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unidade 3 | capítulo 11

1. Política e Poder
O conceito fundamental da Ciência Política é o conceito de poder. Segundo a
definição do sociólogo alemão Max Weber (ver Perfil no Capítulo 6), o centro da
atividade política é a busca pelo poder. Para Weber, a política é a luta por partici-
par do poder ou influenciar sua repartição. Mas o que, afinal, é o poder? Você já
deve ter alguma ideia do que significa poder. Tem poder quem manda, quem é
capaz de impor sua vontade sobre a dos outros. Essa é a definição clássica de
poder: a possibilidade de impor sua própria vontade, mesmo que contra a vonta-
de dos outros.
Se um assaltante o ameaça com uma

Ladislav Bielik/Arquivo da editora


arma e lhe ordena que entregue a ele
seu dinheiro, você provavelmente obe-
decerá, mesmo contra sua vontade.
Quando isso acontece, ele está exercen-
do poder sobre você. Se a polícia inter-
rompe o assalto e ordena ao ladrão que
se renda, ele provavelmente vai obede-
cer, mesmo não tendo nenhuma vontade
de ir preso. Quando isso acontece, os
policiais exercem poder sobre o ladrão.
Essas são formas de poder bastante
simples: alguém obriga outro alguém a
fazer alguma coisa por meio de ameaça
de violência física.
Mas o poder com base apenas na
ameaça de violência é frágil. O ladrão só
consegue mandar no pequeno número
de pessoas que mantém sob a mira de Na foto acima, de 1968, um cidadão da antiga Tchecoslováquia (país que se
dividiu nas atuais República Tcheca e Eslováquia) tenta impedir o avanço
sua arma. Para o poder se estabelecer
de um tanque do exército soviético em Praga. Entre 1945 e 1989, a União
sobre um grande número de pessoas Soviética impôs pela força governos comunistas em vários países da Europa.
por um tempo razoável, é preciso que O cidadão da foto não conseguiu impedir a invasão.
elas obedeçam mesmo quando não se
veem explicitamente ameaçadas. Imagine, por exemplo, se o governo precisasse
Faisal Al Nasser/Reuters/Latinstock

manter um policial armado acompanhando cada um de nós, o tempo todo, para


que cumpríssemos a lei. Dificilmente um governo como esse conseguiria se man-
ter por muito tempo.
Weber chamou de dominação a probabilidade de encontrar obediência em
um grupo de pessoas. A dominação, para durar, precisaria ser legítima: isto é,
precisaria, de alguma forma, convencer as pessoas de que é certo obedecer. As
pessoas podem se convencer por motivos diferentes. Weber identificou três prin-
cipais tipos de dominação legítima. Eles não são os únicos possíveis e, na prática,
quase sempre se misturariam em um processo de dominação. Os três tipos de Rei Salman, da Arábia
Saudita, um exemplo de
dominação legítima, segundo Weber, são os seguintes: líder que tenta se legitimar
como representante das
• Dominação tradicional: é a dominação que se baseia no costume — quando tradições do país (no caso,
se obedece porque “sempre foi assim” — ou em um hábito tão forte que nos principalmente das tradições
religiosas). Na Arábia
pareceria estranho nos desviarmos dele. Muitas monarquias, por exemplo, fo- Saudita, o rei é chamado
ram e são legitimadas pela tradição: obedecer ao rei e à sua família já se tor- de “Guardião das Duas
nou parte da maneira de viver de determinada sociedade, e os súditos acha- Mesquitas Sagradas” (as de
Meca e Medina). O próprio
riam estranho viver de outro jeito. Em algumas religiões, é comum que os fiéis país é assim chamado por
obedeçam ao líder espiritual porque esse comportamento já se tornou parte causa do nome de sua
importante das crenças daquela religião. família, Saud. Foto de 2015.

