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Juliane de Moura
Luiz Fernando Queiróz
Viviane da Silva de Alcântara
Regina Lúcia Gadioli dos Santos
RESUMO
A inserção do computador na educação e no cotidiano das pessoas tem sido a
revolução do milênio na concepção de ensino e aprendizado, fazendo do idoso meio
de exclusão e inadequação com a realidade cibernética atual desencadeando na
necessidade de a terceira idade tornar-se aprendiz virtual. No entanto este estudo
tem o objetivo diagnosticar a importância da inclusão tecnológica para a terceira
idade e como a evolução tecnológica, alcançada nestes últimos anos tem os
afetados gerando um novo tipo de exclusão, a digital. Além disso discutir os desafios
e oportunidades da Inclusão Digital na Terceira Idade com base nisso identificar os
impactos que a Era da Informação trouxe para a vida dos idosos, bem como, os
resultados das interações da pessoa idosa com as novas tecnologias. Buscou-se
também relevar as necessidades psicológicas, sociais e culturais dessa parcela da
população, para que proporcione uma aprendizagem contínua, evitando o risco de
estagnação. A metodologia empregada foi de caráter qualitativo-quantitativas sendo
explicativa e interpretativa com levantamento bibliográfico que permitiu um maior
envolvimento com o objeto de estudo e flexibilidade, entre a teoria e a prática,
caracterizou-se como estudo de caso e objetivou a compreensão da inclusão digital
em grupos de Terceira Idade; tendo como referência o método descrito por Bardin:
análise de conteúdo.
INTRODUÇÃO
O Brasil é um país como muitos que vem envelhecendo velozmente
refletindo a necessidade de mudanças e medidas visando melhorias na qualidade de
vida da população idosa. Segundo Papaléo Netto (2002), no Brasil as taxas de
crescimento anual permaneceram crescendo de forma que a faixa etária dos 60
anos ou mais chegará a 8,3% da população no final deste século e em 2025 essa
proporção chegará a 15,1%. Os idosos, que em 1980 perfaziam 8 milhões de
pessoas, já são 10,6 milhões e em 2025 serão 32 milhões de pessoas idosas.
Neste caso então Brasil será o sexto País em números com mais de 30
milhões de idosos. Estima-se que o Brasil passará de 4% de idosos existentes em
1940, para 14,7% em 2020, ou seja, triplicará esse grupo etário (MAZO; LOPES;
BENEDETTI, 2009).
É fato, de que quanto mais a tecnologia avança, mais os idosos têm
dificuldades no dia-a-dia. Seja para „simplesmente‟ operar um controle remoto ou
sacar dinheiro no caixa eletrônico. Tudo bem que até tem aqueles mais
avançadinhos que se atualizam sempre, mas a gritante maioria não consegue até
pelo curso natural da vida. O estudo mostrou que a população idosa, em sua
maioria, aceita as do número de idosos (IBGE, 2010) no país. As diversas
aplicações da tecnologia têm marginalizado tais grupos de pessoas, tornando-as
excluídas dessa revolução. KACHA (2003) aponta novas tecnologias.
Diante do exposto, verificou-se a necessidade de estudar a importância da
inclusão tecnológica para a terceira idade. Para tanta, essa empreitada investigativa
tem por objetivos específicos: conhecer a vivência do idoso com a tecnologia;
levantar as tecnologias disponíveis para a terceira idade (caixas eletrônicos; celular;
computador/internet; eletrodomésticos); identificar as dificuldades do idoso no uso da
tecnologia; e relacionar a limitação tecnológica com a exclusão do idoso na
sociedade contemporânea informatizada.
As estatísticas mostram o crescimento um aumento considerável de usuários
de computador entre pessoas da terceira idade.
Este trabalho tem um enfoque teórico bibliográfico que abrange a natureza da
inclusão digital para a Terceira Idade. Ressaltando os pontos relevantes, oferecendo
melhor compreensão sobre o tema e comparando a visão de alguns autores sobre o
mesmo. O levantamento bibliográfico desta revisão foi realizado no mês de outubro
de 2015 pela internet, nos seguintes bancos de dados; LILACS, MEDLINE E
SCIELO.
