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DIÁSTASE ABDOMINAL

A diástase abdominal é o afastamento dos músculos abdominais e do tecido conjuntivo que


geralmente acontece durante a gravidez, sendo a principal causa de flacidez abdominal e dor
lombar no pós-parto.
Esse afastamento pode chegar a 10 cm de distância e se deve a fraqueza do músculo
abdominal, que fica muito esticado devido ao crescimento da barriga durante a gravidez. No
entanto, a diástase também pode acontecer fora da gravidez, especialmente em pessoas que
levantam objetos muito pesados numa postura incorreta.
O tratamento para corrigir a diástase abdominal pode ser feito com exercícios, fisioterapia  ou,
em último caso, cirurgia, principalmente quando o afastamento é maior que 5 cm e os
exercícios não foram eficazes para corrigir a situação.

Como saber se tenho diástase abdominal


É possível desconfiar de que se está com uma diástase depois do parto ao sentir a região
abaixo do umbigo muito mole e flácida ou observar uma protuberância no abdômen ao levar
algum peso, agachar ou tossir, por exemplo.
Para se certificar de que é uma diástase abdominal deve-se:
 Deitar de barriga para cima e pressionar os dedos indicador e médio cerca de 2
cm acima e abaixo do umbigo, e depois;
 Contrair o abdômen, como se fosse realizar um exercício de abdominal.
O normal é que ao contrair o abdômen, os dedos saltem um pouco para cima, mas em caso de
diástase os dedos não se movem, sendo possível até mesmo colocar 3 ou 4 dedos lado a lado
sem que eles se movam com a contração abdominal.
Algumas situações que favorecem o desenvolvimento da diástase abdominal são ter mais de
uma gestação, ter uma gravidez de gêmeos, dar à luz um bebê com mais de 4 kg ou ter idade
superior a 35 anos. Quando não está relacionada a gravidez, a diástase normalmente ocorre
devido a fraqueza dos músculos abdominais.

1. Exercícios de Pilates Clínico


Os exercícios são de grande ajuda no tratamento mas devem ser realizados com supervisão do
fisioterapeuta ou personal trainer porque mal executados podem causar um aumento na
pressão intra-abdominal, e aumentar a separação dos retos, piorando a diástase ou levar ao
surgimento de uma hérnia.
Estes exercícios são os mais indicados porque contraem o transverso abdominal e as fibras
inferiores do reto abdominal, fortalecendo-os, sem que haja pressão excessiva no reto
abdominal.
2. Fisioterapia
Na fisioterapia podem ser utilizado equipamentos como o FES que promove a contração dos
músculos. Esse aparelho pode ser feito durante 15 a 20 minutos e é muito eficiente no
fortalecimento do reto abdominal. 
3. Cirurgia
A cirurgia é o último recurso para correção da diástase, mas é muito simples e consiste em
costurar os músculos. Apesar da cirurgia poder ser realizada somente com este intuito, o
médico também pode sugerir uma lipoaspiração ou abdominoplastia para remover a gordura
em excesso, costurando o músculo para finalizar.

O que fazer para deixar a barriga durinha


Durante o tratamento para corrigir a diástase abdominal também é recomendado:
 Manter a boa postura em pé e sentada;
 Manter a contração do músculo transverso abdominal durante todo o dia, sendo
esse exercício conhecido como abdominal hipopressivo, em que é apenas
necessário tentar aproximar o umbigo das costas, encolhendo a barriga
principalmente quando estiver sentada, mas deve manter essa contração durante
todo o dia. Saiba melhor como fazer os abdominais hipopressivos;
 Evitar ao máximo dobrar o corpo para frente, como se fizesse um abdominal
tradicional porque ele piora a diástase;
 Sempre que precisar abaixar para pegar algo do chão, dobrar as pernas,
agachando o corpo e não inclinar o corpo para frente;
 Só troque a fralda do bebê numa superfície alta como um muda fralda, ou se
precisar trocar na cama, fique de joelhos no chão para não inclinar o corpo para
frente;
 Use a cinta pós-parto durante a maior parte do dia e até mesmo para dormir, mas
não esqueça de manter a barriga encolhida para dentro para fortalecer o
transverso abdominal durante o dia.
Além disso é importante não realizar os exercícios de abdominal tradicional, nem o
abdominal oblíquo para não piorar a diástase.

