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II O íamoso Ching, "O Livro das Mutações", na ver'
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III dade, era um dos muitos livros que integravam o Ta Pu,
II o Grande Oráculo.
II Nos tempos atuais ainda há muita confusão envolven'
do o I Ching e o T'ai Hsüan Ching. O I Ching baseia-se no
II dualismo Yin Yqng, enquanto o T'ai Hsüan Ching, com
III principios mais antigos, susÍenta a existência de três íor'
III Ças Yin, Yang e Jen, respectivamente forças negativa,
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positiva e de criação de todas as coisas. A representação
do T'ai Hsüan Ching é feita através do diagrama de 4
linha's.
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Após 2.000 anos, Derek Walters resgata através do
I Ching Alternativo todas as bases filosóficas e divinatÓ- q
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rias do T'ai Hsüan Ching. NesÍe livro, primeira versão
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ocidental do T'ai Hsüan Ching, ele comenta como a natu-
reza ternária poderia ter ajudado as modernas teorias da
matematica e da fisica.
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II Alorn disso, Derek apresenta o método de consulta (), =3
II aos 8l tetragramas, iuntamente com o calendário em que
- se busaava o Oráculo, habilmente reconstruido a partir de
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ALTERNATIVO
Derek Wolters
Tradução
Bernadette Siqueira Abrão
fdiçor'@$iriliuno
[)ados de Catak:gaçâo na Publicaçâo (CIP) lnternacional
(Câmara Brasileira do l,ivro. SP. Brasil)
Bibliogra [ia.
ISBN 85-267-0216-5
cDD-I35. i
89-1903 -29q,51482
Introdução 11
Primeira Parte
Os Shou 73
Terceira Parte
O T'ai Hsüan Ching e o Pensamento Científico .. . 245
Apêndice
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lul úpoea. "O csscucial, para unr escritor", assinalou ele nurna Os críticos que sustentam ser o T'ai Hsúan Ching mer.a e
pfssagcm citada por Feng Yu Lan, em Uma história da lilosoliu pálida imitação do I Ching inexplicavelmente não levam em con-
cltincsu, "ó seu envolvimento com a obra, sua espontaneidade... sideração inúmeros problemas. Os textos dos 64 hexagramas
lile não deve descartar aquilo que lhe vem espontanear:lente nem (descontados os "comentários", acrescentados mais tarde) são
sc esforçar quando a inspiração não aparece, A questão é gostar reuniõr:s de frases heterogêneas que variam de fórmulas mágicas
do conteúdo da obra; aumentá-la a fará supérflua; diminuila (especialmente o primeiro) a poemas (como no hexagrama 48,
serrÍ o nresmo qr"re prejudicá-1a." o Filho clo Bem). Muitos repetem largos trechos de outros hexa-
AIém disso, outro ponto que parece ter sido ignorado é o gramas. A ordem em que estão dispostos tambérn parece alea-
fato de o I Ching não ser o primeiro nem o único método divi- tória pelo menos não existe nenhuma explicação plausível
natório por diagramas. Tampouco ficou confinado à China. A -
para a seqüência. |á o T'ai Hsüan Ching, ao contrário, é um
rabdomancia (varas pelas quais os diagramas do I Ching são trabalho extremamente sofisticado. A ordem dos diagramas tem
calculados) era conhecida pelos gregos como prática cítica, o uma seqüência lógica, permeada por uma unidade filosófica.
que sugere que a arte deva ter sido introduzida na China pelos Quanto aos textos, embora yariados, indubitavelmente foram
videntes mongóis, Por outro lado, o Livro da sorte cle Napoleão reunidos com cuidado.
que usa diagramas similares arroga-se origens egípcias O I Ching não passa de uma coleção de ditos populares
-muito antigas. Dois outros métodos-- de adivinhação semelhantes
que só se transformou numa obra completa depois da maturi-
ao IChing são mencionados na literatura clássica: o Lien Slrarr dade. O T'ai Hsüan Ching é tão mais coerente que nem sequer
(Cordilheira), provavelmente criado pelo legendário filósofo Fu pode ser comparado ao I Ching. Os principais enganos, porém,
Hsi, e o Kuei Tsang (Volta às Origens da Vida), atribuído ao residem na negligência a que é relegado o lado filosófico do T'ai
igualmente legerrdário imperador amarelo (Shang) Huang Ti. Hsüan Ching e que, resumidamente, sustentâ a existência de
Além disso, diversas evidências arqueológicas têm sugerido que três forças atuantes na natureza. Duas delas, o Yin e o Yang,
a maioria das tribos possuía seus próprios sábios, praticantes de representam respectivamente as energias negativa e positiva do
diferentes sistemas de adivinhação, que clregam a usal' quatro e eletromagnetismo. A terceira força explica a criação de tudo
oito linhas ao invés das seis lrabituais. quanto seja verdadeiramente novo. Com o Yin e o Yang não há
De todos esses métodos, o I Ching é o único que ostenta o nada de novo sob o sol. Se todas as coisas são classificadas a
título de "mutante". Chamá-lo de "o livro das mutaçoes" implica partir desse dualismo, então ele pode explicar somente aquilo
aceitar que os outros sistemas não sejam nrutantes, embora o que já existe. Não importa quantos produtos ou idéias resultem
título alternativo, "Chou I ", signifique "transformaçoes de da ação desses dois pólos nada de inteiramente novo pode
Chou" (leia-se dinastia Chou) e insinue que poderiam ter exis- ser criado, As novas idéias,- e as novas espécies, só existem a
tido outros "livros de mutações". Talvez o da dinastia Han te- partir de uma terceira força criativa. É mais do que conhecido
rrha sido o últirno e o da Shang, o primeiro. Mas os documetrtos o fato de o computador produzir apenas aquilo para o que foi
que podem ptovar fatos como esses foram descobertos recente- programado; é preciso que a mente humana gere novos concei-
mente e ainda estão sendo analisados na China. Por enquanto, tos. A terceira força, segundo o T'ai Hsüan Ching, chama-se
o que diferenciaria o I Ching dos outros mótodos seria apenas o len (Homem, Gênero Humano). As implicações dessa teoria
sisterna de hexagramas "mutantes". radical são discutidas mais adiante, no capítulo "O T'aí Hsüan
ll 15
Chirrg c o pensamento científico". Portanto, longe de "imitar" comentário e uma interpretaçâo. Mas o texto básico é aquele
o I Ching, o T'ai Hsüan, com seus diagramas de quatro linhas, que segue o diagrama. Apesar de antigo, o livro é bastante hete-
traz princípios bem mais antigos do que as súreviventes ver- rogêneo e varia de um ou dois ideogramas que simplesmente
sões do t Ching. A filosofia das três forças é totalmente diver- indicam boa ou má sorte
-
a versos de significados quase e§que-
gente do dualismo do't Ching. Além disso, por paradoxal que
-
cidos, palavras mágicas, orâções ou fragmentos de alguma velha
possa parecer, o T'ai Hsüan Ching é uma obra de grande origi- rima. Os comentários, as interpretações e a divisão, segundo
nalidade. a opinião geral, foram obra de Wen Wang e seu filho, Çhou
Durante trôs mil anos o I Ching atraiu as atenções dos mais Kung (morto em 1105 a.C.), fundador da dinastia Chou'
devotados estudiosos, enquanto o T'ai Hsüan Ching, embora apa- Existem duas explicações para o desaparecimento do Lien
recendo em inúmeras edições e contando com eminentes sábios Shan e do Kuei Tsang. A primeira diz respeito à hipótese de
chineses entre seus apologistas, foi negligenciado por dois mil que eles tenham se tornado partes de outros livros, pois é impro'
anos. Apenas algumas mensagens foram traduzidas para outros vável que hajam sido destruídos na Queima de Livros. Afinal,
idiomas, particularmente o russo. Contra a maciça coleção de Shih Huang Ti poupou as obras consideradas "práticas", incluí'
duas centenas de volumes dos textos clássicos escolhidos do das aí. as divinatórias e o proprio I Ching. Outra possibilidade é
I Ching temcs somente um punhado de parágrafos sobre o T'ai que esses nomes Lien Shan e Kuei Tsang não tenham
Hsüan, escritos por alguns poucos especialistas. O pequeno - -
pertencido a livros mas sim a métodos de adivinhação. Exemplo
número de pessoas que teye a oportunidade de conhecê-lo ficou disso é o fato de os diagramas do I Ching terem sido seleciona'
surpreso com sua extraordinária habilidade em responder às per' dos através da divisão de um feixe de milefólios (veja a página 65
guntas que lhe são feitas de maneira muito mais direta do que e observe o que resta depois de cada divisão). No I Ching, as
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os obscuros comentários do Ching. Espera-se que as futuras sobras significativas são a 6 e a 9. É possível que outros métodos
pesquisas levem em conta esse aspecto do T'ai Hsüan Ching. tenham sido usados em processos alternativos de seleção, resul-
tando em sobras diferentes, como a 7 e a 8 (veja o artigo de
Sistemas divinatórios relacionados ao T'ai Hsüan Ching Zhang Zhenglang, mais adiante). Alternadamente, a ordem dos
Nos tempos clássicos, o familiar I Ching não passava de diagramas e sua distribuição em determinados versos oraculares
um dos três livros proféticos que formavam o Grande Oráculo pode variar. _Por exemplo: o I Ching tradicionalmente começâ
Ta Pu t.Àhl. Os outros são o l-ien Shan ( it ü) e o Kuei com os diagramas Ch'ien (Paraíso, seco' masculino lZ )
Tsang ( iTfi ), presumivelmente perdidos e supostamente des- =
e K'un (Terra, úmida, feminina tt ), mas recente§ descobertas
truídos na grande Queima de Livros levada a cabo por outro arqueológicas revelaram fragmentos de um texto do I Ching no
imperador amarelo, Shih Huang Ti, em 213 a.C. qual o primeiro símbolo é * Chien (Ferrolho) e o segundo,
O Livro dos ritos de Chou assegura que essas duas obras Ch'uan ( «( ), ou Córrego. Ísso representa não aPenas uma
são similares ao I Ching em muitos aspectos. Portanto, é neçes- ordem diferente de ideogramâs como também nomes'diferentes
sário recapitular, mesmo que brevemente, a natuÍeza do "livro para os diagramas. Zhang Zhenglang (Kaogu Xuebao, l98O'
das mutações". Bastante complexo, ele consiste na interpretação n.o 4) conclui que cada tribo possuía seu sistema divinatório,
de 64 diagramas compostos por linhas inteiras e segmentadas. praticado antes da fundação das cidades, e que os nomes dessas
Cada diagrama tem um nome, seguido de um texto curto, um tribos, seus métodos e cidades acabaram associados'
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Os estudiosos aceitam o fato de o sistema de Oito Diagra- L:oln os oito Kua do I Ching chinês nem com os 81 Shou do
nras (Pa Kua), bastante elementar e também atribuído a Fu Hsi, T'ai Hsüan Ching. Ao contrário, têm curiosas marcas verticais
ser mais antigo do que o I Ching. A origem desses oito diagra- em lugar das linhas horizontais, e não se assemelham a nenhum
mas (agora quase sinônimos dos pontos cardeais e exigidos em dos signos chineses. Podem, entretanto, referir-se a outro mé-
cada talismã chinês) deve estar em algum ponto remoto da His- todo divinatório.
tória, em companhia de outro diagrama místico, o Lo Shu (Pin-
tura de Rio) , arranjo dos números de 1 a 9 num mágico quadra-
do matemático (veja a página 60). Logo examinaremos outra
ligação desses nove números místicos, dessa vez com os diagra-
26
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mas de linhas segmentadas,
Além dos diagramas de seis linhas do I Ching (hexagramas) /i/iJ [lil,,
e dos oito diagramas de ftês linhas do Pa Kua, há alguns sinais
curiosos e similares nos ossos oraculares (os mais antigos textos "fA
chineses), nos bronzes usados nos cerimoniais e em outros obje-
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tos. São diagramas de quatro linhas, divididas em dois ou ftês
segmentos. Muitos significados foram atribuídos a esses diagra-
mas, incluindo a hipótese de eles terem sido apenas uma forma
primitiva da escrita de números ou datas.
Exemplos desses "estranhos sinais" em ossos oraculares
estão em Kaogu (Arqueologia) n." 2, 1981. Os bronzes foram
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descritos num artigo de B. Schindler em Ostasiatische Zeitschrilt,
1915, vol.5, Outras evidências de que os signos são proféticos
encontram-se num artigo também sobre bronzes chamado The ''.üstranhos sinais" gravados em ossos or',lj--a:.i§ (' i (.^-..:-...:i Slt.ri^g c
wonder ol Chinese hronzes, de Li Xuequin. Ele menciona que nos Chou. As de números 28 e 29 representam o Shou 2,; t -'"t, o Shou 27.
vasos de bronze das dinastias Shang e Chou * como nos encon-
llustração retirada do K'ao Ku (Kaagu), 1981, 2, pág. 157.
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r 'l'sar Chiu Feng Pa Shih I Ming Shu, que, embora deficiente, trata-se de trigramas ( (como os Oito Diagramas) mas conr
revela 71 desses 81 possíveis nomes. algumas diferenças. A ordem habitual dos Oito l)iagramas ó a
Outra obra divinatória que à primeira vista parece relacio- seguinte:
nada a essas é o Ling Ch'i Ching, ou Manual do espírito xadrez. NI-I II II IEI :
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Nele, doze peças exibem os ideogramas correspondentes a Alto. II II-NI II II I
Meio e Baixo quatro de cada categoria. São muito semelhan-
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tes aos misteriosos tetragrâmas, uma yez que há quatro linhas
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não 'se possa ter çerteza disso porque não se sabe se os nomes
perdidos eram iguais aos que restaram.
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É ô' por somente um ideograma, embora alguns contenham dois;
nesses casos, o ideograma auxiliar não passa de adjetivo, como
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sas variações. Por causa dos problemas envolvidos, dos quais não
é possível tirar nenhuma conclusão definitiva, o Ling Ch'i Ching,
* Pb com seus aproximadamente 300 ideogramas, não f.az parte da
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Clada uma dessas linhas pode ser inteira, ou dividida em feito por Fu Hsi tem lma seqüência matemática e por issrl rríro
r.luasou três partes. Na seqüência do T'ai Hsüan, o primeiro é muito fora de propósito pensar que a ordem original dos 64 he-
Shou tem quatro linhas completas; o segundo, a quarta linha xagramas também fosse binária. Escavações recentes, aliadas à
enr dois segmentos; o terceiro, a mesma quârta linha dividida em descoberta de textos muito antigos do I Ching, têm lançado no,
três; o último Shou tem a linha Pu fragmentada em duas partes, vas luzes sobre essa questão.
mas a Chia apresenta-se inteira. Essa seqüência continua em Os 81 Shou têm nomes, ou títulos, que os identificam.
ordem regular, terminando no Shou 81, no qual as quatro linhas Estão classificados em três grupos: de 1 a 27, çonsiderados
dividem-se em três segmentos. (Uma consulta no quadro que Yang; de 28 a 54, uma combinação entre Yin e Yang; e de
aparece na abertura deste livro vai tornar esta explicação mais 55 a 81, ligados à força Yin. Esses três grupos foram batizados
clara.) Os quatro primeiros tetragramas, portanto, apareoem de T'ien, ou Céu (I-27); |en, o Homem (28-54); e Ti, a
assim: Terra (55-81) .
Mas não é só. Os 81 Shou também foram ordenados em
r T nove diyisões iguais, cada qual também denominada T'ien * (o
-- IT gue, é evidente, provoca algumas confusões): 1-9, LO-t9, L9-27
I I'
-- 2 !ar
-- 3 -- e assim por diante. As três primeiras T'ien formam o grande
- 1 4
- grupo conhecido como T'ien; as de número quafro, çinco e seis
A essa altura, é importante lembrar que a ordem dos 64 he' compõem o grupo )en. As três últimas (55-81) constituem o
xagramas do I
Ching não tem uma seqüência lógica. O hexa- conjunto Ti.
grâma 1, Ch'ien, tem seis linhas inteiras e é seguido do K'un Esses nove T'ien f.oram batizados com os mesmos nomes do
(hexagrama 2), com seis linhas segmentadas. Do mesmo modo, primeiro Shou de cada grupo, Assim, o T'ien criado a partir da
todos os outros hexagramas são dispostos em pares e não seguem reunião dos números 1a 9 chama-se Chung, o nome do Shou 1.
nenhuma regra matemática. Se eles apresentassem uma seqüên- Do mesmo modo, o Shou 10, Hsien, empresta sua denominação
cia de números binários, a ordem seria esta: ao T'ien que vai de 10 a 18.
Segundo Yang Hsiung, cada Shou pode ser dividido em
nove outras subdivisões, conhecidas corno Tsan (assistentes) e
que somam, no total,729, A maioria das edições do T'ai Hsüan
Ching (exceto a de Ch'en fen Hsi, na qual este livro se baseia)
apresenta esses 729 Tsan, devidamente comentados. Pclrém, co-
Na disposição atual, estes quatro hexagramas correspondeur mo vamos mostrar mais adiante, não existe nenhuma evidência
aos números 7, 44, 13 e 33. de que os textos dos Tsan tenham sido escritos por Yang
Os estudiosos do I Ching sabem que existem dois arranjos Hdiung. Na verdade, a grande probabilidade é de que não sejam
dos oito trigramas dos quais derivaram os hexagramas: o de Fu dele. Tudo o que se pode dizer aÇerÇa de cada Tsan é que sua
t{si e o "moderno" (que tem pelo menos mil anos), atribuído
a Wen Wang, a quem também é creditada a disposição dos * Para evitar confusões, a palavra T'ien, quando se referir a essas sub-
64 hexagramas na forrna como os conhecemos hoje. O arranjo divisões, aparecerá em grifo.
2t) 27
interpretação deve corresponder a um determinado Shou: o Tsan dentro; inflexível por fora. Esses textos filosóficos não apare-
165, por exemplo, parece pertencer ao Shou 4l; mas cada parte cem sempre no começo do Shou; podem surgir em qualquer
desse texto, na verdade, está aberta a todo tipo de conjeturas. trecho. O Shou 81 é um caso à parte: tem um verso filosófico
Uma lista dos Tsan, com os T'ien e os Shou a que pertencem, adicional no fim, que leva o texto a uma elegante conclusão,
encontra-se na página 56. Algumas dessas afirmações são notáveis. Parecem indicar
que a compreensão que Yang Hsiung tinha das ciências nâturais
O conteúdo dos textos dos Shou
está bem à frente de seu tempo. Ainda que o vôo altere a apa-
Curiosa combinação entre filosofia profunda e o banal coti- rência das coisas, a translormação da matéria pode ser leita pelo
diano, esses textos também reúnem o romanticamente poético e intelecto. Este trecho, encontrado no Shou 28, quase sugere o
o mais vulgar mundanismo, o claro e o incompreensível. fenômeno de contração FitzGeraldlorentz da Teoria da Relativi-
Como já dissemos, cada Shou tem um nome, ou um ideo- dade. Ás planlas são o eixo central, sem o.qual o mundo respi-
grama-título. Esse ideograma pode aparecer uma ou mais vezes raria com dificuldade. Será que, ao fazer uma afirmação dessas,
no texto, ou nem sequer ser mencionado. Neste último caso, no Yang Hsiung tinha ciência de que sem plantas não haveria
entanto (como no Shou 39, a Morada), existe alguma relação entre oxigênio, e que sem oxigênio seríamos incapazes de respirar?
o ideograma-título e o conteúdo do texto. Muitos dos Shou Outras referências que aparecem nos textos dos Shou di.
virtualmente, todos os primeiros quarenta começam com.uma
- zem respeito à época em que foram escritos. Há, por um lado,
-
referência à sua naturezaYin ou Yang..Quase todos os quarenta uma espécie de "almanaque", um anuário do comportamento da
primeiros textos principiam com Yang Ch'i (tr* f,), que tradu- natureza, como em De cada casal nascem pequenas criaturas
zimos como "energia ativa". Ainda que essa abertura aparente (Shou 6) ou Surgem llores e ramogens (Shou 15). Mas Yang
ser padrão, no resto do texto ela parece negligenciada. Isso é Hsiung também se ocupou dos fenômenos relativos à astronomia
de vital importância porque, caso o verso de abertura seja tirado e da administração básica do calendário (veja os Shou 37, 4l e
do contexto geral, o significado da frase pode ser completamente 67). o que confirma a hipótese, delineada nestâs páginas, de
'Hsüan
alterado. Foi o que aconteceu na citação que aparece no Giles' uma correlação entle o T'ai Ching e o calendário oci-
dictionary (veja o comentário no Shou 3). dental.