Sendo, no entanto, um trabalho de alta relevância para sociedade, pois
mostra que as pessoas da terceira idade têm potencial para aprender e nos faz
refletir sobre os preconceitos que ainda rondam essas pessoas. O objetivo da
pesquisa foi discutir a importância da inclusão digital para as pessoas da terceira
idade, mostrando os benefícios que essa inclusão pode proporcionar na vida das
pessoas nesse grupo etário.
PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Para Goldman (2001), o envelhecimento, é um processo individual, é polêmico
em toda sociedade, e, por seu caráter multifacetado, o envelhecimento abarca
múltiplas abordagens: físicas, emocionais, econômicas, sociais, políticas,
ideológicas, culturais dentre outras.
A figura da velhice tem sido associada aos aspectos negativos, tanto pela
população, como pelos próprios idosos em particular. As doenças, as debilidades
físicas, o desânimo e a dependência física são as principais evidências de que a
velhice chegou, numa clara tendência em estereotipar o envelhecimento como
período somente de perdas (PERSEU, 2006).
Siqueira et al. (2002) sugere que o processo de envelhecimento populacional
repercutiu e ainda continua repercutindo nas diferentes classes sociais, econômicas
e políticas da sociedade, uma vez que os idosos possuem necessidades específicas
para adquirir condições de vida adequadas (Jardim; Medeiros; Brito 2006). O
número de idosos passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975 e 14
milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e estima-se que
alcançará 32 milhões em 2020 (Lima-Costa; Veras 2003). O limite de idade entre o
indivíduo adulto e o idoso é de 65 anos nos países desenvolvidos e 60 anos nos
países em desenvolvimento. Porém no Brasil o limite também é de 65 anos (Papaléo
Netto 2006).
Para Moreira (2001), no final do século XX e início do século XXI, o Brasil
marcou um acentuado crescimento de pessoas idosas em relação ao total da
população brasileira.
CONCEITO
O envelhecimento é conceituado como um processo dinâmico e progressivo,
no qual há alterações funcionais, morfológicas, bioquímicas e psicológicas, que
levam a perda de capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente e
principalmente diminuição da reserva funcional, fazendo com que aumente a
vulnerabilidade e a incidência de processos patológicos que terminam por levá-lo à
morte (Papaléo Netto 1996). Esta etapa da vida é representada por diversos e
desiguais comprometimentos das funções que caracterizam o organismo vivo em
função de tempo de vida. No envelhecimento, o declínio da função orgânica de cada
órgão não ocorre de maneira semelhante e nem todas se iniciam ao mesmo tempo,
variando de órgão para órgão (Timo-Iaria 2003). Hoje, é sugerido duas formas
diferentes de envelhecimento, a comum e o bem-sucedido ou saudável. Se aceita
que no envelhecimento comum os fatores extrínsecos aumentariam os efeitos
adversos que ocorrem como o passar dos anos, enquanto no envelhecimento bem-
sucedido esses fatores não estariam presentes ou seriam de pequena importância
(Brito 2001).
Envelhecimentos Biológicos
É importante dar valor e compreender a mudança dos aspectos biológicos e
psicológicos do envelhecimento para que se altere a forma de pensar, e para que os
Idosos sejam compreendidos. Para Moreira (2001), envelhecimento biológico são
alterações morfológicas e funcionais dos órgãos e tecidos do organismo. No entanto
Meirelles (2000) destaca as seguintes características:
Aspectos psicológicos
São muitas as alterações psicológicas que o ser humano sofre com o passar
dos anos. Assim sendo, e possível ressaltar que são traços psicológicos pertinentes
no envelhecimento:
Certo declínio na manifestação da afetividade, dos interesses, das ações,
das emoções e dos desejos;
Prejuízo da memória de fixação, como, por exemplo, esquecer nomes de
pessoas, coisas, ou mesmo onde colocou determinados objetos;
Acentuação das características da personalidade. Traços do tipo, por
exemplo: rigidez, egocentrismo, desconfiança, irritabilidade, avareza, dogmatismo,
autoritarismo, que tenham existido na juventude, tendem a exacerbar-se;
Dificuldade na assimilação ou mesmo aversão a ideias, coisas e
situações novas;
Apego maior aos valores já conhecidos e convencionados, aos
costumes e às normas já instituídas;
Aceitação ou recusa da situação do velho;
Aceitação ou rejeição pelo meio;
Atitude hostil ante o novo;
Diminuição da vontade, das aspirações e das atenções;
Déficit cognitivo;
Baixo nível de tolerância, insegurança;
Estreitamento da afetividade.
