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Métodos Numéricos em Engenharia

Metalúrgica e de Materiais

• EET270 – 2023-2

• Prof. Rodrigo Carvalho


• rodrigo@metalmat.ufrj.br
• Sala F-208 ou 2º Piso LTM
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações elípticas
Exemplo: Equação de Poisson

Condições de contorno devem ser imposta para obter uma


solução única da equação de Poisson, por exemplo, se
considerarmos a distribuição de calor em estado estacionário em
uma região plana, temos que f(x,y)=0, o que resulta na Equação
de Laplace

Se temos a temperatura do sistema é determinada pela


distribuição de temperatura nas bordas, temos condições de
contorno de Dirichlet

T constante em
g(x,y) graus
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
Equações elípticas

Vamos considerar a equação de Poisson

Domínio Condição de contorno

Selecionando a malha:
Escolher o tamanhos de passos:

para i=0,1,...,n
para j=0,1,...,m

São as linhas da malha

OBS: Aqui vamos considerar as coordenadas das fronteira do domínio como i=0 e i=n
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
Equações elípticas

Usando a aproximação por diferenças finitas centrais, temos

Substituindo na Equação de Poisson original, temos,

Para cada, e

Sendo as condições de contorno:


Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
Equações elípticas
Vamos definir uma nova variável dependente 𝑤𝑖𝑗 que aproxima os valores de 𝑢 𝑥𝑖 , 𝑦𝑗 O método utilizado
aqui apresenta erro da ordem de

A equação nos fornece as aproximações de 𝑢 𝑥𝑖 , 𝑦𝑗 nos pontos


𝑥𝑖 , 𝑦𝑗 , 𝑥𝑖−1 , 𝑦𝑗 , 𝑥𝑖+1 , 𝑦𝑗 , 𝑥𝑖 , 𝑦𝑗−1 𝑒(𝑥𝑖 , 𝑦𝑗+1 ).

Que resulta em um sistema linear 𝑛 − 1 𝑚 − 1 × (𝑛 − 1)(𝑚 − 1)


Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
Equações elípticas

As incógnitas do sistema são as aproximações 𝑤𝑖,𝑗 nos pontos


Internos da malha.
Podemos expressar o sistema de forma matricial para
calcular sua solução de modo mais eficiente, se adotarmos
uma regra para renomearmos esses pontos internos:

Onde
para i=1,2,...,n-1 e
para j=1,2,...,m-1

De tal forma que os pontos são ordenados consecutivamente


da esquerda para direita e de cima para baixo.
No exemplo ao lado, temos para n=4 e m=5:
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Equações elípticas

Exemplo: Determine a distribuição de calor no regime estacionário de uma placa fina de metal com
dimensões de 0,5 x 0,5 m usando n=m=4. Dois contornos adjacente estão a 0ºC e a temperatura aumenta
linearmente nas demais bordas até a outra extremidade que está a 100ºC.

𝑦4
𝑦3
Como,
As condições de contorno são:
𝑦1
Se n=m=4, a equação de diferenças 𝑦0

𝑥0 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4

Se torna,
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Equações elípticas

Exemplo:

𝑦4
𝑦3

𝑦1
𝑦0
Com as condições de contorno, temos,
𝑥0 𝑥1 𝑥2 𝑥3 𝑥4
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Equações elípticas

Resolvendo o sistema linear gerado, temos como solução,

Sendo a solução exata, pois , implica que

e o erro de truncamento é zero em cada passo.


Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais
Equações elípticas
Um algoritmo para resolver o sistema é o alrgotimo de Gauss-Seidel, que permite que os intervalos h e k
sejam diferentes, mas nesse caso, podemos usar a fatoração de Crout pois a matriz de coeficientes do
sistema é simétrica e positiva definida.
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Equações elípticas
Exemplo 2: Encontre a solução aproximada da EDP elíptica:
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações parabólicas

Fluxo de calor ao longo de uma barra de comprimento l


Considerando temperatura uniforme na seção transversal
Constante α independe da posição na barra
Somente consideramos condução de calor, barra isolada nas laterais
Um conjunto típico de restrições nesse tipo de problema é especificar a distribuição inicial de temperatura
ao longo da barra e o comportamento nas suas extremidades
→ Condição inicial

→ Condições de contorno
ou
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Equações parabólicas

Vamos considerar a equação do calor, ou difusão, da forma,

Sujeita às condições, e

Escolhemos um inteiro 𝑚 > 0 e definimos o tamanho do intervalo em x, ℎ = 𝑙/𝑚. Selecionamos um passo


de tempo k. Os pontos da malha são (𝑥𝑖, 𝑡𝑗), onde 𝑥𝑖 = 𝑖ℎ para 𝑖 = 0,1, … , 𝑚 e 𝑡𝑗 = 𝑗𝑘, para 𝑗 = 0,1, …
Podemos utilizar a aproximação por diferenças progressivas para

E diferenças centrais para,

Implica que nos pontos internos (𝑥𝑖 , 𝑡𝑗 ) para cada i=1,2,...m-1 e j=1,2,....
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Equações parabólicas

Então temos na qual 𝑤𝑖𝑗 aprixima 𝑢(𝑥𝑖 , 𝑡𝑗 )

O erro de truncamento local é dado por,

Então, resolvendo para 𝑤𝑖,𝑗+1

com a primeira linha dada por,

E as demais linhas

Então podemos usar os valores


de 𝑤𝑖,1 para calcular 𝑤𝑖,2 e assim por diante
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações parabólicas

A natureza explícita do método permite que seja gerada uma matrix (m-1)x(m-1) que pode ser escrita na
forma tridiagonal onde

A solução aproximada é dada pela multiplicação de matrizes


se considerarmos,
e para j=1,2,...

O erro neste caso é da ordem


Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações parabólicas
Exemplo:
Use os tamanhos de passo
a) h=0,1 e k=0,0005
b) H=0,1 e k=0,01
Para aproximar a solução da equação do calor,
Com as condições de contorno e iniciais,

Compare os resultados em t=0,5 com a solução exata:

OBS: A solução da EDP parabólica usando diferenças progressivas para du/dt implica em
convergência condicional
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Equações parabólicas
Método de Crank-Nicholson
De diferenças progressivas, no passo j no tempo t com erro local

De diferenças regressivas, no passo j+1 no tempo t com erro local

Se assumirmos que,

Então o método de diferenças “médio”

Possui erro local


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Equações parabólicas
Método de Crank-Nicholson
Então, podemos escrever para cada j=0,1,2,...
Onde,

E as matrizes A e B são dadas por,


Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações parabólicas
Exemplo: Método de Crank-Nicholson

Para resolver,
Devemos encontrar o valor de w (j) a partir de w(j-1) para cada j=0,1,2,...

Fazer 𝑦 = 𝐵𝑤 𝑗
E resolver o sistema 𝐴𝑤 𝑗+1 = 𝑦
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações parabólicas
Método de Crank-Nicholson
Exemplo: Use o método de Crank-Nicholson com h=0,1 e k=0,01 para aproximar a solução do
problema,
Solução Numérica de Equações Diferenciais Parciais

Equações hiperbólicas

Um exemplo é a equação de onda.


No caso de uma corda de comprimento l que é esticada entre dois suportes no mesmo nível horizontal, se
esta corda é submetida a vibração no plano verfical, o deslocamento u(x,t) de um ponto x no tempo t
satisfaz a equação diferencial abaixo, para 0<x<l e 0<t

Se desconsiderarmos o amortecimento e a amplitude não é tão grande, podemos assumir que a posição
inicial e a velocidade da corga são dados por

Se os pontos finais são fixos, temos, e

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