Tempo de tratamento
O tempo de tratamento pode variar consoante o tamanho da diástase, já que quanto maior for o
espaçamento, mais difícil será promover a união das fibras somente com exercícios ou
fisioterapia. No entanto em diástase com menos de 5 cm, se o tratamento for realizado
diariamente, em cerca de 2 a 3 meses será possível observar a diminuição da diástase.
Quando a diástase atinge os 2 cm pode-se utilizar de exercícios isotônicos, a partir daí a
evolução progride de forma mais rápida. 

Complicações da diástase
A principal complicação da diástase abdominal é o surgimento da dor nas costas na região
lombar. Essa dor ocorre porque os músculos abdominais atuam como uma cinta natural que
protege a coluna ao andar, sentar e fazer exercícios. Quando este músculo está muito fraco, a
coluna fica sobrecarregada e há um maior risco de desenvolver hérnia de disco, por exemplo.
Por isso, é importante realizar o tratamento, promovendo a união e o fortalecimento das fibras
abdominais.

BARRIGA DURA NA GRAVIDEZ


A sensação de barriga dura é uma condição relativamente comum durante a gravidez,  mas que
pode ter diversas causas, dependendo do trimestre em que a mulher se encontra e de outros
sintomas que possam aparecer.
As causas mais comuns podem incluir desde um simples alongamento dos músculos do
abdômen, comum no início da gravidez, até contrações do parto ou um possível aborto, por
exemplo.
Assim, o ideal é que sempre que a mulher sente algum tipo de alteração no corpo ou no
processo da gestação, consulte o ginecologista ou obstetra, para entender se o que está
acontecendo é normal ou se pode indicar algum tipo de risco para a gravidez.
As causas mais comuns que podem levar ao aparecimento de barriga dura na gravidez, de
acordo com cada trimestre, incluem:

Durante o 1º trimestre
O primeiro trimestre de gravidez é o período entre a 1ª e a 13ª semana de gestação e, nesse
intervalo, as causas mais comuns podem ser:
1. Alongamento dos músculos do abdômen
Com o crescimento do útero e o desenvolvimento do bebê, a barriga pode começar a ficar dura
logo no início da gravidez, principalmente devido ao alongamento excessivo dos músculos do
abdômen.
Isso geralmente acontece por volta das 7 ou 8 semanas de gestação e, nessa fase, é normal
que a mulher perceba que a parte de baixo do umbigo, também conhecida popularmente como
'pé da barriga', está mais inchada e mais dura do que antes de engravidar.
O que fazer: uma vez que é uma resposta normal do corpo, não existe nenhum tratamento
específico. No entanto, se a sensação for muito incômoda, é recomendado consultar o
ginecologista ou o obstetra.

2. Prisão de ventre
A prisão de ventre é outro problema muito comum durante toda a gravidez, mas especialmente
nas primeiras semanas de gestação, já que as rápidas alterações hormonais desse período
fazem com que o trânsito intestinal fique mais lento, facilitando a formação de gases e
deixando a barriga mais dura e estufada.
Além disso, algumas mulheres precisam fazer suplementação com ferro durante a gravidez, o
que pode deixar as fezes ainda mais duras.
O que fazer: para diminuir o desconforto da prisão de ventre é importante ingerir muita água
durante o dia, além de fazer uma alimentação rica em fibras, ou seja, apostando no consumo
de alimentos como legumes, frutas com casca e cereais, por exemplo. Veja algumas dicas
naturais para combater a prisão de ventre na gravidez.

3. Aborto espontâneo
A barriga dura durante o primeiro trimestre pode ainda ser um sinal de aborto, que é mais
comum antes das 12 semanas. Mas nestas situações, além da barriga mais dura que o normal,
a mulher também pode apresentar outros sinais e sintomas como dor forte na região lombar
e sangramento vaginal com pedaços, por exemplo.
O que fazer: sempre que existe suspeita de aborto é muito importante ir ao hospital para fazer
um ultrassom abdominal e entender se o bebê e a placenta estão bem.

Durante o 2º trimestre
Já no 2º trimestre, que acontece entre as 14 e 27 semanas, as causas mais comuns de barriga
dura são:
1. Inflamação do ligamento redondo
Com o avanço da gravidez, é normal que os músculos e ligamentos do abdômen continuem se
alongando, deixando a barriga cada vez mais dura. Por esse motivo, muitas mulheres podem
também apresentar uma inflamação do ligamento redondo, o que resulta em dor constante na
parte inferior da barriga, que pode se espalhar até à virilha.
O que fazer: para aliviar a inflamação do ligamento é recomendado descansar e evitar ficar
muito tempo na mesma posição. Uma posição que parece aliviar bastante a dor provocada pelo
ligamento é ficar deitada de lado com um travesseiro por baixo da barriga e outro entre as
pernas.