Portanto é vital levar em conta que todas estas manifestações podem
transformar-se em graves patologias, impedindo o Idoso de viver a sua vida de
maneira independente. Na velhice o equilíbrio psicológico torna-se mais difícil, pois a
longa história da vida humana acentua as diferenças individuais, quer pela aquisição
de um sistema de reivindicações e desejos ou pela fixação de estratégias de
comportamento.
[...] é importante reconhecer que a idade cronológica não é um
marcador preciso para mudanças que acompanham o
envelhecimento. Existem variações significativas relacionadas ao
estado de saúde participação e níveis de independência [...]
( OMS, disponível hptt ://portal.saúde.gov.br, 2005)
Metodologia
A pesquisa consistiu na revisão bibliográfica onde foram consultadas várias
literaturas relativas ao assunto em estudo, artigos publicados na internet e que
possibilitaram que este trabalho tomasse forma para ser fundamentado. Segundo
Marconi e Lakatos (1992), a pesquisa bibliográfica seria na verdade o levantamento
de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas, publicações avulsas
e imprensa escrita. Seu Objetivo é fazer com que o pesquisador entre em contato
direto com todo o material escrito sobre um determinado assunto, auxiliando o
cientista na análise de suas pesquisas ou na manipulação de suas informações. Ela
pode ser considerada como o primeiro passo de toda a pesquisa científica.
O levantamento bibliográfico desta revisão foi realizado no mês de novembro
de 20115 pela internet, nos seguintes bancos de dados; LILACS, MEDLINE E
SCIELO.
Inicialmente foi feita a definição dos descritores, utilizando Tecnologia de
Informação e Comunicação, Inclusão digital na terceira idade a idosos. Os critérios
de inclusão utilizados para a seleção das amostras foram: textos completos em
português, na forma de artigo, título contendo os descritores e como assunto
principal o idoso, publicados entre os anos 2005 a 2015.
TCI
Para Ramos (2008) Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) atuam
como procedimentos, métodos e equipamentos utilizados para processar
informações no intuito de promover e comunicar os quais urgiram no contexto da
revolução da informática, e foram desenvolvidos desde a segunda metade da
década de 1970 e nos anos 1990. Com as tecnologias e a forma como foram
utilizadas por governos, pelas empresas, pelos indivíduos e pelos setores sociais
desencadearam o surgimento da Sociedade da Informação.
As de TIC‟s mais utilizadas são o telefone celular, os terminais de banco, o
computador, a internet (DOLL; MACHADO, 2011).
Tais tecnologias são mais atuantes no dia como mecanismo de
comunicação (através de e-mail, telefone celular, skype, messenger), no meio de
utilidades domésticas (forno micro-ondas, máquina de lavar, televisão, DVD,
câmeras digitais) assim como no ambiente de trabalho (fax, telefone, computador,
impressora) (DOOL; MACHADO, 2011).
As mudanças no comportamento no jeito de pensar, de agir e de se
comunicar são introduzidas no dia a dia. Essas inúmeras alterações no cotidiano,
mediadas por múltiplas e modernas tecnologias. Estas eclodiram e estão por todos
os espaços de relações, mediatizando estas e criando uma ilusão de uma sociedade
de igualitária (PORTO, 2006).
