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CICATRIZ DO PARTO VAGINAL

Se teve um parto vaginal, é possível que tenha sofrido uma laceração natural ou
uma episiotomia, o corte cirúrgico do períneo para alargar o espaço de saída do
bebé. É realizado um procedimento para “fechar” a lesão, através de uma sutura,
em que os pontos acabarão por cair espontaneamente, sem necessidade de retirá-
los. No entanto, se sofrer uma dor extrema nessa região, alguns dias após o parto
procure o seu médico.

Nos primeiros dias poderá sentir dor ou incómodo. Saiba o que pode fazer para
atenuar o desconforto:

 Evite ficar sentada por muitas horas seguidas e realizar esforços, enquanto o
períneo estiver em fase de cicatrização.

 Ao urinar, pode irrigar simultaneamente a região com água para que a urina
não entre em contacto com a cicatriz, provocando ardor. Após as dejeções,
lave com água e uma solução de Ph neutro, podendo secar com o secador do
cabelo (modo frio).

 Mantenha a região da sutura o mais seca e limpa possível, para evitar uma
possível infeção. Prefira pensos de algodão e renove frequentemente.

 Aplique gelo protegido durante 15 minutos, várias vezes ao dia, até não
sentir dor ou desconforto. Os chás para banhos de assento também aliviam
imenso o ardor e a comichão.

CICATRIZ DA CESARIANA

A cesariana é uma cirurgia abdominal profunda e, como tal, é normal sentir


dores ou desconforto nesta zona, devido à incisão e às contrações do útero.
Tenha os seguintes cuidados:
 Não faça esforços nem levante pesos (procure segurar o bebé quando estiver
sentada).

 Mantenha uma postura ligeiramente curvada nos primeiros dias, se lhe


proporcionar conforto (desta forma evita a tensão da pele). Prefira
amamentar deitada.

 Hidrate a área da sutura com um creme cicatrizante, depois de retirar os


pontos. A massagem da cicatriz deverá ser iniciada apenas depois das 6
semanas, quando os tecidos estiverem menos propensos a interromper a
cicatrização.

ABDÓMEN FLÁCIDO

A gravidez provoca o aumento do volume abdominal, que resulta na separação


dos músculos abdominais paralelos (que vão do peito à pélvis). Esta alteração
chama-se diástase abdominal e, por norma, desaparece ao fim de algumas
semanas após o nascimento do bebé.

No entanto, há casos em que o afastamento dos músculos permanece e, além de


ser uma questão estética, uma vez que o abdómen está visivelmente flácido,
pode provocar dores nas costas e, a longo prazo, maior probabilidade em sofrer
disfunções pélvicas.

Para reforçar a musculatura abdominal escolha fazer exercícios não muito


intensos. Por exemplo:

 Deite-se de lado ou de costas, sente-se ou fique em posição quadrúpede (“de


gatas”).

 Inspire e depois, ao expirar lentamente, contraia o períneo e a barriga em


direção à coluna, como se apertasse uma cinta com os seus músculos.

 Repita 8-12 vezes.


 Escolha várias posições para o fazer e depois pode experimentar fazê-lo
enquanto sobe os braços ou levanta as pernas.
HEMORROIDAS
Para si, que nunca teve hemorroidas, elas podem ser uma novidade. De facto, a
gravidez ou a força exercida durante o parto podem gerar hemorroidas.
Habitualmente dolorosas, podem ser internas ou externas, com ou sem
sangramento.

Se tiver este problema, tome nota do que deve fazer:

 Após as dejeções lave com água fria. Tente reverter a hemorroida com a
ajuda de um pouco de lubrificante e contraia os músculos do períneo para a
manter dentro do ânus.

 Aplique gelo protegido durante 15 minutos, várias vezes ao dia.

 Adote posições que aliviem o desconforto (por exemplo, deitada de lado


com uma almofada entre as pernas).

 Aplique e/ou tome os medicamentos indicados pelo seu obstetra.

INCONTINÊNCIA URINÁRIA

A perda involuntária de urina pode surgir após o parto devido à lesão da


musculatura perineal (exemplo: laceração a partir de grau II ou por uma
episiotomia).

É imprescindível uma reeducação muscular e a Fisioterapia Pélvica pode ajudar.


Poderá ser necessário aliviar zonas de tensão/dor, dar mobilidade à cicatriz, dar
função aos músculos.

Só depois o fortalecimento do pavimento pélvico está recomendado.