• Dominação racional-legal: é a dominação que se baseia na crença de que é


correto obedecer à lei. Não porque a lei seja inspirada por ordem ou crença
divina, ou porque se concorde com todos os detalhes de todas as leis, ou por-
que obedecer seja sempre do seu interesse, mas porque a lei deve ser cumprida.

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Política, Poder e eStado

Para entender o que seria a crença na lei, basta pensar no que consideramos,
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na sociedade moderna, um bom funcionário público. Um bom funcionário pú-
funcionário público: blico deve ter conseguido seu emprego por competência técnica (demonstra-
funcionário do Estado. da em concurso público); deve sempre seguir o que diz a lei; e deve aplicá-la
Os funcionários igualmente a todos os cidadãos, sejam eles brancos, sejam negros, ricos ou
públicos não podem pobres, da mesma igreja do funcionário ou não, do mesmo partido político do
ser indicados por funcionário ou não. Esse funcionário público corresponde ao ideal da domina-
alguém para os ção racional-legal.
cargos que ocupam
(exceto nos chamados • Dominação carismática: é a dominação que se baseia na crença de que o lí-
der político possui qualidades excepcionais, dons extraordinários. Os lidera-
cargos de confiança).
dos podem acreditar que o líder é inspirado por Deus, ou que é excepcional-
Eles precisam ser
mente capaz de compreender o verdadeiro destino da nação. Os liderados
aprovados em um
podem estar enganados, ou seja, o líder pode não ter nenhuma dessas quali-
concurso público, no
dades. Mas ele vai exercer poder sobre eles enquanto os convencer de que
qual os candidatos
tem essas qualidades, muitas vezes inspirando-os a fazer coisas que geral-
são avaliados
mente não fariam.
anonimamente. O
objetivo disso é garantir
Library of Congress/
Everett Collection/Latinstock

que a seleção considere


a competência do
candidato para a
função, e não suas
relações pessoais. São
funcionários públicos,
por exemplo, os juízes,
os professores das
escolas públicas e os
médicos dos hospitais
públicos.
Everett Collection/Latinstock

O carisma pode influenciar multidões em favor das mais diversas causas.


Na foto acima, de 1939, o ditador Adolf Hitler, que governou a Alemanha
entre 1933 e 1945. Hitler incitou o ódio contra minorias, e sua capacidade
pessoal de mobilização, somada ao contexto histórico do período, teve
como consequência a perseguição, discriminação e morte de milhões
de pessoas. Na época, na Alemanha, a vontade do Führer (‘líder’, em
alemão) valia muito mais do que a lei. Na foto ao lado, o pastor batista
estadunidense Martin Luther King, em 1965. King combateu as leis racistas
do sul do país e atuou pela busca da igualdade. As ideias defendidas por
ele já estavam na pauta de vários movimentos pelos direitos civis dos
negros nos Estados Unidos, mas suas ações baseadas na não violência e no
amor ao próximo inspiraram milhões de negros, especialmente entre 1955
e 1968, ano em que foi assassinado.

VocÊ JÁ PenSoU niSto?


A quem você obedece? A seus pais, aos professores, a um líder religioso, ao prefeito? Pense nos mo-
tivos que o fazem obedecer a cada uma dessas pessoas. A quais delas você obedece por motivos
afetivos, a quais porque “é assim que as coisas são”, a quais por reconhecer que são competentes
em determinada área? Você consideraria que há abuso de poder em algum desses casos? Em caso
afirmativo, você deixaria de obedecer?

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Unidade 3 | caPítUlo 11

Veja como as coisas são mais complexas do que aparentam. Começamos


este capítulo vendo que o poder é a possibilidade de impor a vontade sobre os
outros. Quando concluímos que o poder que é só imposto não consegue se es-
tabelecer por muito tempo, descobrimos que aqueles que obedecem precisam
de motivos para obedecer. Esses motivos são muito mais complexos do que o
medo da violência: a dominação, para ser bem-sucedida, precisa respeitar as
tradições dos dominados, ou precisa oferecer-lhes a inspiração e o entusiasmo
que uma grande liderança é capaz de produzir, ou precisa garantir a ordem se-
gundo os princípios da lei. Ou talvez precise oferecer as três coisas, ou ainda
outras que Weber não listou.
No fim, os dominados não se limitam a obedecer; eles têm valores, expectati-
vas e exigências que impõem limites a quem exerce o poder. O político que resol-
ver ignorar a questão “Afinal, por que essas pessoas me obedecem?” corre o ris-
co de descobrir que, com o tempo, elas podem parar de obedecer.