Para Rodrigues (2009) o termo computação ubíqua foi atribuído inicialmente
pelo pesquisador da Xerox PARC Mark Weiser (1952-1999), em 1988, por meio de
seu artigo de
“O Computador do século 21”. Neste artigo Mark defende a tese
que os computadores muito em breve iriam desaparecer dos
nossos olhos e estariam presentes em tudo, embutidos em
etiquetas, roupas, móveis, automóveis, eletrodoméstico De acordo
com o Mini Aurélio Século XXI Escolar, ubíquo é algo que está ao
mesmo tempo em toda a parte, onipresente (FERREIRA, 2001).
Com base nas suas experiência com ensino para idosos, acrescenta-se a
esta lista de KACHAR (2003) as seguintes práticas pedagógicas: Salientar a
importância e a necessidade de cada conteúdo no cotidiano do aluno, revisar o
conteúdo ministrado ao final da aula e no início da próxima. É dinâmica a construção
do conhecimento na interação com o computador. Para que se promova o
conhecimento é necessário desenvolver uma interação significativa da
aprendizagem são necessárias a atenção e concentração, explorando e cobrando
mais que a presença física, um envolvimento de corpo e mente do indivíduo. O
educador da pessoa idosa deve ter como meta é desenvolver as habilidades para
operar a tecnologia, deste modo os idosos irão aprender sobre o computador e seus
recursos, não deixando de lado a aprendizagem significativa, para que possam
assim intervir na mudança social e na imagem do idoso.
No que diz respeito ambiente de informatizado para aprendizagem para as
pessoas da terceira precisa na verdade ser altamente motivador. Pois os mesmos
precisam ser incentivados a lidar com os desafios, a ousar, romper barreiras, vencer
medos e resistências internas e externas.
Com relação a isso Kachar (2003), afirma que quando o aprender em etapas
significa progredir, da organização dos conteúdos de modo sequencial, no
envolvimento do aprender, a sala de aula persiste num clima de alegria e prazer em
aprender, descobrir, conseguir fazer, produzir e criar, pois isso as descobertas estão
sendo feitas a todo momento e na verdade conhecer um mundo novo, isso pode ser
enriquecido pela troca experiências e descobertas, partilhando dúvidas e
informações. As dificuldades seguem pelos erros e os questionamentos fazem parte
do processo de aprender, possibilitando rever e encontrar o caminho certo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
É possível perceber que a terceira idade ainda são vítimas de preconceitos
pela pouca habilidade com o meio tecnológico e a dificuldade em encontrar cursos
de informática voltados para essa faixa etária, uma vez que, moram em uma cidade
de, aproximadamente, 30.000 habitantes. Para Pequeno (2010, p. 11):
Entende-se por Inclusão Digital ou Infoinclusão como a
democratização do acesso às tecnologias da Informação, de
forma a permitir a inserção de todos na sociedade da informação.
Inclusão digital é também simplificar a sua rotina diária, maximizar
o tempo e as suas potencialidades. Um incluído digitalmente não
é aquele que apenas utiliza esta nova linguagem, mas aquele que
usufrui deste suporte para melhorar as suas condições de vida.
No que tange à terceira idade, eles estão se identificando cada vez mais com
as ferramentas proporcionadas pelo computador, contudo há uma série de
limitações pessoais e pedagógicas que precisam ser superadas.
A questão da aprendizagem
É notável que com os avanços e a rápida propagação das tecnologias móveis
(SILVA, 2013; LEMOS, 2005), os usos são acompanhados por formas de
aprendizagem que possibilitam a exploração de modalidades de relação interpessoal
na idade avançada e a produção de conteúdo próprio – minimizando impactos do
envelhecimento como dificuldades com mobilidade ou isolamento e proporcionando
atividades intelectuais e cognitivas intensas.
As mudanças no quesito ensino e aprendizado vem acontecendo desde a
introdução do computador na educação. Inicialmente é preciso fazer as análises de
programas que agem no processo ensino-aprendizagem mostram que eles não
podem ser caracterizados como uma mera versão computadorizada dos atuais
métodos de ensino; e em segundo lugar, as novas modalidades do uso do
computador na educação não podem ser caracterizadas apenas como “máquinas de
ensinar”, mas como uma nova ferramenta educacional de complementação, de
aperfeiçoamento e de possível mudança na qualidade do ensino-aprendizagem.
