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ACUIDADE VISUAL:

Esse conceito está relacionado aos fatores como a nitidez da imagem que chega até
a retina, a qualidade das células desse tecido e, também, a eficiência do cérebro
em interpretar as imagens capturadas.

Também é comum que crianças façam o teste com o objetivo de detectar possíveis
problemas de visão e evitar que eles se tornem graves. Por mais que muitas
pessoas já tenham realizado o teste, a maioria não compreende o que é acuidade
visual e muito menos como interpretar os resultados do exame.

O consultor jamais deve alimentar demasiadamente as expectativas de um cliente


quando não conhece a sua real acuidade visual dizendo que vai enxergar melhor,
por exemplo. É como comparar um Fusca e uma Ferrari em uma estrada de terra
cheia de buracos. Você há de concordar comigo que o desempenho dos dois carros
será parecido, portanto o fator não enxergar bem será igual a estrada, ele também
irá restringir os fatores tecnológicos das lentes.

Por isso, é importante não alimentar a expectativas dos clientes quanto a melhora
de acuidade visual, ofertar outros benefícios do produto, com isso vai aumentar o
grau de satisfação do cliente. Mas também é importante saber que acuidade visual
baixa não significa que o cliente apresenta ametropia – algum distúrbio dos
poderes de refração do olho. Ela pode indicar uma série de fatores que relacionam
a qualidade de visão independentemente do grau das lentes usadas pelo cliente.

Um cliente, por exemplo, que apresente uma acuidade visual corrigida


relativamente baixa (20/60), pode não notar a diferença entre um tipo de lente
inferior e uma de tecnologia de ponta. Mesmo que use lentes de qualidade o
resultado será insatisfatório. Com baixa acuidade ele não usufruirá de todos os
benefícios de uma lente de alto preço quanto um cliente que tenha boa acuidade.

É preciso estar atento também à subjetividade da avaliação da acuidade visual.


Uma unidade de medida como o metro, por exemplo, é universal. Se alguém
adquire 1 metro de tecido no Japão, a mesma medida será exatamente igual em
qualquer parte do mundo. Já a avaliação da acuidade visual é subjetiva, varia de
acordo com a resposta dada por cada cliente e envolve uma série de fatores:
predisposição da pessoa, tipo de tabela utilizado, interpretação da tabela, tipo de
iluminação.

Dependendo da tabela que o óptico usar para efetuar a medida, podem surgir
diferenças. Por isso, o óptico deve estar ciente de que uma tomada de acuidade
visual é mais complexa do que se imagina. No entanto, se ele ficar atento aos
diversos fatores envolvidos estará apto para fazê-la. E se acaso o cliente não se
mostrar 100% satisfeito com os novos óculos sugeridos, o óptico poderá efetuar
uma nova medição no mesmo nível de expectativa e satisfação de como foi feito no
especialista antes de chegar para comprar um novo par de óculos.

Acuidade visual é um termo que diz respeito ao funcionamento da visão, se ela está
funcionando normalmente ou se apresenta alguma disfunção. Refere-se ao poder
de resolução do sistema óptico da vista humana, à capacidade que o olho tem de
perceber os detalhes da imagem captada. Em outras palavras, é o grau de aptidão
do olho para discriminar os detalhes espaciais, ou seja, a capacidade de perceber a
forma e o contorno dos objetos.

Essa capacidade discriminatória é atribuída às células fotossensíveis da retina – os


cones, que são os responsáveis pela acuidade visual central, a qual compreende a
visão de forma e a visão de cores. Nos casos em que os óculos tradicionais, as
lentes de contacto, ou implantes de lentes intra-oculares não proporcionam ao
cliente uma visão nítida, pode-se afirmar que a acuidade visual dele é baixa, ou o
nível de sua visão é baixo.

Ela é determinada pela menor imagem retiniana percebida pelo indivíduo. Sua
medida é dada pela relação entre o tamanho do menor objeto visualizado
(optotipo) e a distância entre observador e objeto. A tomada de medida de
acuidade visual é um teste simples e de grande utilidade tanto para promover a
saúde visual quanto para avaliá-la. É um método rápido de detectar problemas
visuais. A acuidade visual de uma pessoa depende: da precisão do foco retiniano,
ou seja, de como as imagens chegam à retina; da integridade dos elementos
neurológicos do olho, ou seja, do bom funcionamento das partes do olho; da
capacidade que o cérebro tem para interpretar o objeto observado. O teste não
garante ao óptico o diagnóstico de problemas visuais, como ametropia, disfunção
fisiológica ou neurológica. Apenas indica se há algum problema.

