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GÊNERO LITERÁRIOS

Gênero épico é o gênero literário composto por narrativas de caráter heroico. Essas narrativas têm narrador, personagens,
enredo, tempo e espaço. As epopeias são narrativas escritas em verso e apresentam prólogo, invocação, dedicatória, relato dos
fatos e epílogo. Os dois poemas épicos mais famosos são a Ilíada e a Odisseia, ambos do poeta grego Homero.

O gênero épico é formado por narrativas, portanto, um texto épico tem: narrador (onisciente, observador ou personagem),
personagens (planas ou redondas), enredo (trama), tempo (cronológico ou psicológico) e espaço (local ou locais onde a ação
transcorre). Além disso, obrigatoriamente, é necessária a presença de um herói. Assim, o protagonista deve vencer obstáculos ou
mesmo cumprir uma difícil missão. Nas epopeias, também é comum a participação de deuses, deusas e seres mitológicos, que
podem ajudar o herói ou mesmo dificultar a sua vida.

A Antiguidade é o berço do gênero épico. As epopeias primárias (as mais antigas) são a Ilíada (a guerra de Tróia) e a Odisseia
(a volta de Ulisses/Odisseu, o sábio, para sua ilha de Ítaca após a guerra de Tróia) que datam do século VIII a. C., ambas
atribuídas ao poeta grego Homero. Porém o texto épico mais antigo de que se tem notícia é a Epopeia de Gilgámesh, produzida,
aproximadamente, em 2000 a. C., na Mesopotâmia.

As epopeias, ou poemas épicos, são narrativas escritas em verso. São longos poemas que contam uma história heroica e
extraordinária. No entanto, elas não são divididas em capítulos (como os romances, que tomaram o seu lugar no século XVIII),
mas sim em cantos.

GÊNERO DRAMÁTICO

Os textos que fazem parte do gênero dramático são escritos para serem encenados. Portanto, a princípio, eles não são
produzidos para a leitura de leitores(as) comuns, já que têm como objetivo orientar diretores e atores. Esses textos, de acordo
com suas especificidades, podem ser definidos como: tragédia e comédia.

Estrutura do texto dramático

Atos (divisão do texto)

Cenas

Rubricas (instruções do dramaturgo)

Falas dos personagens

GÊNERO LÍRICO

No Gênero lírico a principal característica do gênero em questão é a subjetividade. Por meio da poesia, o autor revela suas
impressões ligadas ao mais profundo “eu”, extravasando emoções e sentimentos pela expressão verbal rítmica e melodiosa.

Cultuado desde os tempos da Antiguidade, era representado pelo canto, forma pela qual as composições poéticas eram
apresentadas, acompanhadas do som de uma lira – um instrumento musical de cordas mais popular daquela época. A
musicalidade era concebida como fonte inspiradora e criativa de todo o sentimentalismo em ascendência.

Formas líricas.

Soneto – De origem italiana, surgido no século XIII, é um poema composto por quatro estrofes, sendo as duas primeiras com
quatro versos (quartetos) e as duas últimas com três (tercetos). Essa forma perpetuou-se por todos os estilos literários, atingindo a
contemporaneidade.

Elegia – Originado na Grécia, trata-se de um poema no qual a temática pauta-se pela morte ou outros acontecimentos tristes.

Écloga – poema que retrata a vida bucólica, os acontecimentos ligados à vida pastoril.

Ode - É um poema originário da Grécia, exaltando valores nobres sob um tom entusiástico.

Há que se ressaltar que, além do espírito subjetivo, principal componente da poesia lírica, ela ainda conta com a participação do
“eu-lírico”, ou seja, a própria voz que fala no poema, expressa pelas emoções e pelo sentimentalismo, no qual o eu–poético não
mantém nenhuma ligação com o artista (o poeta).

Classificação de rimas quanto ao valor

Rima pobre: Quando as palavras que rimam pertencem à Rima rica: Quando as palavras que rimam pertencem a
mesma classe gramatical ou as rimas são feitas com diferentes classes gramaticais ou as rimas são feitas com
terminações muito comuns no nosso no idioma. terminações pouco comuns no nosso no idioma.

gato/pato noz/veloz

correr/fazer altar/desenhar

amarelo/singelo pente/surpreendente

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Classificação de rimas quanto à posição na estrofe aos montes e às águas se queixava (D)

Rimas alternadas (ou cruzadas): Combinam-se de seu escuro e triste nacimento.” (C)
alternadamente, seguindo o esquema ABAB.
(Luís Vaz de Camões)
“O meu amor não tem (A)

importância nenhuma. (B)


São também chamadas de rimas encadeadas, quando as
Não tem o peso nem (A) palavras que rimam se situam no fim de um verso e no início
ou meio do outro.
de uma rosa de espuma!” (B)

(Cecília Meireles)
“Salve Bandeira do Brasil querida

Toda tecida de esperança e luz


Rimas emparelhadas (ou paralelas): Combinam-se de
duas em duas, seguindo o esquema AABBCC. Pálio sagrado sobre o qual palpita

A alma bendita do país da Cruz”

“Vagueio campos noturnos (A) (Francisco de Aquino Correia)

Muros soturnos (A)

Paredes de solidão (B) Rimas misturadas (ou mistas): Quando apresentam outras
combinações e posições na estrofe, sem esquemas fixos.
Sufocam minha canção.” (B)

(Ferreira Gullar)
“Vou-me embora pra Pasárgada

Vou-me embora pra Pasárgada


Rimas interpoladas (opostas ou intercaladas):
Combinam-se numa ordem oposta, seguindo o esquema Aqui eu não sou feliz
ABBA.
Lá a existência é uma aventura

De tal modo inconsequente


“De tudo, ao meu amor serei atento (A)
Que Joana a Louca de Espanha
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto (B)
Rainha e falsa demente
Que mesmo em face do maior encanto (B)
Vem a ser contraparente
Dele se encante mais meu pensamento.” (A)
Da nora que nunca tive.”
(Vinícius de Moraes)
(Manuel Bandeira)

Rimas encadeadas: Combinam-se entre estrofes,


nomeadamente tercetos, seguindo o esquema ABA BCB
CDC.

“O sulmonense Ovídio, desterrado (A)

na aspereza do Ponto, imaginando (B)

ver-se de seus parentes apartado, (A)

sua cara mulher desamparando, (B)

seus doces filhos, seu contentamento, (C)

de sua pátria os olhos apartando; (B)

não podendo encobrir o sentimento, (C)

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