Você está na página 1de 13

Cópia não autorizada

FEV 1993 NBR 12780


Aplicação de revestimento de esmalte
de alcatrão-de-hulha em tubos e peças
ABNT-Associação
Brasileira de
de aço para condução de água
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA
Procedimento

Origem: Projeto 01:202.09-021/1991


CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-01:202.09 - Comissão de Estudo de Produtos Tubulares de Aço
NBR 12780 - Application of coal-tar enamel coating and lining of steel pipes and
fittings for water ways - Procedure
Descriptors: Coating. Pipes. Fittings
Copyright © 1990,
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 29.04.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Revestimento. Tubo de aço 13 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO NBR 5698 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado -


1 Objetivo Determinação da espessura - Método de ensaio
2 Documentos complementares
3 Definições NBR 5699 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado -
4 Condições gerais Determinação da massa - Método de ensaio
5 Condições específicas
NBR 5700 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado -
6 Inspeção
Determinação da resistência à flexibilidade - Método
ANEXO A - Recomendações sobre tipos e usos de
de ensaio
revestimentos betuminosos
ANEXO B - Dados complementares à NBR 11745 de NBR 5701 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado -
solução de imprimação, esmalte de Determinação da resistência à tração - Método de
alcatrão-de-hulha e envoltório de reforço ensaio
ANEXO C - Dados complementares à NBR 11745 de
envoltórios de proteção NBR 5702 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado e
ANEXO D - Manuseio, estocagem, transporte e impregnado com material asfáltico - Determinação
preservação de tubos e peças especiais da absorção de água - Método de ensaio

NBR 5703 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado -


1 Objetivo Determinação da resistência ao rasgamento trape-
zoidal - Método de ensaio
Esta Norma fixa as condições exigíveis para aplicação e
fornecimento de revestimento de esmalte de alcatrão-de- NBR 7348 - Limpeza de superfícies de aço com jato
hulha, interna e/ou externamente, em tubos e em peças abrasivo - Procedimento
especiais de aço-carbono destinados à condução de NBR 8621 - Tintas - Determinação do volume dos
água, enterrados. sólidos - Método de ensaio

2 Documentos complementares NBR 11341 - Produto de petróleo - Determinação dos


pontos de fulgor e de combustão (vaso aberto Cleve-
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: land) - Método de ensaio

NBR 5697 - Véu de fibra de vidro tipo reforçado - NBR 11745 - Materiais de base de alcatrão-de-hulha
Determinação da porcentagem de material asfáltico empregados em revestimento de tubos de aço para
de impregnação - Método de ensaio condução de água de abastecimento - Especificação
Cópia não autorizada
2 NBR 12780/1993

ASTM D-71 - Density of solid pitch and asphalt d) tipos de extremidade;


(desplacement method) test for
e) tipo de revestimento externo (conforme Anexos A
ASTM D-146 - Felted and woven fabrics saturated e B);
with bituminous substances for use in waterproofing
and roofing, sampling and testing f) tipo de envoltório de proteção, se aplicável (con-
forme Anexo C);
ASTM D-1200 - Viscosity of paints, varnishes and
lacquers by ford - viscosity cup, test for g) com prim ento das extrem idades não-revestidas pa-
ra juntas soldadas.
ASTM D-1640 - Drying, curing, or film formation of
organic coatings at room temperature, test for 4.4 Materiais

ASTM D-2697 - Volume nonvolatile matter in clear or Os materiais do revestimento devem ser os constantes na
pigmented coatings, test for NBR 11745, complementados pelos Anexos A, B e C.

AWWA C-203 - Coal-tar enamel protective coating for 4.5 Preparo da superfície
steel water pipelint enamel and tape-hot-applied
Os tubos e as peças especiais sujeitos a revestimento
3 Definições devem estar com as superfícies preparadas de acordo
com a NBR 7348.
Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini-
dos em 3.1 e na NBR 11745. 4.5.1 O grau de preparação da superfície por revestir deve
ser superior a Sa.2, conforme NBR 7348, após processo
3.1 Caldeira de jateamento abrasivo.

Recipiente destinado ao aquecimento do esmalte de al- 4.6 Aplicação da solução de imprimação


catrão-de-hulha, dotado de dispositivo de agitação me-
cânica para homogeneização, tampas e termômetros. Os revestimentos de tubos e de peças especiais devem
ser aplicados conforme os requisitos exigidos por esta
4 Condições gerais Norma, como indicados em 4.6.1 a 4.6.5.

4.1 Local de aplicação 4.6.1 Após a preparação das superfícies, enquanto forem
mantidas as condições previstas em 4.5.1, é aplicada
O revestimento tratado nesta Norma é aplicado, de uma camada de solução de imprimação, obedecendo às
preferência, em local de trabalho coberto. instruções do seu fabricante.

4.2 Limite de aplicação em tubos e peças especiais 4.6.2 A espessura da solução de imprimação, após sua
aplicação, deve ser uniforme em toda a superfície im-
Para tubos e peças especiais, a aplicação de revestimen- primada e deve ser livre de irregularidades, tais como bo-
to interno deve ser limitada a diâmetros nominais iguais ou lhas, partículas grossas, etc. Pequenas bolhas são per-
maiores que DN-800. missíveis, desde que não comprometam a aderência.

