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Conclusão de
Curso
XXXX
Trabalho de Conclusão do Curso
Saúde do Adulto
Resumo: O presente artigo procura fazer um estudo e uma abordagem em relação a uma
reforma tributaria no Brasil. Procurando fundamentar a capacidade contributiva sobre os
estudos já mencionados até hoje com um vasto objetivo traçar um liame entre a tributação,
direitos humanos e chegar a uma capacidade contributiva que seja mais complexa possível.
Analisar minuciosamente nossa legislação brasileira em relação a tributação .
1. Introdução
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Acadêmica Graduada pela PUC-Goiás, email:kellymorgana562@hotmail.com
ostenta. O princípio da capacidade contributiva e, para tal, iniciamos nosso estudo pelo
aspecto que compõe a noção da capacidade contributiva, econômica, financeira, atributos e
técnicas de tributação usadas para aferi-la. Contudo incluiremos o enquadramento dela como
princípio, sua juridicidade como principio a natureza da norma e como ela é tratada na
Constituição.
No que tange este princípio encontra importantes aplicações nas relações entre o
fisco e o contribuinte, constituindo-se no centro do Estado de Direito no campo tributário.
Um fato que ocorre muito neste art. 145 da CF: “Sempre que possível”, os
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte (...). Este termo sempre que possível parece conceder faculdade para o legislador
ordinário instituir impostos de caráter pessoal contribuinte. Em outros termos, não deveria
obrigatoriamente irrefutável de, quando impossível ,os impostos possuírem caráter pessoal e
nem de a capacidade contributiva ser respeitada. Mas a realidade, esta aparente faculdade
incorreta.
Ives Gandra da Silva Martins, interpretando o dispositivo em comento e
reconhecendo a imperfeição linguística, é enfático ao afirmar que o termo “sempre que
possível“ vincula tão somente o caráter pessoal dos impostos. Desta forma a regra
constitucional aponta que os impostos devem ser direitos, ou seja, ter carateristicas pessoal e
recair sobre a renda e o patrimônio dos sujeitos passivos de obrigação tributaria, entanto em
caráter excepcional, os impostos poderão ser indiretos ou seja, deixar de ter características
pessoais e, por conseguinte, recair sobre outras fontes de exteriorização de riqueza, como, por
exemplo, o consumo – caso do ICMS e do IPI.
Assim, conclui-se que a capacidade contributiva referenda em máxima medida a
realidade e a pessoalidade do sujeito passivo de obrigação tributaria, pessoas físicas e
jurídicas, em concorrer, dentro de seus limites, com o dever de repassar parte dos seus
recursos para cobrir as despesas públicas.
[...] é essa igualdade de essência da pessoa que forma o núcleo do conceito universal
de direitos humanos. A expressão não é pleonástica, pois que se trata de direitos
comuns a toda a espécie humana, a todo homem enquanto é homem, os quais,
portanto, resultam da sua própria natureza, não sendo meras criações políticas.
O ser humano é um ser racional igual e em essência aos demais, que possui
vontade e dirigi sua vida em torno de valores que preza, ta ai o fato de os direitos humanos e
fundamentais serem valores tão importantes existentes, pois garante o núcleo essencial de
diretos que todo homem quer ver reconhecido.
Conseguinte o Princípio da Capacidade Contributiva ele deve ser relacionado de
acordo com o instrumento tributário capaz de outorgar maior concretude aos Direitos
Humanos na efetivação no poder de tributar, entendendo assim que o princípio da capacidade
contributiva é uma expressão de direitos humanos na tributação uma vez que o mínimo
existencial de ser preservado.
Como relatado no estudo tem duas razões para desenvolvermos este parâmetro
entre a capacidade contributiva e os direitos humanos por ela relacionados, o primeiro é a
ligação que existe entre direitos humanos e fundamentais, não sendo uma regra os diretos
fundamentais tendem a ser um reflexo na ordem interna dos Estados de direitos humanos e o
segundo é o fenômeno da globalização que cada vez fica mais forte nos dias atuais, a qual ele
nos remete a uma necessidade de movimentação de pessoas, coisas e informações que nos
leva a pensar como fica a capacidade contributiva de cada pessoa.
Com certeza a capacidade contributiva é algo literalmente interno do Estado, por
que para o individuo contribuir ele tem que ter um vinculo jurídico com o Estado para poder
exigir o tributo por este fato que a discussão é algo interno. Contudo a manifestação de
riqueza que esta sendo objeto de tributação pode ser observada em duas ordens internas como
sujeita a tributação e, nesse caso estará sendo onerado em demasia o direito da propriedade da
pessoa, e seu capacidade contribuir em razão dessas duas exigências. Sem duvida a existência
dos tratados contra a bitributação ainda é a maneira mais eficiente de evitar a bitributação.