Experimente este exercício, que pode fazer de pé, sentada ou deitada:

 Contraia os músculos, imaginando que está a evitar a saída de um tampão,


trazendo-o para cima, durante 5 segundos.

 Relaxe completamente 10 segundos.

 Repita o exercício, até um total de 10 vezes.

 Para adequar melhor o treino dos seus músculos peça ajuda a um


fisioterapeuta pélvico.

Este é um período cheio de dúvidas e incertezas e não esqueça que qualquer dor
ou incómodo não devem ser desvalorizados. Mantenha o diálogo com o seu
médico, que irá ajudá-la a agir adequadamente.

Na Linha Médis tem também disponível uma equipa de enfermeiros que lhe dá


apoio clínico 24 horas por dia.
Este artigo foi preparado e validado com a colaboração de
Mariana Rosa
Fisioterapeuta, especialista em Saúde da Mulher
Fundadora do programa de pré e pós-parto Aquamãe no Estoril Wellness Center

Fontes utilizadas:

Serviço Nacional de Saúde | Farmácias Portuguesas | Serviço Nacional de

Saúde | CUF | CUF | CUF | Farmácias Portuguesas | Farmácias Portuguesas 

Resumo

O puerpério é o período de 6 semanas após o parto, onde o corpo da mulher se readapta de forma a voltar ao estado ante
Neste período é essencial que saiba reconhecer as alterações do seu organismo, nomeadamente ao nível do sistema repro
atividade sexual, contraceção pós-parto), musculatura abdominal e pélvica e trânsito intestinal (obstipação e hemorroide
lidar com esta fase e para se readaptar sem grandes sobressaltos.
Por fim, é muito importante estar alerta e saber reconhecer potenciais sinais de alarme que a devem fazer suspeitar que a
procurar ajuda médica.
Cuidados Pós-Parto

O que é o puerpério?

O puerpério é o período que se inicia imediatamente após o parto, e que se


prolonga durante as 6 semanas seguintes. Durante esse tempo, ocorre o
retorno dos órgãos reprodutivos e do restante organismo ao estado prévio à
gravidez, sendo uma fase repleta de alterações. Não seja impaciente consigo
mesma caso demore mais tempo a adaptar-se ou lhe seja exigido mais esforço
do que tinha imaginado.
Não é só o bebé que necessita de cuidados, a recém-mãe também, e não deve
ter vergonha de o admitir.

O que são os lóquios?

São perdas de sangue, muco e tecidos do interior do útero expulsos pela


vagina durante o puerpério. É normal a existência de corrimento vaginal, com
as seguintes características:
 Hemático (com sangue) – durante os primeiros dias;
 Sero-hemático (acastanhado, raiado de sangue) – 3º ao 10º dia;
 Seroso (amarelado/esbranquiçado) – a partir do 10º dia.
Geralmente, este corrimento tende a desaparecer até à 3ª semana após o
parto, mas pode demorar até 6 semanas.

Potenciais cicatrizes do pós-parto

Parto Normal – Episiotomia/Episiorrafia

A episiotomia é uma incisão feita no períneo para ajudar o bebé a nascer.


A episiorrafia é a sutura desse corte, deixando uma cicatriz. Os pontos caem
naturalmente entre o 7.º e o 10.º dia, sendo aconselháveis os seguintes
cuidados:
 Lavar a região com água corrente e morna;
 Usar sabão de pH fisiológico/neutro;
 Secar muito bem com toalha limpa (sem friccionar);
 Mudar penso higiénico frequentemente;
 Evitar sentar sobre a cicatriz;
 Aplicar gelo se apresentar hematoma (pisadura), inchaço ou
desconforto.

Cesariana – Cicatriz abdominal

O penso é geralmente efetuado no dia da alta hospitalar. Os pontos ou agrafos


devem ser removidos passados 8 a 10 dias. É aconselhável tomar apenas
duche de chuveiro, evitando molhar o penso, e este deve ser observado
diariamente. Se apresentar sangue ou pús no penso, dor muito intensa nessa
região ou febre, deve consultar um médico.

Reinício da atividade sexual

É seguro reiniciar a atividade sexual aproximadamente 4 semanas após o


parto, se a episiotomia estiver cicatrizada e a hemorragia tiver parado. É
normal que possa ocorrer diminuição da lubrificação vaginal: um lubrificante
vaginal pode ser uma ajuda nesta fase. Contudo, este período não é rígido e
cada pessoa leva o seu tempo. O mais importante é retomar a vida sexual
quando o casal se sentir preparado e confortável.
Com o nascimento do bebé, a relação com o companheiro não deve ser
descurada, devendo este ser incluído nas tarefas, partilhando
responsabilidades e mantendo sempre a comunicação entre o casal.

