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Resumo: Nesse artigo, iremos demonstrar os principais conceitos de “imago dei” no homem a
partir da Teologia Bíblica e Sistemática com o intuito de demonstrarmos que eles não se anulam
entre si. Pelo contrário, os conceitos de tais disciplinas se complementam e harmonizam-se, o
que nos mostra que há um grau de interdependência entre os conceitos teológicos da Teologia
Bíblica e Sistemática quanto a “imagem” de Deus no homem, mostrando-nos que elas, mesmo
tendo domínios distintos no campo da teologia cristã, se correlacionam.
1 INTRODUÇÃO
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Graduando em Bacharel em Teologia pelo Centro de Estudos Bet-Hakan.
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Graduando em Bacharel em Teologia pelo Centro de Estudos Bet-Hakan.
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Seguindo essa mesma definição de teologia bíblica, James Hamilton Jr (2016, p. 13) nos
afirma que “teologia bíblica deve ser compreendida como a compreensão dos autores bíblicos
acerca das Escrituras anteriores, a história da redenção e os eventos que eles descrevem, relatam
ou celebram nos diversos gêneros literários canônicos”.
É importante ressaltarmos acerca da importância prática da teologia bíblica dentro do
seu campo teológico. Assim, o erudito Graeme Goldsworthy (2018, p. 27) elenca que a
“teologia bíblica é importante para o cristão porque ela ajuda-o a lidar com as passagens
problemáticas das Escrituras Sagradas e como entendê-las dentro da mensagem única da
Bíblia”. Seguindo esse mesmo pensamento, o autor George E. Ladd, quando ao conceito de
teologia bíblica e o seu campo de estudo dentro da teologia cristão, afirma que:
A teologia bíblica é a disciplina que estrutura a mensagem dos livros da Bíblia em seu
ambiente formativo histórico. A teologia bíblica é primariamente uma disciplina
descritiva, cuja a abrangência não busca primariamente o significado final dos ensinos
da Bíblia ou sua relevância para os dias atuais, uma tarefa que cabe a teologia
sistemática. A tarefa da teologia bíblica é expor a teologia encontrada na Bíblia em
seu contexto histórico, com seus principais termos, categorias e formas de
pensamentos. (LADD, 2003, p. 38).
Por outro lado, James Hamilton Jr (2016, p.15-16) também discutindo sobre a
importância prática do estudo da teologia bíblica para o cristão, afirma que “ela ajuda a extrair
os conceitos teológicos dos autores bíblicos acerca da sua cosmovisão de mundo a partir da
história da redenção e o seu cumprimento em Cristo Jesus e como essa cosmovisão dos autores
bíblicos inspirados pelo Espírito Santo podem formar a cosmovisão no cristão afim dele saber
interpretar o mundo atual a partir da correta leitura bíblica. Portanto, conforme James Hamilton
Jr, o estudo da teologia bíblica ajuda o cristão a ler corretamente as Escrituras Sagradas”.
Quanto ao conceito de teologia sistemática e o seu campo de domínio teológico
afirmamos que ela compõe o corpus doutrinário da fé cristã extraída dos dados teológicos
fornecidos pela teologia bíblica que são colocados em ordem lógica e sistematizada, sendo que
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Notamos, portanto, que a maioria das teologias sistemáticas começam com doutrina das
Escrituras Sagradas (Bibliologia), a doutrina de Deus e suas obras (Teologia Própria e
Prolegômenos), a doutrina do homem (Antropologia), a doutrina do Pecado (Harmatiologia), a
doutrina de Cristo (Cristologia), a doutrina da Salvação (Soteriologia), a doutrina da Igreja
(Eclesiologia) e a doutrina dos Últimos eventos (Escatologia).
Assim, percebemos que a teologia sistemática nos mostra uma ordem lógica que abrange
os pilares principais da cosmovisão cristã: Deus – Criação – Queda – Redenção – Consumação.
