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Candidíase

GRUPO: CLEIDE, JOYCE, LARISSA, MARINA,


MARIA APARECIDA,THAIZA E WILENE
O QUE É A CANDIDÍASE VAGINAL?
A candidíase vaginal é um desequilíbrio muito
comum, causada por um tipo de fungo que vive na
flora intestinal e vaginal. Esse fungo pode
apresentar-se de duas formas: levedura ou
filamentosa.

Quando em forma de levedura, não representa


doença, ou seja, está na forma benigna de conviver
em nosso organismo. Já na forma fila- mentosa (de
pseudo-hifas e hifas verdadeiras), se apresenta
como candidíase, causando sintomas como coceira,
ardência e corrimento. 80 a 90% das candidíases
são causadas pela espécie chamada Candida
albicans, sendo o restante por outras, que
chamamos de não-albicans.
O QUE FAZER NOS CASOS DE CANDIDÍASE
VULVOVAGINAL RECORRENTE?

Aproximadamente 5% das mulheres podem


desenvolver a infecção recorrente, que é definida
como mais de 4 episódios de candidíase em um ano.

Acandidíase de repetição pode ter diversos fatores


associados. Aqui listamos algumas coisas que
podemos evitar e algumas sugestões de mudanças
de estilo de vida que são importantes para conter a
infecção de repetição.
• Alimentação rica em leite e derivados, açúca- res e carboidratos - modificar para
dieta balanceado, diversificada e evitar alimentos
industrializados/ultraprocessados;

• Alergia/Irritação com preservativo de látex - é possível trocar por preservativo de


outro polímero, disponíveis em preservativos penianos e vaginais;

• Uso de antibióticos que interferem com os lactobacilos da nossa flora vaginal;

•Roupas justas, de látex, que permitam pouca ventilação - evitá-las, e em seu lugar
usar rou- pas frescas, calcinhas de algodão, evitar ab- sorvente de uso diário,
dormir sem calcinha, tomar sol na vulva;

•Qualquer coisa que o corpo entenda como estressor: pouco sono, exercício físico
extenu- ante, questões emocionais e da sexualidade em conflito. Buscar
autoconhecimento e cul- tivar estratégias para expressar sentimentos e emoções;
COMO SE MANIFESTA?
Ardência, coceira e secreção espessa, que pode ou não
conter grumos (como uma coalhada).
A mulher pode ter também desconforto para urinar e para
manter relação sexual, além de inchaço da vulva e vagina e
vermelhidão da região.

No exame físico pode-se visualizar o períneo (região entre


vagina e ânus) com pequenos cortes (fissuras).
Com o exame especular, é possível observar o interior da
vagina, que pode estar avermelhada e cheia de grumos
aderidos, como na imagem ao lado.
COMO DIAGNOSTICAR?
A grande maioria pode ser diagnosticada no exame físico durante a consulta
ou pela própria mulher na auto de observação.
No entanto, se mesmo após exame físico houver dúvida diagnóstica, é
possível que seja feita a observação direta da secreção vaginal em um
microscópios.
Tal observação pode ocorrer durante o atendimento nos locais onde há
material disponível e treinamento de profissionais no próprio consultório
(algo bastante raro nos serviços de saúde no Brasil). Caso contrário, pode
ser feita a coleta de material para cultura em laboratório.
QUAIS SÃO OS POSSÍVEIS TRATAMENTOS?
O tratamento consiste no alívio dos sintomas e na prevenção de novas crises.
É imprescindível que diante de um quadro que não melhorar ou mesmo se agrave
com medidas caseiras, que a pessoa com sintomas procure um serviço de saúde.

Para realizar a auto medicação, é importante saber reconhecer os sinais do próprio


corpo, avaliar quais estratégias são possíveis ao quadro apresentado, e entender
riscos e efeitos adversos das medicações.
A seguir listamos alguns possibilidades de tratamento naturais, de uso popular, cujo
benefício temos presenciado na prática cotidiana de nosso ambulatório.
• Camomila ou calêndula: fazer infusão com 1 colher de sopa de extrato seco de
camomila ou de calêndula para 200ml de água.
Coe o conteúdo e dilua em bacia com água morna, permaneça sentada com a vulva
totalmente imersa, por no mínimo 15 minutos. Promove alívio dos sintomas
irritativos, como coceira e ardor, e pode ser associado a outros cuidado;

• Babosa: uso intravaginal. Descascar a Aloe Vera, garantindo que toda a casca
verde e sua seiva amarelada sejam retiradas (pois são tóxicas), restando apenas o
gel transparente. Enxague-o bastante em água corrente.
Corte cubinhos de aproximadamente 2x2 cm, intro- duza na vagina à noite e retire o
excesso de manhã, repetir por 7 dias;

• Óleo de coco: alivia sintomas de coceira e aju- da a re-epitelizar a região (refazer


as células que foram descamadas). Passar uma colher de chá de óleo com os dedos
na vagina e vul- va após cuidados com solução de melaleuca ou bicarbonato.
É importante após cada tratamento repor os lactobacilos da vagina. Isso pode
ser feito com iogurte natural por 3-5 noites. Usar uma colher de chá de
qualquer iogurte natural sem sabor e sem adição de açúcar e passar por
dentro da vagina com o dedo ou aplicador de pomada vaginal. Retirar o
excesso no banho pela manhã.

A reposição de lactobacillus do intestino pode ser feita com consumo de


fermentados como kefir e kombucha ou ainda com cápsulas manipuladas de
Lactobacillus.

Observar como o corpo reage a cada tratamento natural. Se ocorrem efeitos


colaterais, como piora da ardência ou alteração da secreção, suspenda o
tratamento. Experimente um tratamento natural por vez.

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