Contraceção no período pós-parto

A amamentação é considerada um método contracetivo natural temporário e


pode ser eficaz até 6 meses após o parto, se a mulher amamenta “em
exclusivo” (a criança apenas se alimenta de leite materno), ou “quase em
exclusivo” (apenas uma refeição semanal não é de origem materna), com
mamadas diurnas e noturnas cujo intervalo não deve ser superior a 6 horas, e
se a mulher está em amenorreia (sem menstruar). Contudo, a eficácia deste
método é baixa e não deve dispensar o recurso a uma contraceção eficaz.
Aconselha-se a utilização de outros métodos contracetivos no período
pós-parto. Se estiver a amamentar, a contraceção hormonal combinada
(pílula, anel vaginal ou adesivo) não está recomendada, porque pode diminuir a
quantidade e qualidade do leite materno.
A mulher que amamenta poderá escolher entre os seguintes métodos
contracetivos:
 Métodos de barreira (preservativo ou diafragma);
 Pílula de progestativo (também conhecida como “pílula da amamentação”)
– iniciar após a 3ª semana pós-parto, é uma pílula que se toma de forma
contínua, sem a semana de pausa (28 dias);
 Progestativo injetável;
 Outro método de longa duração, se não pretender engravidar a curto-
prazo:
o Implante subcutâneo (progestativo);
o Dispositivo intrauterino (cobre ou progestativo);
 Métodos naturais (auto-observação, calendário), com muita precaução
pois são muito falíveis particularmente nesta fase;
 Métodos cirúrgicos – definitivos/irreversíveis (laqueação das trompas na
mulher e vasectomia no homem).
O seu médico poderá ajudar a encontrar a melhor solução para a contraceção
neste período da sua vida.

Musculatura abdominal e pélvica

Os músculos abdominais demoram cerca de 6-7 semanas a retornar à


normalidade e os músculos pélvicos cerca de 6 meses, podendo este período
ser variável e muito dependente dos cuidados da mulher no período pós-parto.
Alguns cuidados que podem auxiliar são:
 Amamentar – ajuda na contração do útero e recuperação abdominal;
 Ter uma alimentação equilibrada, sem iniciar dietas bruscas;
 Ter uma boa postura;
 Praticar exercícios pós-parto – ajudam a fortalecer a musculatura
abdominal e pélvica, diminuindo a flacidez, aumentando a autoestima e
autoconfiança e ajudando na sustentação da bexiga e intestinos, para
prevenir futura incontinência. Estes podem iniciar-se cerca de 2 semanas
após parto normal e cerca de 6 semanas após cesariana. Podem ser
praticados em casa, ocupando pouco tempo diário, ou pode optar-se por
fazer natação, hidroginástica, pilates ou caminhadas. É importante
realizar alongamentos após o exercício.

Trânsito intestinal

Obstipação (prisão de ventre)

A prisão de ventre é um problema muito comum no período pós-parto, afetando


cerca de 1 em cada 4 mulheres. Para prevenir a obstipação, aconselha-se
aumentar a ingestão de líquidos (pelo menos 1,5 L de água/dia) e de alimentos
ricos em fibras (vegetais verdes e crus, fruta fresca com casca, cereais
integrais) e a deambulação precoce. Se necessário, podem ser utilizados
emolientes (tornam as fezes moldáveis e mais lubrificadas – enema de
docusato, supositórios de glicerina e parafina líquida).

Hemorroidas

As hemorroidas são vasos sanguíneos dilatados e salientes no canal anal,


podendo originar sintomas como dor, sangramento e tumefação. Durante a
gravidez e no pós-parto, as hemorroidas podem surgir ou agravar-se,
principalmente se existir prisão de ventre, e são um problema muito frequente.
Para aliviar o desconforto pode aplicar gelo ou anestésico local em gel ou
pomada, tomar banhos de assento em água morna/fria, reintroduzir as
hemorroides no ânus com a ajuda de um dedo e deitar-se de lado.