Quanto a definição de teologia sistemática, Carson postula que:
Por “teologia sistemática”, entendo aquele ramo da teologia que visa elaborar o todo
e as partes da Escritura, demonstrando suas conexões lógicas (não apenas históricas),
dando pleno reconhecimento à história da doutrina, ao clima intelectual e às categorias
e indagações contemporâneas, tendo sua base de autoridade final nas Escrituras,
propriamente interpretadas. Teologia Sistemática lida com a Bíblia como um produto
pronto. (CARSON, 2001, p. 21).
Diante de tudo que foi exposto, é importante ressaltar que o tema da “imago dei” no
homem está inserido dento do loci da antropologia bíblica que se insere dentro da teologia
sistemática como uma das doutrinas cristãs que tem como objetivo estudar a criação do homem
e o seu lugar na criação divina, sua constituição natural e ontológica e o aspecto da imagem de
Deus no homem (“imago dei”) dentro do contexto escriturístico dos capítulos de Gênesis 1 a 3.
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Seguindo essa mesma definição exegética, Groningen (2002, p.81) postula que o termo
( בְּ צַ לְּ ֵ֖מנּוtselem), mesmo sendo difícil determinar o seu significado a partir de sua raiz
etimológica, nas vinte e seis vezes que o termo aparece dentro do contexto veterotestamentário,
refere-se ao ídolo que é usado para representar uma deidade ou potencial divino.
Portanto, tendo em vista o uso do termo ( בְּ צַ לְּ ֵ֖מנּוtselem) dentro do contexto do Antigo
Testamento a partir das definições exegético-teológicas que expomos dos eruditos supracitados,
notamos que o termo “imagem” de Deus no homem, conforme Gênesis 1.26-27, indica que o
ele foi criado para representar fielmente o seu Criador na ordem cósmica, na qualidade de vice-
regente de Deus, recebendo assim qualidades espirituais, intelectuais e morais semelhantes às
dos seu Criador, daí o porquê, o termo “imagem” (tselem) aparece em paralelo ao termo
“semelhança” (dêmût) de acordo com Gênesis 1.26.
das principais obras clássicas de teologia sistemática. Contudo, faz-se necessário expormos um
breve resumo do desenvolvimento teológico da “imago dei” no homem na teologia histórica,
perpassando o período da patrística até a reforma.
Assim, no chamado período patrístico, teólogos como Tertuliano e Irineu afirmaram que
a uma diferença entre “imagem” e “semelhança” de Deus, mostrando que o termo “imagem”
se referia aos aspectos corporais, enquanto o termo “semelhança”, estava relacionado com a
espiritualidade do homem.
Por outro lado, os teólogos Clemente de Alexandria e Orígenes não relacionaram os
termos “imagem” e “semelhança” com aspectos corporais, apenas indicaram que se referiam as
características do homem com tal e suas qualidades não essenciais que podem ser perdidas.
O bispo Agostino de Hipona entendia o termo “imagem” relacionado a razão humana
que refletia a sabedoria divina dando-lhe capacidade de relacionar-se com o seu Criador.
Citando o pensamento de Agostinho, o teólogo Sturz assim nos diz:
De acordo com Agostinho, a “imagem” subsiste na alma, especificamente na mente
(razão). Fica claro que o pecado pode deformar, mas não destruir ou corromper
completamente a “imagem”. Para restaurar a “imagem”, Deus enviou seu Filho
Unigênito, a [imagem consubstanciai] que imago consubstantialis suprimiu o pecado
(redenção) e deu ao homem o poder de agir de acordo com as exigências da imago
Dei. (STURZ, 2012, p. 296).