4.2.1 Os tubos e peças especiais com diâmetros nominais 4.6.3 Quando a solução for aplicada em tubo com costu-
inferiores a DN-800 podem ser revestidos internamente, ra, a região dos esforços de solda deve ser retocada
desde que as extremidades para acoplamento sejam: manualmente, se necessário, para remoção do excesso
de solução aplicada nos ângulos do cordão, bem como
a) com flanges; para reparar possíveis falhas.

b) com acoplamento mecânico; 4.6.4 Escorrimento ou respingos secos devem ser elimi-
nados e nova aplicação de solução de imprimação deve
c) com junta soldada m ediante acordo entre com pra- ser dada nos locais afetados.
dor e fabricante.
4.6.5 Antes de aplicar o revestimento de base de alcatrão-
4.3 Modo de fazer a encomenda de-hulha, verificar se a camada de solução de imprima-
ção está seca.
Para a aplicação do revestimento de cada tubo e cada
peça especial, o comprador deve fornecer ao fabricante a Nota: Devem ser sempre cumpridas as instruções fornecidas pe-
relação de todos eles, incluindo para cada um os seguin- lo fabricante da solução de imprimação quanto ao tempo
tes dados: mínimo e máximo de secagem.

a) número desta Norma; 4.7 Aplicação do esmalte

b) designação normalizada de peças especiais; 4.7.1 Carregamento e operação da caldeira

c) dimensões principais, tais como diâmetros nomi- 4.7.1.1 O esmalte de alcatrão-de-hulha, sob a forma em
nais, comprimento, etc.; que é recebido - no seu estado sólido - deve ser cortado
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 3

em pedaços de tamanho conveniente ao sistema de 4.8 Manuseio, estocagem, transporte e preservação


aquecimento da caldeira. dos tubos e peças especiais

4.7.1.2 Colocado na caldeira, o esmalte de alcatrão-de- Ver Anexo D.


hulha deve ser aquecido, lenta e gradativamente, até
atingir a faixa de temperatura de aplicação recomendada 5 Condições específicas
pelo fabricante do esmalte.
5.1 Tipos de revestimento
4.7.1.3 O termômetro da caldeira deve ser:
Os tipos de revestimento e as espessuras interna e ex-
a) de fácil acesso e de fácil leitura, de precisão com- terna estão citados no Anexo A.
patível com as faixas de temperatura de aqueci-
mento permitidas e recomendadas pelo fabrican- 5.2 Condições ambientais
te do esmalte;
A umidade relativa do ar no local do preparo da superfície
b) periodicamente aferido; e das aplicações da solução de imprimação e do esmalte
não deve exceder 85%. Admite-se que a aplicação des-
c) instalado próximo à bica de vazamento e imerso tes materiais possa ser feita com umidade relativa do ar
totalmente no esmalte. entre 85% a 95%, desde que seja satisfeita uma das
seguintes condições:
4.7.1.4 Pode ser utilizado controle termostático de aque-
cimento na caldeira, porém não é obrigatório. a) a temperatura do substrato esteja 3°C acima da
temperatura de ponto de orvalho;
4.7.1.5 A caldeira deve ser cuidadosamente limpa e todos
os traços de óleo, material coqueificado e outros mate- b) que a peça especial ou o tubo seja preaquecido
riais estranhos devem ser removidos, de modo que não se entre 45°C e 50°C;
comprometa a qualidade do revestimento ou a eficiência
térmica do equipamento. c) que o local onde é executado o serviço esteja com
umidade relativa, artificialmente, inferior a 85%.
4.7.1.6 Carregada a caldeira com o esmalte em pedaços,
Nota: Em local de trabalho coberto não é necessário o
fechar a tampa e aquecer lentamente até que haja fusão controle da umidade relativa do ar para a aplica-
do esmalte no fundo da caldeira. Neste ponto, deve ser ção do esmalte.
acionado o agitador mecânico e o aquecimento deve
ser gradualmente aumentado até fundir aproximadamen- 5.3 Aplicação dos revestimentos
te a metade da carga da caldeira. Deve-se então forne-
cer calor total até atingir a faixa de temperatura de apli- 5.3.1 Tanto o revestimento interno quanto o externo po-
cação. dem ser aplicados por:

Nota: Em nenhuma hipótese, o esmalte de alcatrão-de-hulha a) pincel;


deve superar a temperatura máxima recomendada pelo
fabricante. b) despejamento;

4.7.1.7 Caso ocorra alguma demora na aplicação do es- c) centrifugação (somente revestimento interno).
malte, a temperatura da carga deve ser mantida por volta
de 55°C abaixo da temperatura de aplicação. Quanto ao 5.3.1.1 Aplicação por pincel
reaquecimento do esmalte, tomar especial cuidado para
que ele seja levado novamente à temperatura de aplica- Consiste na aplicação do revestimento por pincel cons-
ção antes de sua utilização. tituído de fibras de tampico ou outro material similar e pro-
vido de cabo de madeira. Para essa finalidade deve ser
4.7.1.8 Todo esmalte aquecido à temperatura de aplica- utilizado balde ou outro recipiente, de preferência reves-
ção e não utilizado deve ser colocado em recipientes tido com material isolante refratário. O método deve ser
limpos e pode ser reempregado, desde que tenha sido conforme o descrito a seguir:
conservado puro e livre de qualquer contaminação.
a) da caldeira, retirar uma quantidade de esmalte de
4.7.1.9 A quantidade máxima de esmalte a reutilizar deve alcatrão-de-hulha, colocando-a em balde ou outro
ser de 10% da nova carga da caldeira. recipiente, mantendo-se a temperatura de apli-
cação;
4.7.2 Revestimento interno
b) em seguida, mergulhar o pincel no esmalte, retirar
O esmalte de alcatrão-de-hulha deve ser aplicado no in- o excesso e pincelar na superfície distribuindo
terior dos tubos e das peças especiais, como descrito no uma camada até atingir a espessura especificada.
Anexo A, através de métodos convencionais. Caso a espessura seja suficiente, aplicar nova
demão cruzada sobre a camada anterior.
4.7.3 Revestimento externo
5.3.1.2 Aplicação por despejamento
O revestimento externo dos tubos e das peças especiais
consiste na aplicação, na sua superfície externa, de um Consiste na aplicação do esmalte de alcatrão-de-hulha,
dos sistemas descritos no Anexo A. utilizando-se uma concha vertedora. O tubo ou a peça
Cópia não autorizada
4 NBR 12780/1993