Depois da referência a Yin e Yang, na abertura, costuma Além disso, existem informações sociais Os tributos são
haver uma linha ou duas que desenvolvem a natureza a que per- grilhões (Shou 21), Acatamos a autoridade- e lhe dedicamos
tence o Shou. Veja o exemplo do Shou 35: respeito (Shou 9), Os lidalgos [pessoas cultasl dão de si a<t
próximo (Shou 25) inúmeras referências à vida doméstica:
Energía ativa - e
sentar à volta do fogo, tomar chá, conversar sobre casamentos.
G rande auto-suficiência exterior. Fala-se também em rnédicos e curandeiros (Shou 51 e 75), em
Pouco de Yin: viagens feitas em carruagens e barcos, bestas míticas, animais
só umo pequena porção interior. de estimação, pássaros de espécies que me são desconhecidas.
Versos assim são enigmáticos, presságios de significados profun-
A continuação deste período "filosófico" é a "elementar" dos que devem ser interpretados segundo os problemas vividos
natureza do Sbou. Exemplo disso é o Shou 29, Barrado por pelo consulente,
2t1 2c)
Alguns desses versos oraculares parecem não ter relação com (vol. II, pp. l9Gl92). Na verdade, eles datam do século IV
o resto do texto ou mesmo com o nome de Shou. No 45, por a.C., e por isso mesmo não eram novidade na época de yang
exemplo, a palavra Li (vaso de sacrifício) não tem nenhuma Hsiung. No T'ai Hsüan Ching, por exemplo, Iemos que O ami-
ligação com o trecho anterior a seu aparecimento e tampouco relo não é amarelo (Shou l), A pobreza nõo é pobrezà
lShou S;,
com o que vem depois. Representada por apenâs um ideograma, A controvérsia não é controvérsra (Shou 25).
essa palavra constitui o menor verso de todo o T'ai Hsüan Ching. Não há fórmula ou padrão para os textos Shou, embora
(A propósito, ela não é a única de um só ideograma; o que às vezes encontremos alguns textos-modelo que .,personificam,'
chama a atenção é o fato de estar totalmente deslocada do muitos dos elementos discutidos acima. O Shou li é um bom
contexto.) exemplo disso, ainda que comece com a referência yang Ch,i
É possível que alguns desses versos únicos, "inspirados", seguida por uma informação sobre a época do ano Cresce a
tenham se originado na forma de outros ideogramas que com- exuberante vegetação - Deter-
e por alguns versos oraculares.
põem o texto, produzindo um tipo de escrita ideal para a repre- -
minados Shou, como o 7i, consistem inteiramente em afirma_
sentação do místico, de imagens fantásticas, entre a massa com- ções filosóficas. Outros, como o 76, são misteriosos do começo
pacta dos argumentos filosóficos. Exemplos disso são os Shou ao fim.
36 e 56. Espero que os comentários a todos esses textos ajudem a
Uma característica do estilo poético é o contraste entre pares tornar mais claros o que a princípio vão parecer trechos obscu-
de versos com aberturas idênticas ou conrraditórias: ros. Na verdade, eles são extremamente filosóficos e pretendem
revelar a profundidade de idéias escondidas no coração do abis-
Por dentro, claridade" ; mo. (De onde é essa citação? Deixo ao leitor a resposta!)
Nenhuma necessidade de luz.
Por dentro, lucidez; Pequena biografia de Yang Hsiung
O Eu é prolundo e inexplorado. (Shou 63)
O compilador do T'ai Hsüan Ching nasceu por volta de
53 a.C., no tempo em que, do outro lado do mundo, |úlio César
Não existe crescimento:
planejava invadir a Bretanha. Muito do que se sabe sobre yang
É, a orientoçõo.
Hsiung (ou Tse Yün) foi reunido por seu grande admirador
Sim, existe crescinrcnto;
Pan Ku, historiador da dinastia Han, cujos comentários sobre o
É, a luz na esaúdão. (Shou 13)
T'ai Hsüan Ching foram citados por Ch'en Jen Hsi no prefácio
da edição em que este livro é baseado.
Os sábios de antigamente deliciavam-se com esses "enigmas"
Segundo Pan Ku (que viveu entre 2 e 92 d.C.), yang
intrigantes: cerca de quarenta curiosos paradoxos foram listados
Hsiung é natural de P'i Hsien, distrito de Cheng Tu, capital de
por Ioseph Needham em Science and civilisation in China
Sze-chuan. Seu sobrenome derivou do distrito de yang Hsien.
* Em inglês, o primeiro e o terseiro versos terminam com a palavra em Shansi, feudo dominado por um antepassado filósofo, No
clarity. Qptei por traduzi-la de duas formas diferentes ("claridade" e entanto, quando Yang Hsiung nasceu, sua família já não tinha
"lucidez") para seguir o sentido dos versos que as precedem. (N, da T.) tanta pompa; na verdade, possuía tão poucos bens que, no auge
i0 31
-"!l
rl;r cirllcira de Hsiung, não contava senão com algumas peÇas então circularatn muito pouco e não puderam ser apreciados
(:nr ouro. Mas essa quase pobreza nunca pertubou Yang Hsiung, de maneira adequada.
rnais preocupado em adquirir conhecimentos do que posses ma- Além do T'ai Hsüan Ching, Yang Hsiung também compilou
teriais. Desde criança ele foi famoso pela dedicação aos estudos, um dicionário de dialética, um livro de música e outras obras
que infelizmente foram perdidas. O mais celebrado de todos os
Jamais se contentava com as aulas, empenhando-se em entender
seus trabalhos é o Fa Yen, coleçáo de vigorosos provérbios escri-
o signilicado das obscuras pâssagens que lia.
tos num estilo que lembra Lun Yu (Conversas e discursos de
Ele não era um bom orador e talvez essa inabilidade o
-
tenha levado a uma vida mais fechada, acadêmica s exisls Conlúcio antolagia). Quanto ao T'ai Hsüang Ching, foi manti-
-, do num
-
quase esquocimento durante todos esses ano§, recomen-
uma alusão a isso no Shou 56; O clamor das bocas, discursando,
provcca a vontqde de lalar. dado por poucos acadêmicos mais por curiosidade do que por
seu valor intrínseco.
Por volta de 13 a.C. Chang An o indicou a um posto equi-
Yang Hsiung, segundo sua biografia oficial. rnorreLr no
valente à assistência dos atuais lentes de universidades, e mais
ano 18 dc ttossa erâ. com 7l anos.
tarde ele chegou a ser secretário do gabinete do magistrado. Foi
então que um acontecimento importante acabou por transformar
sua vida e seu trabalho, a ponto inclusive de nortear os cami-
nhos que suas obras trilhariam na posteridade. Esse fato foi res-
ponsável pelo esquecimento a que as idéias filosóficas de Yang
Hsiung foram condenadas, uma vez que as críticas a elas passa-
ram a se basear não no conteúdo dos trabalhos mas sim nas
atitudes políticas do pensador. Tudo começou quando, no ano
9 de nossa eta, a dinastia Han caiu nas mãos do regente
Meng. Yang Hsiung foi preso sob a acusação de participar dos
planos que levaram à revolta. Inconformado, disposto a não
esperar pelo julgamento, ele pulou uma janela da torre na qual
cumpria pena e ficou seriamente ferido. Na verdade, essa fuga
quase lhe custou a vida.
Mas Hsiung conseguiu a absolvição, porque mais tarde foi
indic,ado para o cargo de Ta Fu (Grande Sábio). Isso prova'
velmente se deveu ao fato de seus textos iniciais tecerem elogios
a Meng antes de o regente usurpar o trono. Alguns historia-
-
dores, no entanto, julgam esses elogios evidências da traição (a
despeito de terem sido escritos antes da revolta, como odes de
cortesia), algo indigno de um filósofo. Isso explica a margina-
lização a que foram relegados 'seus trabalhos, gue a partir de Página do T'ai Hsüan Ching, edição de Ch'en Jen Hsi' com notas de
eminentes sábios chinese.
,,
72
AS EDIÇÕTS NO T'AI HSÜAN CHING
35
O esquema prossegue com cada fragmento do texto original
Essas novas edições baseiam-se, na verdade, em duas ver-
dando origem a comentários, interpretações e comentários das
sóes "standard" do T'ai Hsüan Ching: a' de Ssu Ma Kuang interpretações. Discutiremos mais adiante a validade dessa forma
( E,tJ[. ), que viveu entre 1019 e 1086, e uma outra, escrita
de apresentar o trabalho. Em primeiro lugar, observemos a natu-
provavelmente no mesmo período, com comentários de Fang
reza do texto assim Çomo aparece na versão de Ch'en fen Hsi'
Wang, apêndice de Wang Yai e notas de Lin Yü. As únicas (Para facilitar a comparaÇão entre essa edição e as "standard",
diferenças entre essas duas versões é o conteúdo dos comentários.
conservaremos a numeração do esquema.)
O esquema, no entanto, é semelhante:
t. Os tetragramas não aparecem na versão de Ch'en Jen
1. Relação dos tetragramas. Hsi. Nem junto aos textos dos Shou, nem no prefácio.
2. Análise das linhas, feita em seguida à classificaçâo na tabela do conteúdo ou no apêndice.
que Yang Hsiung lhes deu. O tetragrama ( ), 2. Uma vez que não existem tetragramas, também não
por exemplo, seria analisado assim -à-fff-íiiX. = há análises sobre eles.
Isso significa direção (ou casa) 2. grupo 'l , seção l, 3. Em um ou dois casos os ideogramas dos nomes dos
família 3. Shou vat'iam, embora isso se deva à caligrafia do
3. O nome, ou título, do Shou (sempre representado pot' escritor. Quando isso acontece, optamos por notas
um só ideograma). de rodapé explicativas:
4. Uma explicação sobre esse nome. 4. Se existem dúvidas quanto ao nome de algum Shou,
5. O verso filosófico de abertura. elas são colocadas no comentário que se segue ao
6. A explicação dessa abertura. nome.
7 . A frase Ch'u ( ?l * ), ou Primeiro Chefe, supos' 5. A abertura filosófica freqüentemente é menor do que
tamente a primeira das nove divisões Tsan. ou sub- as constantes nas ediçôes "standard". Às vezes nem
divisões. existem. É o caso, por exemplo, do último Shotr,
8. Uma linha do texto de Yang Hsiung. 6. Os comentários aparecem em locais diferentes' Em
9. Comentário sobre essa linha. algumas ocasiões introduzem o texto, em outras expli'
10. A frase Ts'e Yüeh ( $ E ), que significa "a inter- cam um ideograma incomum. E muitas vezes ajudanr
pretação diz que. . . ". a decifrar alguma expressão mais complicada' (Como
II . Até aqui foram utilizadas letras de tipo claro. A par- exemplo, veja o Shou 32.)
tir deste ponto, o tipo muda para escuro, destacando 7., 10., 13, As frases Ch'u I, Ts'e Yüeh e Tz'u Erh não
aparecem, seja no texto, nos Shou ou em qualquer
o texto original do livro.
outra parte. Isso significa, conseqüentemente' que os
12. Comentários sobre o texto. respectivos comentários e interpretaçóes também ine-
13. A frase Tz'u Erh ( ã : ), "segundo assistente",
xistem,
supostamente o segundo Tsan'
14. Continuação do texto. Obviamente, temos que perguntar por que, na edição de Ch'en
15. Comentários sobre esse trecho, lcu Hsi, as interprctaÇoes e linhas encontradas nas outlas ver-
\6 ;7
I
sões não aparecem. Há três respostas possíveis: a) Ch'en fen explicações sobre frases e ideogramas mais obscuros' A versâo
Hsi produziu e publicou deliberadamente uma versão mais "di- encontrada na Biblioteca Britânica, Provavelmente publicada em
luída" por razões particulares; b) ele não tinha conhecimento 1632, é portanto a mais próxima do texto original de Yang
das edições "standard", completas (baseadas em cópias datadas Hsiung (se não for baseada no mirnuscrito do próprio Hsiung)
da época da dinastia Sung); c) teve acesso a uma cópia que do que as edições da dinastia Sung (960-1297 de nossa era).
julgou bastante antiga, e portanto mais próxima ao original de A conclusão a que chegamos é de que as versões "standard"
Yang Hsiung do que as existentes na dinastia Ming. contêm muito material estranho ao trabalho original, acrescen-
Para descobrir qual dessas três alternativas é a mais viável, tado ao longo dos anos por autores até agora desçonhecidos'
é importante lembrar que Ch'en |en Hsi não foi apenas um dos Parece que os antigos editores decidira.m interpretar e comentaÍ
examinadores imperiais ou o compilador da extensa Enciclopédia seus próprios "Tsan" afinal, eram comuns as notas de rodapé
Imperial, mas também um verdadeira expert na biografia oficial -
de sua autoria. Uma vez livre de todo esse material apócrifo, o
da dinastia Chou. Se ele tivesse produzido um trabalho malcui- texto Íevela-se extremamente curto. O Shou 77, pt exemplo,
dado, seus inimigos o teriam exposto ao ridículo. Isso significa contém apenas onze ideogra insuficientes Para a con§tru-
que as duas primeiras alternativas são falsas. Quanto à terceira,
ção de um verso de abertura e Para a subdivisão em Tsan. Num
é intrigante demais. outro extremo, alguns dos Shou, demasiadamente longos, ultra-
A dinastia Ming estava em colapso; Ch'en |en Hsi andava passavam os nove Tsan. É fácil concluir que isso trouxe pro-
ocupado, compilando a Enciclopédia Imperial, ao mesmo tempo blemas aos editores, mais interessados em obter resPostas a
que se entregava a seus afazeres habituais. O que o teria questões particulares do que em conservar a originalidade da
levado a pôr todas essas preocupações de lado para começar a obra. Portanto, era natural que facilitassem o texto, dividindoo
trabalhar na edição de um texto antigo, já conhecido pelos em Tsan e interpretando cada uma dessas divisões; além disso,
eruditos? (Na verdade, Ch'en )en Hsi cita apenas sete autori- os versos enigmáticos pareciam incompreensíveis. Sem falar na
dades que .elogiaram o T'ai Hsüan Ching. Entre elas encontra-se dificuldade adicional de saber que versos (freqüentemente dis-
Pan Ku, historiador morto no ano 92 de nossa era, e o astrôno- postos em pares contraditórios) relacionaYam-se com a§ situações
mo Lu Chi, que viveu no século III e pressagiou a própria mor- para as quais eles pretendiam as resposta§'
te.) A resposta a essa pergunta só pode ser uma: ele deve ter Os mesmos problemas, claro, foram enlrentados por mim'
encontrado o manuscrito do T'ai Hsüan Ching enquanto consul- Meu maior empenho foi no sentido de deixar o texto limpo'
tava os arquivos imperiais, e o julgou tão importante que aban- livre dos comentários e de tudo o que pudesse alterá'lo. As notas
donou seu trabalho para entregar-se à tarefa de tornar a desco- explicativas não se misturam a ele' Quanto à subdivisão em
berta conhecida do público. Muito possivelmente acreditou ser Tsan, foi feita da maneira mais discreta possível. Tenha em
aquela a única cópia existente de uma obra considerada pelos mente, porém, que essa subdivisão e as interpreta@es são mi-
sábios primitivos superior ao I Ching. E, caso não se tra- nhas; não há Tsan no trabalho de Chtn Jen Hsi, que, como
tasse do manuscrito feito pelo próprio Yang Hsiung, na certa já vimos, é o que mais se aproxima do original de Yang Hsiung'
era a versão mais antiga que Ch'en ]en Hsi conhecera. Ele O T'ai Hsüan Ching nunca foi traduzido, de forma com-
tinha em mãos uma cópia livre dos comentários e interpretações pleta, para nenhuma língua. Apenas algumas pas§agens são co-
acrescidos mais tarde, na dinastia Sung, e limitou-se a inserir nhecidas. A mais antiga, deste lado do mundo, talvez seja a
38 39
I
A bertttrcr
A alnra da Luz roda seu espír'ittr
E volta ao comeÇo.
As criaturas a seguem, de acordo com sua espécie,
Ve rsos
Demônio!
Solução
O demônio volta ao coração ldo céu I
é a intolerância.
2. Você ergue o eixo do centro
Na roda não há ângulos.
Solução
Erguer o eixo do coracãt-r
-lrarrqüilizar
a mente.
3. Sair de si mesmo, retirar-se para deutro de si
lVocê | estrela polar da felicidade e da infelicidade.
Solucão
Ao sail c cnltar em si lucsrnir
ó impossível não estar alerta.
4. Você se prepara Çcm um cinto de couro e uma five la,
prendendo neles unra argola de jaspe.
,+0
Nesta versão do T'ai Hsüan Ching, procurei mallter o cará-
ter "lacônico" da língua original, traduzindo, sempre que possí-
vel, palavra por palavra, além de reduzir ao mínimo os termos
sintáticos (inclusive o verbo "ser" e o "estaÍ") . Meu objetivo
era um estilo epigramático que revelasse de forma quase perfeita
o significado da obra. Infelizmente, porém, o resultado foi um
estilo telegráfico, que lembra as manchetes de jornais. Entre-
tanto, até mesmo isso é preferível a uma tradução que distor-
cesse o sentido real da obra. Na verdade, a ausência de gêneros
gramaticais e tempos de verbos dá ao texto original uma espécie
de ambigüidade ideal para trabalhos de caráter divinatório. (Em
certo momento, num acesso de entusiasmo purista, cheguei a
considerar a idéia de traduzir em monossílabos; essa tarefa, sinto
muitíssimo, me derrotou nos primeiros estágios. Contudo, talvez
entusiasme futuros tradutores.)
Algumas palavras têm de ser explicadas; não tanto os ter-
mos técnicos como Shou, Tsan e outros mas sim idéias básicas
sobre a filosofia e a civilização chinesas. O uso do termo "fidal-
go" o pode parecer anacrônico, mas é o único que engloba,
numa simples palavra, conceitos como "cavalheiro e sábio" ou
"homem refinado". (A expressão chinesa utiliza dois ideogra-
mas, e literalmente poderia ser traduzida por "filho do chefe".)
Yin e Yang são igualmente intraduzíveis, mas Yang Ch'i (»Í\)
acabou se tornando "energia ativa" **.
O ideograma relativo a Wu ( {l ) foi traduzido por "ele-
mento" sempre que aparece sozinho, pois nestes casos significa
"qualidade particular" do Shou a que se refere. Entretanto,
quando vem em seguida ao ideograma Wan ( f, ), miríade
45
olr dez nlil, tcm o significado de "cada partícula do universo". O calendário do T'ai Hsüan Ching
A filosolia chinesa sustenta que, no princípio de tudo, havia a
Crande Unidade; dividida em Yin e Yang, ela depois sofreu Não há nenhuma correlação aparente entre o número de
subdivisões que formaram as "dez mil partículas". euanto à Shou (81) e a quantidade de dias do ano. Isso torna mais
palavra "elemento", não tem rrenhuma conexão com os quatro extraordinário o fato dc Yang Hsiung ter proposto, com o T'ai
elementos de Aristóteles, os cinco da filosofia chinesa ou os Hsüan, um sistema de calendário o que foi sugerido por
pelo menos um sábio (W. Eberhard). - Ele afirmou que o verda-
noventa .da química moderna.
A palavra "abismo" aparece com freqüência. Ela tem dois deiro propósito da obra era propor um método baseado nas
significados: "vale, desfiladeiro" e "caos, espaço cósmico". Com- dez novas linhas-guia estabelçcidas pelos astrônomos Liu Hsin e
pare o Shou 20 at)qnçando pelo abismo, vaí o fidalgo de
Liu Hsiang durante o século I de nossa era, porque poucos anos
-
no qual a palavra tem sentido material,'com o Shou 8l antes, ou ao mesmo tempo, Yang Hsiung escreveu o texto do
escondidas no coração do ubismo no qual ela está relacio-
T'ai Hsüan Ching. Mas em vista do grande interesse demonstra-
-
nada ao sol, cujo brilho foi empanado-,pela escuridão do inverno. do por Hsiung no I Ching, suponho que ele descobriu o sistema
f á no Shou 19, Yang saltando no abismo, o termo tem os dois
de calendário depois de ter estudaclo as manifestações filosófiças
significados. dos 8l Shou.