(PASQUALOTTI, 2003).
O uso de novas tecnologias, associadas a problemas propostos em sala de
aula, eleva os níveis de aprendizagem e grau de interesse bastante satisfatórios. A
Priore as dificuldades circulam no âmbito da memorização dos códigos e comando,
bem como o manuseio de hardware (parte física do computador), mas ao logo do
processo, a familiarização, e, consequentemente o maior domínio dos computadores
e softwares utilizados, notavelmente, contribuíram para obtenção de resultados
positivos, quebrando o estereótipo de que indivíduos nessa faixa etária não têm
capacidade de adquirir conhecimentos razoáveis acerca desse assunto.
O processo de aprendizagem é um sistema dinâmico, pessoal e complexo,
que envolve influências não só ambientais, mas também as inerentes ao próprio
sujeito que aprende. O enveredar do processo de ensino requer uma compreensão
segura das condições externas e internas que influenciam a aprendizagem e,
também, do entendimento do modo como se processa e como as pessoas
aprendem (LIBÂNEO, 1994).
É de extrema importância investigar quais as abordagens adequadas para
introduzir o idoso no neste contexto de informática e produzir estratégias
metodológicas educacionais para preparar esses cidadãos (ativos ou aposentados)
no domínio operacional dos recursos computacionais. É necessário promover a
alfabetização na nova linguagem tecnológica que se instala em todos os setores da
sociedade e promover a inclusão do idoso nas metamorfoses da sociedade. Tal
abordagem com idosos tem suas peculiaridades e requer a imersão neste universo
para compreendê-lo e uma prática pedagógica específica, considerando as
características físicas, psicológicas e sociais dessa faixa etária. (KACHAR, 2001).
Inúmeras vezes ressaltamos que o idoso não se apropria corretamente da
tecnologia em razão da velocidade extraordinária com que muda e, pela angustia
resultante desse movimento tecnológico, acaba desistindo da inclusão.
(PASSERINO; PASQUALOTTI, 2006). O que requer muito esforço dos idosos que
pra isso procuram fazer no decorrer da aprendizagem convertem-se em superação
pessoal a qual lhes permitem o desfrute dos benefícios digitais como: o ingresso nas
redes de comunicação, sempre crescente, e a integração social, que ocorre devido a
vínculos fixados no meio eletrônico, a novas relações no ambiente físico e ao
aumento de poder diante das decisões da sociedade. Apresentam resultados
gradativos e efetivos, investimentos que objetivam romper a distância entre a
tecnologia e o indivíduo da maturidade.
Pasqualotti (2004) explica que um trabalho executado pelo idoso com auxílio
conhecimento e a aprendizagem contínua, despertando seu interesse e seu
pensamento crítico. Roldão (2009), complementa afirmando a aprendizagem
contínua está entrelaçada relacionada à qualidade de vida, pois resulta na
compreensão atualizada do seu meio sociocultural, conscientiza sobre suas próprias
potencialidades na velhice, protege quanto à saúde exercitando o cérebro possibilita
atividades e espaços para formação da personalidade, e o contato com outras
pessoas, em atividades de aprendizagem em grupo, favorece a adoção de condutas
relutantes.
Os algozes da terceira idade de forma holística nos dá a oportunidade de
entender melhor a importância da relação entre eles e a informática e o impacto
positivo que esta pode ocasionar. O idoso não buscar entender plenamente de
computadores e dominar sua lógica, portanto apropriar-se, fazer parte, incluir-se
como parte ativa e motivada em fazer acontecer na sociedade. Assim, os mesmos
buscam e acreditam que as ferramentas computacionais são uma forma de se
mostrarem necessários, úteis e atuantes.