especial deve, preferencialmente, ser colocado sobre po- no comprimento total do tubo. A orla vertedora da calha
sicionadores dotados de movimento de rotação. O méto- deve ser reta e uniforme.
do de aplicação deve ser conforme o descrito a seguir:
5.4.1.1.3 O esmalte deve ser mantido na temperatura de
a) retirar da caldeira a quantidade de esmalte de al- aplicação até ser vertido e não deve ser vertido das calhas
catrão-de-hulha necessária a aplicação, colocan- antes que o tubo atinja a máxima velocidade de rotação.
do-a em balde ou em outro recipiente, de prefe-
rência com isolação térmica; 5.4.1.1.4 O esmalte deve ser vertido da calha de tal modo
que se distribua uniformemente pelo tubo inteiro.
b) do recipiente ou do balde é retirado o esmalte com
uma concha vertedora e despejado na área que é 5.4.1.1.5 Todo o excesso de esmalte de alcatrão-de-hulha
revestida. Esta operação deve ser repetida quan- remanescente na calha, após cada aplicação de reves-
tas vezes forem necessárias, observando-se que timento, deve ser removido e a calha mantida limpa para
deve haver superposição entre as camadas adja- o seu novo uso.
centes;
5.4.1.2 Método do tubo retrátil
c) o eventual excesso de esmalte, resultante da su-
perposição da camada da união da emenda, deve 5.4.1.2.1 O tubo deve girar sobre rodas recobertas de
ser removido; borracha ou sobre rodas de outro material que não provo-
que danos na sua superfície.
d) o aspecto final do revestimento deve ser livre de ru-
gas, escorrimentos, bolhas ou depressões. 5.4.1.2.2 O esmalte, na sua temperatura de aplicação, é
introduzido no tubo em rotação, por meio de tubo retrátil
Notas: a) Na aplicação do revestimento tanto por pincel de alimentação ou de vertedor de alimentação ou de
como por despejamento, as extremidades dos vertedor móvel cuja borda vertente seja paralela ao eixo
tubos ou das peças especiais devem estar isen- longitudinal do tubo.
tas de esmalte, e o comprimento da parte não
revestida, interna e externamente, deve ser 5.4.1.2.3 O elemento de descarga deve deslocar-se por
determinado pelo comprador. todo o comprimento do tubo.
b) Os métodos de aplicação citados em 5.3.1.2 5.4.1.2.4 A velocidade de deslocamento do vertedor deve
servem para revestimentos internos e exter-
ser coordenada com a velocidade de rotação do tubo pa-
nos.
ra assegurar aplicação completa e uniforme do esmalte
fundido.
5.3.2 Qualquer que seja o método de revestimento, devem
ser observados os seguintes cuidados:
5.4.1.2.5 A cada parada do processo de aplicação do
esmalte de alcatrão-de-hulha, devem ser tomadas
a) deve haver com patibilidade entre a solução de im -
precauções para impedir contaminações do esmalte a
primação e o esmalte de alcatrão-de-hulha;
utilizar no reinício da sua aplicação.
b) ambos devem ser provenientes do mesmo forne-
Nota: Qualquer que seja o processo de espalhamento do esmal-
cedor; te sobre o tubo, este deve manter-se em movimento gira-
tório, e a camada final do revestimento obtida para o
c) em nenhuma hipótese pode ser aplicado fogo dire- esmalte deve ter espessura uniforme.
to sobre o revestimento.
5.5 Revestimento externo
5.4 Revestimento interno
Aplicação de envoltórios de reforço e de envoltórios de
5.4.1 Aplicação por centrifugação proteção externa do tubo.

O processo de aplicação por centrifugação do esmalte de 5.5.1 O envoltório de reforço deve atender ao que segue:
alcatrão-de-hulha na superfície interna do tubo deve ser
com o emprego da calha ou do tubo retrátil. Qualquer que a) deve ser aplicado simultaneamente com o esmalte
seja o método, o tubo deve girar com velocidade unifor- de alcatrão-de-hulha, fazendo parte integrante do
me para conferir superfície final de revestimento lisa e revestimento, com a finalidade de propiciar
lustrosa, bem como espessura uniforme. O revestimento estruturação mecânica a este;
final deve ser livre de rugas, escorrimentos, bolhas ou
depressões. b) o envoltório de reforço entre camadas deve ser
aplicado de forma que fique intimamente ligado ao
5.4.1.1 Método da calha esmalte de alcatrão-de-hulha;

