|𝑎′ ⟩