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Economia Monetária e Financeira

Licenciatura em Economia 2023-2024

Economia Monetária e Financeira

Msc. Josimar Cafina Manuel


josimarcaf12@gmail.com

Ano lectivo: 2023-2024

Josimar Cafina Manuel


Economia Monetária e Financeira
Licenciatura em Economia 2023-2024

CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## Os motivos da procura de moeda
Motivos microeconómicos de procura de moeda (classificação keynesiana tradicional)
1. Motivo de transacções MdT = f(Y), com f y > 0
- Motivo de rendimento: Famílias => fazer face a despesas regulares entre momentos de recebimento dos vencimentos.
- Motivo de negócios: Empresas => fazer face a despesas regulares até ao momento de venda dos seus produtos
2. Motivo de precaução MdP = f(Y), com f y > 0
- Famílias e empresas => fazer face a despesas inesperadas
3. Motivo de especulação MdE = f(i), com fi < 0
- Famílias e empresas => Confronto entre a detenção alternativa de obrigações (rendimento positivo, liquidez reduzida) e moeda
(rendimento nulo, liquidez absoluta)
4. Motivo de financiamento MdF = f(Y, i), com f y > 0 e f i < 0
- Empresas => financiar o investimento

Josimar Cafina Manuel


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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

MdT = f(Y,i), com f y > 0 e f i < 0 Diferente da perspetiva de Keynes

As hipóteses subjacentes ao modelo são as seguintes:


1. O nível de rendimento, Y, é recebido no início do período e é igual ao montante de transações efectuadas durante esse período, T.
2. As despesas, isto é, as transacções são regularmente distribuídas no tempo.
3. Existem activos financeiros de muito curto prazo (obrigações), que auferem um rendimento dado pela taxa de juro, i, e cuja
transacção, isto é a sua transformação em moeda, sofre custos fixos no valor de b por cada transacção.
4. Por simplificação, o rendimento é recebido sob a forma de títulos.

T = Montante das transacções periódicas (previamente conhecidas)


i = Taxa de juro dos títulos de dívida
b = Custo de corretagem (independente do valor dos títulos vendidos)
C = Encaixe monetário total (montante de títulos vendidos de cada vez)
C/2 = Encaixe monetário médio
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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

Custos de oportunidade = i.C/2 (n=2)


O investidor realiza n = T/C transacções de títulos em moeda, logo:
Custos de transacção = b.T/C

Custo de Oportunidade Custo de transacção


(varia positivamente com o (varia negativamente com o
montante do encaixe monetário) montante do encaixe monetário)

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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

Josimar Cafina Manuel


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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

Josimar Cafina Manuel


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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)
### Modelo de Baumol com componente variável no custo de corretagem

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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)
T = Valor do Rendimento e da despesa total
I = Investimento inicial em títulos
T – I = Montante de moeda detido para fazer face às despesas do primeiro subperíodo

Custo de transacção na compra inicial de títulos:


𝐶𝑡𝑟𝐼 = 𝑏𝑑 + 𝑘𝑑𝐼
O encaixe inicial T – I é gasto durante a fração 𝑇−𝐼/𝑇 do período de despesa. Logo o custo de oportunidade do encaixe médio inicial
(COEI) é

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3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

Custo de transacção total na venda de títulos durante o período remanescente:

Custo de oportunidade do encaixe monetário médio, durante o período remanescente:

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3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

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3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

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3.1. Procura de moeda
## O Modelo De Baumol (Procura De Moeda Por Motivo Transacção)

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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes
Moeda: liquidez absoluta, sem risco (meio de reserva de valor monetário), e rendimento nulo;
Títulos: liquidez reduzida, com risco (incerteza de preço) e rendimento positivo.
Por simplicidade admitimos que a alternativa à detenção de encaixes monetários é constituída por obrigações consolidadas ou
perpétuas.

Trata-se do limite da soma de uma progressão geométrica de razão 𝑟 = 1/1+𝑖 , cuja expressão geral é:

logo,

Assumindo que o cupão é igual a 1 u.m. então 𝑃 = 1/i


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3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes
O rendimento total (em percentagem) de uma obrigação tem duas componentes: a taxa de juro e o ganho de capital:
A taxa de juro destas obrigações 𝑖 = 1/P .
O ganho de capital é dado por:

➢ Taxa de rentabilidade (taxa de juro + ganho esperado de capital)

Para cada investidor individual existe um valor particular da taxa de juro i, que anula o rendimento esperado do título (a taxa de juro
crítica do investidor, i c )

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## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes

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3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes

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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes
Críticas ao modelo keynesiano de procura de moeda por motivo de especulação:
➢ O stock de riqueza de um agente económico é constituído por moeda ou, exclusivamente, por títulos. O modelo de Tobin considera
que a riqueza pode ser constituída simultaneamente por moeda e títulos;
➢ Os agentes económicos acreditam de certeza num determinado valor futuro da taxa de juro. Tobin considera que os agentes
económicos esperam uma taxa de juro de forma probabilística (incerteza) e que são avessos ao risco.

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3.1. Procura de moeda
## Integração do crédito no modelo IS-LM

Os regimes cambiais e o grau de mobilidade internacional de ### Armadilha da liquidez no modelo IS-LM

capitais têm influência na eficácia das políticas económicas,


nomeadamente da política orçamental e da política
monetária.
Regimes cambiais:
❑ Câmbios fixos
❑ Câmbios administrados (dirty float)
❑ Câmbios flexíveis

Josimar Cafina Manuel


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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes
### A mobilidade internacional de capitais
Os economistas não estão de acordo acerca de quando se pode falar de perfeita mobilidade de capitais ou como é que se pode medir a
mobilidade de capitais.
Primeiro, estamos em perfeita mobilidade de capitais quando um activo pode ser transacionado ao mesmo preço em diferentes
mercados; se a mobilidade de capitais for perfeita, então as taxas de juro dos depósitos, na mesma moeda, devem ser iguais no país
(onshore) e no exterior (offshore).
Segundo, estaríamos em perfeita mobilidade de capitais quando as taxas de juro ajustadas para eliminar o risco de câmbio forem as
mesmas em diferentes países.
Terceiro, se existir perfeita mobilidade de capitais, então os capitais afluiriam dos países com taxas de juro reais mais baixas para os
países com taxas de juro reais mais elevadas até se esbater a diferença entre as taxas de juro.
Quarto, na presença de perfeita mobilidade de capitais não há razão para que a poupança e o investimento estejam associados: os
capitais podem afluir dos países com elevadas taxas de poupança para países com melhores oportunidades de investimento.

Josimar Cafina Manuel


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CAPITULO III – TEORIA MONETÁRIA


3.1. Procura de moeda
## O modelo da Procura Especulativa de Moeda de Keynes
### As fricções nos mercados financeiros

➢ Os mercados financeiros estão sujeitos a fricções, isto é, a custos de transação e de informação, que diferem de mercado para
mercado, e de instrumento para instrumento financeiro.

➢ Os custos de fricção nos mercados financeiros podem ser custos diretos e/ou custos indiretos que estão associados à execução das
transações financeiras.

➢ As fricções financeiras estão na origem da não substituibilidade perfeita entre o mercado obrigacionista e mercado do crédito
bancário.

Josimar Cafina Manuel


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Que deus nos abençoe!

Josimar Cafina Manuel

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