5.4.1.1.1 O tubo deve girar sobre rodas recobertas de c) qualquer que seja o envoltório especificado para o
borracha ou sobre rodas de outro material que não provo- reforço, a sua aplicação deve ser efetuada meca-
que danos na sua superfície e não permita que ele nicamente;
escorregue.
d) as bordas laterais no sentido do comprimento do
5.4.1.1.2 O esmalte na temperatura de aplicação é intro- envoltório, no processo de aplicação, devem se
duzido no tubo por uma calha vertedora que se estende sobrepor de acordo com a Tabela 1;
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 5

e) qualquer que seja o processo de aplicação me- 5.7 Pinturas de proteção


cânica do envoltório de reforço, deve haver enten-
dimento técnico constante entre o fabricante des- 5.7.1 Deve ser efetuada caiação, satisfazendo as seguintes
te e o do tubo. condições:

Tabela 1 - Sobreposição de envoltórios de reforço a) deve ser dada em toda a superfície externa do re-
vestimento final uma demão de cal, podendo ser
Diâmetro nominal do tubo Sobreposição mínima preparada conforme a NBR 11745;
(DN) (mm)
150 a 250 15 b) deve ser aderente ao revestimento e não deve cau-
sar-lhe danos durante a aplicação;
300 a 450 20
500 a maior 25 c) deve ser aplicada após o revestim ento ter sido ins-
pecionado quanto à existência de furos ou fissuras
5.5.2 O envoltório de proteção deve atender ao que se- pelo método de detector elétrico (holiday detector).
gue:
5.7.2 Outros tipos de pintura de cor branca que permitam
a) deve ser aplicado simultaneamente com o esmal- camada contínua, aprovados pelo comprador e que sa-
te de alcatrão-de-hulha, tendo como finalidade tisfaçam a 5.7.1-b) e 5.7.1-c), podem ser utilizados como
conferir proteção externa ao revestimento; substitutos da caiação citada em 5.7.1.

b) devem ser observadas as prescrições de 5.5.1-c) a 5.8 Reparos


5.5.1-e) para envoltório de reforço;
Todo revestimento defeituoso deve ser removido e a
c) a superfície do envoltório de proteção, após sua superfície limpa para iniciar o reparo como descrito em
aplicação, deve ser isenta de bolhas de ar, dobras, 5.8.1 a 5.8.6.
rugas e deve apresentar aderência ao longo de
toda a sua extensão. 5.8.1 O esmalte deve ser aquecido em caldeira e mantido
à temperatura de aplicação.
5.6 Extremidades dos tubos
5.8.2 Após a remoção do defeito devem ser aplicados o
5.6.1 Para juntas soldadas deve ser deixada uma faixa, em esmalte e os materiais necessários para reconstituição do
cada extremidade do tubo, interna e externamente, só revestimento original.
com a solução de imprimação, para que a operação de
soldagem de campo não danifique o revestimento, acar- 5.8.3 Reconstituído o revestimento, o acabamento deve
retando a sua remoção. Esta faixa deve ser especificada ser feito raspando-se os excessos.
pelo comprador, respeitada a largura mínima de 100 mm
em cada extremidade, conforme Tabela 2. 5.8.4 Os reparos de áreas inferiores ou iguais a 25 cm2 de-
vem receber a solução de imprimação, quando houver
Tabela 2 - Faixa não-revestida das prejuízos para o aço, e esmalte de alcatrão-de-hulha.
extremidades dos tubos
5.8.5 Defeito que atinja a camada imprimada ou tenha
Diâmetro nominal do tubo Sobreposição mínima área superior a 25 cm2 e inferior a 10% da área da peça
(DN) (mm) implica remoção e posterior raspagem e escovamento
até 750 100 desta camada, até a limpeza completa da superfície
defeituosa da peça, imprimação e aplicação dos mate-
800 a 1000 125 riais para reconstituição do revestimento original.
1050 a 1150 150
5.8.6 Defeito ou soma de defeitos cuja área seja superior
1200 a 1450 200 a 10% da superfície revestida implica necessidade de
1500 a 1750 250 remoção de todo o revestimento, de jateamento da peça
e de nova aplicação.
1800 a maior 300

Notas: a) Esta Tabela é apenas orientativa e leva em considera- 6 Inspeção


ção condições de fabricação e de montagem dos tu-
bos. 6.1 Exame com detector elétrico de falhas

b) O comprador deve considerar as condições de identifi- 6.1.1 Completada a operação de revestimento, o fornece-
cação dos tubos na faixa não-revestida (ver 4.3-g). dor deve também efetuar um exame com detector elétrico
de falhas (holiday detector) em todos os revestimentos
5.6.2 Na superfície externa das extremidades dos tubos aplicados ou reparados manualmente.
por unir no campo, por junta mecânica, deve ser deixada
uma faixa sem revestimento, mas só com a solução de 6.1.2 O equipamento elétrico usado para examinar o re-
imprimação, e em extensão suficiente e específica para vestimento na fábrica ou no campo deve ser um detector
cada tipo de junta. Na superfície interna, o revestimento de falhas de baixa corrente, de tensão ajustável e de tipo
deve estender-se por todo o comprimento. pulsante, empregando dispositivo de sinalização audível.
Cópia não autorizada
6 NBR 12780/1993