Sempre que a palavra Tao ( jt ) surge, designando estra- O calendário chinês, até mesmo como se apresenta hoje, está
da, ou vereda, pode ser entendida como ''o caminho da verda- longe de ser descomplicado; existem doze, ou às vezes treze'
de" (o Tao, do taoísmo) . Outro ideograma fregüente é o que meses no ano que por seu turno é dividido em vinte e quatro
-
quinzenas. Paralelamente ao ano solar de 365 dias, corre outro
representa Fang ( fi ): orientação, casa, direção. O problema
é que Fang também dá nome à linha superior dos tetragramas. de 360, dividido em trinta e seis semanas de dez dias cada.
Além disso, segundo Ch'en |en Hsi, ela vem a ser uma outra Junte-se a isso o fato de os chineses, pelo menos enl nos§a época,
forma de chamar o Tao. Alguns desses significados secundários terem uma semana de trabalho de sete dias. . .
estão nos comentários do Shou. Yang Hsiung <iividiu o ano em 81 Shou de 4 l/2 dias cada
A leitura do texto gravado em madeira por Ch'en fen Hsi unr. A primeira vista esta parece ser uma escolha excêntrica'
é muitas vezes difígil. Em alguns casos os blocos mostram-se Mas, se considerarmos as subdivisões dos 729 Tsan em lugar
bastante manchados de tinta, borrando os ideogramas; em outros, Jos 81 Shou. chegaremos ao número relacionado à duração do
a impressão é falha, ilegível. Algumas lascas na madeira tornam ano solar: algarisrno central da série que vai de I a 729 é
o
certos ideogramas incompreensíveis ou mudam-lhes completa- justamente 365 (veia a seção dos Quadrados Mágicos, na pági-
mente 0 sentido. na 60). Em outras palavras, de açordo com o calendário de
Essas razões algumas vezes me levaram a consultar as ver-
Yang Hsiung o ano pode ser dividido em 729 Tsan, cada um
sôes "standard", embora elas não sejam confiáveis por apresen-
valendo a rnetade de um dia (parte da manhã otr da tardc)l só
tar freqüentes inversões das linhas dos tetragramas ou inter-
um dos Tsan corresponderia a um dia inteiro' pâra asscglll'ar
pretações equivocadas de Shou. Todas as dúvidas, no entanto,
que o ano termine à meia-noite.
foram anotadas nos comentários. (De particular interesse é cr
nome do Shou 8, cuja interpretação altera consideravelmente Os 729 Tsan, que formam os 81 Shou, foranr.t'eunidos enr
o sigrrificado do texto.) nove Ti'en ( X ). Estações ou Céus. Os nomes dessas ciivisões
-+4 4\
I
principais são os mesmos do Shou que as inicia. Uma observa- escrito de outro modo ( ç ), quer dizer "ovelha", que real-
ção mesmo que superficial desses nomes vai demonstrar que eles mente salta e brinca na primavera. Mais: é possível que haja
estão relacionados um com o outro. Exemplos disso são os também um jogo de palavras no próprio nome Yang Hsiung.
Shou 55 (Chien * , Decrescente), 64 (Chen rÍ , Submer- Infelizmente, esse sistema de calendário, por mais elegante
gindo) e 73 (Ch'eng fr , Concluindo); esses são os T'ien 7, que possa parecer, apresenta um problema. Ainda que o ano
8 e 9, respectivamente. chinês tenha um número variado de dias (de 355, quando não
Segundo Yang Hsiung, o ano começa no décimo primeiro há meses intercalados, a possíveis 390), não se pode dizer que
mês, terminando no décimo (do atual calendário chinês). Isso o calendário de Yang Hsiung comece todo ano na primeira Lua
parece sugerir que o ano se inicia com a Lua Nova, que pre- Nova depois do solstício de inverno; se assim fosse, haveria de-
cede o solstício de inverno, ainda que o calendário chinês esteja terminados anos em que os dias seriam dobrados, e outros em
construído (pelo uso dos meses intercalados) de forma a que que eles simplesmente desapareceriam.
o décimo primeiro mês sempre inclua o solstício de inverno. O calendário deve começar numa data fixa, e por causa
Todos os meses começam na Lua Nova, assim como ela é disso é possível que a Lua Nova e o solstício de inverno caiam
observada em Pequim. Felizmente, isso torna fácil a correspon- no mesmo dia (estatisticamente, isso aconteceria pelo menos a
dência entre o calendário de Yang Hsiung e o nosso, ocidental. cada 31 anos, mas na prática essa ocorrência é mais freqüente
Na verdade, é bem mais fácil do que teria sido se Hsiung hou- em virtude de ajustes no calendário). Portanto, parcaeria razoá-
vesse tentado aplicar seus T'ien, Shou e Tsan ao calendário vel que o início do ano se desse no ,solstício de inverno.
chinês da época, ainda que a diferença média no número de dias Correspondências mais específicas podem ser encontradas
entre l.o de janeiro e o ano-novo de Yang Hsiung seja muito no texto do Shou 41, cuja localização, no quadro de 81 diagra-
menor do que a diferença média entre 1." de janeiro e o atual mas (9 x 9), é central (corresponde ao meio do calendário),
ano-novo chinês, que costuma cair em datas distantes como 20 de Se o ano começasse no solstício de inverno, então esse Shou
fevereiro conforme aconteceu em 1985. estaria ligado ao solstício de verão. Não pcdem existir dúvidas
-
Nesse sentido, os nove T'ien estão em perfeita sintonia quanto ao significado do textol
com o desenvolvimento das estações do ano. Por exemplo: se o
início do calendário de Yang Hsiung for estabelecido em cerca
de uma semana antes do solstício de inverno, o terceiro T'ien
iÊ ÊÉ. L frE
Ts'ung
-
corresponderia ao período compreendido entre o meio
-
de março eofimde abril.OideogramaTs'ung ( fr ) é habi-
O brilho supremo alcança seu limite.
.
46 47
O cenlro do sol voa, suspenso sobre a escuridão do Yin, o em Ch'ang An. Embora essas datas nem sempre correspondam
que parece sugerir um equilíbrio entre a escuridão e a luz. às do Canon der Finsternisse, de Oppolzer (na verdade, um dos
Levando em conta que o calendário começa e termina no eclipses não foi citado nesse trabalho), os mapas desse mesmo
solstício de inverno, é possível equiparar cada texto a datas do Cânon mostram que no período em questão houve quatro eclipses
ano solar. Isto feito, um fato ainda mais extraordinário pode ser totais na região de Ch'ang An. Este é um ponto importante por-
observado. Os textos dos Shou 67 e 68 são obscuros a ponto que os eclipses só são notados pelo observador casual se existe
de os comentaristas os terem considerado dogmas morais. O alguma perturbação visível na luz do dia. Somente os eclipses
nome do Shou 67, Hui (ryf ), significa "obscuro", e o texto totais, com os fenômenos que os acompanham, inspiram temor'
começa assim: E três desses eclipses foram observados nas proximidades de
Ch'ang An, onde Yang Hsiung viveu desde 13 a.C. Um deles
EiE+,ájEÉ aconteceu em 17 de julho de 27 a.C., e também foi presenciado
perto da zona de Cheng Tu, onde Hsiung passou seus primeiros
O sol, superior e central; a lua, lundamental e incomparável. O anos; outro, em 23 de novembro do ano 2 de nossa era; e um
que quer dizer isso? Mais adiante, no mesmo Shou, lê-se o eclipse anular em 11 de outubro do ano 6 d.C. Este último, com
seguint€: sua coroa espetacular, deve ter sido magnífico, embora esse
aspecto só pudesse ter sido observado a aproximadamente cento
EH'EHfi iE,Z íi e cinqüenta quilômetros ao notte de Ch'ang An.
O outro eclipse, de 25 a.C., é entretanto o que suscita um
O brilho do sol envia seu esplendor ambiguamente, numa viu- interesse maior. Como o que ocorreu dois anos depois, poderia
gem. Agoru a palavra Hui tem dois significados: "obscuro" e ter sido total ou parcial na região de Cheng Tu, mas, diferente-
"eclipse". Entendidas assim, as duas linhas ganham sentido: mente do que aconteceu com os outros três, não pareceu digno
são uma referência a um eclipse sotar. Do mesmo modo, vemos de nota na capital. Esse eclipse teve como data o dia 23 de
no Shou 68: outubro, e assim corresponde ao Shou 68 do T'ai Hsüan Ching.
Talvez não seja tão fora de propósito concluir que o Shou 68
S,u H-t En xq é, na verdade, um relato do eclipse observado pelo filósofo Yang
Hsiung.
Claro que isso não significa que o T'ai Hsüan Ching tenha
Visão escurecido; divisões; então vclta a brilhar. O céu não sido escrito naquele mesmo ano ou logo em seguida aos fenô'
conhece seus próprios limites pode ser interpretado como relato
menos. Mas implica, sem dúvida , na cetteza de que eles influen-
da passagem de um eclipse. ciaram o trabalho realizado por Yang Hsiung depois do ano 2
Esses dois Shou corresponderiam aos períodos compreen- de nossa era.
didos entre 14-19 e 20-24 de outubro. O texto correspondente ao acontecimento de 23 de novem-
O Catalogue des eclipses de soleil et de lune relatées dans bro encontra-se no Shou 75. Entretanto, nem esse nem os
les documents chinois, de P. Pierre Hoang, relaciona dezenove Shou 74 e 76 podem ser interpretados como informes do
eclipses do sol entre 53 a.C. e o ano l8 de nossa era, observados eclipse.
4tt 49
r
fl
rl
As conclusões que podemos tirar desses fatos são as se- I
guin tes:
I
O CAI-ENDÁRIO DO T'AI HSÜAN
,l
a. O calendário do T'ai Hsüan Ching começa com o solstí- ANOS COMUNS
rl
cio de inverno. nrarrhã tarde tarde manhã tarde
. nranhã nranhã. tttrcle
b. Os textos dos Shou 67 e 68, correspondentes à terceira
i
i DEZ. Z?. | 7 5 91 97 MAt{. 23 183 184
r,r.rv. M^t. 8 275 776
semana de outubro, referem-se a um eclipse soiar. i 23 14 6 93 94 24 185 186 9 277 278
c. É provável que o único eclipse observado em Cheng Tu 2456 7 95 96 25 187 188 t0 279 280
2578 8 97 9E 26 189 i90 11 181 282
tenha sido o de 23 de outubro, em 25 a.C. 26910 9 99 100 27 t9l t92 12 183 284
d. O T'ai Hsüan (;hing foi escrito depois dessa data e com- 27 ll tl r0 10r 102 28 193 194 13 285 i8ó
pletado arites do ano 2 de nossa era, quando yang 78 ll 14 ll 103 104 29 195 t96 14 287 788
29 15 16 12 105 106 30 197 198 t5 ?89 290
Hsiung teve oportunidade de observar outro eclipse to- 30 t7 18 ll 107 108 31 199 200 t6 291 297
tal do sol. 31 19 20 11 109 ll0 ABR. I 201 202 17 293 294
rt rll ll2 2 203 7U t8 295 296
,AN. I . 2l zl 16 lr3 ll4 3 205 206 19 79i 298
zz3 l7 ll5 116 4 207 ZW 7A 299 3ffi
Ef,8H5ffirtffiffiffiffi 325
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22 303 104
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-*/,t l! 733 34 zl rz5 176 9 2t7 118 25 3W 310
írr 835 3ó t3 tz7 rz8 t0 2.t9 720 76 3tt 3lZ
rIü 937 l8 24 179 130 ll 721 llz 27 313 3t4
l0 39 40 75 L3t t3Z L2 223 124 28 315 3t6
11 4t 42 26 ll3 131 13 225 276 29 317 li8
6\à. 12 43 41 z7 135 136 11 217 228 30 119 320
13 45 46 28 ll7 ll8 15 229 230 3t 321 3?Z
t4 47 48 MAR. I 139 l,í0 16 Zll 231 IUN. I 323 124
15 49 t0 2 r1l L4Z 17 233 234 2 325 376
16il 52 3 143 144 tE 235 136 3 327 378
t? 53 4 145 146 4 129 330
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51
56
58
5 14? 146
6 r{9 150
7 t't t52
19 237 138
20 239 240
7t z4t 242
Z7 243 244
5 331 132
6 333 334
7 335 336
\> 71 6l
22 63
60
62
6+
8 153 154
9 t55 t56
13 243 746
24 Z4? 248
I 337 338
9 119 340
23 6' ffi l0 157 l5E 25 249 150 10 341 342
24 6? ó8 ll 159 ló0 16 25t 752 tl 343 344
25 69 70 t2 L6t 162 27 253 254 tz 345 )46
26 7r 77 t3 163 164 28 155 216 t3 347 348
27 73 71 14 165 ró6 29 25? 2r8 t4 349 350
:.-il
+*t z8 75 76 r5 167 168 30 259 Z& 15 351 352
Á.'{, t9 77 7E ló ló9 170 vx. I 261 262 t6 35r 154
30 ?9 80 t7 t?t r?2 7 263 264 l? 355 356
§ _i- ll 6t 82 r8 1?3 l?4 3 765 Z« l8 357 l5B
FEV. I 83 84 t9 175 176 1 267 28 19 159 160
285 8ó 20 177 178 5 269 770 z0 161 362
387 88 21 179 180 6 Z7l Z7Z 2l 363 364
Os 27 trigramas de Mestre Kuan
489 90 22 t9t t9t 7 273 274 zt 365 J65
5(r
-_____T_-_-_-
1t
bém devem ser somados e divididos por 9. Os três resultados Lun Yü* (Antologia), lamentando: "O rio não oferece mgis
vão dar as três coordgnadas. A primeira rcmeterâ ao T'ieni a diagramas" ele foi provavelmente o primeiro quadrado má-
segunda, ao Shou desse T'ien; e a terceira ao Tsan Pertencente
-, pela civilização. Cada um dos nove dígitos
gico descoberto e
a esse Shou. dos nove diirgralnas tem um significado próprio:
O último método, que utiliza talos de milefólio (como no
I Chins), ou pedaços de bambu, é explicado mais adiante. I
rIUnt
I
^l
.
'S Boa sorte
Um sistema numerológico mais elaborado (e que também
pode ser combinado com o horoscópico) requer o uso dos Qua-
drados Mágicos dos 729 T'san. Nesse arranjo de nove quadrados II 2 Chiu ,*, Erro
EI
mágicos (em que os números das colunas da borda de cada qua-
-
drado coincidem, tanto na vertical quanto na horizontal), todos 3 Hsiang Presságio (de sorte ou de azar.
os Tsan, de 1 a 729, f.oram dispostos de forma a que, se colo-
!ta
- E+ Geralmente indica boa sorte,
cados uns sobre os outros, formando um cubo, os quadrados exceto quando vem acompanhado
somem, a cada coluna, a quantia de 3285, O mais fantástico é por ressalvas.)
que no meio do quadro que fica ao centro desse arranjo vê-se
o número 365 exatamente a quantidade de dias qué com- r r 4 li^
.Â
põe um ano.
- I
t Remorso, arrependimento
O Lo Shu. rra
aal 9 Hsiung Dtl o..onio, má sorte.
Imagino que alguns leitores conheçam este jogo, também
chamado Diagrama do Rio e Quadrado Mágico de Nove Núme-
ros. Famoso desde a época de Confúcio que o citou em seu * Livro 9, capítulo 8.
-
5tJ 59
() diagrarrrt tlos t)uadrados Mágicos de Nove Números. Aqui, os nirve
rrúnrelos I'oram clispostos na Íorma cle J x i Ouadrados Mágico-' lá o tetragranra il é o bigrama 4 repetido: fr
MrÍeurálicos. l-o Shtr. O tetragrama 13 E é formado pelos bigramas 2 (li
rrhas superiores) c 4 (linhas inferiores).
Erro
,4,
Demônio Remorso
Cada um dos nove bigramas, quando dobrados, conrpôc
E3 XI
Chiu Hsiung
x.J-
Lin
pelo menos um tetragrama. Em alguns casos, quando as lirrhas
são diferentes, basta reverter o bigrama. Portanto, os tetragra-
mas tBmbém podem ser interpretados à luz desses diagramas de
Calamidade Média rlttrrs lirrhas.
jlt
Presságio
da>
iç bigrama bigramas
dobrados.
bigramas
refletidos
bigramas
reversivos.
Tsai P'ing Hsiang
--
O Quadrado Mágico Lo Shu. 4-
(correspondente ao quadrado acima).
)--- -- nl i r .
I - õ1.r.
^.4-.
-
-
2 9 4
ó ... --
6e i.i f À
ata
- -
7 5 3 aaa
aaa
aaa
Um quadrado mágico em forma de I ôl tt
tartaruga, impresso em lascas de madeira. - -:
6 I I Usado no Tibete como proteção contra g l'j --
os espíritos do mal.
Os teragramas: bigramas duplos _
Os mutacionistas (estudiosos do I Ching) scntprc prestant
9 8t I
-- /Llt
Irr t
r
-
nrLrita atenção à estrutura das linhas dos diagramas. Se tambén-r
atentarmos para os tetragramas dos 81 Shou, veremos que cada Bigramas dobrados e refletidos.
r-rnt dcles poderia ser formado por clois bigramas. As linhas As dos bigranras que formam os [3 I Shotr
combirraçôcs
supcriores corresponderiam. ao Fang e ao Chou; as inferiores. estão na tabela seguinte, tan.rbém conlrecida
por Quadrados Má-
ao Pu e ao Chia. gicos de Números lnteiros. (O uso da expressão "quadrados
O tetragrama I I por exemplo, seria o bigrama 2 do- mágicos", neste caso, nada tem a ver com o serrtido dc tcrnro
ll rltlo.
matemático semellrarrte.)
(rt)
bl
OS ASPECTOS DO TSAN RELATIVOS AO QUADRADO
MÁGICO DE NOVE NÚMEROS(1,.
o I I 42 I 83 7 r24 7 165 4 206 4 247 I 288 I 329 7
O=
.i6
-o -c \o ao o\
z 5 43 5 84 z 125 2 l6ó I 207I 248 5 789 9 330 2
Éç) 3 9 44 9 85 6 tz6 6 167 3 208 I 249 9 290 4 331 6
a* 4 4 45 4 8ó I t2? 5 r68 7 209 2 7.50 4 791 8 332 I
E
ts= TI lrI r! rl 5 I 46 3 87 5 tzg 9 ló9 2 710 6 25t I 292 3 333 5
Fê.
Eôv ll l: :l tl lr
! !!
rl tt 6 3 47 7 88 9 t29 4 170 6 2fi I z5z 3 293 7 334 4
É I I 48 2 89 4 130I t7r I ztz 5 253 z 294 2 335 I
I 2 49 6 90 8 131 3 172 9 ?t3 9 254 6 295 6 336 3
9 6 50 I 9l I 137. 7 t?3 4 214 4 255 I 296 I 337 7
ô l: o\ o d
N
N
tN N
\c,
N
rN t7 6
l8 I
58
59
I
5
99 3 140 ? 181 4 221 4 263 I 304 I
100 2 141 z 182 8 223 I 264 5 305 5
345
346
7
2
o t9 9 60 9 l0l 6 t42 6 183 3 224 3 265 9 306 I 347 6
{t) 20 4 6l 4 Loz I 143 I 184 7 zz5 7 266 4 307 I 348 I
+ ,,- @ o\ o N !} \o
2t 8 103 5 t44 5 185 ) 226 6 267 8 308 3
h0
:l N
22 3
62
63
8
3 r04 9 145 4 186 6 ?27 I 268 3 309 7
349 5
350 I
aú
IL z3 7 64 2 105 4 r46 I 1
187 I 728 5 269 I 310 2 351 4
o tt r @ o\ o
+ N
{. +
7.4 2 65 6 106 8 147 3 r88 5 229 9 270 z 3lt 6 352 3
!
It f
25 6 66 I 107 3 r48 7 189 9 230 4 271 I 317 1 353 7
o
o.