2. Contrações de treinamento
Este tipo de contrações, também conhecidas como contrações de Braxton Hicks, costumam
surgir depois das 20 semanas de gravidez e ajudam os músculos a se preparar para o trabalho
de parto. Quando aparecem, as contrações deixam a barriga extremamente dura e,
geralmente, duram cerca de 2 minutos.
O que fazer: as contrações de treinamento são completamente normais e, por isso, não é
necessário qualquer tipo de tratamento específico. Porém, se causarem muito desconforto, é
recomendado consultar o obstetra.
Durante o 3º trimestre
O terceiro trimestre representa os últimos três meses de gravidez. Nesse período, além de ser
comum continuar a apresentar as contrações de treinamento, assim como a inflamação do
ligamento redondo e a prisão de ventre, existe outra causa muito importante de barriga dura,
que são as contrações do parto.
Geralmente, as contrações do parto são semelhantes às contrações de treinamento (Braxton
Hicks), mas tendem a se tornar cada vez mais intensas e com espaçamento mais curto entre
cada contração. Além disso, se a mulher estiver entrando em trabalho de parto, também é
comum que aconteça o rompimento da bolsa das águas.

Geralmente, as contrações do parto são semelhantes às contrações de treinamento (Braxton


Hicks), mas tendem a se tornar cada vez mais intensas e com espaçamento mais curto entre
cada contração. Além disso, se a mulher estiver entrando em trabalho de parto, também é
comum que aconteça o rompimento da bolsa das águas.

O que fazer: no caso de se suspeitar de trabalho de parto é muito importante ir ao hospital


para avaliar o ritmo das contrações e a dilatação do colo do útero, de forma a confirmar se
realmente está na hora de o bebê nascer.

Quando ir ao médico
É aconselhado ir ao médico quando a mulher:
 Sente muita dor junto com a barriga dura;
 Suspeita de início do trabalho de parto;
 Apresenta febre;
 Tem perda de sangue pela vagina;
 Sente diminuição dos movimentos do bebê.
Em todo caso, sempre que a mulher desconfiar que algo está errado, deverá entrar em contato
com seu obstetra para esclarecer suas dúvidas e, se não for possível falar com ele, deve ir ao
pronto socorro ou à maternidade.

BARRIGA BAIXA NA GRAVIDEZ


A barriga baixa na gravidez é mais comum durante o terceiro trimestre, como consequência do
aumento do tamanho do bebê. Na maior parte dos casos, a barriga baixa durante a gravidez é
normal e pode estar relacionada com fatores como debilidade dos músculos e ligamentos da
barriga, gravidezes anteriores, peso da grávida ou aproximação do momento do parto, por
exemplo.
Existem ainda mitos de que o formato da barriga pode ser sinal de que o bebê é um menino ou
uma menina, porém, é importante que a grávida saiba que não há qualquer relação entre a
altura da barriga e o sexo do bebê.
Porém, se a mulher se sentir preocupada com a forma da sua barriga, deve ir ao ginecologista,
para perceber se está tudo bem consigo e com o seu bebê. 

1. Força dos músculos e ligamentos


A barriga baixa na gravidez pode estar relacionada com a força dos músculos e ligamentos que
sustentam o útero em crescimento. Algumas mulheres podem ter os músculos da barriga
enfraquecidos ou pouco tonificados, fazendo com que, à medida que a barriga vai crescendo,
fique mais baixa devido à falta de sustentação.
2. Gravidezes anteriores
Se a mulher já esteve grávida antes, é muito provável que tenha uma barriga baixa numa
segunda ou terceira gravidez. Isto acontece porque, durante a gravidez, os músculos e
ligamentos ficam mais enfraquecidos, perdendo a força para gravidezes posteriores para
segurar o bebê na mesma altura.
3. Aproximação da data do parto
A barriga baixa também pode estar relacionada com a posição do bebê. À medida que a
gravidez avança, principalmente nos dias que antecedem o parto, o bebê pode-se mover para
baixo, para se encaixar na região pélvica, fazendo com que a barriga fique mais baixa. 
4. Posição do bebê
A barriga baixa pode estar relacionada com a posição do bebê, que se pode encontrar na
posição lateral.
Além disso, em alguns casos, a barriga baixa pode estar relacionada com o bebê. Uma altura
do fundo do útero inferior à normal, pode significar que o bebê não está crescendo
normalmente ou que não há líquido suficiente na bolsa de água.
5. Aumento de peso
Algumas grávidas que aumentam muito o peso durante a gravidez, podem notar uma barriga
mais baixa que o normal. Além disso, quanto maior for o peso do bebê, maios será a
probabilidade da barriga ficar mais baixa. 