A inclusão digital na terceira idade requer uma processo de melhoria da
qualidade de sua vida, pois os mesmos interligados ao mundo, se comunicando,
através da internet, com amigos e familiares, obtendo a informação em tempo real e
descobrindo que ainda é capaz de aprender, faz com que ele se fortaleça na
sociedade contemporânea, e perceba que o envelhecer não é uma fase triste da
vida e sim uma fase onde o indivíduo mantém sua capacidade de aprender e
adaptar-se as novas situações do mundo moderno, tornando-o independente e
autônomo (KACHAR, 2003).Para isso ainda é preciso mais investimentos que
objetivam romper a distância entre a tecnologia e o indivíduo da maturidade.
Percebe-se que quando se refere à terceira idade, eles estão se identificando cada
vez mais com as ferramentas proporcionadas pelo computador, contudo há uma
série de limitações pessoais e pedagógicas que precisam ser superadas.
O encontro com Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC´s) é um
passo e tanto para a qualidade de vida do idoso. Ao alcançar a longevidade há um
comprometimento de aspectos psicológicos e fisiológicos, portanto devem levar em
consideração as limitações físicas, psicológicas e sociais destas pessoas, para
aumentar a usabilidade de tais tecnologias.
As TIC´s estimulam o desenvolvimento da memória, percepção e atenção,
evitando a estagnação e regressão do idoso, desde que se tenha uma orientação e
cuidados específicos para este público.
Analise
Envelhecimento não está ligado ao comodismo, o sedentarismo e ao ócio.
Muito pelo contrário à terceira idade deve ser considerada a época da maturidade
onde a busca por novos conhecimentos, o que é essencial para a conservação da
saúde mental. E conhecer novas tecnologia e ter domínio das atividades e
mecanismos correlacionados como o computador amplia experiências, amizades e
horizontes e proporciona uma forma de lazer segura e desafiadora.
Caracterização das variáveis que determinam uma boa qualidade de vida na
velhice nos domínios físico, social e psicológico, bem como pela identificação das
noções vigentes sobre qual o significado desse conceito entre a população. Vale,
portanto, a compreensão da qualidade de vida na velhice como um fenômeno
complexo e sujeito a múltiplas influências. Idealmente a pesquisa deve refletir-se na
geração de políticas e práticas visando à promoção de condições para uma velhice
longa e saudável, com uma relação custo benefício favorável aos indivíduos, sejam
eles homens ou mulheres, e às instituições sociais. De forma haja intervenções
aumente a consciência de que é importante identificar e promover condições que
permitam a ocorrência de uma velhice longa e saudável, com uma relação custo
benefício favorável aos indivíduos e às instituições sociais, num contexto de
igualdade quanto à distribuição de bens e oportunidade sociais.
O Estatuto do Idoso, em seus princípios da declaração, estabeleceu linhas de
ação para a política de atendimento à pessoa idosa, assinalando, no art. 8º, que “o
envelhecimento é um direito personalíssimo e a sua proteção um direito social” e, no
art. 9º, afirmando que:
É obrigação de o Estado garantir à pessoa idosa a proteção à vida
e à saúde, mediante efetivação de políticas sociais públicas que
permitam seu envelhecimento saudável e em condições de
dignidade.
No entanto hoje sabemos pouco sobe esse universo da inclusão digital para
terceira idade se faz necessário um aprofundamento em pesquisas no que tange a
temática é preciso fomentar à sociedade informações qualificadas sobre o
envelhecimento, com o objetivo de contribuir para a formação de profissionais,
atualizar formadores de opinião e contribuir para a construção de saberes sobre o
envelhecimento e longevidade humana. E que a sociedade olhe com outros olhos
para essa classe rica de experiências e sabedorias que podem ser divididas e
enriquecidas como um público capaz e antenado necessitando somente de
incentivos e da promoção social e com mecanismos e dispositivos pensados em
especial para os mesmo como um mercado promissor. “[...] A teoria postula que a
sociedade se afasta das pessoas idosas na mesma proporção em que essas
pessoas se afastam da sociedade [...].” (FREITAS, 2002, p. 49)
A Declaração Universal dos Direitos Humanos se destaca os direitos
humanos dos idosos, ao estabelecer em seu art. 25 que:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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