26 I 67 5 108 7 149 2 190 8 231 8 272 5 313 5 354 2.
7? 5 68 9 109 6 150 6 191 3 z3z 3 273 9 3r4 9 355 6
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lr 6
+ N
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rt- o N tt- 28 4 69 4 lr0 I l5l I r92 1I 233 7 274 4 315 4 356 I
E lr 29 8 ?0 I lll 5 t5? 5 r93 2 234 z z7s 8 3t6 3 357 5
oú
30 l ?t 3 n2 9 t53 9 194 6 235 I 276 ) 317 7 358 9
1'' I ll8
r :l 3l 1 I l3 4 t54 195 1 236 5 777 7 359 4
? IL I 2
\o r @ o, I \Ô
N
\o \o 32 ) l) 6 l14 I r55 3 t96 5 237 9 278 2 3r9 6 360 Â
l3 6 74 I ll5 _l 156 7 l9? 9 Z3B 4 279 6 120 I 16l 7
34 I 7s 5 l16 157 2 198 4 239 I 280 5 32t 5 i62 )
rl € r\o ó o\ o 35 5 76 9 tt7 ) 158 6 le9 .\ 240 1 281 I 327 9 363 6
ol
rl s \o \ê \ô \o
N
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36 9 ?7 4 il8 I 159 I 200 7 24t 7 282 4 123 4 164 I
37 8 ?8 8 119 5 160 5 201 Z 24?" Z ZB) IJ 324 I 365 5
38 3 79 3 120 9 161 9 202 6 243 í) 284 3 t25 9 366 9
at
o. la ç
N r \o
N
r o o\ o
6 CO 39 7 80 7 121 4 162 4 203 I 244 7 285 7 326 4 367 4
lt 40 2 8l ) tLz I 163 5 704 5 245 ) 286 2 327 8 368 8
4l 6 82 3 tz3 3 164 I 205 9 246 6 7.87 6 128 J 369 3
OS ASPECTOS DO TSAN RELATIVOS eo ôue»RADo Consultas por meio de varas
MÁGICO DE NOVE NÚMEROS(2"
O uso dos talos de mil-em-rama na consulta do I ChirÍg e
370 2 410 9 450 5 +n 7 530 3 s70 5 610 I 650 3 690 I do T'ai Hsüan Ching acaba nos dando uma pista da origem des-
37r 6 4ll 4 451 4 49t z 53.1 7 5?t 9 611 5 65t 7 691 3
3?7. I 4LZ 8 +52 492 I 6 532 6 572 4 6t2 9 652 2 692 7 sas artes. A planta, respeitada como algo quase 6agrado, deve
373 5 4t3 3 453 3 493 I 533 I 573 8 613 I
653 6 693 ? ser ou a artemísia ou o milefólio (mil-em-rama), espécies afins
374 9 414 7 4s4 7 494 5 s34 5 s74 3 614 3 654 I 694 I das quais encontra-se grande variedade. Dois nomes botânicos
375 4 4t5 6 455 2 +95 9 535 I
57s 7 6r5 ? 655 5 695 5 surgiram para identificar a planta usada pelos puristas do
376 I4t6 I 456 6 496 I 536 4 576 z 616 z 656 9 696 9
I Ching: Achillea millelolium ou ptarmica sibírica. Ela sugere
377 3 +t7 5 457 I 497 3 537 I
5?7 1 6t? 6 657 4 697 4
que os primeiros praticantes do I Ching eram do norte da China
378 7 418 9 458 5 498 7 538 3 578 5 618 I 658 3 698 I
379 6 419 4 459 9 499 2 539 7 5?9 9 619 5 659 7 69 3 ou do Turquestão, porque no sul chinês prevalecia a prática divi-
380 I 420 460 I 500 I 6 540 2 580 4 620 9 660 z 700 7 natória com varas de bambu. No norte, porém, o milefólio ainda
381 5 4Zt 3 46t 3 501 I 54t I 581 8 6Zt 4 661 6 701 z hoje é planta comum, enquanto o bambu permanece como rari-
382 9 422 7 462 7 502 5 542 5 582 3 622 3 662, I 702 6 dade em jard;ns bem protegidos.
383 4 423 z 463 2 503 9 543 9 583 7 623 7 663 5 703 5
3ú 8 424 I 4ó4 6 504 4 544 4 5U z 624 2 &4 9 704 9 Os bastões de salgueiro, no entanto, provavelmente também
385 3 425 5 465 I 505 3 5+5 8 585 6 625 6 65 4 ?05 + foram utilizados e sem dúvida os métodos eram semelhantes.
386 7 426 9 4ffi 5 506 7 546 3 586 5 626 I 666 I ?M I -
Para crescer, porém, o salgueiro exige lugares úmidos e escuros,
387 2 427 4 467 9 507 z 54? 7 587 9 627 5 67 7 70? 3 enquanto o milefólio aparece com abundância nos campos e
388 I 428 I
468 4 508 6 548 2 588 4 628 9 668 2 708 7
nos vastos capinzais das estepes. Também pode ser encontrado
389 5 429 3 469 3 509 I 549 6 589 8 629 4 ffig 6 7@ 2
3W 9 430 7 470 7 510 5 550 5 590 3 630 670 I I 710 6 com freqüência no médio e no alto vetáo, ao longo das margens
391 4 431 z 47t z 5il 9 55r 9 591 7 63t 7 67t 5 7lt I das rodovias. Certa vez consegui boa quantidade de varas de
392 8 432 6 472 6 5tz 4 552 4 597, 2 632 2. 6?Z 9 7t2 9 mil'em-rama num passeio solitátio realizado num bairro ao norte
393 3 433 5 473 I 513 8 553 I 593 6 633 6 673 4 7t3 4 de Londres.
394 ? 434 9 474 5 5t4 7 5s4 3 59+ I 634 I 6?4 8 714 I O milefólio é bastante adequado ao jogo porque as hastes,
395 2 435 4 47s 9 5t5 2 555 7 595 9 635 5 67s 3 715 3
396 6 436 I
476 4 51ó 6 556 2 596 4 6369 6?6 z ?16 ? quando secas, são ao mesmo tempo firmes e flexíveis: basta
tirar-
397 5 437 3 47? 8 5r? t ss7 6 597 I637 + 677 6 7r7 2 lhes as folhas. Procure escolher plantas com cerca de !,2 m
de
398 9 438 7 478 7 518 5 558 I 598 3 638 I
678 I 718 6 altura e corte. varas de aproximadamente 50 cm de comprimento.
399 4 439 2 479 2 519 9 s59 9 599 ? 639 3 6?9 5 7t9 I os milefólios mais altos costumam dar dois bastões, mas na
400 I
440 6 480 6 520 4 560 4 600 2 640 z 680 9 720 5
maioria das' vezes são tão irregurares e torcidos que não são
401 7 44t I 481 I 52.1 8 56t I @1 6 64t 6 681 4 721 4
402 442
7 9 482 5 5ZZ 3 562 3 602 I 642 I 68?, 8 722 I recomendados para o jogo. Retire as folhas e repare em como
403 443
?, 4 483 9 523 z 563 7 603 5 643 5 683 3 723 3 as varetas secam rapidamente, mantendo a tonalidade verde. (O
404 6 444 I 4U 4 524 6 s@ 2 644 4 644 9 6W 7 724 7 que sobrava da planta era seco e moído para a feitura de iscas
405 I 445 3 485 I
57.5 I 565 6 605 I
645 4 685 6 7Zs z de artemísia; veja o comentário ao Shou 55, notando a ligação
446 2 446 7 486 3 526 5 566 I 606 3 646 8 686 I ?26 6
entle o I Ching e o moxabustão.)
40? 6 447 2 48? 4 5?7 9 s67 5 607 7 64? 3 68? 5 727 I
408 I 448 6 488 I
528 4 5ó8 6 608 2 648 7 688 9 728 5
409 5 449 1 489 3 529 I 569 1 609 6 649 I
689 4 ?29 9
I
As cxplicaçires a seguir foram baseadas nas instrucÕes de do ela terminar, guarde o material nos locais apropriados, quei-
K'uci Pi I Ching sobre o modo de consultar o I Ching. A edição me mais um incenso, faça uma reverência a seu a,ssistente (que
rlc Slrurr Clren Tang Perleição da escola d« bondqde --*-, também deve fazê-la a você) e saia com ele.
-
comparativamente, é r'ecente (final da dinastia Ch'ing), embora
baseada num trabalho bem mais antigo, mas não a ponto de Manipulando as varas
perfcncer à dinastia Ming *.
Nunca é demais lembrar a recomedaçã,, do professor Her-
A reconstrução do método de consulta ao T'ai Hsüan Ching
bert Clratley, eminente sinologista: "Para se deixar levar com- que ensinamos aqui vai determinar as quatro linhas do tetra-
pletamente pelo ritual e pelo ambiente, o segredo é entrar num grâma.
estado de êxtase que garânte ser o processo inconsciente, guiado
Pegue 64 varas.
por espíritos""
Separe-as em três grupos, ao acaso.
()() 67
7
As 64 varas estão juntas novamente. Repita todo o proces- Voltando ao número do Tsan: ele pode ser calculado de
so mais três vezes para determinar as outras linhas do Shou. forma bastante simples. As quatro primeiras linhas do hexagra-
ma representam o Shou; as outras duas, a divisão do Shou
Determinando o Tsan em Tsan:
Prgr. 64 varas, retire uma e coloque-a à parte. r
",
Divida-as agora em três grupos; o primeiro deve ser nova-
I
-
aIa
- 123 -
-
mente o da direita.
Reúna os montes do meio e da esquerda. II II I'
II atl
Divida-os em três e junte o da direita ao primeiro grupo
que você fez por ocasião da primeira divisão. -4 5 6
Mais uma vez ponha juntos os montes da esquerda e do art lIa art
I II aaa
meio; em seguida divida-os de novo em três. O da direita deve 7 8 9
ficar com os dois que você,separou nas duas jogadas anteriores.
Repita o processo novamente, de modo que ao primeiro Os textos dos Tsan
grupo se unam três subgrupos.
Como já explicamos nâ "Introdução,,, embora as edições
Pegue-os e repita este mesmo processo nove vezes. A sobra "standard" do T'ai Hsüan Ching mostrem o texto dividido em
será o número do Tsan. Tsan, não há meios de se ter cefieza de que isso foi feito original-
mente por Yang Hsiung. Por esse motivo, depois de encontrar o
Determinando o Tsan 2 Shou que inclui o número do Tsan procurado, um problema se
Este segundo método leva em conta o arranjo de 729 hexa- apresenta: saber a que parte do texto do Shou pertence esse
gramas (em diagramas de seis linhas) dividido em três. Assim: Tsan específico.
Nos textos mais longos, os números colocados ao lado dos
---aaa -- aa- versos indicam sua correspondência com os Tsan. Mas com fre-
---aaa -- aa.
-
-
qüência a abertura (e às vezes outros versos) é importante para
---ara
1
---aaa
365 729 todos os Tsan existentes no Shou. portanto, a regra é: os versos
não numerados se aplicam a todos os Tsan que determinado
Shou contenha.
Se o número de linhas do diagrama for diminuído para
Em outros casos, nos quais os textos do Shou têm uma con-
cinco, o total de diagramas possível (com cada linha dividida
tinuação tão óbvia que seria um erro dividilos ou não haja
em três partes) é de 273.
versos oraculares (como no Shou 67), um aspecto divinatório
Para consultar o T'ai Hsüan Ching com hexagramas (de seis
pode ser obtido a partir do Lo Shu (Quadrado Mágico de Nove
linhas), é preciso aumentat o número de cálculos das varetas
Números) aplicado à numerologia dos 729 Tsan.Isso pode ser
também para seis, usando o método de manipulação descrito feito cruzando a lista dos Aspectos dos Tsan com o diagrama
anteriormente. do Lo Shu.
68
69
f'r
ffi
A partir dos Quadrados Mágicos é possível encontrar outro
modo de consultar o T'ai Hsüan Ching. Ache as três coordena-
das e procure o Tsan entre os Quadrados Mágicos mediante a
intersecção dos lados e camadas. Esses termos designam as três
diregões de onde o cubo pode ser visto: os lados são, como o
nome indica, as laterais; quanto às camadas, vão do topo à
parte inferior do cubo, e de lateral a lateral. Use uma coorde-
nada para encontrar o lado, a segunda para achar uma das ca-
madas e com a terceira busque a outra camada. Então você
poderá chegar ao número correto, que fica no ponto em que
essas três direções se encontram.
É de difícil visualização, e por isso vou dar outro exemplo.
Primeiro decida qual coluna do Quadrado Mágico contém o
Tsan (dando à coluna da base de cada Quadrado Mágico o
Bondade e maldade estão gravadas
número 1). Em seguida escolha o Quadrado Mágico que você nos qúatno estrelas da Ursa Maior.
vai usar por meio da segunda coordenada e, finalmente, vá à
Ptesa por um gancho, a faixa pende
coluna desse quadrado que contém a terceira coordenada. ê passa pelo anel de iade.
70 Shou 2
Segunda parte
OS SHOU
lihou I
Tsan l-9 T
Comentúria
CHUNG ü
O Centro -ü Como acontece com quase todos os Shou, o núnrero cJe
14
7i
Shou 2 O símbolo do CHOU
'f san 10-18 é a honestidade,
que ascende
CHOU
II- e perfuma o céu. 7 /t6
Ambiente
- Os olhos, cegos para o indecente,
- vêem amigos serem recompensados
Energia ativa
Rodeantlo q ruente. por serem incapazes de inspirar
lealdade. 8117
Me exterminando,
Nenhuma virtude em
usar a força
c esquecel
it pc'ríciir. )//',
A carruagem vencc
mentanhas, abisnros,
conduzida por alguónr
sentado lá em cima. 6124
7S
Sublime, majestosa, Aqui, todos os versos são presságios, obscuros eln rtt;tiot ou
alta, louvada montanha. menor grau, que o consulente deve interpretat àluz das circtttrs
A seus pés está o rio, tâncias Ém que estiver envolvido.
a arrebentação. 7 /2s Existem freqüentes referências a "montanha" e "abismo" ao
longo do T'ai Hsüan, e sem dúvida essas são referências aos
Homens navegam aquelas águas, altos e baixos da vida. O significado de "abismo" foi explicado
Remando em harmonia, nas páginas iniciais.
passariam facilmente por elas. 8/26 A contradição entre os pares de versos se aplica, claro, ao
Tsan que prevalece na leitura do Shou.
Grande, louvada montanha. "O presságio principal" é o significaCo literal de dois ideo-
Rio desarmoniosamente navegado. gramas, Yuan Chen, também partes da fórmula de abertura, ou
Habilidade? Nenhuma. 9/27 fórmula cabalística mágica do I Ching, e por isso são virtual-
mente intraduzíveis.
Comentário
-q
As palavras de abertura deste Shou são citadas no dicio-
nário K'ang Hsi para ilustrar o ideograma-título deste Shou,
Hsien ( I ), o, lento e laborioso um ideograma ruro até
-
mesmo no seu uso clássico. Ele é citado também do Giles' dic-
tionary, com a seguinte tradução: "Quando a respiração da pri-
mavera começa, lentamente o movimento se inicia".
O Shou corresponde à primeira semana de janeiro, e por
isso não poderia estar ligado a um período no qual a'lrespiração
da primavera" tenha começado. Em vez disso, "invisível" é a
germinação das primeiras plantas do ano, talvez o açafrão ama-
relo. O ideograma final do verso de abertura é o mesmo do
título do Shou 79 (Dificuldades). Não deve ser por coincidên-
cia que o Shou 79 é o terceiro antes do fim, o complemento
deste.
"Amarelo" é o tom da Terra; "vermelha", a cor do elemen-
to fogo.
tt0 81
Shou 4 Aos poucos fecham-se as barreiras.
Há pressa em tirar as dúvidas
Tsan 28-56
HSIEN
Barreira
Fí rI
-
E
-
da consciência do inferior.
Vermelho, fétido,
7 /r1
banido da fronteira,
Energia ativa. ele entra na casa.
Lenta e segura Cheio de medo. I /3s
barreira do Yin.
Depois de fechado o porrão
Depois da tarela leita vem o vazio- e l36
vem o lechamenta.
A cobra.se crlrva à t
lama. 128
Llomctttário
r,í
Sem o galo, a galinha morrerá. As numerosas remissões ao Shou anterior não deixam dú-
Nenhum deles concederá presentes, ? l)a
vida sobre o fato de que os dois Shou têm idêntica pronúncia.
A segunda estrofe talvez seja uma referência ao 3l.o hexagrama
HSIEN é o esconderijo do I Ching. Com exceção das duas primeiras estrofes, o texto
onde se engastam pedras todo tem çaráter divinatório. Pedra m.ói pedra (ou .,rliamante
preciosas. 3 /30 corta diamante") pode ser entendida como ,.cruelclade opres-
siv3" ou "torturante".
A barreira do pedágio
.careÇe de ferrolho.
Põe de lado
a chave dourada. 4l 3t
82 ô)
Shou 5
Tsan 37-45
SHAO
II
O mínimo -II
-
Energia ativa.
Calma e seguramente,
mostra o abismo escuro.
O elemento se solidilica;
pode criar a si mesm,o.
Um aloés em chamas.
Pobreza, miséria,
falsos rumores
de ajuda.
Nenhuma proteção
ao chefe. 1/37 - 2/38
A Terra destrói a si
em torrentes. 3 /3e
Chuyas leves:
os vales começam
a germinar.
Ahumildadeéapeiz. e l45
B5
Shou 6 br T
Comentário
A Terra
.l^
agindo sobre si mesma é uma referência ao "Ti"
Tsan 46-54
LI
Atribulações
fr II
III
-
das três partes do T'ai Hsüan. O tetragrama do Shao tem duas
Energia ativa.
linhas ininterruptas (T'ien) e duas linhas |en mas não Ti. Por
De cada casal
isso é total e igualmente dominada pelas forças ativas e neutras.
nascem pequenas criaturas.
A ausência de linhas )en explica o violento simbolismo dos ver-
E todas as espécies
sos que falam da Terra.
se acasalam.
O aloés é uma planta que nasce de repente, com inesperadas
e enormes flores. A variedade mencionada pelo texto é a Allium
odorum (juntei a expressão "em chamas" tentando reforçar o Atribulações nas entranhas:
simbolismo). Ch'en |en Hsi sugere em seu comentário que esse o superior virou as costas ao centro,
verso significa: "A humildade é em si a recompensa", ofere- Lá fora existem lutas. 1 /46
cendo uma alternativa à leitura do aloés.
Os presságios remetem à pobreza e à ajuda exterior. No sudeste, as fêmeas de rinocerontes
Observe que o título Shao, o mínimo, nunca é mencionado arremessam-se Para a frente.
no texto. No noroeste, uma flecha. 2147 - 3148
Destruir e Procriar
são dois lados da mesma estrada'
A harmonia do centro é o caminho' 6ls| - 7 ls2
87
[t6
|en Hsi, o celeiro da inteligência é o T'ai Sui, ou Estrela Anual
o planeta ]úpiter. Suas doze órbitas anuais indicam os doze
-anos do Grande Círculo, popularmente conhecidos por nomes
Ã' como rato, boi, tigre e outros animais que compõem o horós-
Comentário
copo chinês. A "galinha" é o planeta do elemento metal, Vênus,
Com exceção do verso de abertura, que indica fatos naturais também chamado de Grande Branco, ou T'ai Peh. Por morada,
e inerentes à fase pré-primaveril, a maioria do texto tem um ou Hsiu, entendem-se as casas lunares. O texto final é uma
caráter místico. A rinoceronte-fêmea, Ssu ( E ), não é o animal obscura alusão à conjunção de Vênus e fúpiter na mesma casa
que qualquer um de nós pode yer num zoológico mas uma cria- lunar e às conseqüências que advêm disso'
tura mítica, a fêmea de algum tipo de búfalo com um ou três
c.bifres (talvez um unicórnio). A luz de seu chifre em chamas
nos leva a pensar em seres emergindo de locais profundos, es-
curos, da água. O companheiro desta rinoceronte-fêmea é Hsi, e
a ilustração dos dois está na página 163. Por ela você vai per-
ceber que nenhuma das criaturas lembra, nem mesmo remota-
mente, os rinocerontes, embora uma delas pareça ter alguma
semelhança com o unicórnio da lenda ocidental. Além das cores
das criaturas, repare nos pés. Ssu aparece novamente no
Shou 43.
Na mesma estrofe, arreÍnessatn-se paru a lrente é igual ao
ideograma usado para identificar as plantas que começam a ger-
minar nos vales, citadas no Shou 5. Há outras remissões neste
texto, que infelizmente não são fáceis de mostrar numa tradu-
ção; mas talvez seja importante observar que o papa.-figo da pe-
núltima estrofe é o mesmo da abertura do Shou. O ideograma
que o representa é igual ao usado para o nome do 30.o hexa-
grama do I.'Ching, normalmente traduzido por "brilho".
Compare a quafia estrofe com a terceira do Shou 29; os
instrumentos estão associados a elementos, cores, ofícios e mi-
nistérios, como segue:
Compassos: madeira; vercle; agricultura.
Esquadro: metal; branca; justiça.
Linha de prumo; Tena; amarela; o Estado.
O significado dos dois últimos versos é um enigma, a
menos que se imagine uma imagem astrológica. Segundo Ch'en
uu 89
Shou 7 significam subir e ascender, lancei mão de "topo" apenas ondc
'Isan 55-6i aparece o ideograma.