Sinais de Alarme
Deve procurar ajuda médica na presença de qualquer um destes sinais:
 Febre (temperatura > 38ºC);
 Penso sujo (com sangue ou líquido purulento);
 Mama dolorosa, avermelhada e quente;
 Hemorragia ou corrimento com cheiro fétido;
 Aumento da intensidade da dor, calor e inchaço no local dos pontos;
 Ardor ou dor ao urinar ou incapacidade de urinar;
 Sentir-se muito triste e deprimida na maior parte do tempo.

Conclusão

A fase pós-parto é repleta de alterações, com o objetivo do retorno do


organismo ao estado pré-gravidez. Conhecer essas mudanças é a melhor
forma de saber lidar com elas.

Hospital são joao


A Unidade de Obstetrícia promove o alojamento conjunto desde o nascimento do seu Recém
Nascido (RN).Os quartos são constituídos por 3 unidades dispondo de berço, armário
individualizado para acondicionar os seus bens e bancada com banheira e fonte de aquecimento
para prestar os cuidados ao RN.
Por questões de segurança, á chegada ao internamento é colocada uma pulseira eletrónica no RN,
que é desativada após alta hospitalar.
A duração de internamento em circunstancias normais terá a duração de: 48h se parto normal
(eutócico) ou 72h se parto por cesariana (parto distócico).
Durante o período de internamento a equipa de enfermagem irá promover o seu autocuidado,
colaborar e incentivar a assumir a prestação de cuidados ao RN (Papel Parental).
Terá oportunidade de assistir a Sessões Formativas – Adaptação à Parentalidade, promovidas pela
Equipa de Enfermagem, cujos temas a abordar são Autocuidado à Puérpera, Cuidados ao RN e
amamentação (Foto)
 