Verificamos que o erudito Augustus Strong, outro teólogo batista renomado do século
XIX, afirma na sua clássica obra em dois volumes de “Teologia sistemática” (2003) que o termo
“imagem” de Deus está presente na alma do ser humano que reflete por meio do corpo,
mostrando que a parte material do homem em algum aspecto é semelhante a Deus. Portanto,
segundo Strong, o homem como um ser integral, sendo ele dicotômico, mostra-nos que a parte
espiritual do homem é o cerne da imagem divina, contudo, ela só pode ser refletida na ordem
criada pela instrumentalidade do corpo humano.
O também teólogo batista Richard J. Sturz em sua obra de “Teologia Sistemática”
(2012) entende que o termo “imagem” de Deus no homem deve ser compreendida em três
aspectos: primeiro, refere-se ao homem ser uma criatura que possui personalidade espiritual,
dotada de intelecto, vontade, liberdade e autoconsciência, que o faz ser responsável diante do
seu Criador; o segundo elemento da “imago dei” está no fato que Adão ao ser criado a imagem
divina recebeu o privilégio de dominar sobre a criação como um represente do seu Criador; o
terceiro aspecto da imagem divina no homem seria o fato deste ser uma “cópia” dos atributos
divinos do amor, da santidade e da bem-aventurança.
Percebemos que o teólogo batista Millard J. Erickson em sua clássica obra de “Teologia
Sistemática” (2015) condensa o conceito de “imago dei” no homem, conforme pensado ao
longo da teologia histórica, em três aspectos que denomina de “imagem essencial”, “imagem
relacional” e “imagem funcional”. O erudito Erickson, então, afirma que o sentido de “imagem
essencial” está relacionado a natureza física, psicológica e espiritual do homem. Já o conceito
de “imagem relacional” significa a capacidade que o homem foi dotado de relacionar-se com o
seu Criador de forma autoconsciente.
Por outro lado, o conceito de “imagem funcional” denota o sentido da capacidade de
domínio sobre a ordem criada. Contudo, após expor esses três conceitos de “imagem divina”
no homem, Millard J. Ericson entende que os conceitos de “imagem relacional e funcional” não
são a “imago dei” em si mesma, entretanto, são implicações da presença da imagem de Deus
no homem. Sendo assim, conforme pensa o teólogo Erickson, a “imago dei” significa as
faculdades da personalidade do ser humano que o capacita a raciocinar, refletir, tomar decisões
e interagir com outras pessoas. Nesse sentido, então, o teólogo Erickson acredita que a “imago
dei” no homem confunde-se com os próprios atributos comunicáveis de Deus refletidos no
homem. Assim, vejamos o que esse erudito afirma sobre a “imagem” de Deus no homem:
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Notamos que o teólogo pentecostal Stanley M. Horton entende que a “imagem” de Deus
no homem refere-se ao aspecto moral-intelectual-espiritual. Assim, tais aspectos, conforme
pensa Horton, dão capacidade ao homem de se relacionar com o seu Criador, com outras
pessoas e exercer o domínio correto sobre a criação. Vejamos o que esse erudito diz em sua
obra de “Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal” (1996):
[...] imagem de Deus na pessoa humana é algo que somos, e não algo que temos ou
fazemos. Esta opinião está em perfeito acordo com o que já estabelecemos como
propósito de Deus na criação da humanidade. Primeiro: o homem foi criado para
conhecer, amar e servir a Deus. Segundo: relacionamo-nos com outros seres humanos
e temos a oportunidade de exercer o domínio apropriado sobre a criação de Deus. A
imagem de Deus em nós ajuda-nos a fazer exatamente essas coisas. (HORTON, 1996,
p. 259).