SHANG
III A garça simboliza longevidade; outra palavra para ancião,
- de vida longa, aparece na mesma estrofe, tornando-a mais com-
Topo (Ascender) - preensível é relerência a uma vida longa e respeitada.
- caráter divinatório, o texto é surpreendentemente
No seu
E rtcrgiu tttiva. - ambíguo.
O ttuscintento dus ct-tisus,
u c'riuçcio,
brotunt jLutlus du 'l'erru.
L, crescent t'm cliret'ão Lto tul]L)
No topo, a pureza.
O coração se oprirnc,
estanrpando, csctrIpindo. t,t t)
O ruído das garças ascende aos céus;
Eu sobe a escada antiga.
t-r
As ordens do céu
dcsct-rnhecem razóes. 2156-J157
L oiltatlluno
()( )
ql
Shou 8 §hou 9
Tsan 64-72
ltr
Tsan 73-81
KAN (CH'IEN) !II SHU III
Opor (Milhões) II- Penetrante
-III
- -
Energia ativa
sustentando as coisas. Energia ativa.
Isso também não é Forte por dentro
aprofundar? mas lraca por fora,
Milhões de nuvens
Nós mesmos acatamos a autoridade
caem do céu. 7170 - e172
e lhe dedicamos respeito.
A excelência equivale
àadequaçãoeàvirtude.
Acatar a autoridade
Comentário
e mostrar respeito
Neste texto curto a única dificuldade repousa no título. Em é adequado e virtuoso,
todas as edições fica claro que Kan (
t ) significa opor. Imagine se nada disso existissel 1 173 - 3l7s
No entanto, este ideograma é muito semelhante ao que re-
presenta Ch'ien ( Í ), que indica "milhões". E talvaz o texto
Excesso de comida e bebida
faça mais sentido se interpretado dessa maneira.
Ofereço a alternativa sempre que o ideograma Kan aparece. traz a obesidade.
Não há lisonja nisso. 4176 - 6/78
92 93
í"i
Comentário
Não fortuito.
Crandes mentiras.
Ainda o desvio. 3/84 - 4/8s
Talvez a honestidade,
talvez a asa de um pássaro
aponte o sábio. s l86
No Oriente, (r cqusa supretnu. Há uma ligação muito estreita entre as últimas estrofes. As
Multidões em hurmoniu. botas remetem aos pés amarrados que hesitam (provavelmente
O elemenlo CH'A, o crro, calçados com elas); a destruição pelo fogo relaciona-se à cidade
se dislarço e se (sccttrdc. incendiada onde um toco de áryore se salva, lembrando a reno-
vação e o renascer. Os cervos sem rabo, no entanto, parecem não
O movimento i benéfico, ligar-se a nada o que, na verdade, é uma característica do
T'ai Hsüan Ching.-
a imobilidade, naléfica. t /9t
Há dois tipos distintos de imagem neste texto: os primeiros
Há quem se acabe e morra versos, mais filosóficos, sugerem cuidado nas atitudes que se
tentando alcançar a luminosidade radiante, 2le2.3les quer tomar, para que o caminho não seja tortuoso nem leve à
distorção de objetivos. Na segunda parte temos a imagem de um
personagem grande tropeçando ao passar por um portão e em
Alquebrada, essa gcntc
seguida a imagem da cidade tomada pelo fogo; sem adornos (as
afravessa o portÍ-l()
c entra, buscando o outro CcÍrtro. 4le4 botas), com humildade, ele certamente atravessaria o portão
(obstáculo) e entraria na casa (objetivo), que, apesar de ofere.
cer perigos (o incêndio), traz a renovação da vida (o florescer
O Grande tropcÇa ao passar
da árvore).
pelo portão,
"No Oriente, a causa suprema" é uma referência ao sol.
e não entra na casâ. s l9s |á o "outro Centro" é idéia aberta a todo tipo de interpretação.
Cada qual deve encontrar a sua, levando em conta os problemas
Pús rmarrar.tos,
e as circunstâncias que atravessa.
sells passos siio hesitantes. 6/e6
r) tt qg
§hou 12
Tsan 100-lO8
II
T'UNG Comentário
O jovem -I
III
Neste texto aparecem novamente os ceryos sem rabo do
- Shou anterior. |ovens, eles marram, cabeça contra cabeça, num
Energia otiva. hábito saudável e muito próprio da juventude: ir fundo e apren-
Começa a alçar vô,o. der com os próprios erros. A "cabeça" da última esÍrofe, porém,
não se refere aos animais. O ideograma que corresponde a ela
( â ) é o mesmo que representa a palavra Shou. Por isso o
O elemento T'UNG, o jovem, termo "cabeça", aqüi, significa o próprio texto.'Por outro lado,
inexperiente, como o que vem a seguir remete ao Shou anterior (o fogo trans'
não possui o conhecimento. 1/1oo formou as construções da cidade em cinzas), este Shou deve ser
interpretado Çomo uma extensão do anterior; o jovem erra,
exalta-se, "incendeia" as velhas idéias para construir novas, re-
Há erros na consulta aos milefólios. nasce e faz renascer.
Mas, na tartaruga,'o bem emerge da lama. 2lt}t - 3 /102 Mas não é só. Não podemos esquecer que o quarto hexa-
gfama do t Ching, Meng, tem sido freqüentemente traduzido
A riqueza surge no leste, por "inexperiência da juventudg" imagem muito próxima
deste texto.
-
de manhã.
Mas sua luz náo é suficiente
A riqueza que surge no leste é o sol. Com o céu nublado,
porém, seus raios não iluminam tanto quanto em dia claro. A
para vencer as nuvens. 4/103 - 5/104
perseveranç4, no entanto, faz com que ele aos poucos "atravesse
as cortinas" (nuvens) metáforas que o consulenle deve saber
O visitante entra, porém,
-
traduzir para seu momento pessoal.
atratessando as cortinas. 6/t0s O "filósofo vermelho" é o nome de um anão que, conta
a lenda, comeu cinabrita (óxido de mercúrio, uma substância
altamente tóxica) e por causa disso não só viu stra vida prolon-
Longe o jovem
gada como também conseguiu ttansformar metais básicos em
estuda com o filósofo vermelho. 71106 - 8/107 ouro (os metais que possuem o mercúrio como componente têm
um brilho prateado, o que talvez explique a origem da lenda). A
T'UNG, os cervos sem rabo marram. idéia que vem dessa estrofe é o aprendizado com a experiência
audacioso, o jovem não tem Ç.conhecimento, que só
Na cabeça, as cinzas -viráembora
com o tempo e com a ajuda de pessoas mais maduras.
das construções. e1108
101
r00
Shou 13
Tsan 109-l17 IT
TSENG II
Crescimento -
Energia ativct.
Cresce a exuberante vegetuçAo.
-
Diariamente, tudo cresce,
prosperando imperceptivelmente,
Ouça o oráculo!
O TSENG avança na escuridão.
Por dentro é diferente. t/109
Ouça «r oráculo!
O TSENC avança qa escuridão,
Por fora, os homens não conseguem. 21110
Unida, a multidão
brilha e atravessa pântanos. 51111
105
ffi
Mesmo íngremes, §hou 14 T
as montanhas mais altas Tsan 118-126 rI
jamais se transformam em rttínâs. 8/116 II
IUI II
Confie nelas, Astúcia
Todo abismo tem dois lados. 9ltr7
Energia alivu"
O topr.t"
A vida requer flsttici(1.
Comentcirio Um é.
Na verdade, é desneçessário fazer quaiquer observação a Dois não são. t/r18
respeito deste texto. Suas imagens são clâras, e o consulente
saberá interpretá-las de acordo com a situação que vive e as O leste é astuto;
resposlas que busça. o oeste, descuido. 2lt le
Astúcia no feio:
segurâr
cinco carradas na boca. 4112t - s/122
Astúcia no feio:
o dinheiro, se vem do trabalho,
é bom e não deve ser julgado. 71124 - 8112s
Astúcia na Yantagem:
desgraça e maldade. e1126
105
t04
Shou 15
Jfi
('<ttne nt/t ritt
Tsan 127-155
TA
Percepção
Iü II
II
-
III
Este textct requer algumas explicaçoes. A astúcia, aqui, deve
sel entendida no seu contexto rnais amplo, como uma qualidade Energia ativu.
que torna a vida melhor. O astuto, no entender do autor, vê be- Surgem flores e ramagens,
leza, utilidade ou tira algunra Iição até do que é considerado e todas as coisas
"feio". Em compensação, aquele que usa a astúcia para "tirar
dão-se q conhecer.
vantagem" de tudo e de todos provoca desgraqa e nraldade.
Referências à filosofia e à rtratemática estão luntas na pri- A escuridão do Centro, percepção solitária,
miera e intrigante esrtofe: "Um é. Dois rTão são" tveja "O T'ai distante, longínqua, rebelde. r 1127
Hsüan Ching e o pensamenro científico", mais adiante). Talvez
o tetl'agrama deste Shou forneça a chave para decifrar o enigma: A escutidão do Centro. percepção solitária.
r-rtna linha inteira seguida de rrês fragmentadas três Ien ser- aurora secleta, caminho ausente. 21128
vindo de base ao T'ierr. - l
lOtr 107
#
x E
Shou 16
Tsan 136-144 rI
Comentdrio CHIAO III
Aqui, novamente a estação é a primavera, na qual Troca
a vida
começa a ressurgir e as coisas todas florescem, ,.dão_§e
a conhe_
cer", na qual as "árvores verdes beijam riachos,,.
Na verdade, Yin substitui Yang. -
este Shou pode ter diversas interpretações, Yang substitui Yin.
e diversa, forum suu,
leituras atrayés dos tempos, nas edições que se A matéria ascende aos céus.
fizeram do T,ai
Hsüan Ching. Inúmeros ideogramas ,"r"lhrnt",
aparecem ao
Iongo do texto, tornando a interpretação difícil No saguão da Assembléia da Luz,
até Àesmo para
os próprios chineses os que ousaram decifrá_la. decisões, deliberações 11136
- no entanto, as reituras
sejam quais forem, que o consurente
fizer deste Shou, deve lembrar-se do renascer que primavera A pedra substitui a madeira:
a
representa. A partir desta idéia básica, é possível as tendências do homem são inexplicáveis. 2/137 - 3/138
encontrar no
texto as respostas que se procuram.
Partir; voltar à escuridão.
O espírito troca seus elementos. 4/13e - s/140
O alimento do espírito
é tão necessário
quanto o alimento do corpo. e1144
T\
Comentário L
Este é o primeiro texto que não começa com "energia ativa".
O Ming Tang (saguão da Assembléia da Luz) é parte do Templo
Imperial, usado para,sacrifícios em nome do Grande Deus e local
r08
109
ondc o imperador dava audiências, juntamente com
os senhores Shou 17
feudais.
Aqui existe uma referência à teoria dos cinco elementos,
,,
Tsan 145-155 II
especialmente ao intercâmbio entre madeira, pedra, JUAN
III
água, metal e
fogo, embora apenas dois desses elementos tenham sido
II
-
mencio- Suave
nados. Apesar de eles terem nomes que denominam
coisas mate_
riais, não são matéria e sim forças que mantêm unida a matéria
Energia ativa.
e Ihe dão forma. A troca dessas forças pode, por isso, ser
descrita Pode ser árdua ou leve.
como troca de energias opostas. euando se usa uma bateria para
Pode ser ativa ou passiva.
acender uma lâmpada., por exemplo, há um ,,intercâmbio,, de
processos químicos na bateria que produz o fluxo,
ou Ch,i, a cor- Há quem recue na dificuldade
rente elétrica.
O preto é a cor associada ao elemento água. O Grande Cír_
e se feche em seu próprio mundo. 1/t4s
culo refere-se ao céu (em forma de esfera, abóbada).
Mas existem embarcações
que singram águas sem perigo.
Com direção e sabedoria. 2/ 146
il0 111
Hi
l;-,. 4X
II
III
Comentário -
III
Esperando
A segunda estrofe remete ao Shou 14.
O termo ,'fracô,,, que acompanha a palavra coração,
eo
"leve", que vem em seguida a mente, podun ser Energia ativa.
traduzidos por
suave. Preferimos os primeiros por melhor Esperando.
expressarem a ima-
gem original do autor.
Aqui, a única frase enigmática fica por conta dos ,,cogu-
melos amarelos", dos quais ,,não nascem A chance está na forma como se entra.
crianças,,. Não foi
encontrada nenhuma referência à metáfora. E os desejos só se realizam
Veja o Shou 7j, quando a entrada e a entrega são completas. 1/154
Esperando a prosperidade:
presságio auspicioso.
Presságio auspicioso;
alimento e ouro. 4/1s7-s/158-6/Ise
Esperando a desgraca:
algo insignificante.
Há maldade na insignificância,
O aposento é miserável. 7/160 - 81161
Nenhuma calamidade:
a calamidade também se espera.
O paraíso nos une. e/162
tt2 115
4*
Comentário
Tempo: 9
i I (i
n7
r
Shou 20 E Shou 2I
Tsan 172-180 III Tsan t8l-189 III
CHIN SHIH
II -III
Avançar Libertar
- -
As forças ativas se expandem
e uvançQnl. Energia ativ«
alegrando harmoniosamente u vidu.
Cada coisa emerge da massa, Gentil calor abre todo a natureza.
que se abre.
)á existe inquietação. 1/172 - 31174
Os tributos são grilhôes
Na escuridão avança, 1/t8t
e quem os paga perde o que é seu'
mas não há açáo. 4117s - 6/177
Se você for ao local,
ele não será alcançado,
O vento começa a se agitar'.
Um trovão vem em seguida. . . 21182 - 31183
O centro do sol voa,
suspenso sobre a escuridão da Yin.
0 nobre está exaltado. 41184
O universo,se clissolve.
Avançando pelo abismo
vai o fidalgo, de canoa. 7 /178 - el180 Agita, balança.
Não profira insultr.ls.
Lave a boca,
limpe-a com a vergonha. sl 1s5 - 61 186
Coruetüário
, tti r 19
Shou 22 E
ffi Tsan 190-198
KE
III
II
C,omentario
Modelo
Este é um dos Shou cujo rexto nos Ieva a dois tipos de
leitura. Em primeiro lugar, o título, Libertar, indica liberdade
em relação a impostos e prisão. A outra imagem persistente, mas
Energia ativa. -
menos óbvia, é o conceito de agitação, excitação. O sol ,,abre,,
a natureza, o vento se agita, o nobre se exalta _- Ialvez dc O vigor secreto pode ser um modelo, e assim
raiva. O mesmo conceito aparecerá novamente no Shou 61. as multidões se apoderam dele
como famílias muito unidas. 1/1e0 - 3/1e2
O metal €xtinto
e a pedra derretida
pouco dão, mas recebenr
ern abundância. 4/1e3 - 6lles
Comentário
r20 12t
l I
Shou 25 Shou 24
I
Tsan 199-207 III Tsan 208-216 III
I II LO r!
Mal
II
- Ptazer III
l)2 123
Uratrdc prazeri
§hou 25
sem falar à alma humana,
pássaros de todas as espécies Tsan 217-225 III
voam alegremente. 6/213 CHENG III
Disputa -
Homens clamam por ptazer,
clemônios clamam pat prazer.
O céu pede um ano. Energia ativa.
71214 -
A água inunda
O Eu tem medo. as mctrgens planas
Nenhuma transgressão ou desgrâça, disputando o espa,ço
porém: como quem participa
dos honras de um ritual.
Prazer e alegria
1 1217
dominam o universo. 81215
A disputa não é disputa
Mas um dia há a dor. e o caminho é inexplorado. 2/218
O resultado: lamento e pranto silencioso,
suspiros nos caminhos da vida. e 1216 Luminoso, glorioso rio
transbordanfs um pouco. 3/21e
-
A disputa é confusa, 4/220
t24
125
Shou 26
Tsan 226.254 III
Comentdrio
WU
Pesquisa
)1;i,fr IIT
II
-
É fácil compreender por que este Shou tem como título
"Disputa". Em primeiro lugar o tetragrama mostra duas forças Energia ativa
em oposição: uma frente à outra. Não é difícil imaginar, nessa pesquisa, observa, examina.
figura, duas bocas abertas, com os dentes à mostra a idéia
da estrofe final ou até mesmo raiva e ferocidade,- sentimen-
-,
tos que levam à disputa, à luta. O coração sossega.
Interessante notar que neste Shou há outro exemplo da Também se acalmam a matéria
construção enigmática "A não é A". Existem duas referências e os negócios. t /226
ao Tao (o Caminho): na primeira, a palavra é "caminho"; na
segunda, "atalho" (no texto original chinês a idéia é esta, mas A ordem é renovar o Eu
o termo útilizado é "caminho"). com roupas limpas.
A "estrada" na sétima estrofe remete ao Shou 15. Para o Até torná-lo luminoso. 21 227
significado de "fidalgo", vejâ explicações no comentário ao
Shou 20. Não bloqueie o coração
Veja também o Shou 58. nem lhe ponha impedimentos
com medo de assim ver
destruída a razão, 3 /228
Amigos. 51230
$ffi
A carruagem está carregada.
Mas é preciso ainda
cobrir o carregamento. 6l 23r
t2h 127
Doloroso é o perÍume
Shou 27
perdido na morte. 8/233
Tsan 235-243
Examine a autodestruição
ITI
SHIH !rI
e impeça o autodeclínio. e/234
Negócios III
-
_:.^b
Comentdrio
4r Energia ativa.
Glóriq e prosperídade.
O brilho do sol rege os negócios
O primeiro verso possivelmente é uma referência ao Shou quando tocqdos com decência.
27; a íitima estrofe remete ao Shou 73. "Amigos" talvez seja
o final da quarta esrofe ou o começo da próxima. As duas 'lodas as imitações são forçadas.
interpretaÇões são corretas. r /235
Este texto ttaz de novo a idéia da renovação, inclusive su-
gerindo a dor do "perfume perdido na morte" (no sentido de Há negócios que se perdem.
autodestruição). O "perfume", aqui, é o que caracteriza a pes- Varrtagem em adquirir:
soa (como na natureza ele caracteriza as flores), e que não a aquisição leva adiante
deve ser destruído, e sim renovado com a força do coração. Só os negócios. 2/236
assim o "caminho" crescerá "por si mesmo".
No Centro também existem negócios.
Nem consultados, nem exortados,
perdem seu poder natural. 3/237
Cttmentari<t
l:;.r 1il
"O menino, o boi, a galinha, o cavalo." Possivelmente te-
l)cnsanlcnto e que a imaginação ds rnsnsira mais prosaica
- - mos aqui referências ao jovem do Shou 12 e às constelaçoes,
podç inventar lormas ainda não existentes. Como acontece, por com ênfase à do Boi (de número nove) e à do Galo (1).
exemplo, uo processo de criação cle um quadro.
Quanto aos quatro cavalos, talvez seja interessante reletn-
A segunda estrofe é intrigante. )á comentamos que o núme- brar um velho ditado chinês: "Quatro cavalos não valem a pa-
ro sete refere-se ao sistema de "mutações" empregado no cál- lavra empenhada". Veja outras referências a cavalos no Shou 10'
culo dos tetragramas; mas na verdade o ideograma "tempo" sig' Barços e carroças também estão presentes nos Shou 78 e 80.
nifica um período, um evento que ocorre em sete dias, meses
ou talvez anos. A mesma explicação pode ser dada para a linha
I] seguinte, que traz o número nove. O significado dessa figura,
porém, alcança a divisão dos mecanismos do T'ai Hsüan Ching
em nove. AIém disso, este nítmero é bastante proeminente na
forma de consultar o I Ching por meio dos milefólios. O sete
e o nove são fundamentais em relação ao método de consulta do
T'ai Hsüan. Existem várias referências a esses números ao longo
do trabalho. Veja, em particular, c Shou 51.
A linha seguinte, embora soe inocente na tradução, tem
todo tipo de significados. Os dois caractere§ que simbolizam uma
carruagem seguindo seu caminho têm outras interpretaçÔes. O
bt
ideograma para "seguir" é o mesmo para "pena" e "compaixão".
Se o texto for lido como poesia, esses detalhes não serão nota-
dos; no entanto, como ele tem propósitos divinatórios, essas
outras leituras são muito importantes.