Promoção do Autocuidado
O período pós-parto (puerpério) caracteriza-se pelo retorno ao estado não gravídico e suas
alterações fisiológicas e físicas.
Adaptação psicológica à nova condição
1 a 2 dias pós-parto, é possível que se sinta dependente, apresenta fadiga, irritabilidade, privação
de sono e apetite.
2 a 4 dias pós-parto já há uma maior adaptação à capacidade para desempenhar com sucesso o
papel de mãe.
Acompanhamento no primeiro levante
Poderá sentir tonturas e consequentemente risco de queda provocada pelas alterações fisiológicas
no decurso do parto, pelo que não deve levantar-se sem estar acompanha pela Enfermeira. Esta irá
avaliar a sua condição para realizar o primeiro levante sem intercorrências.
Mamas (amamentação)
Inicia-se a produção de leite por volta do 3º dia de puerpério, até lá a secreção da mama designa-se
de colostro. A quantidade de leite produzido nas 24 horas aumenta com a estimulação produzida
pelo RN a mamar. Cuidados a ter:
 Realizar a higiene das mamas quando efetua a higiene corporal diária
 Manter a mama seca e utilize um soutien adequado à amamentação
 Manter os mamilos sempre secos
 Colocar colostro/leite no final das mamadas e deixar secar (hidrata e protege o mamilo)
 Se, necessário utilize arejadores de mamilos
Involução uterina
As contrações uterinas prosseguem depois da expulsão da placenta para que o útero se mantenha
firme de forma a voltar ao tamanho normal, é um processo que dura mais ou menos 10 dias.
Durante a amamentação é natural que sinta dor abdominal/contrações uterinas pois ao amamentar,
o reflexo de sucção do RN promove a estimulação da ocitocina, hormona que ira desencadear as
contrações uterinas.
Fluxo de sangue via vaginal (Lóquios)
Constituem uma secreção uterina durante as primeiras 3 semanas após o parto, alterando as
características ao longo do tempo.
Inicialmente caracteriza-se por uma secreção vermelho-escuro, que aparece nos primeiros 2/3 dias
após o parto, do 10º dia à terceira semana torna-se incolor amarelada
Função Urinária
É natural que sinta algum desconforto e receio em urinar nos pós- parto mas deve realizar, pois a
distensão da bexiga dificulta as contrações uterinas, aumentando o risco de Hemorragia.
Pode surgir incontinência urinária (perda involuntária de urina) nos primeiros 3 meses que será
transitória, devido à pouca força muscular da bexiga, pelo que se aconselha a realização de contrair
e descontrair os músculos do perineo (exercícios de Kegel) para estimular a tonicidade muscular.
Função Intestinal
O funcionamento intestinal normaliza ao fim de uma a duas semanas. É frequente ocorrer
obstipação (prisão de ventre) devido ao medo da dor perineal e hemorroides.
Cuidados a ter:
 Aumentar a ingestão de líquidos e alimentos ricos em fibras;
 Fazer caminhadas/exercicio.
Hemorróides
São veias dilatadas do canal anal que podem ser internas ou externas, dolorosas e que podem
sangrar ou não. Podem surgir durante a gravidez ou resultam dos esforços expulsivos durante o
parto.
Cuidados a ter:
 Aplicar gelo, devidamente protegido durante alguns minutos e várias vezes ao dia
 Alternar a aplicação de água fria e água morna localmente
 Quando estiver sentada, utilize uma boia
 Eliminação intestinal regular
Episiorrafia
Consiste na sutura da ferida cirúrgica perineal (região muscular entre a vagina e ânus) realizada
durante o parto para facilitar a saída do seu RN.
Nas primeiras horas após o parto pode ter dor e edema do períneo.
Cuidados a ter:
 Manter a zona perineal o mais limpa e seca possível pois a ferida cirúrgica encontra-se em fase de
cicatrização
 Manutenção do penso higiénico, o mais limpo possível, mudando-o sempre que for à casa de banho
 Efetuar sempre a higiene perineal
 Evitar sentar-se sob a ferida cirúrgica, utilizar uma boia
 Aplicar gelo, devidamente protegido durante alguns minutos e várias vezes ao dia
Ferida Cirúrgica Abdominal
na realização de um Parto por Cesariana é realizada uma incisão abdominal que ante as primeiras
horas do pós-parto irá (brochura: vigilância RN).
Cuidados a ter:
 A sua higiene corporal irá manter-se no internamento acompanhada pela equipa de Enfermagem.
No domicílio deverá manter pois o penso que reveste a ferida cirúrgica é impermeável
 Deve manter a zona abdominal limpa e seca
 Evitar fazer esforços pois a ferida encontra-se em fase de cicatrização. A sutura da pele
normalmente cicatriza ao fim de uma semana e a incisão uterina mais ou menos 6 semanas
 Utilizar cinta pós-parto para ajudá-la nos desconfortos
No momento da alta a enfermeira irá informá-la quando deve dirigir-se ao Centro de Saúde para
proceder à remoção de pontos/agrafos da sutura.
 Repouso e sono (deve repousar enquanto o recém-nascido dorme)
 Higiene geral, mamas, perineal (importância do banho diário; manutenção do penso higiénico o mais
limpo possível, mudando-o sempre que for à casa de banho; importância de efetuar a higiene
perineal sempre que evacuar; manutenção do penso cirúrgico abdominal seco, de forma a prevenir
complicações; importância de usar roupas largas e de fibras naturais)
 Hábitos alimentares (deve efetuar uma alimentação equilibrada, respeitando as porções indicadas
pela roda dos alimentos; enquanto estiver a amamentar a ingestão calórica diária deve ser
aumentada de forma polifraccionada; deve ingerir pelo menos 1,5 L de água diariamente)
 Exercícios pós-parto (ligação)    
 Sexualidade, a contraceção e o relacionamento conjugal (Os casais devem reiniciar a sua atividade
sexual quando se sentirem preparados. É importante que o enfermeiro discuta os efeitos físicos e
psicológicos que o parto pode ter no ato sexual)
 Adoção de medidas preventivas (a perda vaginal após o parto pode durar de 4 a 6 semanas; a
primeira menstruação pode surgir entre a 6 e a 8 semana pós parto nas mulheres que não
amamentam; nas que amamentam é imprevisível pelo que devem utilizar contraceção adequada;
deve usar penso higiénico e não tampões)
 Adoção de medidas perante Sinais de alarme (deve recorrer a uma instituição de saúde se tiver
febre; aumento da hemorragia vaginal, corrimento vaginal com cheiro fétido, desconforto a urinar;
aumento da dor nas mamas, ferida perineal, ferida cirúrgica abdominal; penso da ferida da
cesariana com drenagem)
 Ferida cirúrgica abdominal (deve dirigir-se ao Centro de Saúde com a carta de Alta de enfermagem
para proceder à remoção de pontos/agrafes, após remoção manter local da ferida limpa e seca,
massajar local da sutura com creme cicatrizante, evitar esforços e usar cinta abdominal)
 
Recuperação Pós-Parto e Massagem ao Bebé
Têm como objectivos apoiar o processo de transição e adaptação para a parentalidade e potenciar a
saúde da Puerpera e do bebé. Deve iniciar-se entre a 4ª e 6ª semana após o nascimento. Contacte
a enfermeira para proceder ao agendamento.
 

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