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Lição 2: Relatos da Criação

Tópico 1:
SUBSÍDIO DIDÁTICO

Professor, para introduzir primeiro tópico da lição faça a seguinte indagação: “Os dias da criação
em Gênesis 1 são literais?”. Ouça os alunos com atenção e explique que “em Gênesis 1, a
palavra hebraica para dia é yom. A maior parte do uso dela no Antigo Testamento é com o
sentido de dia, dia literal; e, nas passagens em que o sentido não é esse, o contexto deixa isso
claro. Primeiro, yom é definido na primeira vez em que é usado na Bíblia (Gn 1.4,5) em seus dois
sentidos literais: a porção clara do ciclo luz/trevas e todo o ciclo luz/trevas. Segundo, yom é usado
com ‘noite’ e ‘manhã’. Em todas as passagens em que essas duas palavras são usadas no Antigo
Testamento, juntas ou separadas, e no contexto de yom ou não, elas sempre têm o sentido literal
de noite ou manhã de um dia literal. Terceiro, yom é modificado por um número: primeiro dia,
segundo dia, terceiro dia, etc., o que em todas as passagens do Antigo Testamento indicam dias
literais. Quarto, Gênesis 1.14 define literalmente yom em relação aos corpos celestiais” (HAM,
Ken. Criacionismo: verdade ou mito? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, p.30).

I. A CRIAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DA LUZ

Entre os versículos um e três do primeiro capítulo de Gênesis há um intervalo indefinido, no qual


Deus criou o tempo, o espaço, os Céus e os anjos e, finalmente, a Terra ainda informe.

1. O tempo. Embora a Bíblia não o diga, podemos afirmar que a primeira coisa que Deus criou foi
o tempo. Isto porque a obra divina, embora concebida na eternidade, somente poderia ser
consumada no âmbito temporal. Só o Criador é eterno. A criação acha-se sujeita ao tempo,
requerendo as intervenções e cuidados divinos (Sl 104.5).

2. O espaço. O que é o espaço? Podemos defini-lo como o tecido cósmico que Deus criou para
colocar os corpos celestes. Portanto, o espaço também é criação divina.

3. Os Céus e os anjos. Os Céus, a morada de Deus, também foram criados num contexto
espaço-temporal, por uma razão bastante simples: embora não pertençam à nossa dimensão,
são um lugar bem real. É para lá que as almas dos justos são encaminhadas.

Após a criação dos Céus, Deus chamou à existência os seus anjos através do sopro de sua boca
(Sl 33.6). E assim, o Senhor neles infundiu, também, a sua imagem e semelhança.

4. A Terra ainda informe. Deus formou a Terra antes dos seis dias da criação. A princípio,
informe e vazia, seria modelada pelo Espírito de Deus até que viesse a adquirir a forma atual (Gn
1.2).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“A palavra hebraica para ‘luz’ é ‘or’, e refere-se às ondas iniciais de energia luminosa atuando
sobre a terra. Posteriormente, Deus colocou ‘luminares’ (hb. ma’or, literalmente ‘luzeiros’, v.14
nos céus como geradores e refletores permanentes das ondas de luz. O propósito principal
desses luzeiros é servir de sinais demarcadores das estações, dias e anos (vv.5-14)” (Bíblia de
Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991, p.30).
SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

Professor, o objetivo da lição é apresentar o Criacionismo. Infelizmente, muitos cristãos têm


receio de declarar que creem que Deus é o criador de todas as coisas. Deus é real e o
Criacionismo não é um mito, mas uma verdade. Quando se fala que Deus tudo criou, algumas
pessoas perguntam: “E quem criou Deus?”. O Todo-Poderoso não teve um início, Ele é
atemporal. A Bíblia também não tenta provar sua existência, ela simplesmente inicia afirmando:
“No princípio, […] Deus…”. As teorias que explicam a criação do homem e do universo, são
apenas teorias, ou seja, conhecimento especulativo.

“Hoje, muitos cristãos afirmam que os milhões de anos de história da Terra se ajustam à Bíblia e
que Deus usou o processo evolucionário para criar. Essa ideia não é uma invenção recente. Há
mais de duzentos anos, muitos teólogos tentam essas harmonizações em resposta a trabalhos
como o de Charles Darwin e de Charles Lyell, escocês que ajudou a popularizar a ideia de
milhões de anos da história da Terra e de um moroso processo geológico.

Quando consideramos a possibilidade de que Deus usou o processo evolucionário para criar ao
longo de milhões de anos, confrontamo-nos com sérias consequências: a Palavra de Deus não é
mais competente e o caráter de nosso Deus amoroso é questionado.

Já na época de Darwin, um dos principais evolucionistas entendia o problema de fazer concessão


ao afirmar que Deus usou a evolução. Uma vez que você aceite a evolução e suas implicações
para a história, então o homem está livre para escolher as partes da Bíblia que quer aceitar”
(HAM, Ken. Criacionismo: verdade ou mito? 1ª Edição. RJ: CPAD, 2011, pp.35-6).

IV. A CRIAÇÃO DA LUZ

1. E houve luz. A criação da luz, no primeiro dia do Universo, é carregada de significados (Gn
1.3). Embora o Criador dela não precisasse, a criação a reclamava (Sl 139.12). Sem luz, a vida
seria impossível.

2. A luz inicial. A luz de Gênesis 1.3 não era proveniente do Sol, pois este só viria a ser criado no
quarto dia. Ela provinha do próprio Deus. Luz semelhante, porém mais gloriosa, haverá na
Jerusalém Celeste (Ap 22.5).

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

“Deus tinha razões específicas para criar o mundo. Deus criou os céus e a terra como
manifestação da sua glória, majestade e poder. Ao olharmos a totalidade do cosmo criado —
desde a imensa expansão do universo, à beleza e à ordem da natureza — ficamos tomados de
temor reverente ante a majestade do Senhor Deus, nosso Criador. Deus criou os céus e a Terra
para receber a glória e a honra que lhe são devidas. Todos os elementos da natureza rendem
louvores ao Deus que nos criou. Quanto mais Deus deseja e espera receber glória e louvor dos
seres humanos. Deus criou a terra para prover um lugar onde o seu propósito e alvos para a
humanidade fossem cumpridos” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1991, p.31).

CONCLUSÃO

Deus não se limitou a criar os Céus, a Terra, os animais e o ser humano. Fazendo-se presente
em sua obra, mas sem confundir-se com esta, Ele se mostra presente e soberano em todas as
coisas. Não estamos sozinhos neste mundo. O Pai Celeste zela por nós.

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