DOR NA BARRIGA NA GRAVIDEZ


A dor abdominal na gravidez pode ser causada pelo crescimento do útero, prisão de ventre ou
gases, e pode ser aliviada através de uma alimentação equilibrada, exercício físico ou chás.
Porém, ela também pode indicar situações mais graves, como gravidez ectópica, descolamento
da placenta, pré-eclâmpsia ou até mesmo aborto. Nestes casos, a dor, geralmente, vem
acompanhada de sangramento vaginal, inchaço ou corrimento e nesse caso, a gestante deve ir
imediatamente ao hospital.

No 1º trimestre da gravidez
As principais causas de dor abdominal no primeiro trimestre de gravidez, que corresponde ao
período de 1 a 12 semanas de gestação, incluem:

1. Infecção urinária
A infecção urinária é um problema muito comum da gestação e que é mais frequente de
acontecer no início da gestação, podendo ser percebida por meio do surgimento de dor no
fundo do abdômen, queimação e dificuldade para urinar, vontade urgente de urinar mesmo
tendo pouca urina, febre e enjoos.
O que fazer: É recomendado ir ao médico para que seja feito um exame de urina para
confirmar a infecção urinária e iniciar o tratamento com antibióticos, repouso e ingestão de
líquidos.

2. Gravidez ectópica
A gravidez ectópica acontece devido ao crescimento do feto fora do útero, sendo mais comum
nas trompas e, por isso, pode surgir até às 10 semanas de gestação. A gravidez ectópica
normalmente é acompanhada de outros sintomas, como dor abdominal intensa em apenas um
lado da barriga e que piora com o movimento, sangramento vaginal, dor durante o contato
íntimo, tonturas, náuseas ou vômitos.
O que fazer: Em caso de suspeita de gravidez ectópica deve-se ir imediatamente ao pronto-
socorro para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento adequado, que geralmente é feito a
partir de uma cirurgia para retirada do embrião. 

3. Aborto espontâneo
O aborto é uma situação de emergência e que acontece com mais frequência antes das 20
semanas e pode ser percebido por meio da dor abdominal no pé da barriga, sangramento
vaginal ou perda de líquidos pela vagina, saída de coágulos ou tecidos, e dor de cabeça.
O que fazer: É recomendado ir imediatamente ao hospital para realizar uma ultrassonografia
para verificar os batimentos cardíacos do bebê e confirmar o diagnóstico. Quando o bebê se
encontra sem vida, deve ser realizada uma curetagem ou cirurgia para sua retirada, mas
quando o bebê ainda se encontra vivo, podem ser realizados tratamentos para salvar o bebê.

No 2º trimestre
A dor no 2º trimestre da gravidez, que corresponde ao período de 13 a 24 semanas,
normalmente é causada por problemas como:
1. Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é o aumento de forma súbita da pressão arterial na gravidez, que é difícil de
tratar e que pode representar risco tanto para a mulher quanto para o bebê. Os principais sinais
e sintomas de pré-eclâmpsia são dor na parte superior direita do abdômen, náuseas, dor de
cabeça, inchaço das mãos, pernas e rosto, além de visão embaçada.
O que fazer: é recomendado ir ao obstetra o mais cedo possível para avaliar a pressão arterial
e iniciar o tratamento com internamento porque esta é uma situação grave que coloca em risco
a vida da mãe e do bebê. 
2. Descolamento da placenta
O descolamento da placenta é um problema grave da gravidez que pode se desenvolver após
as 20 semanas e que pode provocar o parto prematuro ou aborto dependendo das semanas de
gestação. Essa situação gera sintomas como dor abdominal intensa, sangramento vaginal,
contrações e dor no fundo das costas.
O que fazer: Ir imediatamente para o hospital para avaliar os batimentos cardíacos do bebê e
realizar o tratamento, que pode ser feito com remédios para impedir a contração uterina e
repouso. Nos casos mais graves pode ser feito o parto antes da data prevista, caso seja
necessário. 