Mais significativo do que Chen ( ü ), o primeiro dos
ideogramas para "a carruagem segue" é o nome da 28.o cons-
telação chinesa, equivalente ao no§so zodíaco. Considerando as
possíveis referências a constelaçôes contidas na estrofe quatro,
talvez não seja apenas coincidência o fato de este ser o 28'"
Shou.
aqui, não é a palavra usual para a cor preta,
O "preto",
nlas uma relação com a tonalidade negra da lama do rio Shan'
tung ._
famoso por suas sedas, principalmente as utilizadas nas
túnicas negras dos sacerdotes do Tao'
135
ti4
I
Shou 29 II 7
Tsan 255-261 Austero 2 ,'i7,,'1rtl
TUAN
II Meu coração é como o pavão:
Austeridade - aberto, e de resplandecente beleza. e/)ot
-
Energia ativa.
Barrodo por dentro,
inllexível por'lora.
Comentário
I l(r 137
ffi
§hou 30 II
Tsan 262-274
!6 ''frl -..'.........,.'....- T
III
E fa ltl
,r.\ I l
Coragem -
-
Energia ativu.
l)a coragem virtttüsLt
@ e da ousotliu
é 0 camirthl.
6) Caragem simbolizu
daterminaç"íto. t1262
Carinho scvero,
satisfação vazia:
o caminho para a virÍudc
f, está perditlo. 21263
O cavaleilcr
au$tero c vazio
não tcm nada.
irt=-- | ,si-- tx O humilde
4&.
&
l*l ifrfli
*.' lrti i 1..11
possui
l#,
I
t i+i l^
tlrfi
gífr
,fââ frâi;,
aÉ. lqrz
'fr4
ia*
O r:rvnleiro nãcr ú
Lltensílio dc uso úniccl. s1266
7tÉ Ât
',*# r?tâi Irt
li -l
Scrr discr"rrso cala íundo:
,ft4 '#fr,, itilfr lr coragem sâi
pclas palavrlrs. 61267
O T'ai Chi gerando os cinco elementos.
liq
íl
()bscura ambição.
Não permite ao homem
ver o próprio coração.
Só {ica à vista
ál casca. a parte de ítora. 5127 5
I l() t4l
não cessam nem
dinastia que precedeu a Han, é a denominação do segundo Shou,
na hora da comida. mas também aparece no nome do I Ching como conhecido nos
As andorinhas sobrevoam meios acadêmicos o Chou I ou (Livro das) Mutações do
Chou (dinastia). -
o rio Tsu
Bebendo, comendo, O número nove refere-se aos "seis" e "noves" que são ca-
prosperando, racterísticos do método divinatório do I Ching, ou talvez tenha
saciando-se.
relação ao 9 do T'ai Hsüan (veja também o com.entário ao
Shou 28'). Pode não ser coincidência o fato de o Shou 28 f.azer
O I Ching tem seis caminhos referência ao sistema numérico do I Ching.
O Chou, nove estradas. CHUANG, o título deste texto, também significa "empa-
Suas proezas cotar", o que sugere a idéia de juntar os pertences para mudar
não têm limitcs. 6/276 de casa simbolizado pela migração dos pássaros.
-
O negociante finge ingenuidade
E dessa forma não consegue
ser umâ pessoâ honrada. 7/277-81278-el27e
Comentário
t42 143
Os braços cobertos
II de seda vermelha
Sem criatividade, Este é um dos mais longos texto§ do T'ai Hsüan, e sem
a imitação não tem utilidade. 31282 dúvida o mais complexo. O título, "Multidão", foi inspirado nas
imagens do Exército, de manobras táticas, batalhas e coisas assim'
O hóspede duvida Embora isso não tenha muita relevância pessoal, não se pode
do fato de ser hóspede. 41283
esquecer que no tempo de Yang Hsiung os oráculos eram consul-
A multidão duvida tados com freqüência quanto aos â§suntos de Estado.
da utilidade da carruagem. 51284 Esses versos "militares" são intermeados por frases de cunho
pessoal ("condolências na desolação"). Outras estrofes talvez
Funcionários e homens estejam incompletas; o hábito de usar uma imagem seguida de
destroem crianças: um contraponto parece ter sido abandonado. Ch'en Jen Hsi
violência interna. " "
incluiu diversos comentários no texto. Aqui estão os principais:
clivisâo-
O cavalo tem malícia, Alimentar o cavalo com iguatias'
O tigre furioso rosna,
Morrer é fundir-se aos campo§: Morte de um parmte idoso'
pronto para âtacar.
O hóspede duvida do fato de ser hóspede: Não se deve
O grande trovão explode usar a força,
abalando. assustando os ouvidos. Braços cobertos de seda vermelha: As divisões do coração'
145
ill
A imitaçâo é çoncebida: Marido morreu moÇo: mulhel Shou 53 II
está grávida.
Vendo a doença mas não enxergando o esquife: Resislir
submissão total.
u
Tsan 289-297
MI
Intimidade
ffi IT
III
-
Este Shou corresponde aos primeiros dias de maio, e as
linhas iniciais por isso falarn na fertilização de todas as coisas. Energía ativa, irmã do paraíso.
Também há referências à agricultura neste texto. A despeito de A miríade das coisas. . .
a idéia da "multidão" refletir imagens militares, de proliferaçãcr Cadu qual tem a beleza
da natureza e coisas semelhantes, é notável o fato de o idco- relinada da orquídea. t l28e
grama-título aparecer apenas uma vez no texto. (Compare com Unidos na intimidade.
o Shou 59, Assembléia, no qual o título do Shou também não Não há necessidade de perguntas. 2lzeo
aparece no texto.)
lisprcitar, mzrs sent perguntas.
Igualmente notável é a figura usacla para a lnone.
Irllrs stlo os portõcs
rlos grrrrrlcs rrristúrios. 3 /2e1
Scrn intirníiladc. scm comparaçào,
meu coração é o ajudante do jovem. 412e2
Intimidade entre parentes.
Vantagem nas pessoas ativas. sl2e3
lntimidade na carne suja.
Três dias em jejum. 612e4
Intimidade na intimidade
não separa
a moça-hóspede do paraíso. 7l2es
Limpar a casa depois da tormenta. 8/ 2e6
Três safras para o líder. e l2e7
ffi
Comentdrio
A "irmã" da primeira estrofe e "parentes,, da sexta corres-
pondem ao título do Shou 54.
l,l(r 147
r
Abundância sobre abundância.
Shou 54 II
O cavaleiro é çonstante
Tsan 298-306
CH'IN
Parentes
ffi. I:I
-
oomo a estrela polar.
Os exaltados ultrapassam
os próprios limites. 7 l3o4
149
t48
O marido parte de cârruagem
Shou 55 II enquanto a esposa se despe e se arranha.
Tsan 507-515 A vantagem está com o tio-Rei.
LIEN
:II 8l1t,t
Nenhuma vantagem na família do duque.
II
Acumulação -
Aumentar a acumulação: vantagem.
Muita coerção resrllta em calan'ridade. 9li 15
Energia ativa:
til
gran de aulo-suficiência exterior.
Pouco de Yin:
só umo pequena porção interior.
{)omenírírirt
Pequena porção:
não concedida por interesse.
O icleogran.ra para Lien t fl l, n rítulo tleste Shou, é nruitr.l
parecido a outro, t{an ( lfi ), u ponto de alguns dicionaristas
Há vantagem em conhecer um homem de paz. 1 1307
confundirem os dois^ Mas tor.tas as cr,idências indicam qtit', neste
Porção de tinta; caso, o colreto é mcsrtro [..icn (Ácuurtrlação].
Abundância na retirada.
Além disso, superabundância.
Os casulos de seda enchem os campo§. s/311
t50 i5l
shou 5o
:;iti[iõl,,o*o,ryE
EEi II
rII
I
III
Limite (Violência) -
Energia ativu.
llura e simples, árdua e diÍícil,
duradoura, inllexível.
A miríade.
Nada há que não tenha CHIANG.
O limite, e uma pon.te.
Por isso a atenção, por isso aclareza.
O rufar dos tambores
vem de todos os lados. 1/316 - 2/317
Mas CHIANG me basta:
minha fronteira e minha ponte. 31318 - 4131e
No paraíso não há fronteiras (violência) s l32A
Metal duro; maleável por dentro.
Sangue instável; fraqueza nos campos. 61321 - 71322
O limite (violência)
também cede ao desejo.
Também fraqueja. 81323 - e1324
$E
(jomentdrio
t
I
I
Shou 57 II
I San JIj-JJJ II
TSUI
Um ano H+
H*#.»#y lh Energiu crtiva
-
-
aqorü em equilíbrits.
O uno etn seu brilho muior.
Este elentento tem a luz.
Protege as t'ases em que se díttide
a utíyiclacle clo sol.
Não há contradição:
o ciclo do ano volta ao centro.
.
il+
L'ctrrrcrttúrio
Este Shou marca o iníçio do quinto T'ien; corresponde ao
final de junho e colneço de julho, os dois períodos incluídos no
solstício de verão, que üorresponde ao Tsan 365 (Shou 41).
O ano, dividido em 81 Shous. Ilustração tirada do T'ai Essa referência neste texto não é contraditória quando se recor-
Hsüan Ching
editado na dinastia Sung. da que o Shou de abertura de cada T'ien refere-se aos próximos
n0ve.
Este texto, com exceçáo da quarta estrofe, tem natureza
filosófica e não foi dividido em Tsan, Para propósitos divina-
tórios, veja o Lo Shu, na primeira parte do livro.
155
II
Shou 58
lsan 334-342
SHENG
Abundância
A II
II
-
Shou 59
Tsan 543-551
CHÜ
Morada
II
II
III
Energia ativa -
tultropassando Direção ativa
a abundâncie contid(t. Estabilidade.
Este elemento ntoslra
A pele se mostra
verdade e cerleza.
gloriosa e resplandecente
Pleno, ele simboliza as idéias. 1 1334 por causa das paredes
SHENG não é obscuro nem incompreensível. da morada.
É uma seta apontando
2133s A miríade está unida.
a ação correta.
A família precisa de panelas.
As ações não depenciem A esposa as herdou da tia.
de se ter ou não Talvez estejam sujas.
grandes posses. 31336 Talvez estejam limpas. 1 1343 - 31345
As ações não dependem O pai idoso troca de roupa.
da concordância A carruagem é pequena.
com o segredo do coração. 41337
A mulher lava suas panelas.
O coração alimenta esperanças. sl33B É agradável observar a família. 41346 - 61348
r56 157
t"
Shou 40 II
Tsan 352-560 II
II
FA
Comentário
Lei
Este texto compara as leis imutáveis do céu às dos gover-
- nos terrenos, ruins ou diabólicas. Existem muitos pontos seme-
Energia ativct.
lhantes entre este Shou e os outros. Os mais importantes: "a
A região mais exaltada é a lei. nascente corre para o abismo", uma leitura alternativa do Shou
É o elemento que respeita a tintct. 33, e o "bem". Além disso, "direção" é uma referência indireta
ao Tao, o Caminho,
Nado hd que não possa ser limpo
pela lei.
O regato corre.
O vale corre, Bl3se
159
158
['
Comentário
Este é o Shou central. pois ao todo são 81. Por isso não
encontraremos, a partir dele, a fórmula "Yang Ch'i" que foi
ahertura de todos os anteriores. O dragão, associado a inunda-
ções, é uma das quatro partes do céu.
r60 161
-L
Ver o sangue entrar pela porta.
Shou 42 II Acalentar o cumprimento
II
Tsan 370'578
,&
I
nas câmaras.
YING II
Cumprimento
rrr
,&
Energia recessiva. Comentdrio
A lorma completa Este é o primeiro Shou com a abertura "energia recessiva",
da prilneira parte dos elementos
que no entanto é omitida na maioria dos textos desta segunda
estd unida,
metade dos 81.
vqi contrq o corrente
e cumprimenla este elemento.
a sinceridade. 41373
r62 163
7"
,8 Shou 45 II
I II
Tsan 579-587
YU
Encontro
,& III
Misterioso encontro
-
com o espírito.
Linhas de contemplação
como veias no jade. 1/379 - 3/381
j&
L'omentúrict
I/si. 165
Shou 44 II
Tsan 588-596 II
T§AO III
II
0 fogão Comentdrio
r66 167
§hou 45
Tsan 597-405
TA
Grande
A lorça recessiva,
vazia, permanece
t II
II
III
r!t
Gr{ndes extravagâncias
distbrcem o Eu,
que pbandona seus necanlos.
Talviz haja benefícios
na hçrá do jantar.
Grandes extravagâncias
distorcem o Êu
61402
r70
O cavaleiro, ele mesmo Shou 6?
obscurecido
I
Os portões do céu
estão bem abeftos:
a virtude é incapaz
de entrar no palácio
do lago. 4/4Oe
t7? 173
Shou 47 O faisão preso não cresce.
Tsan 415.425 II A andorinha-do-mar é fiel. 61420
WEN III
Literatura O faisão preso não cresce.
II O corvo se alimenta da tristeza. 7 /42t
l'inalmeja a assistêncio yang -
Escrevendc sofismas
na crqÇao da ltterotura.
em papel fincr
A literatura almeia a publicação
para publicar.
e a puhlicacão alnrcju u literalura,
Tempo escasso para
a literatura.
A niríqde Conseqüência:
esld demarcada rebelião. 81422
c resplandece
lú fora.
Os limites da literatura
Os três anos de sacrifício são confusos.
serão auspiciosos Mudam como
se não hotrver negligência. 1/41s as vestimentas
sacerdotai s. el42i
Que tal envolver os enfeites de jade
em tecidos de seda? 2/416
174
l7i
As vestimentas sacerdotais a que o texto se refere eram Shou 48 II
III
iH
túnicas negras enfeitadas com galões. Tsan 424-432
Este Shou é interessante porque reflete as idéias de yang LI
Hsiung sobre o estilo literário, descrito como um trabalho qual- III
Propriedade
quer. Ele acreditava que as idéias surgem espontaneamente, e
que repressões ao estilo deviam ser evitadas.
-
Um sapato para um pé de seis dedos.
Os descendentes reverenciam
seus ancestrais. 1 1424
/r,H
C'omentdrio
176 111
na leitura das linhas do I Ching também acontece no Shou 49
II
T'ai Hsüan. III
Tsan 455-441 II
curiosa abertura é um complexo jogo de palavras. O
A
nome do Shou, LI (propriedade), é homônimo de LI ( /fi.), TâO
conduta cerimonial. Mas esta palavra também significa sapato, Fuga
enquanto "um pé de seis dedos" também subentende andar nas
pontas dos pés, -
Fugindo do prejuízo das águas.
Apagando as marcas
das feridas. t /433
O coração intimidado,
apavorado.
O pé calça um chinelo dourado.
Não há ambição.
O fosso se transforma em torrente. 3 /43s
Açoitar um cavalo
Tirania e crueldade à porta.
Melhor fugir.
r78 179
Apanhar os pássaros Shou 50 II
a laço. Tsan 442-45O III
Mais tarde talvez
II
T'ANG I-
eles possam voar. 7 l43e
I A cuscuta
ApanháJos a laço, quase
oculto. Eles não voam alto. 81440 A cuscuta 1 /442
ri
li
Pescoço preso em flecha e corda. Corda comprida
Amarrado. 9/441 não é bom sinal. 2/443
Falta a gema
com forma de dragão
e outros enfeites de jade, 3/444
(Veia o comentdrio ao Shou 50.)
Pérolas brilhantes,
alaúdes tocando
dedos ágeis.
Momento
que não vai
se repetir. 71448 - e1450
Comentário
r80 181
Mas o que isso tudo tem â ver com a cuscuta? Shou 51 II
ffi
Aparentemente, nada. A cuscuta era uma planta sagrada,
Tsan 451-459
III
parasita, sem raízes. A firn de evitar algum mal ao colhê-la, II
devia-se entregar a tarefa a um jovem (o do Shou 12, que
CH'ANG III
também âpârece no hexagrama 4 do I Ching, Meng). euando Rotina
ele a recolhia, tinha de repetir: "Não sou eu quem vem co-
lher a cuscuta" na verdade, palavras do I Ching para o Coroado por um espírito
quarto heragrama.- vestido de preto.
I"ANG tem outros significados além de "cuscuta". Era, Acerimôniaéomeio
por exemplo, o nome do imperador Yao, e também esteve pelo qual o gênio se comunica,
associada à glórias de uma remota Era Dourada.
usendo u táhuq divinstória.
Atingir o 7
eo9. 4/4s4 - s/45s
A doença é doença.
E deve ser curada
pelo feiticeiro,
não pelo médico. el4se
182 181
§hou 52
II
ffi Tsan 460.468
TU
III
ITI
Comentário
Medida
A tábua divinatória era usada como meio de comunicação
com os espíritos. Diversas representações dessa tábua _ e até Energia recessiva,
mesmo modelos reais
-
- foram
nastia Han (contemporânea
encontradas nas tumbas da di-
ao T,ai Hsüan).
o sol estd causticante.
Energia ativa,
O ideograma para a palavra ',cerimônia,,, na terceira linha, o sol está ameno.
é o mesmo utilizado para "sapato',, no Shou 4g. Novamente C aust icante, cqust icqnte,
I temos referências aos números sete e nove (veja o Shou 2g). ameno, ameno.
Quanto ao "feiticeiro", ou xamã, veja o Shou 75. Cada qual tem sua medida.
A pedra é vermelha;
não a pegue.
A simplicidade do sábio
il
é uma necessidade. 7/466 - 8/467
t84
I85
rt
Colecionar emos, Shou 55 L., II
emprestar dinheiro Tsan 469-477 rtI
por interesse:
YUNG III
dez anos depois II
os lucros se perderam. e/468 Eternidade
O Mestre é superior,
mas não demonstra superioridade
ao hóspede de honra,
A eternidade
erra na vida. 61474
Grande Eternidade:
nela há boa sorte.
Afaste-se dos lugares vazios. 7147s
|86 187
As árvores antigas Shou 54 II
vivem eterflamente, e em pé, III
Tsan 478-486
pois estão plantadas
K'UN II!
em seus lugares. III
Mas também têm falhas. 91477 Posteridade
Comentdrio
fr O Yin protege os cascis,
o Yang lhes guarda a posteridade.
A posteridade é o caminho
que o cuidadc de ambos conslruirô. 1 1478
Militares e literatos são profissões descritas como opostas,
equivalentes ao Yin e ao Yang, respectivamente. A alusão devia
ser familiar aos leitores de Yang Hsiung.
A posteridâde é obscura,
não há luz a iluminar-lhe
a trilha. 2147e
A posteridade é obscura,
ao contrário da linguagem
do homem. 5/480
Oobscuroeoclaro
são perfumados. 41481
t88 189
As martas erram.
Caminhando com cautela,
as criaturas de rabo
destroem o jade. 8/48s
Depois se escondem,
prejudicam,
não repetem o feito.
O céu está claro:
a chuva parou. e/486
ET
jUr
Comentário
L)J
I
ig;
Shou 56 III A agitaçâo está no sanguc.
Tsan 496-504 Carne amarela destruída: 8/10\
Yin
Agitado
II A agitação pl'ovoca calanriclaclcs
- tlrit(lorts r'()nt unl hoi gortkr e/1o4
-
O Yitt rrão esltí lrctnslornutntltr
Nem concedenclo estti o Yuttg.
Nu ntiríutle. (r.§ (t)i.\(/.s st' trp.ittrrtt.
I c).1 l'15
I
I
i
Í
-l-,onrar
Shou 57 III chí, convcrsar'.
I
gozal da segurança r.la conversir
Tsan 505-513
Rcflctir sobrc todas as coisas,
SHOU Itr pr-rntlerar solrre as novidzrcles. e/1t;
Protecão -
-
O Yirr [troteg( u ittrtclLt
A Yarrg pt'olc(,a ú porlLt. () otrtc tt tti r itt
Os t'lcmc'ttl<Lr rtrTo st' ol,octtt
LU'tl 00 0lllro.
A
placa de jade era sÍmbolo de ciasse e autoridadcl a pa-
rcde (de urna casa) significava saúrde.
Observe que este tetragl'an1a é o oposto do rcferente
F-ecl-rar a venezianit, Shou 25
guardar os alxigos.
,A proteÇâo é o proclet do chefc. t t\b - 11i07
é diferent.'
de simplesnrcrrtc
podcr'. Ji i0.\
E preciso preparar'
a argâmassa.
Mãos a lcvatrtatn. 6l5t0
-l
omar clrá, conversar,
gozat da segurança da conversa.
Este Shou não ó
pc t'igost,. til5Í2
Slrou 58
III
Tsan 514-522
HSI rI
Re-uniâo ,- C ctntett t úrio
- Amarcla é a cor irrrperial, como o tonr da 'l'erra.