As identificação das letras maiores da carta de Snellen representam uma visão de


1/10 ou 20/200.

A fileira de letras, indicadas por 20/20 ou 10/10 ou 1,0 ou 100%, indicam visão
normal, verificadas, com o examinado, a uma distância de 6,10 metros.

A visão 20/20 é considerada como a visão normal. Essa fração significa que, a uma
distância de 20 pés, o paciente consegue enxergar a linha 20 ou até menores.

No entanto, isso não significa que uma visão 20/20 é perfeita. Isso porque o teste
não avalia a definição das cores, nem a percepção de profundidade e a visão
periférica do paciente, o que também precisa ser considerado para concluir um
diagnóstico.

Se você não obteve um resultado 20/20 no teste de acuidade visual, ou seja, tem
uma visão 20/40, 20/50 ou ainda menor, isso significa que você leu apenas as
linhas maiores durante o exame e que não está conseguindo enxergar
normalmente.

Ela não é medida em porcentagem mas sim uma medida comparada a um padrão
de normalidade, no caso 20/50 significa que o paciente consegue ler a 20 pés (6
metros) oque uma pessoa com visão considerada normal enxergaria a uma
distância de 50 pés (15 metros).

20/30 a 20/60: leve perda de visão ou próximo da visão normal. 20/70 a 20/160:
baixa visão moderada. 20/200 a 20/400: baixa visão grave.

A baixa acuidade visual pode ser resultado de doenças oculares, como as


ametropias, que incluem a hipermetropia, a miopia e o astigmatismo. Essas
costumam ser as causas mais comuns da baixa visão, o que é solucionado com o
uso de óculos de grau, lentes de contato ou cirurgias.

Entre outras patologias que podem desencadear essa condição estão a catarata,
problemas na retina, como a degeneração da mácula, e doenças que atingem o
nervo óptico, como o glaucoma.

Quando esses problemas oftalmológicos são tratados antes de evoluir, isso evita
que eles provoquem complicações e piorem ainda mais a capacidade visual do
paciente.

Inclusive, a acuidade visual de 20/400 é considerada como cegueira. Caso o outro


olho tenha visão normal, o paciente pode ser considerado com a condição de visão
monocular, que é quando apenas um olho é afetado com a cegueira.

Em casos como estes, os médicos podem utilizar determinado CID para baixa
acuidade visual. Eles têm como início “CID 10 – H54” e alguns deles são:

 CID 10 – H54 para casos de cegueira e visão subnormal;


 CID 10 – H54.0 para casos de cegueira em ambos os olhos;
 CID 10 – H54.1 para casos de cegueira em um olho e visão subnormal no outro.
Obs. Para verificação da exatidão de certas cartas de refração de cartolina
(impressas por comerciantes sem o devido cuidado) ou até mesmo para o uso de
projetores em distâncias irregulares, verifique se as letras e símbolos das fileiras
20/20 estão no tamanho de 8,9 mm. Caso contrário corrija-os senão perderão a
exatidão.

As cartas de cartolina deverão ser substituídas e as de projetores serão corrigidas


afastando ou aproximando os projetores até que fiquem exatas e verificadas pela
fileira do 20/20. (Lembrem-se tem que medir 8,9 milímetros). Estas indicações se
referem a clientes a uma distância de 6,10 metros.

A definição de cegueira pela OMS, utilizando a tabela de Snellen, é quando a


estimativa do melhor olho é de 20/400 (com erro de refração corrigido). Já o
critério utilizado para fins trabalhistas, considera cegueira legal a estimativa de
20/200. Na primeira situação, o indivíduo só enxerga vultos, e na segunda
consegue caminhar sozinho, mas não é capaz de realizar trabalhos. A visão no
melhor olho com refração corrigida de 20/60 caracteriza uma visão subnormal ou
baixa visão.

Preparo do local:

 O local deve ser calmo e bem iluminado.

 A luz deve vir por trás ou dos lados da pessoa avaliada e deve-se evitar que
a luz incida diretamente sobre a tabela.

 Posicionar a pessoa examinada sentada a 5-6 metros da parede onde está a


tabela.

 O profissional deve fazer uma marca no piso com giz ou fita adesiva e
colocar a cadeira do examinado de forma que as pernas traseiras coincidam
com a linha demarcada.

 Verificar se as linhas de optotipos correspondentes a 0,8 a 1,0 estão


situadas ao nível dos olhos do examinado.