Portanto, conforme expomos acima acerca dos principais conceitos teológicos dos
eruditos da “Teologia Sistemática”, verificamos que a “imago dei” no homem está relacionada
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Após expormos acima os conceitos da “imago dei” a partir das principais obras clássicas
de “Teologia Sistemática” e discutirmos os conceitos teológicos entre elas, suas similaridades
e diferenças, nesse último tópico desenvolveremos os conceitos da “imagem” de Deus no
homem a partir do olhar das principais obras de “Teologia Bíblica” traduzida ao português nos
últimos anos.
relacionada ao aspecto do domínio do homem sobre o cosmo criado. Assim sendo, conforme
pensam os eruditos acima, o domínio do homem sobre a criação tem como finalidade levá-la
ao seu potencial desenvolvimento para que ela possa glorificar ao seu Criador, o que para os
autores, leva o homem a ter plena liberdade e responsabilidade diante do seu Criador como
mordomos reais.
Notamos que a compreensão da “imago dei” na obra de Bartholomew e Goheen, parte
da compressão do contexto histórico do Antigo Oriente Próximo, no qual se deve interpretar a
literatura de Gênesis. Portanto, citando o teólogo von Rad, eles afirmam que os reis terrenos da
Antiguidade reivindicavam o seu domínio ao erigirem imagens de si mesmo nas províncias de
seu império em que poderiam aparecer pessoalmente. Portanto, conforme acredita
Bartholomew e Goheen, Deus ao criar o homem conforme a sua imagem, significa que por
meio dele o Criador governaria a sua própria criação. Vejamos esse conceito de “imago dei”,
segundo Bartholomew e Goheen, vinculado ao domínio do homem sobre o cosmo nos trechos
abaixo:
A partir disso, deve estar claro que a semelhança fundamental entre Deus e a
humanidade é a vocação singular da humanidade, seu chamado ou comissão feitos
pelo próprio Deus. Sob Deus, a humanidade deve dominar sobre as partes não
humanas da criação na terra, no mar e no ar, do mesmo modo que Deus é o dominador
supremo sobre tudo. [...] Ser humano significa ter liberdade e responsabilidade
enormes, responder a Deus e prestar contas por essa resposta. Assim, a melhor forma
de expressar o conceito de “domínio” da humanidade sobre a criação pode ser afirmar
que somos os mordomos reais de Deus, colocados aqui para desenvolver o potencial
não revelado na criação divina, a fim de que toda ela possa celebrar a glória de Deus.
[...] O chamado de Deus a nós para “ter domínio” sobre a sua criação acarreta esse
tipo de elogio ao que somos capazes de realizar como seus mordomos. Também
acarreta uma grande responsabilidade correspondentemente pelo que resulta dessa
mordomia. Se isso é o que ser “à imagem de Deus” inclui, então claramente nosso
serviço para Deus deve ser tão amplo quanto a própria criação e incluirá cuidar bem
do meio ambiente. (BARTHOLOMEW E GOHEEN, 2017, p. 44-45).
Percebemos no pensamento do teólogo bíblico Hans Walter Wolff em sua clássica obra
de “Antropologia Bíblica” (2007) que ele também compreende o termo “imagem” de Deus
vinculado ao domínio do homem sobre a criação como vice-regente do seu Criador. Contudo,
Wolff trás outro conceito de “imago dei” que dá sentido ao domínio do homem sobre o cosmo.
Conforme Wolff pensa, a expressão “imagem” de Deus deve está relacionada ao vínculo de
correspondência entre o homem e o seu Criador e ao caráter relacional entre eles, que faz com
que o homem responda a Deus em obediência. Vejamos, então, o conceito de “imago dei” na
obra de Wolff:
Logo, na incumbência da administração do mundo não se deverá esquecer a
proximidade especial de Deus em relação ao ser humano que está expressa de modo
eminente na ligação através da palavra. Contudo, de acordo com o sentido específico
da imagem do dominador no contexto da afirmação de 1.26a,b, deve-se registrar que
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O teólogo bíblico holandês Gerhard Von Gronnigen, em sua clássica obra “Criação e
Consumação” (2002, Vol.1), entende a “imago dei” no homem sob três aspectos simultâneos.