2. o eStado
Boa parte dos trabalhos de Ciência Política estuda o Estado. A definição de
Estado mais utilizada pelos especialistas também foi formulada por Max Weber,
e diz o seguinte: o Estado é o detentor do monopólio da violência legítima em um
determinado território. Em outras palavras: o Estado tenta ser a única instituição
à qual a população reconhece o direito de, em determinadas ocasiões, praticar a
violência. A população aceita essa situação por diferentes motivos, que variam
de sociedade para sociedade. Vamos discutir em separado cada parte da defini-
ção de Estado.
Monopólio é uma palavra emprestada da economia e descreve uma empresa
que consegue se estabelecer como única vendedora de certo produto. Quando
afirmou que o Estado tenta exercer um monopólio da violência legítima em de-
terminado território, Weber quis dizer que o Estado tenta se tornar a única insti-
tuição capaz de praticar a violência legítima naquele território.
Mas o que seria a violência “legítima”? Para compreender pense na seguinte
situação: você está vendo, na TV, imagens de um conflito entre policiais e crimi-
nosos. Os dois lados estão praticando violência, um está atirando no outro. Mas,
para você, o que cada um está fazendo não é a mesma coisa. Você provavelmen-
te acha que a polícia tem mais direito de atirar nos criminosos do que os crimino-
sos têm de atirar na polícia. Você pode achar que, em circunstâncias como aque-
la, a polícia tem o direito de praticar a violência; os criminosos, não. Em outras
palavras, você provavelmente considera que a violência praticada pela polícia no
cumprimento da lei é legítima.

aSSim FaloU... WeBer


“ A violência não é, evidentemente, o único instrumento de que se vale o Estado — não haja a respeito
qualquer dúvida —, mas é seu instrumento específico. Em nossos dias, a relação entre o Estado e a vio-
lência é particularmente íntima. Em todos os tempos, os agrupamentos políticos mais diversos — a co-
meçar pela família — recorreram à violência física, tendo-a como instrumento normal de poder. Em
nossa época, entretanto, devemos conceber o Estado contemporâneo como uma comunidade humana
que, dentro dos limites de determinado território — a noção de território corresponde a um dos elemen-
tos essenciais do Estado —, reivindica o monopólio do uso legítimo da violência física.
WEBER, Max. Ciência e política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 2011. p. 56.

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Política, Poder e eStado

Por que costumamos achar que a violência da polícia contra os criminosos é le-
gítima? Porque, em geral, ela é praticada para fazer cumprir a lei. O valor que da-
mos à lei se deve ao fato de que, nas sociedades modernas (como a nossa), predo-
mina a forma de dominação racional-legal, que explicamos no item anterior: para
nós, o que vale é a lei. Quando vemos policiais cometerem violência sem cumprir a
lei (por exemplo, matando um inocente), nos revoltamos contra eles. A violência da
polícia só é considerada legítima quando praticada conforme a lei.
Mas é preciso ter em mente uma coisa muito importante: os Estados modernos
(brasileiro, estadunidense, francês, etc.) não se formaram porque seus fundadores
desejavam proporcionar bem-estar à população, respeitar a tradição, garantir o
respeito à lei, ou porque desejavam ser “modernos”. Vamos ver como esse pro-
cesso está relacionado com nossa discussão sobre o monopólio da violência e a
necessidade dos dominadores de serem aceitos pelos dominados.