Preparo para aplicação do teste:

 O profissional deve explicar e demonstrar como o teste é realizado para


compreensão completa do examinado.
 O profissional deve ensinar o examinado a cobrir o olho que não será
avaliado sem compressão e orientar que mesmo estando ocluído, os dois
olhos devem ficar abertos.

Aplicação técnica:

 Se a pessoa já utiliza óculos para longe, ele deve ser utilizado durante o
teste.

 Os optotipos podem ser apontados com um objeto, que deve ser colocado
em posição vertical, passando-o em cima e repousando abaixo do símbolo a
ser identificado.

 Sempre avaliar primeiro o olho direito, e depois o esquerdo.

 Iniciar o exame com os optotipos maiores (de cima para baixo), continuando
a sequência de leitura até a fileira em que a pessoa consiga enxergar sem
dificuldade.

 Sempre anotar os resultados do olho direito antes de iniciar a avaliação do


olho esquerdo.

Observações:

Durante a realização do teste, é importante observar se o examinado


apresenta algum sinal ou sintoma ocular:

 Lacrimejamento;
 Inclinação persistente de cabeça;
 Piscar contínuo dos olhos;
 Desvio ocular (estrabismo);
 Cefaleia (dor de cabeça);
 Testa franzida ou olhos semicerrados.
Se o indivíduo apresentar algum desses sinais ou sintomas, deve ser registrado
como observação na ficha de resultado da avaliação.

Importância do teste de Snellen

Para as crianças, a fase escolar requer uma boa acuidade visual para
realização das atividades intelectuais e sociais, sendo muito importante no
desenvolvimento e aprendizagem do indivíduo. A realização do teste de Snellen nas
escolas, por um profissional capacitado, pode identificar precocemente distúrbios
visuais nesta faixa etária e alertar quanto à necessidade de uma consulta
especializada em oftalmologia para possibilitar a correção dos vícios de refração
que prejudicam o rendimento da criança em idade escolar.

Quem pode realizar o teste de Snellen?

O Teste de Snellen pode ser realizado por todos os profissionais da saúde e da


educação, desde que devidamente capacitados.

Qual a frequência de realização do teste recomendada?

É recomendado a realização do teste para avaliação da saúde ocular pelo menos


uma vez por ano para os estudantes do ensino fundamental, a partir dos 5 anos e 1
mês, e para os estudantes do ensino médio, até os 16 anos.

SNELLEN DECIMAL % DE VISÃO


20/20 1,0 100
20/22 0,9 98,0
20/25 0,8 95
20/29 0,7 92,5
20/33 0,6 88,5
20/40 0,5 84,5
20/50 0,4 76,5
20/67 0,3 67,5
20/100 0,2 49,0
20/200 0,1 10,0
20/400 0,05 10,0

Graus de perda parcial da visão


a) Grau I: quando a acuidade visual máxima em ambos os olhos e com a melhor
correção óptica possível for inferior a 20/70 na escala de Snellen, e a mínima igual
ou superior a 20/200 Snellen, bem como em caso de perda total da visão de um
dos olhos quando a acuidade no outro olho, com a melhor correção óptica possível,
for inferior a 20/50 na escala de Snellen;

b) Grau II: quando a acuidade visual máxima em ambos os olhos e com a melhor
correção óptica possível for inferior a 20/200 Snellen, e a mínima igual ou superior
a 20/400 Snellen;

c) Grau III: quando a acuidade visual máxima em ambos os olhos e com a melhor
correção óptica possível for inferior a 20/400 Snellen, e a mínima igual ou superior
a 20/1.200 Snellen; e

d) Grau IV: quando a acuidade visual máxima em ambos os olhos e com melhor
correção óptica possível for inferior a 20/1.200 Snellen ou apresentar, como índice
máximo, a capacidade de contar dedos à distância de 1 (um) metro, e a mínima
limitar-se à percepção luminosa.

Tabela de JAEGER, visão para perto:

Equivalência das escalas usadas na avaliação da acuidade visual para perto

JAEGUER 1 2 3 4 6 7 8 10 11 14

% DE VISAO 100 100 90 80 50 40 30 20 15 5

Após a avaliação da acuidade visual de cada olho em separado, sendo dado o peso
3 ao percentual de visão do olho melhor e peso 1 ao percentual de visão do olho
pior, saberemos a Eficiência Visual Binocular (EVB) somando os valores percentuais
multiplicados por seus pesos e dividindo-os por 4.

Assim, se a eficiência de OD = 90% e de OE = 30%, teremos:

EVB = ( 3 x 90 + l x 30 ) : 4 = 75%.

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