A potência primária de entrada não deve ser maior que rio, pode-se aquecer a lâmina para facilitar o corte. Em
20 W e a freqüência mínima de tensão deve ser de 20 Hz. seguida, levantar, por cerca de 20 mm, um dos extremos
da tira com a lâmina (assegurando-se que esta esteja em
6.1.3 A tensão operacional do detector deve ser determi- contato com o substrato) e tentar descolar o esmalte de
nada pelo processo descrito em 6.1.3.1 a 6.1.3.6. alcatrão-de-hulha, puxando a tira firme e vagarosamente
para cima em plano perpendicular ao substrato.
6.1.3.1 Selecionar uma região revestida que represente a
espessura máxima do revestimento. 6.2.2 Amostragem

6.1.3.2 Puncionar o revestimento com a ponta de uma fa- 6.2.2.1 Deve ser efetuado ensaio de aderência a cada pe-
ca, sovela, furador de gelo ou uma ferramenta pontiaguda ça especial ou tubo, desde que revestido manualmente.
similar.
6.2.2.2 Para tubos revestidos por processo automático,
6.1.3.3 Sobre a parte puncionada mover o eletrodo do de- deve ser feito ensaio de aderência nos três primeiros tu-
tector para frente e para trás e reduzir a tensão lentamen- bos e, após, em cada dez tubos ou em cada 300 m2 de
te até que o detector cesse de registrar a falha conhecida. revestimento, escolhendo-se o que ocorrer primeiramen-
te.
6.1.3.4 Colocar sobre a falha conhecida uma tira de en-
voltório de proteção seco, mover novamente o eletrodo do Nota: Devem ser consideradas a área interna para o ensaio de
detector para frente e para trás, aumentar vagarosamen- aderência no revestimento interno, bem como a área ex-
terna para o ensaio de aderência no revestimento externo.
te a tensão até o detector começar a registrar a falha já
conhecida situada sob o envoltório de proteção.
6.2.2.3 Caso não seja satisfatório o ensaio de aderência
(ver 6.2.3.1) para um tubo, devem ser detectados e sepa-
6.1.3.5 Ajustada corretamente a tensão, o eletrodo deve
rados todos os tubos do lote amostrado; estes devem ser
ser passado, sobre as superfícies revestidas, uma vez só
avaliados quanto à aderência individualmente em ordem
à velocidade de 10 m/min a 20 m/min.
inversa à da fabricação, até a constatação de onde se
iniciou a falha; também devem receber a mesma avalia-
6.1.3.6 Quaisquer falhas ou áreas falhadas são indicadas
ção os tubos seguintes ao tubo-amostra, até que a ade-
por uma faísca elétrica entre o eletrodo e a superfície me-
rência se mostre satisfatória.
tálica. Todas as falhas ou áreas falhadas devem ser mar-
cadas com giz ou lápis-estaca e reparadas. Efetuados os
6.2.3 Critério de aceitação
reparos, as áreas devem ser novamente inspecionadas
com o detector elétrico.
6.2.3.1 A aderência é dita satisfatória se o comprimento de
tira deslocada não for maior que a distância entre os cor-
Notas: a) A tensão operacional do detector não deve em nenhum
caso exceder 15000 V. tes (20mm) antes que o esmalte se rompa.

b) A tensão do detector deve ser ajustada não menos que 6.2.3.2 Caso o comprimento da tira deslocada seja maior
duas vezes por jornada de trabalho, sendo obrigatórios que a distância entre os cortes (20 mm), o ensaio falhou e
ajustes no início e, levando-se em conta as influências dois outros devem ser efetuados em áreas diferentes do
de variações de temperatura e de umidade relativa, no mesmo tubo ou peça especial, obedecendo a um período
meio da jornada. mínimo de 24 h após ter sido efetuado o revestimento.

6.2 Ensaio de aderência 6.2.3.3 Caso os dois ensaios adicionais citados em


6.2.3.2 sejam satisfatórios, o revestimento é aprovado. Se
Este ensaio tem por finalidade verificar a aderência da so- qualquer um destes dois ensaios adicionais falhar, o re-
lução de imprimação e do esmalte (sistema de revesti- vestimento é recusado.
mento) em tubos e em peças especiais revestidas. A tem-
peratura da superfície do revestimento (interno e externo), 6.2.3.4 Em cada tubo ou em peça especial não deve ser
para execução deste ensaio, deve estar entre 10°C e feito mais do que um ensaio nos revestimentos interno e
25°C, medida com termômetro de superfície de leitura externo, exclusive nos casos previstos em 6.2.3.2.
imediata. Caso as temperaturas não estejam nesta faixa,
deve ser derramada água fria ou quente na área escolhida 6.2.3.5 Concluídos os ensaios, devem-se reparar as
para a inspeção, com a finalidade de ajustar a tempera- áreas em que eles foram efetuados.
tura àqueles valores.
6.3 Espessura de revestimento
6.2.1 Execução
6.3.1 Medição
6.2.1.1 O ensaio de aderência deve ser realizado, prefe-
rencialmente, 24h após a superfície ter sido revestida, ou 6.3.1.1 Deve-se medir a espessura do revestimento por
em período menor, a critério do fabricante. peça especial ou tubo, desde que revestido manualmen-
te.
6.2.1.2 Na área escolhida para a verificação, devem ser
feitos dois cortes paralelos distanciados entre si aproxi- 6.3.1.2 Para tubos revestidos por processo automático,
madamente 20 mm e numa extensão de 100 mm. Estes devem ser efetuadas ao menos três medições de espes-
cortes devem ser feitos com uma lâmina fina e rígida até sura do revestimento, ao longo do comprimento do tubo,
atingir o substrato em toda a sua extensão. Se necessá- nos três primeiros tubos, e, após, em cada dez tubos ou
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 7