Cr.rmpare a abertrrra com a sexta estrofe do Shou 25.
I)arLir na dircçhtl
da estrada
cnguanto ainda
está cscuro.
Rc-unintlo na antLricão. tlit4
Re-unindo a comicla:
provarrrlo. larttbctrrlo. 1l)17
Re-unindo as asas:
sào titcis. [azcrn irlçitr
t iro. t/t/E $15t9
'l sl52r
cccncltr os I'ios dottra.los
I,)ti I gr)
Ç
Shou 59 III
T'san 525-531
CHÜ IT
II Come nlúrio
Assembléia -
Veja o Shou 57 para entender o significado da "placa de
jade"; para compreender o Ting, reporte-se ao Shou 44.
l)emônios e espiritos Difícil traduzir os variados conceitos de espíritos malignos e
cârecen'l de inspiruçrirr. t /521 outros sel'es sobrenaturais. Traduzi como "demônios" aqueles que
não têm lugar onde descansar nem foram agraciados com a
berrr-aventurança eterna.
Ancestrais no ano
Quanto aos "espíritos", também são adeptos do Mal. "lns-
da comemoração: piração" é a inteligência celesÍial. Estas duas palavras são às
demônios no portão. 2/s24 -3/s2s vezes utilizadas para jndicar o espírito humano e o talento.
Sâo menciouadas várias vezes flâ r:bra; ve.ia os Shou 5l e 52.
Observe que o oome do Shou, "Asseurbléia", não aparcce
Colhendo tudo:
no texto, embora a idéia se faça presente (grupos de espíritos,
venturosos sã<l
ancestrais, de parte da fauna).
os presságios da matir. 4/52b
)(x)
20r
Slrou 60 III O colorido maior.
'l'san 532-54O
O jade e as sedas,
CHI II de vários tons,
Armazenar
III provocam desejos.
- Com elas acenam-se
O Yin gLrurdu u grunde conclusã<t; a vagabundos e andarilhos. 815le
<t Yunp, d pequena uberluru.
O homem humilde
Montanhas, córregos, nada tem a armazenar.
pântanos, lodaçais. Seus bens estão
A nriríade, para onde na posteridade. 9/54A
tudg 1q1..rr. t /s32
A escuridão nada esconde
e faz da luz seu princípio. 2/533
Guarde, não use.
Torne úteis as coisas.
O cavaleiro alcauçn
o coraçáo resoluto. ,/534
Quenr almazena pedras,
e não comida,
perde o trabalhcr
e a lida. 1/535
O cavaleiro guarda a virtude,
nrantendo a atenc..ão na carruageltl 5/536
O celeiro está vazio
porque foi saqueado. 6/517
A Crande Chcia e a maturidade
pertencem a todos os homens.
Coisas novas e frescas
estâo pot' vir. 7/538
202
20\
Shou 6l IIT
'fsan 541-549 T §ífr
SHIH
Enfeitar
§ífr III
r ('ttntt nttirit,
As lalas da discussào
clos ciois h,rmcns-prr:Íetas \ I i4 t 41541
Sitlrus ct»rxlttt,
tllcganr, ar'l'arl
t' Cd§pL'n1 Silllgtlc. e l 1-te
l(),1 105
''Vclrrelho. anrilrcln. dúvida, nrctitl. ccnll't-r." [)c ucorclo
Shou 62 III
Tsan 550-558
I
Dúvida
ift III
rI
-
I
conr os conrentários clc cdiçÕcs anteriorcs, csta ó unra rclcrôncia
à controvúrsia sobrc a clout!-ina corretár. Culiosarrcrr(e, as cltras
principais scitas dos budistas tibetarros foranr conheciclas ctrnrtr
"vcrmclhir",' "irrnlrrclir" rlil anos irptis Yittrg llsitrrrg.
(ilrtirrclo. puirrchatrtlu.
a rrratlcila lança o pássalo.
A Í'lccira penctrzr a rap()sa,
lcrinclo rrtl oiho e rrrrrir orcllrr
eI r rt'l Irre rr I,r . 7/556-L)/558
('tttttcttltirio
rft
[--stc Shou concsl)on\lc ao cqLrinricitt tlc rtutt.ittr.t. Vc.jir, no iní
cio tlo li\/l(), l 1-raltt' tlr'tlicacla lto cllcttdlitit,r.
.) ( ){r )07
I
Os martins-pescadores.
Shou 6i ITI macho e fêmea,
üt,
Tsan 559-567 voam juntos.
SHIH III Suas asas protegem
Examinar
rrr a raPosa. 81566
-
O último dique:
Yin completando: a irmít cla mue: 91567
rebelião pessoal,
Yang cctntpletando; q mãe mzrta.
A sombra e a forruu, conrpletos e unidas
podem ser extntinadas. Ífi
Comentário
Por dentro, claridade,
nenhuma necessidade de luz. t/55e "O pássaro'Luan e o pássaro-Feng." Essas sào aves fabu'
losas cuja aparência significa prosperidade. O ideograma para
Por dentro, lucidez, Luan inclui uma partícula fonética que significa "sinos tocan-
o Eu é profundo e inexplorado. 21560 do", como nas rédeas de um cavalo ou na carruagem de um
imperador. Esse toque musical foi adicionado ao ideograma por-
Poucos exploram o lado de fora. que supunha-se ser o inesmo tom do grito do pássaro-Luan' Às
Sâo incapazes de ver o coração 3156t - 4/562 vezes o nome é traduzido como fênix, termo mais apropriado
ao pássareFeng.
A testa da mulher está muito enrpoada. Embora as palavras Feng e fênix tenham url som seme-
Encharcar o rosto com água,
lhante, as duas não têm nenhuma relação. O fênix chinês tem
lavá-la inteira na chuva. macho e fêmea, e não há nenhuma lenda equivalente à do pás-
saro que constrói seu ninho para imolar-se parte essencial
E um exame cuidadoso vai mostrar
da lenda ocidental. O Feng deve ter sido o -
faisão dourado'
que não ú ela a irmã mais nova. 5/i6i
Há duas referências a este tcxto no Shotr 64.
O pássaro-Luan e o pássaro-Feng.
Se houver confusão,
as virtudes serão como
r.rm brilho claro, 61564
A carruagenr aparece.
O rlertirn-pescador sc esconde.
Ii nrelhor sair a pc<. / / )L11
20q
20.s
Dragão e Tigre, símbolos tradicionais do Yang e Yin,
Shou 64
III
Tsan 568-576 rr
CH'EN T
Depressão
A depressâo examina o Eu
e vê excelência
na vergonha e
na desgraça. 2l s6e
A depressão na beleza:
como um surdo ante batidas
de tambor. tls70
A cortesia se deprime
quando sob observação.
Ingerir alimento amargo
é o augúrio. 41s7 Í
Águias e falcôes
voam muito alto.
A depressão no ventre:
boa é a salamandra,
O mar: água inundando, demoníaco é o mingau. sls72-71574
corrtndo veloz, como se num vôo.
Incapaz de falar sobre isso.
Shou ?6 2'ti
Conro se aos pares. bori quando, devida a gravidez, mas ruim quando causada por
colTto sc atravessando o calllinho. ingestão de alimento pobre.
as corLrjas clo cclcilo Mâs não é só. Também temos de considerar "águias e
e da noitc. falcões", quê "voam muito alto". Assim, a estrofe na verdade
Carne vermelha não está se referindo à gravidez física e sim ao desenvolvimento
oprirnirrdo. 8/)7i - 91576 intelectual. "Águias e falcões voam muito alto" significa "ter a
cabeça nas nuvens"; a última estrofe, pelo menos, pode ser inter-
2t4 215
Shou 65 III altera consideravelmente o significado da quarta estrofe, embora
Tsan 577-585 II seja compreensível que os últimos comentaristas da obra de Yang
Hsiung tenham imaginado que "demolir paredes onde crescem
NEI II ervas daninhas" não fosse uma bênção. Para mim isso parece,
Dentro no entanto, que Yang Hsiung estava tentando realçar o fato de
- que o que aparenta decair é na verdade uma "bênção".
O dragão desce à lama.
O caíaleiro, sábio, usa de compreensão. t 1577
Viagem árdua,
esforços nocivos, 21s78
Comentário
216 217
Shou 66 III Shou 67 III
II
Tsan 586-594
CH'Ü
*
II
III
Tsan 595-603
HUI IlÍ{' II
Partir Obscuro
- -
Yung partindo tuz Yirt, "Obscuro" é uma categoria.
Yin partindo laz Yang.
Os elententos q4orq estãtt trnitlos, O cofre de metal vermelho.
d eso t re I a tl os c d e scon I rolatl <»s.
I lli 2t9
esta é uma evidência de que Yang Hsiung intentou fâzer o ca- Shou 68 III
lendário começar no solstício de inverno.
Tsan 604-612
II
O ideograma usado aqui para "vermelho", embora signi-
fique a cor, às vezes é utilizado para a prata, associada na
alquimia ocidental à lua (como em "corrosivo lunar" * nitrato
MENG
Obscurecido
H. II
II
de prata). O "cofre de metal vermelho" deve aludir portanto
ao eclipse. Eclipses do sol só podem ocorrer quando a lua está Visão escurecida.
"escura", isto é, quando ela é nova. Divisões;
Este Shou também é muito curto para ser dividido en't
então volta a brilhar.
Tsan.
O céu não conhece seus próprios limites.
,H.
Comentário
"Obscurecido" aqui significa "visão escurecida". Neste tex'
to há continuidade das imagens do Shou anterior, que se refere
ao eclipse total. Aqui ele já está desaparecendo. O espelho de
metal era um símbolo do universo; muitos exemplos da dinastia
Han sobrevivem e voltam com descrições como de um quadrado
dentro de um círculo, freqüentemente cercado por símbolos que
representam os doze meses do ano, as quatro estações e outras
referências astronômicas.
Este Shou também é muito curto para ser dividido em
Tsan.
220 221
Shou 69 III
Tsan 613-621 II
CH'IUNG II
III ('onrcrttúrio
Pobreza
"A Terra nâo cst/r ern ltarrlorria",-i Llnta r.efc:r.êncitr ao pr.ír-
Contemplar a pobreza: inteligência.
prio tctragrama: obscrve que elc ú cttmposto <ie par.es inver.ticlos
Aquilo que toca permanece no coração. contendo lirrhas fragrnentadas em duas e três partes não hri
I l61i -
nenhuma ininterrupla.
A Terra não está em harmonia. O "fogão" cla qr-rirrta cstroíc lel'elc-sc ao Shou 49. Estu
As varas de madeira são longas e estreitas . . . 21614'3/615 estrofe também mcnciilrra rl<-lis objctos cerinrtlrrilis rrntigos. t,
jade Pi (sínrbolo rlo parníso quc ent tcmpos rL'tníJtL)s Ioi paclruo
Beleza sem constrangimento. astronônrico) c as placus anccslrais (r,eja trtrtlrrs rcl'r'rôncias tros
Nas entranhas, perigo: Shou 57 c 59).
Nenhum engano na ordem. 41616 - 5/617
Clt'ür fcn llsi lcrnht.ir (ilrc it cstl'()le 4 sc |clt'r'c lr rrrtt ltlr'rgt'
pr'rítrtlo tt:t Pt is:tt,.
Passando o riacho
com frio e neve.
Chaga perto do pescoço:
a cicdlriz dos enforcados. 61618-7161e
222 22\
Shou 7t III
Shou 70 IIT II
Tsan 622-650 II Tsan 6il-659 III
III CHIH rI
KO
Cortar
Êf Parar
A obstinação é inrpura,
incapaz de iustiça. 5/644
HT
'-ts
('onrctttário
O cuidado
envolve a cârÍuagem,
entra no abismo,
volta no barco,
sobe a montanha.
22ri Shou 8O
Shou 73 III Shou 74
Tsan 649-657 III Tsan 658-666
rII
rII
CH'ENG
Completar
CHIH
Desejo
rd II
- -r
A cor.rclusào dcscnrola - \ itt c \" ung csttio troc'utlos
a luminosidade ofuscante. Cabeceondo Ltt11 tto outro.
A conclusão voa
c nâo existe perseguiçiro. Um é a calarnidade.
OCerrtrocaconclusão choranrlo silenciosamcntc
vigiarn sozinhos o Llriurdç. a nriríadc das coisas.
Comenlriri<t
" "Centro" significa o 'l'ien ir-riciado com o Shou l. Centro lShou l-9).
e "Conclusão" refere-se act T'ien que começa com este Shou (71-81). Os
Shou de I a 9 relacionanr-se às forças T'ien; os dc 75 a ttl. às íorcas '[i.
Ê assirn que o telragrarna foi inlerpretado.
2t0 tlr
Slrou 75 III L)ias .' r'lrcscs pdssarn.
III O cadáver decai e se translornta slb74
Tsarr 667-675
SHIH III A translorrnaçãcr
Erro do cacláver
- airri.la rrâo loi
luttgr tt lb7 i
)' irr rcbclu-sr'.
Y ttng c iitr'tt1-'tttz LIe LllcLtr.L'ur.
l:.sle clernartlU
i irtsondúrt'1.
('orneuttíriLt
[)ocnca.
Conseqr-iência : nredictrmenlos.
0 feiticeiro.
('crrrsr'qiiôncia : poçÕcs. 1lb7 t 61672
l;l l;i
Shou 76 III
Tsan 676-684 III
CHÜ
Problemas
ffii II
--
Sail para o canlpo
Ver o que há no canrpr)
Ver o tigre protegendo o porco
Vestir-se por causa da inr"rrrdacão.
C<tmentdrio
E'i
Embora o títirlo nào no texto, é interessante nolar'
apareça
como outros componentes entram rrele. O ideograrla para Chi"i
ó construído a partir dos clementos para tigre, porco e laca. A
idéia é de alguém "inundado" por problemas.
Curto, estc Shou tambérrr nào foi clividiclo ern -l'san.
-t; )
Shou 78 III
Shou 77 III III
Tsan 694-7O2
Tsan 685-691 III II
II CHIANG
HSÜN F,r;í II Tomada
III
Doméstica
Tomada no vôo:
A urulher grávida tclrt bottr alitrrettto: vantagem em subir ao céu. t /6e4 21695
iilho e filha trabalham fora. Muitos pássaros pequenos
Não há trarrqi.iilidacle tlcsse destirro. são pegos durante o vôo.
Tiram-lhes as penas,
a cauda e as asas. 3/3e6 -41697
&jil Barcos galopam, carruagens navegam.
Contentcirio A destruição está próxima. 5/6e8
Veja o comentário ao Shou 64 pata observat corno Yang Uma criança magra:
Hsiung usa a imagenr da gravidez. cem famílias permanecem no abismo. 6l6ee
O título não aparece ao longo do texto. O tetragrama e
O homem mais velho:
interessante: duas linhas fragmentadas em duas partes e outras
dispersando os barcos. 7 /70A
duas f ragrnr'rrtadas ent três partes: o in verso do Shcru 4i '
Bichos-da-seda vermelhos
sobem o pé de amoras:
seus casulos não são
amarelos. 8/70t - 9/702
'r{'r
L'omentítrio
A expressão "cem famílias" ó usada para expressar "todas
as pessoas". "Abismo" é termo utilizado com freqüência no
T'ai Hsüan como antítese de "céu". "Seus casulos não são
amarelos" significa que não estão "maduros" por não haver fo-
lhas que os bichos-da-seda possam comer. Aliás, eles já tinham
aparecido no Shou 55; as "cem famílias" estão também no
Shou 42; barcos no Shou 28.
277
216
Shou 79 III da terceira estrofes tênr o idecgrama Ch'uan ( (« ), Riachos,
Tsan 703-71 I III no sentido de indicar viagem longa e árdua.
III A questão que se coloca na terceira estrolc ú a dificuldade
NAN em arrastar um vagão montanha acima e depois trazê-lo para
Dificuldades baixo. O título deste Shou, Nan, também é o nome de uma
espécie de pássaro. o quc talvez insirrue a imagem de ovos se
O ovo quebra - quebrando.
a pedra estéril. t 1703
O grande vagão
avanca ruidosamente. 2/704 - 3 /7Os
*Ír
Comentaria
218 2i9
Shou 80 I II
ffi
w I II
Tsan 712-72O
CH'IN I II
Cuidadoso
I I Comentdrio
"O Grande Yin congela": este Shou corresponde ao meio
de dezembro.
O Grande Yin congela,
temeroso de dar o primeiro passo lú laru
e penelrar s <'ctsq do Yang.
Obscuridade
çobre as costas de alguém
que vai ao trabalho. t /712
Um nó:
minha carne sou eu. 4/7ts
O cuidado
envolve a carruagem,
entra no abismo,
volta no barco,
sobe a montanha, 8/7le - e/720
2,10 24t
Shou 8l II I Escrupulosamente,
242 24i
título: Yang. Coincidência ou outro conceito literário acerca do
norne de Yang Hsiung?
O "vermelho" da primeira estrofe é o sol, que aparecc
assim no inverno e se esconde a maior parte do dia "no abismo".
A estrofe final remete à primeira e refere-se ao ato ritual
de erguer um disco solar provavelmente o sagrado Pi
ao céu.
- -
No céu claro do inverno o sol inicia sua jornada, como as
estrelas e os intermináveis ciclos de dias, meses, anos e dinastias,
"sempre voltam ao começo", "sempre voltam ao fim". Terceira parte
Fantasmas, ou demônios, Kuei ( -â ) são considerados os
responsáveis pelas doenças.
O T,Á.I HSÜAI\T CHII{G
E O PENSAMEI{TO
CIEhTTIFICO
244
rNTR0DtrÇÃo
247
J
(Chou) l. . . ". A "decadência" do I? Bem, o fato de ele ter se à direita, ou à esquerda, da marca que mostraria a terça parte
referido a isso deve ser levado em conta juntamente com sua da linha. E chegaríamos mais perto desse hiato dividindo-o enr
crença de que não havia obras grandiosas entre os clássicos. três; e o hiato resultante fiçaria ainda mais próximo. Mas nunca
Proyavelmente, ao escrever o T'ai Hsüan, ele tenha tentado dar o alcançaríamos.
umâ nova dimensão ao I e estimular interesse naquilo que jul- A idéia de que todo d pensamento e talvez todas as leis
gava ser o maior trabalho da Antigüidade, universais possam ser expressas em termos de Sim ou Não é
A noção de uma "trindade" não era completamente desco- quase instintiva à mente científica. Foi isso que fez a teoria
nhecida por Yang Hsiung; o Li Chi (registro de ritos) tem uma Yin-Yang ser tão prontamente aceita. No entanto, este é na ver-
definição clara da natureza "tripartite" da inspiração divina *. dade um obstáculo; bloqueia a criação de idéias novasr e por
Certamente Yang Hsiung conhecia essa obra, ainda que a essên- extensão segura o progresso do conhecimento. As páginas se-
cia dela tenha sido escrita cerca de meio século antes (ou seja, guintes mostram alguns dos caminhos nos quais o T'ai Hsüan
entre 70 e 50 a.C.) e embora seus últimos trechos datem do final Ching está melhor equipado do que o Yin-Yang para lidar com
do primeiro século (aproximadamente cinqüenta anos depois da conceitos científicos, e como ele pode abrir portas no sentido de
nrorte de Yang Hsiung). Mas há passagens anteriores a Con- criar idéias novas.
fúcio, e talvez também anteriores a I.
O T'ai Hsüan é uma teoria universal. Não uma explicaçâo O T'AI HSÜAN E O PENSAMENTO CIENTIFICO
do universo e suas origens, mas um método de entendimento para
a existência e o comportamento das coisas que compõem o uni- Apologistas do I Ching freqüentemente dão grande ênfase
verso. A obra é cientificamente mais elegante do que o princípio à importância das coincidências entre o Liang I (as forças Yin
do Yin-Yang ou o sistema binário de Leibniz, que vem a ser o e Yang) e a natureza eletromagnética do universo físico
-
isto é, atração e repulsão de forças iguais e diferentes do magne-
meio universal de comunicação no moderno mundo da eletrônica
e da infornrática. O Yin e o Yang transformam-se, respectiva- tismo e da eletricidade _- como se, de alguma maneira, isscl
mente, em negativo e positivo, que respondem por sua vez a mostrasse que as forças eletromagnéticas tivessem sido anteci-
Não e Sim. Quanto ao mundo da eletrônica, se tornou tão so- padas pela filosofia chinesa milhares de anos antes de sua acei-
fisticado que facilmente leva a crer que a aplicação do sistema tação científica no Ocidente. Infelizmente esses dois sistemas
binário poderia envolver todo o pensamento não são análogos. O maior fator de aproximação do Yin-Yang
a proposta origi-
nal de Leibniz. Acontece que ela limita a si-mesma. É como se em relação ao pensamento científico ocidental é um campo intei-
ramente diferente que diz respeito não às lorços do universo
uma enorme quantidade de arame pudesse produzir infinitas
mas às partes que as constituem.