Para ele, a imagem de Deus refere-se, primeiro, a representação Dele no homem de acordo com
o que estava em sua mente; segundo, ao relacionamento singular entre Deus e o homem e ao
“status” de realeza do homem dado por Deus. Quanto a representação de Deus no homem,
Gronnigen nos diz que:
Da mesma forma como Moisés construiu o tabernáculo de acordo com o modelo que
Deus lhe havia dado (Ex 25.9, 40), Deus também fez a humanidade de acordo com o
modelo que ele tinha em mente. Este modelo, no entanto, embora não idêntico ao
próprio Deus, refletia e representava muito daquilo que Deus é. (GRONNIGEN, 2002,
p. 81)
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espírito, refletem à imagem de Deus em toda sua existência criativa, incluindo o corpo.
(VANGEMEREN, 2019, p. 63).
Os teólogos bíblicos Peter G. Gentry e Stephen Vellum destacam em sua obra “O Reino
de Deus através das Alianças de Deus” (2021) que o sentido teológico de “imagem” de Deus
deve ser compreendido a partir duma exegese histórico-gramatical que leve em consideração o
significado do termo dentro da linguagem histórico-cultural do Antigo Oriente Próximo. Assim,
acerca dessa abordagem interpretativa pretendida pelos autores quanto ao significado de “imago
dei”, eles afirmam:
“imagem” como o relacionamento entre Deus e Adão em que este governa a criação em nome
do Criador, enquanto a expressão “semelhança” refere-se ao relacionamento de filiação entre
Deus e Adão. Observemos, portanto, a abordagem interpretativa de “imagem” e “semelhança”
de acordo com a teologia bíblica de Gentry e Vellum nos trechos abaixo:
Dados os significados normais de "imagem" e "semelhança" no cenário cultural e
linguístico do Antigo Testamento e do antigo Oriente Próximo, "semelhança"
especifica uma relação entre Deus e os humanos de tal forma que ‘adam’ pode ser
descrito como o filho de Deus, e “imagem” descreve um relacionamento entre Deus
e os humanos de tal forma que 'adam pode ser descrito como um rei servo. [...] Estes
seriam entendidos como relacionamentos caracterizados por fidelidade e amor leal,
obediência e confiança - exatamente o caráter dos relacionamentos especificados
pelos convênios após a Queda. Nesse sentido, a imagem divina implica uma relação
de aliança entre Deus e os humanos, por um lado, e entre os humanos e o mundo do
outro. (GENTRY E VELLUM, 2021, 83).
O teólogo bíblico Valter Kaiser Jr em sua obra clássica de teologia bíblica “O plano da
Promessa de Deus” (2011) entende que a “imago dei” no homem deve ser compreendida a partir
das definições neotestamentárias, onde está diretamente relacionada com o verdadeiro
conhecimento de Deus (Cl 3.10); “justiça e santidade” (Ef 4.24) e na capacidade que o homem
tinha de se comunicar com Deus e ter comunhão com Ele, pelo qual, o levava a ter um papel de
domínio e liderança sobre a criação como “protótipos” do Deus Soberano que governa sobre
todo cosmo. Assim, então, Kaiser Jr nos diz:
É somente no futuro, no Novo Testamento, que o conteúdo desta imagem ficará mais
claro em termos de definições (p. ex, a “imagem de Deus” incluirá “conhecimento”,
Cl 3.10; e “justiça e santidade”, Ef4.24). [...] Vemos que são expressos em conceitos
tais como a possibilidade da comunhão e comunicação com Deus, o exercício de
domínio e liderança responsáveis sobre a criação que pertence a Deus, e o fato de que,
de algum modo que ainda não foi especificado, Deus é o protótipo do qual o homem
e a mulher são meras cópias, réplicas (selem “estátua ou cópia lavrada ou trabalhada”)
e fac-símiles (demût, “semelhança”). (KAISER JR, 2011, p. 38-39).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2012.
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2018.
_______________________ Introdução a Teologia Bíblica: O desenvolvimento do
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STURZ, Richard. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2012.
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