Luiz Souza/Corbis/Fotoarena

Manifestação realizada em 2015 no bairro de Madureira, Rio de Janeiro (RJ), em protesto contra a
execução de cinco jovens pela polícia. Embora a polícia tenha legitimidade para usar a violência nos
casos previstos na lei, a população repudia atos de violência policial arbitrários.

VocÊ JÁ PenSoU niSto?


Imagine que um país estrangeiro com um exército poderoso invadisse o Brasil
e destruísse completamente as Forças Armadas brasileiras. Imagine que o
presidente desse país dissesse que, daquele momento em diante, mandaria
no Brasil e só ele poderia decidir o que é certo ou errado. Mesmo se o gover-
no invasor tivesse o monopólio da violência, você o reconheceria como legí-
timo? Você acha que o governo invasor poderia sobreviver por muito tempo
com base apenas na força?

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Lembremos do exemplo do poder que o assaltante armado exerce sobre


sua vítima. Em seus estudos sobre a formação dos Estados modernos, o cien-
tista político e historiador estadunidense Charles Tilly (1929-2008) destacou
que, quando se formaram, os Estados modernos não eram muito diferentes de
quadrilhas criminosas que, para não agredir o povo, cobravam dele. Entretan-
to, para se manter, o Estado precisa conquistar o apoio dos governados.
Você deve ter aprendido nas aulas de História que o Estado moderno cres- Veja na seção
ceu como uma aliança entre os monarcas europeus e a burguesia. O desenvol- BioGraFiaS quem
vimento capitalista trouxe mais riqueza para os cofres do Estado. Ao mesmo é Charles Tilly
tempo, a burguesia ia “domesticando” o Estado, conquistando cada vez mais (1929-2008).
direitos, obrigando os governos a respeitarem as leis que defendiam suas liber-
dades e sua propriedade.
As classes populares foram motivadas por essas conquistas de direitos, e
também passaram a se organizar para exigir o direito de votar, de formar sindi-
catos, de defender suas próprias ideias, etc. O resultado desse processo foi a
formação das democracias modernas.
Entretanto, é importante notar que, como observou Antonio Gramsci (ver
Perfil no Capítulo 7), nas sociedades modernas o poder não é exercido apenas
pelo governo, pela polícia, pelos tribunais, pela violência. A disputa pelo poder
passa pela disputa de ideias, pela produção de cultura, de notícias (e até pela
discussão dentro das próprias Ciências Sociais).
As diferentes classes e os diferentes grupos sociais lutam, entre outras coi-
sas, para convencer a sociedade de que suas ideias representam o interesse
de todos. Cada grupo tem sua ideia, por exemplo, de como a sociedade deve-
ria se organizar em relação ao que e como será produzido, como responder às
demandas públicas de saúde e educação, quais soluções deveriam ser adota-
das para resolver o problema de moradia da população (ou mesmo se isto re-
presenta ou não um problema). Para pôr isso em prática, tenta formar alianças
que incluam o maior número possível de grupos entre os que serão beneficia-
dos por seu projeto político. Isso nunca será feito apenas pela força, ou só
pelo interesse econômico, e muito menos pela propaganda, mas exigirá que as
pessoas sejam convencidas. Gramsci chamou esse processo de luta pela he-
gemonia (a liderança) da sociedade.
Corbis/Fotoarena

Em 2003, os Estados Unidos


invadiram o Iraque alegando,
entre outras coisas, que
implantariam a democracia
no país. A foto mostra a etapa
relativamente fácil da ação:
o imenso poderio militar
estadunidense derrotou o
ditador Saddam Hussein,
que governava o Iraque
(representado na estátua que
está sendo derrubada, em
Bagdá). Porém, os Estados
Unidos não conseguiram
construir um acordo entre
os vários grupos étnicos e
religiosos dentro da sociedade
iraquiana. Iniciou-se uma
guerra civil, durante a qual
surgiu o grupo Estado Islâmico,
que hoje controla regiões do
Iraque e da Síria e pratica ações
terroristas em várias partes do
mundo. Esse exemplo permite
demonstrar como é difícil fazer
política apenas com a força.