em cada 300 m2 de revestimento, escolhendo-se o que em ordem inversa à da fabricação, até a constatação de
ocorrer primeiramente. onde se iniciou a falha; também devem receber a mesma
avaliação os tubos seguintes ao tubo-amostra, até que a
Nota: Devem ser consideradas a área interna para a medição espessura se mostre satisfatória.
da espessura no revestimento interno, bem como a área
externa para a medição da espessura no revestimento 6.3.2 Critério de aceitação
externo.
A espessura é dita satisfatória se seu valor atender ao de-
6.3.1.3 Caso não seja satisfatória a medição de espessura finido no Anexo A.
(ver 6.3.2) para determinado tubo, devem ser detectados
e separados todos os tubos do lote amostrado; estes de- Nota: Concluídas as medições da espessura, devem se reparar
vem ser avaliados quanto à espessura individualmente as áreas em que elas foram efetuadas.

/ANEXO A
Cópia não autorizada
8 NBR 12780/1993
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 9

ANEXO A - Recomendações sobre tipos e usos de revestimentos betuminosos

Nota: Ver Anexos B e C para os materiais indicados neste Ane- cados em trechos enterrados com resistividade inferior a
xo (exceto para pintura de proteção, cujas características 5000Ω.cm) e subdivide-se em dois sistemas:
se encontram em 5.7).
a) sistema IV:
A-1 Revestimento externo simples de tubos
- demão de solução de imprimação;
O revestimento externo tipo simples é recomendado para
locais não agressivos ou de baixa agressividade e tubu- - camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
lações de aço (aplicadas em trechos enterrados com re-
sistividade superior a 5000 Ω.cm) e subdivide-se em três - aplicação de envoltório de reforço;
sistemas:
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
a) sistema I:
- aplicação de envoltório de reforço;
- demão de solução de imprimação;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
- pintura de proteção;
- aplicação de envoltório de reforço;
Nota: A espessura total do revestimento não deve ser
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha; inferior a 2,5 mm nem superior a 6,0 mm.

- pintura de proteção. b) sistema V:

Nota: A espessura total do revestimento não deve ser - demão de solução de imprimação;
inferior a 1,5 mm nem superior a 4,0 mm.
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
b) sistema II:
- aplicação de envoltório de reforço;
- demão de solução de imprimação;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
- aplicação de envoltório de reforço;
- aplicação de envoltório de proteção;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;
- pintura de proteção.
- aplicação de envoltório de proteção;
Nota: A espessura total do revestimento não deve ser
inferior a 2,2 mm nem superior a 4,5 mm.
- pintura de proteção.
c) sistema III:
Nota: A espessura total do revestimento não deve ser
inferior a 3,0 mm nem superior a 6,5 mm.
- demão de solução de imprimação;

- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;


A-3 Revestimento interno de tubos

O revestimento interno dos tubos consta de:


- aplicação de envoltório de reforço;
a) demão de solução de imprimação;
- camada de esmalte de alcatrão-de-hulha;

- aplicação de envoltório de proteção; b) cam ada de esm alte de alcatrão-de-hulha de espes-


sura mínima de 1,5 mm e máxima de 4,0 mm.
- pintura de proteção.
A-4 Revestimento interno e/ou externo de peças
Nota: A espessura total do revestimento não deve ser especiais
inferior a 2,2 mm nem superior a 5,0 mm.
Devem ser mantidas as espessuras mínimas especifica-
A-2 Revestimento externo duplo de tubos das para os diversos sistemas indicados para o revesti-
mento de tubos (ver A-1, A-2 e A-3). As espessuras máxi-
O tipo duplo de revestimento é recomendado para locais mas devem ser definidas mediante acordo entre o com-
reconhecidamente agressivos a tubulações de aço (apli- prador e o aplicador do revestimento.

/ANEXO B
Cópia não autorizada
10 NBR 12780/1993

ANEXO B - Dados complementares à NBR 11745 de solução de imprimação,


esmalte de alcatrão-de-hulha e envoltório de reforço

B-1 Solução de imprimação B-2 Esmalte de alcatrão-de-hulha

O esmalte de alcatrão-de-hulha deve atender ao prescri-


A solução de imprimação deve atender ao prescrito na to na NBR 11745, exceto no que tange ao requisito de
NBR 11745 e no Anexo B (B-1.1 a B-1.4). aderência, que deve ser 10 mm tanto para aquecimen-
to inicial quanto para aquecimento a 70°C, conforme
B-1.1 Deve apresentar estabilidade à armazenagem em NBR 11745.
embalagem fechada, que permita sua utilização até seis
meses da data de fabricação; deve ser armazenada em B-3 Envoltório de reforço
temperatura inferior a 40°C.
O envoltório de reforço deve atender ao prescrito na
NBR 11745 e no Anexo B (B-3.1 e B-3.2).
B-1.2 A embalagem deve ser provida de agitador e a
solução deve ser agitada a cada 15 dias. B-3.1 Deve ser fornecido em rolos ou em bobinas com
120 m ou 240 m de comprimento e com qualquer das
seguintes larguras: 50 mm, 100 mm, 150 mm, 230 mm,
B-1.3 Admite-se a revalidação do prazo de utilização por
dois períodos adicionais de três meses, mediante repeti- 300 mm e 460 mm. Admite-se para a largura a tolerância
ção e aprovação prévia dos ensaios executados por de + 5 mm.
ocasião do fornecimento.
B-3.2 O diâmetro interno da bucha ou do tubo de pape-
lão sobre o qual é enrolado o material deve ser definido
B-1.4 O material deve ser fornecido de acordo com os mediante acordo prévio entre o aplicador do revestimento
requisitos da Tabela 3. e o fornecedor do envoltório.