Ninguém tem duvida quanto a expectativa que todos os seres humanos de serem tratados de
forma igualitária e justa, motivos estes que estão relacionados com o princípio da justiça e da
igualdade. A capacidade contributiva visa proteger o direito á propriedade sendo o mesmo
configurado como humano, pois o direito a propriedade é uma garantia ao individuo pois tudo
que ele conquistou com seu próprio esforço é dele, não podendo ser usurpado por ninguém.
Portanto sendo a capacidade contributiva uma garantia e um direito do cidadão , já que
impede que a tributação o espolie, pode ser entendida como um direito humano pois serve
para garantir e proteger outro direito humano, a propriedade, além de introduzir a justiça e a
igualdade.
A justiça, a igualdade, a propriedade por consequência se enquadra na capacidade
contributiva, podendo ser figurados como direitos humanos portanto são dotados de
universalidade, historicidade, inalienabilidade, imprescritibilidade, irrenunciabilidade,
inviolabilidade, efetividade, interdependência e complementariedade todos são características
desses direitos. O alvo principal da tributação é o da propriedade e ela é protegida pelo
princípio da capacidade contributiva com o qual guarda estreita vinculação.
A Declaração Universal de Direitos do Homem de 1948 representa um marco na
internacionalização dos direitos, é considerada uma cartilha que contém os principais direitos
que devem ser reconhecidos ao ser humano, aceito pela maior parte dos países. Sendo o
princípio da capacidade contributiva um direito humano implícito extraído da Declaração
Universal pois garante o direito a propriedade impedindo que o Estado o confisque e por
serem direitos humanos.
Conforme dispõe o § 2º do art. 5º da CRFB é possível introduzir ao texto
Constitucional Federal novos direitos humanos, desde que o processo de internalização.
Edino Cezar Franzio de Souza consta que;
7. Conclusão
Conclui-se que o Estado tem cada vez mais uma necessidade de aumentar a sua
arrecadação tendo em vista que tudo tem seu custo, e o Estado por não produzir sua própria
riqueza e sim um bom detentor alheio ele aumenta sua fonte de receita para tributação pois
visa dar vazão aos custos dos direitos que compromete assegurar. A nossa tributação pode
ocasionar vários efeitos na nossa economia. O judiciário deve ser acionado sempre que
houver violação á capacidade contributiva, podendo tanto ser abstrata ou em concreto. Como
nós já sabemos o nosso país é o que mais detém carga tributaria e esses tributos arrecadados
pelo Estado não é devidamente aplicado. O princípio da igualdade na nossa jurisdição ela
impõe direta ou indiretamente o dever de praticas abusivas dos Entes Federados para instituir
a tributação de controle de constitucionalidade das leis e da legalidade dos atos
administrativos. Este artigo baseia-se na necessidade de uma garantia universal, já que o
Estado protege o direito dos homens pois foram previsto para garantir a sobrevivência social
dos indivíduos.
O nosso sistema tributário ele deve obedecer e respeitar os direitos humanos como
também o direito a propriedade, á observância da capacidade contributiva de cada pessoa.
Também deve permitir que o individuo nos casos de bitributação possa demonstrar o
recolhimento de outro tributo em outro estado e com isso ter a outra tributação eliminada ou
ao menos mitigada o que passa a ter uma grande importância com o elo do direitos humanos e
a bitributação que verifica que a necessidade de reconhecimento da existência de uma
cidadania universal que venha a unir os diversos Estados que compõe nosso planeta em que
vivemos, pois garante a forma de sobrevivência justa e igualitária ao homem.
Contudo, conclui-se que a tributação brasileira é uma série de condicionantes e de
restrições políticas e econômicas internas. Como a sociedade e os administradores externos já
estão tomando medidas para que haja uma adequação a nossa realidade principalmente a
administração dos tributos, ela deve ser enxergada como um processo dinâmico para melhoria
não somente para a sociedade mais também para uma luz e um choque na administração do
mesmo onde quem decide e administra são a maioria políticos corruptos e com isso adéqua
nosso Estado nessa roubalheira, tirando principalmente de quem não tem. A tributação
também é algo democrático. É normal e justo que aquele que detém recursos financeiros
maiores arque como tal, e por outro lado o que não detém recursos financeiros tem que
suportar sua tributação de acordo com sua realidade financeira.
Bibliografia
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MELO, João Paulo Fanucchi. Princípio da Capacidade Contributiva a sua aplicação nos
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