3. Contrações de treinamento
As contrações de Braxton Hicks são as contrações de treinamento que normalmente surgem
após as 20 semanas e duram menos de 60 segundos, apesar de poderem acontecer várias
vezes ao dia e de provocarem pouca dor abdominal. Nesse momento, a barriga fica
momentaneamente dura, o que nem sempre causa dor abdominal. Mas em alguns casos pode
haver dor na vagina ou no pé da barriga, que dura alguns segundos e depois desaparece.
O que fazer: É importante nesse momento tentar manter a calma, repousar e mudar de
posição, deitando de lado e colocando um travesseiro por baixo da barriga ou entre as pernas
para se sentir mais confortável.

No 3º trimestre
As principais causas de dor abdominal no 3º trimestre de gravidez, que corresponde ao período
de 25 a 41 semanas, são:
1. Prisão de ventre e gases
A prisão de ventre é mais comum no final da gestação devido ao efeito dos hormônios e da
pressão do útero sobre o intestino, que diminui o seu funcionamento, facilitando o
desenvolvimento de prisão de ventre e surgimento de gases. Tanto a prisão de ventre quanto
os gases levam ao surgimento de desconforto ou dor abdominal do lado esquerdo e cólicas,
além da barriga pode estar mais endurecida nesse local da dor. 
O que fazer: Ingerir alimentos ricos em fibras, como gérmen de trigo, verduras, cereais,
melancia, mamão, alface e aveia, beber cerca de 2 litros de água por dia e praticar exercícios
físicos leves, como caminhadas de 30 minutos, pelo menos 3 vezes por semana. É
recomendado consultar o médico se a dor não melhorar no mesmo dia, se não fizer cocô 2 dias
seguidos ou se surgirem outros sintomas como febre ou aumento da dor.

2. Dor no ligamento redondo


A dor no ligamento redondo surge devido ao alongamento excessivo do ligamento que liga o
útero à região pélvica, devido ao crescimento da barriga, levando ao aparecimento de dor
na parte inferior do abdômen que se estende para a virilha e que dura apenas alguns
segundos.
O que fazer: Sentar, tentar relaxar e, se ajudar, mudar de posição para aliviar a pressão no
ligamento redondo. Outras opções são dobrar os joelhos sob o abdômen ou deitar de lado
colocando um travesseiro sob a barriga e outro entre as pernas.

3. Trabalho de Parto
O trabalho de parto é a principal causa de dor abdominal no final da gravidez e é caracterizado
por dor abdominal, cólicas, aumento da secreção vaginal, corrimento gelatinoso, sangramento
vaginal e contrações uterinas com intervalos regulares.
O que fazer: Ir para o hospital para avaliar se realmente está em trabalho de parto, já que
estas dores podem se tornar regulares durante algumas horas, mas podem desaparecer
completamente durante a noite inteira, por exemplo, e voltar a surgir no dia seguinte, com as
mesmas características. Se possível, é indicado ligar para o médico para confirmar se é
trabalho de parto e quando deve ir ao hospital.

Quando ir ao hospital
A dor abdominal persistente no lado direito, próxima do quadril e febre baixa que podem surgir
em qualquer fase da gravidez podem indicar apendicite, uma situação que pode ser grave e
que por isso deve ser despistada o quanto antes, sendo recomendado ir imediatamente ao
hospital. Além disso, também deve-se ir imediatamente para o hospital ou consultar o obstetra
que acompanha a gravidez quando apresenta:
 Dor abdominal antes das 12 semanas de gestação, com ou sem sangramento
vaginal;
 Sangramento vaginal e cólicas fortes;
 Forte dor de cabeça;
 Mais de 4 contrações em 1 hora durante 2 horas;
 Inchaço acentuado das mãos, pernas e rosto;
 Dor ao urinar, dificuldade ao urinar ou urina com sangue;
 Febre e calafrios;
 Corrimento vaginal.
A presença destes sintomas pode indicar uma complicação grave, como a pré-eclâmpsia ou
gravidez ectópica, e, por isso, é importante a mulher consultar o obstetra ou ir imediatamente
para o hospital para receber o tratamento adequado o mais cedo possível.