Tabela 3 - Solução de imprimação

Características Método de ensaio Unidade Requisitos

Sólidos por peso (mín.) NBR 8621 % 40

Massa específica (mín.) ASTM D-71 g/cm 3 1.0

Viscosidade a 25°C copo Ford nº 4 (mín.) ASTM D-1200 seg. 25

Secagem ao toque (máx.) ASTM D-1640 min 60

Rendimento teórico (mín.) ASTM D-2697 m 2/L 08

Ponto de fulgor C.O.C. (mín.) NBR 11341 °C 23

/ANEXO C
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 11

ANEXO C - Dados complementares à NBR 11745 de envoltórios de proteção

Nota: Os envoltórios de proteção devem atender ao prescrito na C-1.3 O véu deve apresentar superfície homogênea e
NBR 11745 e no Anexo C (C-1.1 a C-1.6) uniforme, isenta de defeitos visíveis. Ao ser desenrolado a
uma temperatura ambiente de até 40°C, não deve
C-1 Véu de fibra de vidro, tipo reforçado e apresentar aderência entre as espiras.
impregnado
C-1.4 O material deve ser fornecido em rolos ou bobinas
C-1.1 O véu de fibra de vidro, tipo reforçado e impregna- com 120 m ou 240 m de comprimento e com qualquer das
do, além de cumprir o prescrito na NBR 11745, deve ser seguintes larguras: 100 mm, 150 mm, 230 mm e 460 mm.
impregnado com esmalte de alcatrão-de-hulha e revesti- Admite-se para a largura a tolerância de + 5 mm.
do com mica ou material equivalente.
C-1.5 O diâmetro interno da bucha do carretel ou do tubo
C-1.2 Os materiais de impregnação e de revestimento de papelão, sobre o qual é enrolado o material, deve ser
devem ser aplicados em espessura uniforme, em ambos definido mediante acordo prévio entre o aplicador do
os lados do véu de fibra de vidro, cobrindo-o até as revestimento e o fornecedor do envoltório.
margens. O material de revestimento que não estiver
aderido à superfície deve ser removido antes do acon- C-1.6 O véu de fibra de vidro, tipo reforçado e impregna-
dicionamento. do, deve atender aos requisitos da Tabela 4.

Tabela 4 - Véu de fibra de vidro reforçado impregnado

Características Método de ensaio Unidade Requisitos

Massa (mín) NBR 5699 g/cm 2 440

Espessura (mín.) NBR 5698 mm 0,75

Resistência ao rasgamento NBR 5703 N Longitudinal: 10


trapezoidal (mín.) Transversal: 20

Resistência à tração (mín.) NBR 5701 N/cm de Longitudinal: 30


largura Transversal: 15

Flexibilidade NBR 5700 – Satisfatória(A)

Impregnação (percentual da massa de


material extraível) (mín.) NBR 5697 % 65,0

Absorção de água (máx.) NBR 5702 % 0,5

(A)
Ausência de trincas, rachaduras ou rupturas.

C-2 Feltro de línter saturado de alcatrão-de-hulha cionado em invólucro apropriado que mantenha a inte-
gridade do material bobinado durante as operações de
O feltro de línter saturado deve atender ao prescrito na manuseio, de transporte e de armazenamento.
NBR 11745, nas disposições gerais desta Norma (ver 4.5,
4.7 a 4.10) e no Anexo C (C-2.1 a C-2.7).
C-2.5 O comprimento mínimo dos rolos ou bobinas deve
C-2.1 Deve ter aspecto homogêneo e não apresentar fa- ser de 120 m ou 240 m e a sua largura pode ser de 50 mm,
lhas visíveis tais como rasgos e falta de saturação, nem 100 mm, 150 mm, 230 mm, 300 mm e 460 mm. Admite-se
outros defeitos que possam comprometer a sua integri- para a largura a tolerância de + 5mm.
dade estrutural.
C-2.6 O diâmetro interno da bucha ou do tubo de pape-
C-2.2 Ao ser desenrolado à temperatura ambiente até lão, sobre o qual o material é enrolado, deve ser definido
40°C, não deve apresentar aderência entre as espiras. mediante acordo prévio entre o aplicador do revestimen-
to e o fornecedor do envoltório.
C-2.3 Deve apresentar perfurações homogeneamente
espaçadas de 2,5 cm, formando losangos.
C-2.7 O feltro de línter saturado deve atender aos requisi-
C-2.4 Deve ser fornecido em rolos ou bobinas e acondi- tos da Tabela 5.
Cópia não autorizada
12 NBR 12780/1993

Tabela 5 - Feltro de línter saturado

Características Método de ensaio Unidade Requisitos

Massa (mín) ASTM D-146 g/m 2 500

Massa de feltro cru seco (mín.) ASTM D-146 g/m 2 250

Percentagem de saturação (mín.)


por diferença de massa ASTM D-146 % 100

(A)
Flexibilidade ASTM D-146 –

Resistência mínima à tração ASTM D-146 N/cm Longitudinal: 77,2


Transversal: 38,6

Espessura ASTM D-146 mm Mínimo: 0,5


Máximo: 0,8

(A)
Não deve apresentar trincas nem ranhuras.

