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Introdução
Com o objetivo de oferecer melhores cuidados de saúde aos utentes que buscam por cuidados
e melhorar a qualidade assistencial, bem como reduzir os erros médicos, temas como
imperícia, imprudência e negligência médica tem merecido cada vez mais atenção não só por
parte das entidades que regulam a actividade médica, bem como dos advogados e pùblico em
geral.
1. Imperícia:
imperícia é a falta de habilidade ou treinamento para executar uma determinada tarefa, que
geralmente pela posição que o individuo ocupa, deveria ser capaz de executá-la. também
chamamos imperícia quando o acto é praticado sem o domínio na matéria, ou seja,
diferenciamos a imperícia da negligência porque na imperícia, o individuo tem falta de
conhecimento, mas mesmo assim faz, enquanto na negligência, o individuo é dotado de
conhecimento, mas mesmo assim faz errado deliberadamente.
Redução de autoestima
Surgimento de depressão
Ficou 2 anos privada de ter a sua vida sexual normal porque não se sentia bem
fazendo, com úlcera na cabeça
Ficou 2 anos alienada a um lenço para cobrir a sua cabeça
Parou de ter as suas relações sociais pelo cheiro fétido que a úlcera emitia.
Infelizmente o técnico não teve o tratamento legal que merecia, e nem sequer foi levantado
um procedimento disciplinar pois nessa altura não se falava nada desse tema.
Prudência vem do latim prudentia que significa calma. Prudência é agir com paciência
procurando prever e evitar acidentes, perigos. Imprudência então é agir pressa, com falta de
cuidados. Em outras palavras imprudência acontece quando o profissional de enfermagem faz
o procedimento correndo riscos (Moreira, 2020). Segundo Paixão (2021), a Imprudência: “é a
conduta precipitada. Enquanto em uma situação de negligência o erro está em ser omisso
(não fazer), na imprudência o erro está justamente na acção realizada, porém sem a devida
cautela e sensatez que a situação exige. O risco envolvido é conhecido, mas as medidas de
segurança ou não são tomadas ou são realizadas sem o rigor necessário. Ou seja, a equipe de
enfermagem exerce suas práticas.”
Por riscos inerentes entendem-se aqueles em que o profissional de enfermagem (ciente da sua
existência e possibilidade de ocorrência) não anui e nem contribui para que tais riscos possam
se concretizar. “Por isso, quando os riscos forem indesvencilháveis do procedimento ou da
acção, o profissional deve resguardar-se, informando ao cliente ou responsável legal sobre
tais riscos, a fim de obter o consentimento, antes mesmo de implementar a conduta. Quando o
prejuízo ao cliente for decorrente do agir ou da omissão do profissional, pode-se caracterizar
infracção ou ocorrência ética, dando-se ensejo ao questionamento sobre a responsabilidade
ético— legal. Averigua-se a culpa e orienta o profissional em relação às consequências
danosas do seu agir” (Cortez et al, 2021).
O artigo 82 do CEPE descreve que o profissional de enfermagem deve “manter segredo sobre
fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto casos
previstos em lei, ordem judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de
seu representante legal”. Ressalta ainda que “permanece o dever mesmo quando o fato seja
de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida e que em atividade
multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da
assistência. O enfermeiro que autoriza a realização de uma cirurgia sem as condições
necessárias e preconizadas comete um ato de imprudência" (Moreira, 2020).
3. Negligência Médica
A profissão médica esta sujeita a vários riscos criminais, além do escrutino ético e civil, na
Grécia antiga vários médicos abandonaram a profissão por causa dos processos criminais que
esta camada estava sujeita. Na Grécia antiga quando um médico cometesse um erro no
exercício da sua função era condenado, as penas variavam desde a amputação até a morte,
dependendo dos danos cometidos ao paciente. Por falta de médicos internos, a Greceas
precisou de importar alguns médicos para preencher as lacunas.
No caso dos hospitais situados nas grandes cidades de Moçambique, este tipo de negligência
tem sido recorrente, esta, dá se quando o médico em serviço sai antes do substituto chegar,
esto é, quando o substituto atrasar a chegar. A pergunta é: de quem é a negligência ? Do
médico que abandonou o paciente ou de aquele que atrasou? Segundo o códico da Ética
médica, os does médicos agiram com negligência, porque a ética médica diz que o médico é
proibido de abandonar o seu posto mesmo que seja por um instante, ou ser for o caso, deve
deixar outro médico para zelar pelos pacientes. Para o caso do médico atrasado, também a
ética Médica repudia dizendo que, o médico tem que se apresentar no serviço no horário
estabelecido, salvo se tiver uma justifica aplausível, mas mesmo que assem, esta deve ser
antipacidamente submetida.
Muitas das vezes adverte se aos médicos para não deixar os seus postos mesmo que tenham
outros a fazer, caso esteja equivocado este poderá consultar o Director Clínico, para que
este possa fazer alguns reajusto.
Este tipo de negligência verifica se quando um médico orienta um auxiliar para realizar
uma tarefa que é da competência do médico e o auxiliar comete um erro, a equipe técnica
poderá avaliar até que ponto esta tarefa competia ao médico e se for comprovado que era
mesmo a tarefa do médico, este agiu com negligência. Em muitos hospitais moçambicanos
este fenómeno tem dominado, há muitos auxiliares a exercer a função do médico,
principalmente nos postos de saúde onde há falta de médicos.
A letra do médico tem sido o calcanhar de Aquiles para os pacientes e a população leiga no
geral, e tem sido um objeto de zombaria no meio da população porque as pessoas não
conseguem decifra-lo, muitos perguntam: será que nas escolas de medicina aprendem a
escrever tão mal assem? Ou é uma coisa propositada para dificultar a leitura de uma pessoa
que não é da área? Mas a grande preocupação é: se o farmacêutico não conseguir fazer a
leitura certa da receita e consequentemente receitar ao paciente comprimidos errados e por
conta desse erro, o paciente passar mal. De quem será a culpa, do médico que escreveu mal
ou do farmacêutico que fez uma ma leitura?
De acordo com ética médica os dois são culpados porque o médico ao fazer a receita tem
que ter em conta as consequências dos danos que isso poderá causar ao ser mal interpretada
a sua caligrafia, e o farmacêutico tem que ter a certeza do que esta a receitar e tem que agir
sem nenhuma margem de erro, caso ao contrário, os dois estarão a agir com negligência.
Em países desenvolvidos os médicos são sempre recomendados a escrever a receita pelo
computador para evitar este tipo de erros.
Bibliografia