DOR NO PÉ DA BARRIGA
Apesar da dor no pé da barriga ser motivo de preocupação para as gestantes, na maioria das
vezes não representa situações graves, estando principalmente relacionadas com as
alterações do corpo para acomodar o bebê em desenvolvimento, especialmente no caso da dor
acontecer nas primeiras semanas de gravidez.
Por outro lado, quando a dor no pé da barriga durante a gravidez é intensa e acompanhada por
outros sintomas como perda de líquidos pela vagina, febre, calafrios e dor na cabeça, pode ser
indicativo de situações mais graves, devendo a mulher ir ao hospital o mais rápido possível
para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento.

1. Desenvolvimento da gravidez
A dor no pé da barriga é uma situação bastante frequente na gravidez e acontece
principalmente devido à expansão do útero e deslocamento dos órgãos abdominais para
acomodar o bebê em desenvolvimento. Assim, é comum que à medida que o bebê cresce, a
mulher sinta desconforto e uma dor leve e passageira no pé da barriga.
O que fazer: Como a dor no pé da barriga é considerado normal e parte do processo de
desenvolvimento da gestação, não é necessário qualquer tipo de tratamento. De qualquer
forma, é importante que a mulher faça consultas regulares ao médico para que seja feito o
acompanhamento da gravidez.

2. Contrações
A ocorrência de contrações no segundo trimestre de gestação, conhecidas como contrações de
treinamento ou contrações de Braxton Hicks, também podem causar dor no pé da barriga, que
são mais leves e que duram no máximo 60 segundos.
O que fazer: Essas contrações não são graves e normalmente desaparecem em pouco tempo
apenas com a mudança de posição, não sendo motivo de preocupação. Porém quando se
tornam frequentes, é recomendado consultar o médico para que sejam feitos exames que
avaliem o desenvolvimento da gestação.

3. Gravidez ectópica
A gravidez ectópica é também uma situação que pode provocar dor no pé da barriga na
gravidez e é caracterizada pela implantação do embrião fora do útero, normalmente nas tubas
uterinas. Além da dor no pé da barriga, que pode ser bastante intensa, pode haver também o
surgimento de outros sintomas, e pequena perda de sangue pela vagina.
O que fazer: É importante que a mulher consulte o ginecologista obstetra para que seja feita a
avaliação e o diagnóstico de gravidez ectópica para que seja iniciado o tratamento mais
adequado, que depende da localização de implantação do embrião e tempo de gestação.
Normalmente, o tratamento para gravidez ectópica é feito com o uso de medicamentos para
interromper a gestação, já que pode representar risco para a mulher, ou realização de cirurgia
para retirar o embrião e reconstruir a tuba uterina.

4. Aborto espontâneo
No caso de a dor no pé da barriga estar relacionado com o aborto, a dor normalmente surge
ainda no primeiro trimestre de gestação, é bastante intensa e é acompanhada por outros sinais
e sintomas característicos, como febre, perda de líquidos pela vagina, sangramentos e dor de
cabeça constante.
O que fazer: Nesse caso, é muito importante que a mulher vá para o hospital para que se
sejam feitos exames que permitam verificar os batimentos cardíacos do bebê e, assim proceder
para o tratamento mais adequado.

Quando ir ao médico
É recomendado ir ao ginecologista obstetra quando a dor no pé da barriga é forte, frequente ou
é acompanhada por outros sintomas como dor de cabeça, calafrios, febre, sangramentos ou
saída de coágulos pela vagina. Isso porque esses sintomas são normalmente indicativos de
alterações mais graves e que precisam ser imediatamente investigadas e tratadas para evitar
complicações para a mãe ou para o bebê.

CONTRAÇÕES DE TREINAMENTO
As contrações de treinamento, também chamadas de contrações de Braxton
Hicks ou "contrações falsas", são aquelas que normalmente surgem após o 2ª trimestre e que
são mais fracas que as contrações do parto, que surgem mais para o final da gestação.
Estas contrações e treinamento duram em média de 30 a 60 segundos, são irregulares e
causam apenas desconforto na região pélvica e costas. Não causam dor, não dilatam o útero e
também não possuem a força necessária para fazer com que o bebê nasça.