C-3 Feltro de asbestos reforçado com fios de a) ser fornecido sob forma de bobinas e acondicio-
fibra de vidro, impregnado e perfurado nado em invólucro apropriado que mantenha a
integridade do material bobinado durante as
C-3.1 Este material deve ter o aspecto homogêneo e não operações de manuseio, de transporte e de ar-
deve apresentar danos visíveis como rasgos, falta de im- mazenamento;
pregnação, etc., que possam comprometer a sua inte-
gridade estrutural.
b) ter dimensões previamente estipuladas, mediante
C-3.2 Deve apresentar perfurações homogeneamente es- acordo prévio entre o comprador e o fabricante.
paçadas de 25 mm.

C-3.3 Com relação ao acondicionamento e dimensões, o C-3.4 Suas características devem obedecer ao prescrito
material deve atender às prescrições abaixo: na Tabela 6.

Tabela 6 - Feltro de asbestos reforçado com fio de fibra de vidro e impregnado

Características Método de ensaio Unidade Requisitos

Conteúdo inorgânico do feltro


não saturado (mín.) ASTM D-146 % 85

Massa ASTM D-146 g/m 2 580 - 750

Resistência à ruptura (mín.) longitudinal ASTM D-146 N/cm 43,6

Percentagem à ruptura (mín.) longitudinal ASTM D-146 % 18 - 28

Perda de massa por aquecimento (máx.) AWWA C-203 % 10

Flexibilidade (25oC) ASTM D-146 – Sem fissura

Espessura ASTM D-146 mm Mínimo: 0,5


Máximo: 0,8

/ANEXO D
Cópia não autorizada
NBR 12780/1993 13

ANEXO D - Manuseio, estocagem, transporte e preservação de tubos e peças especiais

D-1 Manuseio D-3 Transporte

D-1.1 O manuseio dos tubos e das peças especiais deve D-3.1 Todos os materiais necessários ao revestimento
ser feito de forma que evite danos mecânicos ao revesti- devem ser transportados de maneira que se evitem da-
mento e ao bisel. nos.

D-3.2 Durante o transporte, os tubos e as peças especiais


D-1.2 O manuseio dos tubos e das peças especiais re-
revestidos devem ser apoiados sobre suportes almofa-
vestidos durante as fases de carga, descarga, desfile e
dados, para que não se danifique o revestimento. Todas as
lançamento deve ser feito por meio de equipamentos de
correntes, cabos ou outros acessórios usados para fixar a
movimentação de cargas, balancins ou cintas com largu-
carga devem ser cuidadosamente almofadados nos lo-
ra adequada fabricadas com borracha, plástico, couro ou
cais de contatos com os tubos.
lona, sem partes pontiagudas como parafusos ou rebi-
tes, de forma a não provocar danos no revestimento.
D-3.3 Os tubos devem ser separados de maneira que não
Admite-se que o manuseio seja feito por meio de cabos de se apoiem diretamente uns nos outros. Entre os tubos
aço, patolas ou corrente, desde que o apoio seja feito nas devem ser usados suportes almofadados.
extremidades não-revestidas e de forma a não danificar o
revestimento e o bisel. D-3.4 Toda carga deve ser fixada de modo que se impe-
ça o seu deslocamento em trânsito.
D-2 Estocagem
D-3.5 Nos tubos cuja relação diâmetro/espessura esteja
D.2.1 Todos os materiais necessários ao revestimento, acima de 120 devem ser instaladas cruzetas nas extre-
exceto o esmalte de alcatrão-de-hulha, devem ser arma- midades, com a finalidade de se evitar a ovalização.
zenados em local coberto, de maneira que se evitem
danos, longe de eventuais fontes de calor e umidade e D-4 Preservação
em sua embalagem original.
D-4.1 Quando houver perda da proteção do revestimen-
to, nos tubos e peças especiais em estoque, estes devem
D-2.2 Todos os materiais sujeitos à deterioração pelo
ser reparados.
tempo devem ser armazenados de tal forma que possam
ser utilizados primeiramente aqueles com maior tempo de
D-4.2 Periodicamente devem ser verificadas as condi-
armazenamento.
ções dos suportes almofadados quanto à possibilidade de
contato entre os tubos ou peças especiais revestidos.
D-2.3 Deve ser evitada a deposição de materiais estra-
nhos no interior dos tubos e das peças durante todo o pe- D-4.3 Caso haja contato entre os tubos ou peças espe-
ríodo de estocagem. ciais revestidos decorrente de danificação dos suportes
almofadados, estes devem ser removidos e trocados, de
D-2.4 Durante todo o período de estocagem, os tubos e as modo que se restabeleça o afastamento adequado.
peças especiais revestidos devem ser apoiados em su-
portes almofadados (espuma flexível de poliuretano, sa- D-4.4 Estando o revestimento danificado em conseqüên-
cos de palhas ou sacos de areia), com espaçamento en- cia de qualquer uma das fases de manuseio, de estoca-
tre suportes (para tubos) suficiente para evitar a danifi- gem e de transporte, ele deve ser reparado em confor-
cação do revestimento. midade com 5.8.

Você também pode gostar