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Política, Poder e eStado

Parte importante da política moderna é a disputa entre os vários projetos po-


líticos pela hegemonia. Na democracia, esses diversos projetos se enfrentam sem
ter o direito de se imporem pela força.
Vamos ver agora algumas ideias que foram fundamentais para a consolidação
do Estado moderno tal qual o conhecemos. Começaremos com o filósofo Nico-
lau Maquiavel (ver Perfil a seguir), pois não é possível falar da política moderna
sem falar de sua obra. Maquiavel é considerado o fundador da Ciência Política e
um dos principais teóricos do Estado moderno por um motivo simples: em vez de
pensar apenas na política como deveria ser, analisou-a com base no que ela é,
pensando em exemplos históricos.

PerFil
Vi
ac
he
sl
nicolaU maQUiaVel
av
Lo
pa Como diplomata, Nico- O príncipe se propunha a orientar líderes po-
tin
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lau Maquiavel (1469-1527)
hu
tte
líticos. Um líder deveria, por exemplo, ter seu
rs
representou sua cidade na-
to
ck próprio exército, em vez de confiar em merce-
tal, Florença, em reinos im- nários, que sempre fogem depois de receber
portantes da Europa. Ven- seu pagamento. Ele deveria, também, se infor-
do sua cidade de fora, mar sobre os costumes dos povos que habitam
Maquiavel percebeu que os territórios conquistados (apesar de seu terri-
Estátua de Maquiavel na ela estava em uma situa- tório pouco extenso, a Itália até hoje é marcada
Galleria degli Uffizi, em ção muito difícil. por grande diversidade cultural). O príncipe
Florença, Itália. Foto de 2010.
Naquela época, Esta- precisaria tomar todo cuidado com os nobres e
dos modernos já haviam se formado em lugares como poderosos que pudessem vir a se tornar seus ri-
França e Espanha, mas não na região que hoje corres- vais. E não deveria vacilar quando fosse neces-
ponde à Itália. Cidades como Florença eram autôno- sário cometer violências e crueldades contra
mas, e a Itália só se unificaria no século XIX. Diante seus inimigos.
dos poderosos exércitos espanhóis e franceses, essas Hoje não aceitaríamos muitas das orientações
cidades pareciam frágeis, o que se provou na derru- que Maquiavel deu em O príncipe, como sua de-
bada do governo de Florença após um conflito com a fesa do uso da crueldade em várias situações.
Espanha. O novo governo prendeu, torturou e exilou Mesmo assim, podemos aprender algo com elas:
Maquiavel. No exílio, ele escreveu O príncipe, sua obra o caráter violento da formação dos Estados na-
mais famosa. cionais modernos.

lÉXico
autônomo: que se 3. oS contratUaliStaS: o QUe o eStado
governa por conta Pode FaZer?
própria. Uma cidade
autônoma, portanto, A origem do Estado, como vimos, está na guerra e na conquista. Maquiavel foi
não é comandada por o grande pensador da fundação dos Estados. Mas o Estado é uma forma de do-
outra cidade ou país. Ao minação, e, como vimos, a dominação precisa ser legítima, precisa convencer
mesmo tempo, no caso quem obedece de que é certo obedecer. Por isso, quando o Estado moderno foi
de Florença, ela apenas formado, vários pensadores tentaram resolver o seguinte problema: quando o Es-
governa a si mesma. tado é legítimo?
mercenário: soldado Durante esses debates, muitos dos conceitos atuais sobre liberdade, igual-
que serve a quem lhe dade e democracia foram formados. Vamos explorar agora três autores que
pagar, não importando a fundamentaram a existência e as atribuições do Estado e embasaram boa par-
nacionalidade ou causa. te das ideias políticas que vigoram atualmente. Eles são conhecidos como
contratualistas, pois viam o Estado como resultado de um contrato entre os
cidadãos que concordavam em obedecer a uma estrutura de poder com re-
gras próprias.

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