Para que servem as contrações de treinamento


Acredita-se que as contrações de Braxton Hicks acontecem para levar ao amolecimento
cervical e fortalecimento da musculatura uterina, pois é preciso que o útero esteja macio e as
fibras musculares fortes, para que aconteçam as contrações responsáveis pelo nascimento do
bebê. É por esse motivo que são conhecidas como contrações de treinamento, pois preparam
o útero para a hora do parto.
Além disso, também parecem ajudar no aumento do fluxo sanguíneo rico em oxigênio para a
placenta. Estas contrações não causam a dilatação do colo do útero, ao contrário das
contrações do parto e, por isso, não conseguem induzir o nascimento.
Quando surgem as contrações
As contrações de treinamento geralmente surgem por volta das 6 semanas de gravidez, mas
só são identificadas pela gestante por volta do 2º ou 3º trimestre, já que têm tendência a iniciar
de forma muito leve.
O que fazer durante as contrações
Durante as contrações de treinamento não é necessário que a grávida tenha qualquer cuidado
especial, porém, se causarem muito desconforto, é recomendado que a gestante se
deite confortavelmente com o apoio de um travesseiro nas costas e embaixo dos joelhos,
permanecendo nesta posição por alguns minutos. 
Outras técnicas de relaxamento ainda podem ser usadas como a meditação, yôga
ou aromaterapia, que ajudam a relaxar mente e corpo.

Contrações de treinamento ou verdadeiras?


As contrações verdadeiras, que iniciam o trabalho de parto normalmente surgem a partir das 37
semanas de gestação e são mais regulares, ritmadas e fortes do que as contrações de
treinamento. Além disso, são sempre acompanhadas de dor moderada a forte, não diminuem
com o repouso e aumentam de intensidade com o passar das horas.

No quadro a seguir estão resumidas as principais diferenças entre as contrações de


treinamento e as verdadeiras:

Contrações de treinamento Contrações verdadeiras

Irregulares, surgindo em intervalos Regulares, surgindo a cada 20, 10 ou 5


diferentes. minutos, por exemplo.

Geralmente são fracas e não pioram Mais intensas e tendem a ser mais fortes com o
com o tempo. tempo.

Melhoram ao movimentar o corpo. Não melhoram ao movimentar o corpo.

Causa apenas ligeiro desconforto no São acompanhadas de dor forte a moderada.


abdômen.

Caso as contrações fiquem com intervalos regulares, aumentam de intensidade e causem dor
moderada, é indicado ligar para a unidade onde o pré natal está sendo feito ou ir até a unidade
indicada para o parto, principalmente se a mulher já tiver com mais de 34 semanas de
gravidez.

COMO ALIVIAR A DOR DAS CONTRAÇÕES NA GRAVIDEZ


Sentir contrações na gravidez é normal desde que estas sejam esporádicas e diminuam com o
repouso. Neste caso, esse tipo de contração é um treinamento do corpo, como se fosse um
"ensaio" do corpo para a hora do parto.
Geralmente estas contrações de treinamento começam após as 20 semanas de gestação e
não são muito fortes e podem ser confundida com uma cólica menstrual. Estas contrações não
são preocupantes se não forem constantes, nem muito forte.

Sinais de contrações na gravidez


São sintomas de contrações na gravidez:
 Dor no baixo ventre, como se fosse uma cólica menstrual mais forte que o normal;
 Dor em forma de pontada na região da vagina ou no fundo das costas, como se
fosse uma crise renal;
 A barriga fica muito dura durante a contração, que dura no máximo 1 minuto de
cada vez.
Estas contrações podem surgir várias vezes durante o dia e durante a noite, e quanto mais
próximo do final da gravidez, mais frequente e mais fortes se tornam.

Como aliviar as contrações na gravidez


Para diminuir o desconforto das contrações na gravidez aconselha-se que a mulher:
 Pare o que estava fazendo e
 Respire de forma lenta e profunda, concentrando-se somente na respiração.
Algumas mulheres relatam que caminhar lentamente ajuda a diminuir o desconforto, já outras
dizem que ficar agachada é melhor, e por isso não há uma regra a seguir, o que se sugere é
que a mulher descubra qual posição é mais confortável neste momento e permaneça nela
sempre que a contração vier.
Estas pequenas contrações na gravidez não prejudicam o bebê, nem a rotina da mulher, pois
não são muito frequentes, nem muito fortes, mas se a mulher perceber que estas contrações
estão ficando cada vez mais intensas e frequentes, ou se houver perda de sangue ela deverá ir
ao médico pois pode ser o início do trabalho de parto.

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