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Danos e Impactos:
Os danos causados por A. vanillae vanillae resultam principalmente da
desfolha das plantas. A voracidade das lagartas compromete a área
fotossintética, prejudicando a produtividade e o teor de suco nos frutos. Embora
os danos sejam mais pronunciados em densidades populacionais elevadas, é
essencial estar atento, especialmente em comparação com ameaças como D.
juno juno, que afetam particularmente plantas jovens e mudas em formação.
Estratégias de Controle:
O controle eficiente dessa praga exige uma abordagem integrada. Em culturas
menores, a catação manual de ovos e lagartas é uma prática recomendada.
Para o controle biológico, o uso de Bacillus thuringiensis var. kurstaki e
Baculovirus dione (NPV) tem se mostrado eficaz, com a aplicação de 80
lagartas infectadas por hectare. Além disso, a introdução de Trichogramma,
uma vespinha que parasita ovos, é uma estratégia valiosa, sugerindo três
cartelas por hectare.
A preservação de inimigos naturais das lagartas é uma abordagem promissora.
A proximidade de matas nativas favorece predadores como Reduviidae e
Pentatomidae (Hemiptera), Vespidae (Hymenoptera), e parasitoides das ordens
Hymenoptera (Braconidae e Pteromalidae) e Diptera (Tachinidae).
Monitoramento regular, especialmente em períodos críticos, é essencial,
recomendando-se intervenção quando a desfolha atingir 30% das plantas no
talhão.
Cautelas no Uso de Agrotóxicos:
A aplicação criteriosa de agrotóxicos é fundamental, considerando o registro
específico para a cultura, o período de carência e a seletividade aos inimigos
naturais e polinizadores. Consultar um engenheiro agrônomo é imprescindível
antes de decidir pela aplicação de inseticidas químicos. A aplicação deve
ocorrer no período matinal, antes da abertura das flores, minimizando assim os
impactos ao agroecossistema.