Íormas diferentes -_ mas sem janrais deixar de ser arame. Não
importa quantas vezes uma linha é dividida por dois; ela nunca Ainda que Yin e Yang tenham sid«l considerados divisões
será dividida em três. Se, mediante um processo bisseccional, do T'ai Chi (^tI),a Grande Unidade, e assim tenham se
tentarmos dividir essa linha, chegaríanros a um ponto próximo tornando os "pais" a partir dos quais as "dez mil coisas" Wan
Wu ( ü lf ) foranr geradas, fica claro que nem Yin netn Yang
* "No princípio era a Unidade passanl iro largo do que ficou conhecido para Aristóteles como
Misteriosa, Miao l, classificada em três
princípios: céu. inteligência e espírito" (prefácio do Li Chi). "elementos". Ao contrário. os chamados cinco elementos da
24Ír 249
I
ciência chinesa (madeira, terra, metal, água e fogo) não forarn cimento científico é baseado na observação e na classificação;
considerados "componentes" (como os aristotelianos ar, terra, mas a calegorização que não leva a nenhuma.conclusão é estéril:
fogo e água) e sim "manífestações" da matéria, Liang I (o sistema Yin-Yang) pode ser um exaustivo sistema dt,
Mas há outra falha grave na teoria dualista da filosofia classificação, mas não gera novos conhecimentos.
chinesa o conceito que Yang Hsiung, a despeito de sua admi- O I'aiHsüan, ao contrário, leva à criação de novos campos
-
ração pelo I Ching, teye o cuidado de tentar corrigir. Ao pres- de exploração. Tome como exemplo a fusão de um átomo de
supor que todas as coisas são Yin, Yang ou uma mescla das sódio com um de cloro para formar o sal comum. Este sal
duas forças, a teoria dualista exclui tudo o que não pertença a comum não tem nem as propriedades do altamente reativo sódio,
essa classificação (como esse pensamento restritivo tem levado que queima em chamas ao tocar a água, nem a característica
aos mais extraordinários paradoxos na matemática será mostrado corrosiva do cloro. Superficialmente, poderíamos dizer que o
mais à frente). Embora Yin e Yang possuam paralelos com as sódio Ti e o cloro T'ien, juntos, formaram o sal fen. Para
forças negativa e positiva do elctromagnetismo, falham em não entender por que isso acontece, é preciso pesquisar o átomo.
levar em conta outra força, a gravidade, que não tem natureza Existem três partículas observáveis no átomo (o termo "obser-
positiva ou negativa e sim atrativa. Um corpo caindo (pela lei váveis" foi usado em seu sentido mais amplo): o elétron, com
da gravidade) mostra <.r efeito do Grande Yang atraindo o Pe- massa insignificante (peso) e carga elétrica negativa; o nêutron,
queno Yang ou trata-se do Grande Yin atraindo o Pequeno Yin? que tem massa, mas não possui carga; e o próton, com massa e
A questão é acadêmisa, e não pode ser respondida de maneira carga positiva. O elétron é T'ien 'o; a carga do próton, oposta à
satisfatória. Paradoxo ou falsa lógica? Onde a teoria Yin-Yang primeira partícula, é Ti ; nras, já que tem massa, também poderia
falha em termos de solução, o T'ai Hsüan obtém sucesso, ao ser |en. Isso leva a uma dedução: deve haver algumas partí-
propor que entre os extremos T'ien e Ti existe uma terceira culas, Ti, com carga positiva e sem massa; e outras partículas,
força, fen. O T'ai Hsiian Ching poderia explicar a gravidade. Ien + T'ien, que têm massa e carga elétrica negativa.
Não como urna força de atração entre o T'ien e o Ti, mas como
a força central, de atração e reciprocidade, atuand«t como fen.
o A dra. Anneliese Bulling, notável autoridade ern simbolismo chinôs,
Não conseguimos enxergar serrão unta pequena parte de como o
quis saber por que razão eu ligara o elétron e sua carga negativa à força
fen poderia explicar outras importantes carasterísticas da estru- T'ien, sempre considerada positiva. O motivo relaciona-se à natureza clo
tura atôrnica. elétron, em movimento ao redor do núcleo do átomo. Nada existc de
Seria fácil usar ;i terrninologia do 'f 'ai Hsüan para explicar realmente "positivo" e "negativo" nas partículas; o que âcontccc c
que, como os pólos dos magnetos, elas têm forças iguais e oposlas, às
fenôt.nenos colÍlo os estados sóiido, líquido e gasoso. Bastaria
quais os termos "positivo" e "negativo" são aplicados. Podiarn tr-arr-
clizer quc o primeiro ó Ti ('l'erra) e portanto sólido; o gás, tênue qüilamer-rte chamar-se "preto" e "branco". Nos prinrórdios cla ciôucia
e que preenche o universo, seria T'ien; enquanto o líquido elétrica, acreditava-se que a corrente elétrica fluía clo tcnlrinal positivt-r
cvidentemente não uma çombinação de sólido com gasoso mas
- ao negativo de uma mesnra bateria. Hoje em dia sabc-sc (lLlo il corrunlr
gira no caminho inverso, e que é o mcrvirnento do clétron o lcsprrnsiivcl
unr terceiro estado, independente clos outros dois seria [en.
Mas não estaríamos dizendo nada ele novo. - pela direção dessa corrente elétrica. Assim, o tcrmo'l"ien se aplicu iro
elétron. Numa representação em miniatura do álonro, o rrticlco ó rr
O T'ai Hsiian, lro Shou 2, nos diz que a criação de todas Terra, Ti; a nuvenr de elétrons clue gira a sua v«rlta t': l"icrr. Cúu. À
as coisas comeÇou quancio as reuni:: ern grupos. Todo o conhe- tcrnrinologia é prática, nào rnislrc:r
I5t) 251
Embora o esforço paru f.azet Yin e Yang corresponderem às
forças positiva e negativa do eletromagnetismo rapidamente leva-
Átomo de hélio' das a um obscuro atraso, uma semelhança superficial das duas
forças aos sexos conduziu a uma interpretação biológica, outra
analogia errônea e cheia de armadilhas. A similaridade das forças
Yin e Yang aos fenômenos macho e fêmea é tão evidente que se
torna fácil esqueÇer que a atração entre os sexos não é tão previsí
vel como a atração dos pólos diferentes do magneto. Todos os pó-
los norte atraem todos os pólos su/; ah, se a vida fosse assim tão
simples! Também é impossível esquecer que apenas parte das
coisas vivas deste planeta tem duas formas sexuais distintas. Não
precisamos viajar a outras galáxias para descobrir que existem
criaturas com um, três ou nenhum sexo. Basta olhar o proto-
zoário, plantas auto-reprodutoras, os monossexuais gastrópodes
e os complexos ciclos das flores (que requerem assistência inter-
mediária de outras formas de vida) para encontrar organismos
tão estranhos como as mais criativas produções da ficção cien-
tífica. O spirogyra e o caramujo nada sabem sobre Yin e Yang.
Os termos Yin e Yang também foram aplicados aos genes
recessivos e dominantes; mas substituir algumas palavras por
outras não significa nada. Não faz diferença nenhuma à obser-
vação se o albinismo dos coelhos se deve a genes Yin ou reces.
sivos. Além disso, não se está levando em conta na criação de
novas espécies, objetivo da reprodução, se o assunto é o pombo-
correio ou o arroz de inverno. Mas é só substituir os termos
Yin e Yang por Ti e T'ien para que imediatamente possa surgir
Diagranra da címarla cxtcrna dc um átomo de neônio' a expectativa de uma terceira e imprevisível força: fen. Os
"caprichos" da natureza e o desenvolvimento de novas espécies
l. O átotno de hélio. Em termos convencionais, dois elétrons
agora podem ser explicados.
orbitam dois nêutrons e dois prótons. Nos termos do T'ai
Hsüan, duas partículas T'ien, duas |en e duas Ti ligam' Na música, o fenômeno dos três pólos Ti, T'ien, f en *
-
é marcante. Praticamente toda a música ocidental, desde o sé.
se umas às gutras, produzindo um elemento "neutro",
2. O dtomo de neônio. No çentro dele há o núcleo (que trão culo XVI, tem sido dominada pela característica dos "relaciona-
se vê na figura). Em volta existem dez elétrons; os oito mentos-chave". As linhas melódicas e toda a forma das estru-
de fora ligam-se perfeitamente, como os ângulos de um turas sinfônicas são baseadas em posições relativas a tr'ês centros
cubo, produzindo um elemento "neutro" e estável. tonais: a tônica. sua dominante e sua subdominante. É óbvicr
252 25i
I
que essas relações podem ser associadas de imediato ao balanço o objeto estd Íoltando, enquanto no outrc jamais existiu. É «:
radas funcões da dominante e da subdominante. A função da tiva atuando sobre, e rreutralizando. uma força negativa, e vice-
"chave", ou tonalidade, de uma passagem musical pode se re- versa. Se dissermos que uma coisa positiva e outra negativa,
juntas, produzem nada, o que resta dessas duas entidades?
ferir a uma peça inteira, a alguns compassos ou a um único
Costuma-se argumentar que o negativo não existe; se não existe,
acorde. O fato notável é que a tonalidade na música não pas-
não poderia neutralizar o positrvo. I e
sava de unra grande desconhecida na época de Yang Hsiung. - I são, ambos, entidades;
assim, I - I - 2. Em equacões como essa, duas forças propor-
Os mecanismos da teoria musical estavam lá, mas tiveram de
esperar quinhentos anos até ser aplicados. cionais são, juntas, duas vezes a força original.
A essa altura, temos de procurar por evidências da aplica- Os conceitos positivo e negativo não entram no T'ai Hsüan
Ching. Existem, isso sim. qualidades Ti e qualidades T'ien, As
ção do T'ai Hsüan Ching nos vários ramos da ciôncia. Nossa
próxinra incursão nos levará aos vexatórios descaminhos da ma- duas produzem fen.
temática. Esta deveria ser a mais precisa e lógica de todas as Se tiiolos são postos juntos de maneira a fornrar uma casa,
disciplinas, mas parece que também ela pode se tornar um ema- essa casa existe onde antes nada havia. Lernbrem-se do Shou 2.
ranhado infeliz quando procura resolver alguns dos problemas dizendo que a criação das coisas comeÇa quando elas são reuni-
de sua própria criação. das em grupos. Podemos apreender clo T'ai Hsi.ian o conceito
Em ptimeiro lugar, é necessário considerar o processo todo de um conjunto de números que representarn o equilíbrio entre
da matemática a partir de um ponto de vista inteiramente novo, duas forças opostas, f en, que é o equilíbrio entre clois opostos
como se a disciplina acabasse de ser inventada. Dois exemplos iguais o. Na matemática convencional, há um problema surpreen-
servirão para mostrar os problemas das relações entre os núme- dente quando se lida com a multiplicação de números negativos:
ros. Se tomarmos uma balança e colocarmos, em cada prato, um -2 X -2 não dá -4, mas f 4. O problema é composto quan-
quilo de farinha, haverá equilíbrio. O peso total será o equiva- do alguém tenta se recordar das raízes desses nírnreros. Se leva-
lente a dois quilos. Qual dos dois quilos seria negativo, parâ mos -2 ao quadrado, a resposta é 4. Mas qual é a raiz quadrada
compensar o equilíbrio? Se nenhum dos pratos contivesse peso. de -4? Se o número -4 pode ser obtido mecliante um processo
nras os clois quilos juntos somam dois, então, 1 - I = 1 + l. de subtraçâo na matemática convencional, por que não pode ser
Mas nenhum dos pesos tem qualidade "menos" (negativa); am- alcançado por um processo de divisão?
bos são pclsitivos, uma vez que têm peso; I + I = 0; e por-
tirt.tto, do ponto da balança, 0 : 2. A força fen é na verdade a o Tomemos outro exemplo a partir da estrutura
do átorro: alguns ele-
sorrla e o equilíbtio entre T'ien e Ti. mentos. os gases raros. argônio. neônio, criptônio, são totalmente estáveis e
nunca se combinam com outros elementos. O rnotivo dessa estabilidade
Outro conceito a considerar é o seguinte: existem dois apo- é que suas "protecôes" de eléffons é completa; têm oito elétrons. Oitcr
sentos, Um deles tem uma cadeira; o outro, nâo. A cadeira é éonúmerodosvérticesdeurncubo; iguala2 + 2 + 2 + 2; reduzindc
retil'ada, levada embora, Os dois aposentos agora estão iguais? a (21 * (2), que mais adiante se reduz a fen t equilíbrio complero e.
A resposta é não. Apesar de nenhum conter a cadeira, num deles portanto, total estabilitJade.
2\4 211
A
matemática convencional procura resolver este paradoxo Na verdade isso não é absurdo; como vimos a visão ter-
mediante a invenção de um número imaginário, Í, que seria a nária que o T'ai Hsüan tem da matemática admite os zeros.
raiz quadrada de - l. Não há necessidade de detalhar como Para ilustrar melhor, basta desenhar um círculo progressivamen-
isso é usado para explicar a raiz quadrada de *4; a raiz qua- te dividido em peças menores. Se ele for dividido em dois semi-
drada de números negativos pode ser visualizada com certa faci-
círculos,e uma dessas áreas for multiplicada por dois, nova-
lidade num diagrama. O diagrama que vem logo a seguir, a
mente teremos um círculo. Se ele for dividido em milhares de
propósito, como os números inteiros positivo (T'ien) , o zero
peças e se tomarmos uma delas, multiplicando-a milhares de ve-
(len) e o negativo (Ti) têm valores absolutos, e como uma
nova notação matemática poderia resolver esses paradoxos. zes, o resultado mais uma vez será um círculo, Dividi-lo num
O oposto de zero é o infinito; os matemáticos têm espe- número infinito de vezes, de acordo com a matemática conven-
culado com freqüência se existe apenas um infinito ou diversos cional, vai fazw com que as porções resultantes sejam iguais
deles. Um artigo no Daily Telegraph de 14 de junho de 1982 a 0. Se cada uma dessas porções não tem valor, então seria
incitou um leitor a comentar: "Se aceitarmos o Teorema Con- impossível restaurar o círculo, não importa o número de multi-
tínuo de Cantor, que mostra que os infinitos vêm em diferentes plicações. O nada nunca pode produzir alguma coisa. Está claro
tamanhos, entâo podemos presumir igualnrente que pode haver que o absurdo reside em acreditar que o zero e o infinito sejam
dois zeros, um dos quais menor que o outro, o que é um números absolutos. No entanto existem realmente dois números
absurdo",
absolutos: o absoluto infinito, que compreende todo o universo,
e o zero absoluto, que é a não-existência. Mas esses dois núme-
y'ol ros absolutos não podem ser encontrados pela divisão de um
número finito, ou limitado, vszes sem conta, ilimitadamente"
Finalmente existem os paradoxos de palavras, números e
Espaço positivtr lógica. Uma vasta obra sobre o assunto, e que conseguiu algu-
tÍ +L Funções dc ma popularidade, é o Gôdel-Escher-Bach, de Douglas R. Hofstad-
+x, +y e +z
x ter. Virtualmente, toda a argurnentação desse trabalho monu-
mental reside no paradoxo de Epaminondas: "Todos os cretenses
Espaço ncgativo
Funções de são mentirosos; sou cretense, e portanto minto; por essa razão
*x, -y e -z
devo estar dizendo a verdade". Aqui não há, claro, um paradoxo.
Espaço netrtro Se todos os cretenses lossem mentirosos, nunca teríamos feito
Funçõcs dc
fx,-.yc0z semelhante afirmação. Ela é falsa, pois. Mas também é um exem-
y'ol
plo de como se torna simples confundir absurdamente com um
paradoxo. Os tipos de paradoxos que Flofstadter apresenta e de-
Gráfico de x, y, z, coordenados, mostrando a relação entre os
senvolye são aqueles que a lóçica chamaria "a fraude da exclusão
números reais positivos e negativos e os números neutros. do intermediário". O perigo, evidente em seus esforços de con-
256 2\7
Í'undir, teria sido evitado r;e os lilósofos houvessem educado a I
APÊNDICE
Abundância 38 Completar 73
Acumulação 35 Coragem 30
Agitado 56 Cortar 70
Ambição 3l Crescimento t3
Ambientes 2 Cuidadoso 80
Ano 37 Cumprimento 42
Armazenar 60 Cuscuta 50
Assembléia 59 Dentro 65
Astúcia l4 Depressão 64
Atribulações 6 Desejo 74
Austeridade 29 Dificuldades 79
Avançar 20 Disputa 25
Barreira 4 Doméstica 77
Centro I Dúvida 62
Complacência 19 Encontro 45
258 259
Enfeitar 61 Negócios 27 Índice dos títulos chineses dos Shou
Errar 11 Obscuro 67
Erro 75 Obscurecido 68 Ch'a Errar 11 I Mal 23
Esperando 18 Obstinação 72 Ch'ang Rotina 51 I Coragem 30
Eternidade 55 Opor (milhões) I Ch'en Depressão 64 I Dúvida 62
Examinar 63 Parar 7t Cheng Disputa 25 fuan Suave 17
Extensão 46 Parentes 34
Ch'eng Completar 73 Iui Astúcia 14
Fertilizar 81
Partir 66
Chi Armazenar 60 Kan
Fogão 44 Chiang Limite (violência) 30 (ch'ien) Opor (milhões) 8
Penetrante 9
Fuga 49
Percepção l5
Chiang Tomada 78 Ke Modelo 22
Grande 45
Pesquisa 26
Chiao Troca 15 Keng Mudança 28
Intimidade 33
Pobreza 69
Chien Reduzir 55 Ko Cortar 70
fovem 12
Posteridade 54
Chien Obstinação 72 K'un Posteridade 54
Lei 10
Prazer 24
Chih Parar 7l K'uo Extensão 46
Lentamente 3
Problemas 76
Chih Desejo 74 Li Atribulações 6
Libertar 2t
48
Chih Avançar 20 Li Propriedade 48
Propriedade
Limite 56 Ch'in Parentes 34 Lien Acumulação 35
Próprio 41
Literatura 47 Ch'in Cuidadoso 80 Lo Prazer 24
Proteção 57
Ch'iung Pobreza
Louvar 10 69 Meng Obscurecido 68
Reduzir Chou Ambientes 2 Intimidade
Mal 23 55 Mi 33
Medida 52 Re-união 58 Chü Morada 59 Nan Dificuldades 79
Mínimo 5 Rotina 51 Chü Assembléia 59 Nei Dentro 65
Modelo 22 Suave l7 Chü Problemas 76 Shang Topo (ascender) 7
Morada 39 Topo 7 Ch'ü Partir 66 Shao Mínimo 5
Mudança 28 Tomada 78 Chuang Ambição 3l Sheng Abundância 38
Multidão 32 Troca 16 Chung Centro 1 Shih Libertar 2l
Chung Multidão 32 Shih Negócios 27
Fa Lei 10 Shih Enfeitar 61
Hsi Esperando 18 Shih Examinar 63
Hsi Re-união 58 Shih Erro 75
Hsien Lentamente 3 Shou Proteção 57
Hsien Barreira 4 Shu Penetrante 9
Hsien Louvar 10 Ta Percepção I5
Hsün Doméstica 77 Ta Grande 45
Hui Obscuro 67 T'ang Cuscuta 50
260 261
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Ano
ComPlacência l9 Ying PróPrio 41
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g. Vitória f. Doença
h. Perigo g. Estabilidade
i. Rasura h. Anunciação
* Mansão lunar i. Discussões
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K'an No. 80. Commercial Press, Shangai. Várias edições
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evitando o tabu de usar o nome de Hsüan Ti), Ts'ung
Wen Shu Chu, 1874.
As ilustrações foram tiradas do Ch'in Ting Shu Ching T'u Shuo,
edição ilustrada do Shu Ching (histórico clássico), 1905.
AGRADECIMENTOS
286 287
Muito ohrigado tambérrr ao amigo Gwyn Woolcook, pelo
'Lester
estímulo, e a Hagen pela ajuda artística e administrativa.
Finalmente, este livro não teria sido publicado sem a sensi
bilidaile de Michael Cox, da Aquarian Press, e seu infatigável
editor. Simon Franklin.
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